Senadora Leila Barros dá adeus a ex-padrinhos

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Coluna Eixo Capital, por Carlos Alexandre de Souza (interino)

A filiação da senadora Leila Barros ao Cidadania foi prestigiada por Roberto Freire, presidente nacional da sigla, o antigo “Partidão” de Luís Carlos Prestes, e por parlamentares da legenda. Durante o discurso, a nova integrante do Cidadania não deixou de mencionar o passado. Apesar das rusgas com a antiga sigla — que a acusou de infidelidade partidária — agradeceu ao PSB e ao “governo Rollemberg” por permitir seu trabalho na Secretaria de Esportes. Mas não citou pessoalmente o ex-governador, responsável direto pela candidatura da senadora em 2018.

Trocando em miúdos

Em meio a mágoas, feridas e sensibilidades, a despedida de Leila lembra os versos de Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde/ Eu levo a carteira de identidade/ Uma saideira, muita saudade/ E a leve impressão de que já vou tarde.”

Unidos em 2022

A presença dos três senadores por Brasília na filiação de Leila sinaliza o entendimento entre eles para 2022. Izalci, Leila e Reguffe têm projetos próprios para a eleição, mas é cada vez mais provável uma aliança no segundo turno. A união de forças também pode turbinar a candidatura da deputada Paula Belmonte.

Sohinho de Brasília

Neste sábado, a cultura brasiliense ficará ainda mais forte. Consagrados fotógrafos da cidade vão participar da Feira do Plano, que vai celebrar a inauguração do Sohinho W2, espaço na 504 Sul (entrada pela W2) dedicado à fotografia e à música. Dentro do espaço, estará o Plano Imaginário, escritório de fotografia de Zuleika de Souza e de Cláudio Versiani. O Sohinho é uma galeria com três salas e uma laje/terraço e tem esse nome em afetuosa homenagem ao SoHo, bairro de intensa vida cultural de Nova York. No Sohinho candango haverá, também ,um sebo de discos de vinil, de Pedro Sassi, e a Quitanda Estúdio Galeria.

Anote
A Feira do Plano estará montada das 15h às 20h, na área externa da 504 Sul, bloco C, ao lado da W2. Participam da exposição de fotos, entre outros, André Dusek, Nick Elmoor, José Maria Palmieri, Kazuo Okubo, Leopoldo Silva, Eugênio Novaes, Zuleika de Souza e Cláudio Versiani.

Reencontros de agosto
A ideia, explica Zuleika de Souza, é buscar “a reapropriação da W3 Sul com arte, cultura e encontro de amigos na cidade-parque”. Ou, dito de outra forma: leve sua canga, sua cadeirinha, máscara e álcool gel e aproveite um agosto de reencontro de amigos e de reocupação da avenida mais importante de Brasília.

Chance para jovens negros
Parceria do Ministério Público do DF e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) oferece qualificação profissional para jovens negros. O curso Igualando Oportunidades é destinado a universitários pertencentes a grupos histórica e socialmente excluídos. Gratuitas e on-line, às aulas serão ministrado de 20 a 24 de setembro, das 19h às 22h. Inscrição: envie um e-mail para @atendimentoespacomultiplicidade.com.br informando o nome completo, endereço, e-mail e celular.

Goleada
As declarações do ministro da Educação, Milton Ribeiro, de que crianças com deficiência atrapalhariam o aprendizado dos outros alunos continuam a repercutir. O senador Romário (PL-RJ), pai de uma adolescente com Down, chamou Ribeiro de “completo idiota”. O deputado distrital Robério Negreiros (PSD) também se manifestou. “Inclusão é defender e respeitar aquilo que torna cada pessoa única. Eu me junto ao @RomarioOnze e repudio qualquer discurso preconceituoso que ataque aqueles que mais nos sensibilizam e nos humanizam no exercício da atividade parlamentar. Eu defendo a inclusão na educação!”, escreveu.

Disse tudo
Ivy Faria, filha de Romário, também deixou o seu recado. A jovem de 16 anos foi direto ao ponto. “Eu tenho síndrome de Down, sou uma pessoa com defiência e sou estudante. Eu estudo para ter um futuro e ajudar o meu país. Eu não atrapalho ninguém… A deficiência não nos torna incapaz de nada, basta que tenhamos oportunidade”.

Sala de aula
Segundo a Secretaria de Educação, 16 mil estudantes com algum tipo de deficiência frequentam a rede pública de ensino. Na avaliação da pasta, todas as unidades de educação básica e as instituições parceiras são “inclusivas”.

Palco nobre
Enquanto a Concha Acústica retoma as atividades, um ícone da cultura brasiliense luta para voltar em grande estilo. O GDF recalculou os projetos de reforma do Teatro Nacional para enviar à Caixa Econômica Federal, que financiará a restauração do palco mais nobre da capital. Houve a necessidade de fazer reajuste de preços porque o material de construção subiu muito e o Iphan apresentou algumas observações. Os secretários de Cultura, Bartolomeu Rodrigues Bartô e Fernando Leite, da Novacap, estão trabalhando juntos para acelerar a obra que deve sair nos próximos meses.

Tesouro cultural
Um dos mais belos conjuntos arquitetônicos criados por Oscar Niemeyer em Brasília, o Teatro Nacional está fechado desde 2014. Símbolo da cultura e da arte da capital, reúne obras de Alfredo Ceschiatti, Mariane Perreti, Athos Bulcão e jardins de Burle Marx.

Justiça Digital
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios mergulhou fundo na era do teletrabalho. De 28 de dezembro de 2020 a 15 de agosto deste ano, os magistrados proferiram quase 1,5 milhão de atos judiciais, entre sentenças, acórdãos, decisões e despachos. Desde o início da pandemia, o TJDFT tem investido em soluções para aprimorar o atendimento remoto, como salas de videoconferência e Justiça de Trânsito on-line.

Viva a ciência
O Senado aprovou o Projeto de Lei 1208/21, que permite deduções no Imposto de Renda a empresas que contribuírem com doações para combater os efeitos no novo coronavírus. A iniciativa recebeu o nome de Programa Prioritário Pró-Pesquisa Covid-19. “É importante incentivar a participação do setor privado, como colaborador em momentos de crise”, disse o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), no plenário da Casa. A proposta, modificada no Senado, volta para a Câmara dos Deputados.

Tempo quente
As suspeitas que recaem sobre o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), alvo de operação do Ministério Público do Distrito Federal que apura indícios de superfaturamento na contratação de leitos de UTI, elevaram a temperatura política. A senadora Leila Barros lembrou ser a segunda vez que uma operação policial vai ao encalço do ex-secretário de Saúde Francisco Araújo. O deputado distrital Leandro Grass (Rede) cobra providências da Câmara Legislativa. “Existe um pedido de CPI com 9 assinaturas. Já temos o mínimo para ser instaurada”, escreveu em uma rede social.

Colaboração
Em nota, divulgada após a operação Ethon, realizada na quarta-feira, o Iges-DF informou que colobora com as autoridades policiais. E que as investigações dizem respeito a serviços prestados por empresas terceirizadas, por meio de contratos fechados pela gestão anterior do instituto.

Pronto, falei
A professora Fátima de Souza , ex-candidata do Psol ao GDF, está convencida de que as denúncias de superfaturamento em contratos do Iges-DF são resultado da desestatização: “Pressões privatistas na saúde durante o governo Rollemberg, desabrocham no governo Ibaneis. Quem semeia privatização colhe corrupção!”, atacou.

cbpoder

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