Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) — entidade que representa 16 grupos de operadoras de planos privados de assistência à saúde — entrou forte no debate sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei nº 6.330, de autoria do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), que obriga convênios de saúde a custearem quimioterapia oral sem internação para pacientes com câncer. A entidade, que é contrária ao projeto, está procurando cada um dos congressistas com argumentos para manter o veto de Bolsonaro ao texto. “Os planos de saúde são favoráveis a alternativas que melhorem as condições de vida e curem os pacientes. Mas sua incorporação às coberturas só deve ocorrer após análise que comprove que o medicamento efetivamente produz melhores resultados e não apenas signifique custo extra para todo o sistema suplementar — logo, para todos os usuários de planos de saúde”, afirma a entidade em documento elaborado para tentar convencer deputados e senadores.
Mensalidades mais caras
Um dos argumentos dos próprios grupos de operadores de planos privados é que a obrigação de custeio de quimioterapia oral — prevista no projeto de lei nº 6.330 — pode encarecer os convênios de saúde. O projeto “impactaria de forma expressiva todos os 48 milhões de usuários de planos de saúde, já que os custos dos novos medicamentos resultariam em mensalidades mais caras, assim como em assimetria de acesso à assistência”. O debate vai esquentar, já que as entidades que defendem o projeto — como a Vencer o Câncer, fundada pelo oncologista Fernando Maluf — apontam que os planos de saúde tiveram aumentos expressivos durante a pandemia e a quimioterapia oral usada em casa pode beneficiar cerca de 50 mil pacientes com câncer por ano — entre crianças, adolescentes e adultos.
Está marcado para hoje (12/8), no Cine Drive-In, o lançamento do movimento Respeito é a Ordem, para a disputa das eleições da OAB-DF deste ano. O evento consolida o nome da advogada especialista em direito previdenciário e professora Thais Riedel como pré-candidata à entidade. O grupo reúne ex-presidentes da OAB-DF, como Estefânia Viveiros, a mais jovem e a única mulher a presidir a OAB-DF, Juliano Costa Couto, Esdras de Souza, entre outros. Também apoiam Thais, Jacques Veloso, de quem ela foi vice na chapa que disputou a eleição há três anos. Os advogados Cleber Lopes e Everardo Gueiros também a apoiam. Essa é a chapa que conta com a simpatia do governador Ibaneis Rocha (MDB), ex-presidente da OAB-DF. “Ninguém é candidato de si mesmo e comigo não é diferente. Eu sou apenas o nome escolhido por um grupo de advogados e advogadas que está disposto a trabalhar para mudar a realidade da advocacia no Distrito Federal”, afirma a pré-candidata Thais Riedel.
No páreo
O advogado Délio Lins e Silva Júnior ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à reeleição como presidente da OAB-DF, mas ninguém do grupo liderado por ele duvida de suas pretensões. Está no páreo.
Governança e crescimento econômico
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), é o convidado de hoje do LIDE, grupo de líderes empresariais de Brasília. O evento é organizado pelo empresário Paulo Octávio. Será um almoço-debate com o tema “os mecanismos de governança na retomada do crescimento econômico brasileiro”.
Sobrevivendo
Diretor de Comunicação nas Organizações Paulo Octávio e apresentador do Programa Ponto e Vírgula na JK FM, o jornalista Jorge Eduardo decidiu escrever um livro sobre sua experiência como paciente de covid-19. Não foi fácil. Em alguns momentos, a família acreditou que não haveria final feliz. Mas ele se recuperou. O livro Sobrevivi estava praticamente pronto, quando surgiram ingredientes para um novo capítulo. Exatos 365 dias após a primeira internação, Jorge Eduardo precisou voltar ao hospital novamente com covid-19. Ele testou positivo — e ainda está refazendo os exames para confirmar. Mas, agora, a situação é outra. Está se sentindo bem. A diferença, segundo ele, são duas doses de vacina.
Só papos
“Bolsonaro quer cortina de fumaça porque assim como Trump, será derrotado pelo movimento antirracista, LGBTI, pela população que anseia democracia. Parlamentar que endossa discurso golpista também será derrotado das urnas”
Deputado Fábio Félix (PSol)
“Entendo a esquerda associar militares à ditadura, afinal assim foi em Cuba, Venezuela, Coreia do Norte… Não se preocupem, Bolsonaro não é Fidel, Chaves ou Kim. Bolsonaro é democrata, defende menos intervenção do Estado, não apoia MST, não desarmou a população e respeita a CF/88”
Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
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