Por Ana Maria Campos – Os 1,7 mil policiais penais, responsáveis pela ordem e segurança nos presídios, está mobilizada em reação à reestruturação da carreira promovida pelo GDF. Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou o envio de uma minuta ao governo federal de projeto de lei que prevê a inclusão das despesas com contracheques dos policiais penais no Fundo Constitucional do DF. Na prática, significa que a carreira passa a ser mais uma força de segurança pública com a remuneração transformada em subsídio, como a dos policiais civis. Mas os salários não serão iguais. Mesmo com 18% de reajuste, previsto pelo governo, os policiais penais terão perdas de benefícios incorporados hoje à remuneração.
A reivindicação da categoria é equiparar os salários aos dos agentes policiais de custódia da PCDF. “Temos a segunda profissão mais perigosa. Só perdemos para os mineiros que trabalham debaixo da terra. Mesmo assim, não somos valorizados, não temos bons salários, plano de saúde, nem assistência psicológica”, reclama o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do DF (Sindpol-DF), Paulo Rogério. “Não bastassem os prejuízos salariais, que chegam a quase R$ 3 mil, conquistas importantes como a 25ª hora, anuênios e adicional noturno também não foram consideradas no projeto da tabela de subsídio”, acrescenta. Com a mobilização, atividades como escoltas judiciais, videoconferências, recebimento de visitas e atendimentos a advogados ficarão prejudicadas, por decisão da assembleia da categoria.
O secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, apresentou uma minuta de projeto que institui o programa Bolsa Universitária. O objetivo é beneficiar milhares de jovens para terem a oportunidade de cursar o ensino superior. Na proposta, o novo programa concederá bolsas de estudo no valor de 50% da mensalidade, sendo que a outra metade deverá ser concedida pela instituição de ensino superior selecionada. O projeto ainda precisa passar pelo crivo do governador Ibaneis Rocha (MDB) e da Câmara Legislativa.
Interventor da segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, pode se tornar cidadão honorário de Brasília. O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública é o homenageado em projeto de decreto legislativo proposto pelo presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), e pelo deputados João Cardoso (Avante), Gabriel Magno (PT), Max Maciel (PSol), Doutora Jane (Agir) e Dayse Amarilio (PSB). A proposta está em tramitação na Casa.
Os membros da CPI dos Atos Antidemocráticos pediram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes uma reunião para tratar das investigações em curso na Câmara Legislativa. Relator do inquérito sobre o dia 8 de janeiro, Moraes marcou a audiência para amanhã.
A possibilidade de o PSDB criar uma nova federação com o Podemos para sobrevivência, depois de já ter se unido ao Cidadania, mostra a decadência do partido que comandou o país por oitos anos na era de Fernando Henrique Cardoso. Com apenas 13 deputados federais eleitos e somente um governador, os tucanos precisam se aglutinar a novos partidos para não sucumbir à legislação e à falta de votos. No DF, ao longo dos anos, o PSDB foi controlado por diferentes grupos como o do ex-governador José Roberto Arruda, da ex-governadora Maria de Lourdes Abadia e hoje está na batuta do senador Izalci Lucas. Na eleição de 2010, o ex-governador Joaquim Roriz esteve em São Paulo para pedir as benções de FHC, ao lado do seu assessor Paulo Fona, tucano. Queria ajuda para uma nova candidatura ao Buriti. O apoio saiu, mas Roriz foi barrado pelo TSE. Na última eleição, a federação PSDB-Cidadania só elegeu uma deputada distrital, Paula Belmonte, do Cidadania. Na disputa ao Palácio do Buriti, o tucano Izalci ficou em sexto lugar, com 4,26% dos votos.
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