Por Ana Maria Campos — O governador Ibaneis Rocha (MDB) retoma, nesta semana, a sua agenda depois das férias em Miami. Agora, é a vez da vice-governadora tirar 20 dias de descanso. Sai um estilo e volta outro. Celina Leão é mais aberta a estar na rua, conversar com todos e se posicionar sobre temas publicamente. Ibaneis é mais reservado, participa de reuniões no gabinete do Palácio do Buriti e não gosta de holofotes. Acha que eventos públicos para inaugurações, muitas vezes, são desnecessários e se manifesta mais pelas redes sociais. Se engana quem pensa que Ibaneis é menos político que Celina. São só estilos diferentes.
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Nos períodos em que está à frente do Governo do Distrito Federal, Celina Leão vai tomando decisões e anunciando medidas sem consultar o governador Ibaneis Rocha em detalhes. Foi o caso, por exemplo, da decretação da situação de emergência por causa das chuvas e do lançamento do programa Ressignificar para preparar policiais civis e militares na conduta com casos de violência contra a mulher. Celina deixa para tratar diretamente com o 01 apenas assuntos delicados em que pode haver uma discordância. Ibaneis dá liberdade para a vice e os dois não têm batido de frente.
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Em conversa com o delegado-geral da Polícia Civil do DF, José Werick, Celina Leão pediu duas providências. A primeira: que o responsável pelo estupro de uma mulher no Guará II, abordada quando descia do ônibus, seja identificado e preso. A segunda: que seja encontrado, investigado e punido um indivíduo que tirou foto ao lado do delegado Fernando Fernandes, titular da 27ª DP, do Recanto das Emas, para debochar da vítima de um caso de violência doméstica. O sujeito é irmão do agressor e, como forma de intimidação, usou uma foto que tinha com o delegado responsável pela investigação, que é ex-deputado distrital, ex-administrador de Ceilândia e muito popular.
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O secretário de Relações Internacionais (Serinter), Paco Britto, estendeu o benefício de bolsa de estudos no valor de 40% da mensalidade na escola de idiomas Wizard, para todos os servidores do GDF — incluindo os terceirizados — e seus familiares. A medida foi anunciada com aval da governadora em exercício, Celina Leão. Os descontos foram garantidos por meio de um acordo de cooperação assinado ontem entre o secretário e a escola de idiomas.
O documento, inicialmente, garantiria as bolsas para a comunidade diplomática de Brasília e seus familiares para o curso de português para estrangeiros. “A Serinter não poderia esquecer os servidores do DF e, então, conseguimos estender as bolsas e garantir a oportunidade para que todos, inclusive seus familiares, tenham acesso a uma segunda língua”, destacou Paco. Os cursos oferecidos são de português para estrangeiros, inglês e mais seis idiomas.
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Nos momentos mais duros, quando o presidente Lula estava preso, alguns petistas, como o deputado Chico Vigilante, adotaram o sobrenome Lula da Silva. Vigilante diz que, agora, não usa mais. “Ele não precisa mais de apoio e solidariedade. Vive um grande momento em sua vida”, diz o líder do PT na Câmara Legislativa.
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O juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, absolveu a ex-deputada distrital Telma Rufino na denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por falsificação dos seguintes documentos públicos, emitidos em seu nome: histórico escolar, certificado de conclusão e diploma referentes ao curso superior de Tecnologia em Gestão Pública, ministrado pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin em parceria com o Centro de Ensino Diniz Eireli.
De acordo com a denúncia, Telma Rufino, hoje administradora de Arniqueiras, obteve esses documentos sem frequentar as aulas ou se submeter às avaliações. O juiz concluiu que não há prova nos autos de que os documentos sejam falsos. “Verifico que a prova é contraditória, não sendo possível afirmar se o conteúdo dos documentos em questão retrata ou não a realidade, cenário em que a ré deve ser absolvida, em homenagem ao princípio ‘in dubio pro reo'”, sustentou Tovani.
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A coronel Ana Paula Barros Habka, nova comandante-geral da Polícia Militar do DF, foi orientada a não se expor no último domingo, quando ocorreu a tragédia no Recanto das Emas em que um sargento da corporação atirou na nuca de um soldado dentro de uma viatura. A oficial acaba de tomar posse e já enfrenta um drama na tropa. Ela, no entanto, vestiu a farda e se dirigiu ao batalhão da PM no Recanto das Emas para prestar solidariedade e orientações à equipe que estava muito abalada.
Ana Paula não é de fugir de desafios. Quando fez o curso de cinotecnia do Bope (voltado ao treinamento de cães) ouviu de um colega que ela deveria providenciar uma vela e se preparar para a reprovação. A policial militar até comprou a vela, mas concluiu o curso como primeira da turma. Ela é determinada, mas serena.
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O julgamento do processo em que estão em questão as sobras eleitorais de 2022 no Supremo Tribunal Federal (STF) está previsto para recomeçar em 8 de fevereiro. Mas a expectativa do meio jurídico é de que o tema ainda vai despertar muitos debates depois dos pedidos de vista dos ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça. O julgamento começou no ano passado em plenário virtual, mas, agora, será retomado de forma presencial. Advogados avaliam que o debate ficará concentrado em duas posições: a defendida pelo ministro Alexandre de Moraes de que as regras de distribuição das vagas nas eleições de 2022, definidas em resolução do TSE, são inconstitucionais e as mudanças devem valer imediatamente, com a posse de quem foi prejudicado, como é o caso do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
A outra posição é apontada pelo relator, Ricardo Lewandowski, de que as regras realmente atentam contra a Constituição, mas em nome da segurança jurídica, qualquer alteração vale apenas para as próximas eleições. Nesse caso, mantém-se a situação atual, com a continuidade de parlamentares como o deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) no exercício do mandato desde o início da legislatura. Gilmar Mendes seguiu o voto do ministro Alexandre de Moraes. Mas, como o julgamento retoma agora de forma presencial, com debates acalorados, o único voto que não tem volta é o de Lewandowski, que se aposentou.
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