Acusado de estupro no réveillon não será indiciado

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Após quase 45 dias de investigação, a Polícia Civil decidiu que não há elementos para indiciar o vigilante Wellington Monteiro Cardoso, acusado de estuprar uma jovem na noite de réveillon, durante uma festa na Asa Norte. A estudante de 24 anos fez uma denúncia nas redes sociais, em que descreveu o suposto estupro. A Delegacia de Atendimento à Mulher, que investigou o caso, concluiu que não há provas para pedir o indiciamento de Wellington.

“Testemunhas ouvidas indicaram que houve um prévio envolvimento das partes ainda dentro da festa e que eles deixaram o local de mãos dadas, fato que se contrapõe à versão apresentada pela vítima”, diz o documento de conclusão do inquérito.

O caso ganhou visibilidade após a jovem de 24 anos narrar momentos de terror sofridos na madrugada de 1º de janeiro. Segundo o relato, ela estava no evento The Box – Reveião, que ocorreu no Setor de Clubes Norte, quando teria sido coagida por um segurança, que a levou para um estacionamento e a estuprou. “Era mais de meia-noite, eu estava dançando com um amigo perto da entrada, quando fui abordada por um dos seguranças, que me coagiu a sair da festa. Eu realmente não entendi o motivo e, mesmo alcoolizada, só atendi por ser uma figura de autoridade do local. Havia uma área de terra onde alguns carros estavam estacionados entre o cerrado. Eu estava completamente vulnerável, com muito medo. Um dos carros estava estacionado de ré para o cerrado, então atrás do carro só havia vegetação. Ele me virou de costas e, sem a menor cerimônia, me estuprou”, contou a estudante.


O segurança alegou inocência. Wellington confirmou ter mantido relações sexuais com a jovem, mas disse que o ato foi consentido e que a jovem não estava embriagada. Em entrevista ao Correio, ele deu sua versão para o caso. “Ela estava com dois rapazes se insinuando, se esfregando, curtindo a festa e eu fiquei olhando. Ela ficou olhando pra mim. Com aquela troca de olhares, ela veio até mim e se esfregou em mim, passei a mão nela. Eu já tinha beijado o pescoço dela, conversado com ela. Aí perguntei para ela se ela queria ir comigo até o lado de fora da festa. Depois tivemos relação sexual”, garantiu o vigilante.

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Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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Ana Maria Campos

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