Fraga critica “greves anuais” do Sinpro-DF e afirma que diálogo com “sindicatos político-partidários” será difícil

Compartilhe

PEDRO GRIGORI

Críticas a sindicatos e debates sobre reajustes aos servidores públicos fizeram parte da agenda do candidato a governador Alberto Fraga (DEM) nesta terça-feira (4/9). O deputado federal se reuniu, no Comitê de Campanha do Democratas, com servidores administrativos da Educação Pública do Distrito Federal, que reclamam da baixa valorização e da falta de benefícios.

Fraga assumiu compromisso de conceder plano de saúde à categoria, que inclui, entre outras funções, funcionários responsáveis pelos auxílios escolares e administrativos nos colégios da rede pública. O democrata afirmou que não fará promessas relacionadas a reajustes salariais antes de chegar ao Palácio do Buriti.

As paralisações de professores e rodoviários deram o tom da reunião. Fraga prometeu ouvir os sindicatos que se preocupem com a categoria, mas disse que o diálogo será difícil se as entidades de classe colocarem “ideologias e políticas partidárias acima dos interesses da classe”. “Um exemplo é o Sinpro. Parece que eles colocam no calendário deles que tem que ter uma greve por ano para deixar nossas crianças sem aula”, comentou.

O deputado federal detalhou como será o diálogo com as entidades de classe. “Não vou me negar a conversar com ninguém. Quer discutir reajuste salarial? Mostro a minha planilha, o que tem de dinheiro e o que é possível fazer. Não vou fazer mágica, nem enganar ninguém”, explicou.

Fraga ainda destacou o diálogo que teve com o Sindicato dos Rodoviários quando ocupou a cadeira de secretário de Transportes, entre 2007 e 2010. O democrata afirmou que, antes de assumir a pasta, os rodoviários faziam “greve todo ano para ter aumento das passagens e eles receberem aumento também”. “Mostrei que não era aquilo que eles diziam. O sindicato está ali para representar a categoria, e não os interesses próprios”.

Promessas de reajuste

Após troca de farpas entre os candidatos ao GDF Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD) sobre o reajuste dos servidores públicos e a concessão da paridade entre as polícias Civil e Federal, Fraga preferiu ter cautela antes de prometer aumentos. “Não sou irresponsável ao ponto de dizer que vou dar a paridade no primeiro dia de governo”, alfinetou, em relação a promessa de Rosso no debate do Correio Braziliense.

O democrata completou dizendo que ouviu técnicos que afirmam que há possibilidade de dar a paridade, utilizando recursos da União Federal. “Hoje, já tem números que dizem que a paridade custaria R$ 600 milhões. Por isso, terei cautela de não anunciar alguma coisa antes de conhecer a realidade”.

Ana Viriato

Posts recentes

  • Coluna Brasília-DF

Reações à “missão” de Flávio Bolsonaro

Texto por Carlos Alexandre (com Eduarda Esposito) deste sábado (6/12) — Quem apostava na candidatura…

2 dias atrás
  • CB.Poder

Chega ao fim o julgamento dos coronéis da PMDF: condenados por unanimidade pelo 8 de Janeiro

ANA MARIA CAMPOS Foi unânime a condenação dos coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal…

3 dias atrás
  • CB.Poder

Desembargador aposentado chega para disputar voto bolsonarista no DF

ANA MARIA CAMPOS/EIXO CAPITAL O Partido Novo lança na próxima terça-feira (09/12) a pré-candidatura do…

4 dias atrás
  • CB.Poder

Com voto de Zanin, coronéis da PMDF estão condenados a 16 anos de prisão pelo 8 de Janeiro

ANA MARIA CAMPOS Chegou ao fim qualquer fresta de esperança dos coronéis da cúpula da…

4 dias atrás
  • CB.Poder

Projeto prevê que OAB-DF seja notificada pela polícia quando agressor ou vítima forem advogados

ANA MARIA CAMPOS A Câmara Legislativa vai apreciar um projeto de lei que obriga as…

4 dias atrás
  • CB.Poder

Comitê de Segurança Pública do IRB anuncia auditoria nacional para 2026

ANA MARIA CAMPOS O presidente do Comitê de Segurança Pública e conselheiro do Tribunal de…

5 dias atrás