Defesa Civil sai da Secretaria de Segurança e migra para gabinete do governador

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Em decreto publicado ontem (5/7) à tarde em edição extra, governador Ibaneis Rocha (MDB) transferiu a estrutura da Defesa Civil da Secretaria de Segurança Pública para o seu próprio gabinete. O órgão se desvincula das políticas estratégicas da área de segurança para ganhar um viés mais político. Em almoço com bombeiros, o deputado Roosevelt Vilella (PSB), chegou a comentar — e comemorar — a mudança. No mesmo Diário Oficial, Ibaneis extinguiu a Secretaria de Desenvolvimento do Entorno e todos os cargos deverão ser levados em para a Defesa Civil, com indicações de Roosevelt. A Defesa Civil é responsável pela gestão de ações em desastres e situações de calamidade pública, além de fazer o acompanhamento das áreas de risco. Também realiza e apoia ações humanitárias. Para tanto, sempre conta com apoio das Forças de Segurança Pública. Boa parte de seus quadros é integrada por bombeiros militares, carreira do deputado do PSB, ex-aliado do ex-governador Rodrigo Rollemberg. Os dois políticos se afastaram quando Roosevelt retirou assinatura da CPI da Pandemia, na Câmara Legislativa.

Operação “Homines Venandi”

O governo de Goiás produziu um vídeo promocional da caçada ao criminoso Lázaro Barbosa, morto com 39 tiros. “Competência, garra, força”. Assim o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda definiu a Operação “Homines Venandi” (Homens Caçando). Segundo ele, houve integração e dedicação total entre as forças de segurança de Goiás, Distrito Federal e do governo federal. A captura de Lázaro foi tratada como “a maior caçada da história da polícia”, com uma área mapeada correspondente a 100 mil campos de futebol. Foram 20 dias de busca nas matas. Lázaro vai se tornar uma lenda. Um único homem e todo esse aparato. Hoje a população quer saber: quem dava estrutura para a fuga, quem ordenou as mortes e quais os interesses envolvidos? Ele agiu sozinho? O fato de as pessoas na região de Cocalzinho (GO) se sentirem mais seguras agora é importante, mas somente com todas as respostas para esse caso, a missão estará cumprida.

Jogo termina nas eleições

Por causa da pandemia, vai ser difícil avaliar os avanços ou retrocessos na gestão da saúde pública durante a campanha. A avaliação será toda direcionada à criação de vagas em UTI para covid-19 e na vacinação. Se a população estiver imunizada até as eleições e a crise arrefecer — que aliás é o que todos esperam — o governador Ibaneis Rocha (MDB) chegará forte em 2022, mesmo com os percalços ao longo do caminho. Neste caso, é a história da importância do resultado no fim da partida.

Bloqueio

A Justiça decretou o bloqueio dos bens e contas dos investigados na Operação Dinheiro Sujo, que apura fraudes e cobrança de propina em contratações de empresas de lavanderia pela Secretaria de Saúde do DF, entre 2013 e 2016. A medida vale até o montante de R$ 54.075.227, 14. Entre os alvos estão os ex-secretários de Saúde Rafael Barbosa e Elias Miziara, o ex-subsecretário de Administração Geral Túlio Roriz e os empresários Nabil Dahdah, Ricardo Castellar e João Paulo Teo, vinculados às empresas NJ Lavanderia, Acqua Premium e Lavebrás, que prestavam serviço de lavanderia hospitalar.

Trocada

A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) reclamou pelo Twitter de ter sido retirada da Comissão do Voto Impresso pelo comando de seu partido. “É absurdo irem contra algo que torna a eleição brasileira mais moderna e transparente”, defendeu.

A pergunta que não quer calar….

Toda a população do DF estará vacinada até o fim do ano?

Só papos

“Há 3 anos Zé Dirceu dizia que era possível vencer as eleições sem o povo. Agora seus ajudantes não aceitam a transparência no voto. Coincidência?”
Deputada Carla Zambelli (PSL-SP)

“O presidente acusado de rachadinha, seu governo investigado por propina na compra de vacinas e a base tentando tumultuar as redes com essa falcatrua do voto impresso. É o desespero da cortina de fumaça para tentar esconder a lama da corrupção”
Deputado distrital Leandro Grass (Rede)

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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