Ibaneis tem até abril de 2026 para decidir se irá concorrer ao Senado

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Por Ana Maria Campos — A três anos de concluir o mandato, o governador Ibaneis Rocha (MDB) precisa decidir entre ficar no governo até 31 de dezembro de 2026 ou se desincompatibilizar nove meses antes para concorrer a um mandato no Senado. Assim, ele tem dois anos e três meses para se definir porque a renúncia, em caso de candidatura ao Senado, ocorrerá em abril de 2026. A decisão traz consequências importantes para os projetos dos partidos aliados.

Duas vagas abertas para o Senado

Se Ibaneis ficar até o fim do mandato e não concorrer nas eleições de 2026, ficarão abertas duas vagas para o Senado, abrindo possibilidade de, com apoio do governador, a direita fazer dois senadores. Facilita, assim, a união das legendas da base — PP, Republicanos, PL, MDB e PSD — em torno de uma candidatura do grupo ao governo. Nesse caso, se for candidata ao Palácio do Buriti, Celina Leão não terá o governo como vitrine na disputa. Ruim por um lado, mas também permite que, se seu projeto for vitorioso, possa concorrer à reeleição.

Mais chance de alianças

Com duas candidaturas ao Senado, nomes cotados para o governo podem se aliar a um projeto único. No PL, a deputada Bia Kicis e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (foto) disputariam o Senado e, no PSD, o empresário Paulo Octávio. O senador Izalci Lucas (PSDB) também seria um candidato à reeleição. O MDB também pode lançar alguém, como o deputado federal Rafael Prudente.

Chance alta

Caso decida não concorrer, Ibaneis Rocha terá de convencer o MDB, que aposta na chance alta de eleger um senador. O governador que se reelegeu no primeiro turno em 2022 tem grande chance de chegar ao tapete azul do Congresso.

2030, logo ali

Aliados de Ibaneis Rocha defendem que ele fique até o fim do mandato, surfe na popularidade e volte a concorrer ao governo em 2030.

Celina assume no fim do ano

O governador Ibaneis Rocha vai passar o réveillon em Miami, viagem que pretendia fazer no início deste ano, mas foi impedido pela conjuntura. Ele passa 15 dias nos Estados Unidos e Celina Leão assumirá o governo.

Cidadania exclui filiados críticos ao governo Lula

Na linha da decisão que afastou Roberto Freire, dirigente histórico do Cidadania, a direção nacional do partido fez uma intervenção na executiva regional e destituiu a deputada distrital Paula Belmonte da presidência local. Marcelo Aguiar, aliado do ex-senador Cristovam Buarque, assume a presidência da comissão executiva provisória. O motivo da intervenção seria uma postura de Paula afinada com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi uma decisão que interferiu nas escolhas do diretório regional eleito em 2021. Na resolução, o partido afirma que “a deputada distrital Paula Belmonte chegou a participar de ato na Esplanada dos Ministérios em defesa do impeachment do presidente Lula e do ministro do STF Alexandre de Moraes, no qual também houve manifestações contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao cargo de ministro do STF”.

De saída

A deputada distrital Paula Belmonte já decidiu deixar o Cidadania. A definição ocorreu antes mesmo da resolução da legenda que a destituiu da presidência regional. O próprio partido deu uma carta de anuência para que Paula se desfilie sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária. O novo caminho ainda não foi escolhido. Paula garante ser uma parlamentar de centro-direita mas sem ligação com o bolsonarismo. “Eu defendo uma terceira via. É muito machismo achar que sou bolsonarista porque meu marido (Felipe Belmonte) estava na construção do Aliança”, afirma a distrital.

Parceria de sucesso

Exatamente no ano em que a cantora Ivete Sangalo comemora os 30 anos de carreira, a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, sua grande fã, foi convidada a integrar um time renomado para o enfrentamento à violência contra as mulheres durante os shows da baiana. Marcela desenvolveu junto ao Instituto Nós Por Elas, que já possuía parceria com a produtora 30e e a própria Ivete Sangalo, o Protocolo Na Nossa Festa Não é Não, que passa a ser utilizado hoje no grande show que acontecerá no Maracanã e segue posteriormente em todas as turnês pelo país. O protocolo está baseado nas práticas do Projeto de Lei 3/2023 (Protocolo Não é Não) e na Lei nº 7.241 (Protocolo Por Todas Elas), no Distrito Federal. Passamani está orgulhosa com a parceria que já é sucesso. Para Marcela, estar no show da Ivete Sangalo e poder dançar sem se preocupar é o grande objetivo.

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