Em Luziânia, terra do rorizismo, venceu o candidato apoiado pelos governadores Ibaneis Rocha (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM): o deputado estadual Diego Sorgatto (DEM).
Aliado do governador Ibaneis Rocha, o prefeito de Corrente, Murilo (PP), se reelegeu com mais de 45% dos votos. No município, Ibaneis tem fazenda e ajudou com doações do GDF de 22,5 mil equipamentos de proteção individual (EPIs). Foi na cidade que o governador passou a infância.
Derrota nas urnas
Não foi desta vez que o deputado Agaciel Maia (PL) se tornou “primeiro-marido” de Jardim de Piranhas (RN).
A mulher do distrital, Sânzia Maia (PL), teve apenas 1.082 votos, correspondentes a 12,75% dos votos no município, e perdeu para Rogério Couro Fino (MDB). O emedebista teve 6.808 votos, mais de 80%, e levou a prefeitura do pequeno município do
Rio Grande do Norte.
Bolsonaro X Marielle
Independentemente de qualquer crise, o Rio de Janeiro é território de Jair Bolsonaro. O filho 02, Carlos Bolsonaro, foi o segundo vereador mais votado na capital, embora esteja muito mais focado no mandato do pai. Marcelo Crivella (Republicanos) foi para o segundo turno na disputa à reeleição. Mas o candidato do PSol à Câmara Municipal, Tarcísio Mota, foi eleito o vereador o mais votado, uma homenagem a Marielle Franco (PSol).
Voto útil
Difícil acreditar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sigilo da urna, tenha optado pelo voto no candidato de seu partido, Jilmar Tatto (PT), quando Boulos é quem tinha condições de chegar no segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
PT perde protagonismo
O desempenho de Boulos (PSol) em São Paulo e de Manuela D’Ávila (PCdoB) tira do PT o protagonismo da esquerda no país. Nos últimos 35 anos, essa é a primeira vez que os petistas não estão no segundo turno das eleições na principal capital do país. Em Porto Alegre, também sempre foram fortes. Manuela e Boulos estão no segundo turno.
Herança baiana
A família de ACM continua forte em Salvador. O prefeito ACM Neto (DEM) fez o sucessor no primeiro turno: o atual vice-prefeito, Bruno Reis (DEM), com 63,61% dos votos.
Tiros na Justiça Eleitoral
Os bolsonaristas vão deitar e rolar com as dificuldades de ontem na apuração das eleições. Reforça a tese de vulnerabilidade das urnas. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) atirou: “A Justiça Eleitoral existe só para cuidar das eleições. Faz dois anos da última eleição e na hora H ela falha. Mas está tudo normal…”
Disputa em família
Dois descendentes de Miguel Arraes, um dos mais importantes líderes políticos de Pernambuco, disputam a prefeitura de Recife. Aos 26 anos, o deputado federal João Campos (PSE-PE), filho e herdeiro político de Eduardo Campos, disputará o segundo turno com a prima, Marília Arraes (PT). A deputada federal de 36 anos é neta de Arraes. A diferença entre os dois foi de apenas 9.780 votos, correspondente a 1,22% dos votos válidos.
Polarização de esquerda
Aliado e amigo de Eduardo Campos, que morreu na campanha presidencial de 2014, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) acredita na vitória de João Campos. Para Rollemberg, a eleição em Recife tem um significado importante: “Minha avaliação é de que, salvo engano, Recife é a única cidade que vai ter o segundo turno entre dois candidatos de esquerda, PSB e PT”, disse. “Vai ser um grande desafio a forma como vai se dar esse segundo turno porque, dependendo da forma como ocorrer, pode afastar ainda mais o PSB e o PT. Temos que aguardar, mas acredito muito na vitória do João Campos em Recife”.
Namoro apartidário
Se João Campos vencer em Recife, a capital de Pernambuco terá um prefeito do PSB e uma “primeira-dama” do DEM. A namorada do candidato é a deputada federal Tábata Amaral (DEM-SP).
Mandou bem
Guilherme Boulos (Psol) foi uma surpresa nas eleições municipais. Cresceu e derrotou o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro em São Paulo, Celso Russomanno, considerado um dos favoritos na largada. Vai para o segundo turno com Bruno Covas (PSDB) e, mesmo se perder, torna-se uma estrela da esquerda.
Mandou mal
Facções criminosas começam a eleger seus candidatos, de acordo com o presidente do TSE, Roberto Barroso. Uma aposta estratégica para que os políticos aprovem leis que os beneficiam e facilitem a vida de bandidos para que escapem de punições. É o crime organizado nas estruturas de poder.
Só papos “Noticiam que TSE foi atacado por hackers. TSE nega. Então, é exposto banco de dados do TSE. Isso traz um clima de insegurança, que faz as pessoas desconfiarem que o atraso na divulgação possa ser um novo ataque hacker ou manipulação já que não há transparência”
Deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
“Houve uma tentativa de ataque, hoje, com grande volume de tentativas de acessos simultâneos. Foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia e, portanto, também sem qualquer repercussão sobre o processo de votação”
Presidente do TSE,
ministro Roberto Barroso