Condenado por porte ilegal de arma, Fraga propõe a Bolsonaro anistia a quem está nesta situação

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Condenado a quatro anos de prisão em regime aberto por porte ilegal de arma e munição de uso restrito, o líder da bancada da bala, o deputado Alberto Fraga (DEM/DF) propôs ao presidente Jair Bolsonaro anistia para quem está em situação ilegal no que se refere ao registro de armamentos. A medida deve ser incluída no decreto presidencial que facilita a permissão para cidadãos portarem armas de fogo. Na visão de promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a anistia pode ser usada na defesa de Fraga como motivo para rever a condenação.

Amizade antiga

Mas ontem Fraga teve uma má notícia. Sua filha Bruna Brasil Fraga perdeu o cargo de assessora da Secretaria Especial de Relações Institucionais da Secretaria de Governo da Presidência da República. O ato foi assinado pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, chefe da pasta. O líder da bancada da bala não passou recibo da derrota no governo do amigo Jair Bolsonaro e ainda divulgou uma foto dos dois juntos em outros tempos, com a legenda: “Recordar é viver! Queiram ou não, essa amizade é de longo tempo! Selva!”.

Para ajudar na investigação de homicídios

Qualquer fragmento ou projétil de armas que causarem ferimentos em vítimas atendidas nas emergências dos hospitais da rede pública do DF terá de ser enviado à Polícia Civil. A determinação consta de portaria conjunta das Secretarias de Segurança Pública, Saúde e da Polícia Civil, publicada na última segunda-feira. Os servidores dos hospitais deverão recolher e catalogar o objeto retirado do corpo da vítima. O objetivo é ajudar na elucidação de crimes e ainda na análise de causas e efeitos de homicídios e feminicídios que podem apontar soluções para a redução de crimes violentos letais intencionais que ocorrem no DF.

As histórias se repetem

A indicação do ex-deputado Cristiano Araújo (PSD) como diretor de Administração do Metrô/DF pode provocar o mesmo questionamento jurídico que surgiu com a escolha do ex-distrital Wellington Luiz (MDB) para a presidência do órgão. Como ocorreu com Wellington no MDB, Cristiano também exerceu cargo de direção no PSD, como membro da executiva regional. Esse foi o motivo que levou à recomendação por parte do Ministério Público do DF de que o governador Ibaneis Rocha não nomeasse o emedebista na presidência do Metrô. A orientação foi acatada e Wellington foi designado para a Presidência da Codhab.

Pente fino nas indicações de estatais

Outros casos podem ser questionados. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) enviou ao GDF requerimento de informações sobre todas as nomeações feitas em estatais. A legislação federal veda participação de ex-dirigentes de partidos na gestão de empresas públicas. A regra é ainda mais rígida com receita bruta anual superior a R$ 90 milhões.

Sem mordaça em professores

Está bem difícil ficar neutro. Depois de ser atacado por conservadores por posições a favor da ideologia de gênero e contra a Escola sem Partido, o secretário de Educação, Rafael Parente, agora virou vidraça do deputado Fábio Félix (PSol), justamente por dizer que não pretende se contrapor à pauta conservadora na educação pública do DF. “O secretário chegou a insinuar que os docentes serão monitorados para que não ‘doutrinem’ e nem disseminem ideologia de gênero”, reclamou Félix, sobre entrevista concedida por Parente ao programa CB.Poder, uma parceria do Correio com a TV Brasília. “Reafirmo o compromisso do nosso mandato em defender a liberdade de cátedra e a construção do pensamento crítico no espaço escolar. Não aceitaremos repressão e nem mordaça em sala de aula”, afirmou em nota o distrital que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa.

Escolha de adversários

Para o governador Ibaneis Rocha, melhor desagradar ao PSol, que está na oposição, do que os distritais evangélicos, base de seu governo na Câmara Legislativa.

De olho nas licitações

Em ofício, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu ao controlador-geral do DF, Aldemário Araújo Castro, a criação de equipes especiais destinadas a acompanhar todas as licitações da atual gestão.

Francisco Maia se reúne com presidente da CNC

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, não está medindo esforços para fazer com que a entidade se reaproxime da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em seu primeiro ato como presidente da instituição brasiliense, depois da renúncia de Adelmir Santana, Maia se encontrou com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, na sede da confederação em Brasília, e manifestou o seu desejo de fazer com que a Federação do Comércio do DF volte a ter destaque nas reuniões e no sistema nacional do comércio de bens, serviços e turismo. Maia disse para Tadros que o seu maior interesse no mandato é refazer a aliança com a CNC e deixar esse legado de entrosamento e boas relações institucionais para o setor produtivo brasiliense.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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