Secretarias de Fazenda e de Esportes são alvos de operação por desvios de dinheiro em torneio de jiu-jitsu

Publicado em CB.Poder

Ana Maria Campos

Júlia Eleutério

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu ao menos 25 mandados de busca e apreensão em várias localidades da capital federal, incluindo as Secretaria de Fazenda e de Esportes do DF.

 

Também houve buscas em cinco endereços em Goiânia, por suspeitas de desvios de recursos em parcerias com uma entidade para a realização de torneios de jiu-jitsu. Para a realização desses eventos, a Secretaria de Esportes repassou em apenas um ano, entre 2021 e 2022, R$ 841.398,92.

 

A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (11/5), na chamada Operação Armlock. A investigação apura suspeitas de fraudes em procedimentos administrativos, peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito de parcerias feitas pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEL/DF).

 

Além dos mandados de busca e apreensão, também foi cumprido um mandado de suspensão cautelar do exercício da função pública para um dos suspeitos envolvidos na prática dos crimes, o subsecretário de Saúde Física para o Servidor Público da Secretaria de Economia, Francisco Grisolia Santoro.

Por decisão do juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, Santoro foi afastado da função de conselheiro do Conselho de Administração do Fundo de Apoio do Esporte (Confae).

 

Na Secretaria de Fazenda, o alvo foi o gabinete de Santoro, investigado como o real coordenador da entidade beneficiada pelos repasses da Secretaria de Esportes, a Associação Centro-Oeste de Jiu-Jitsu.

 

Segundo o MPDFT, a operação se deu após investigações a respeito dos procedimentos administrativos que resultaram nas parcerias suspeitas e do cruzamento de outros elementos coletados durante a apuração.

 

Em apoio a Gaeco, o Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal (Decor), da Polícia Civil do DF, também cumpriu os mandados de busca e apreensão nas sedes de pessoas jurídicas e nos endereços de investigados situados no estado de Goiás.

 

Foto: Ed Alves/CB