Modernização do sistema e redução de interrupções no fornecimento estão entre os compromissos anunciados pela empresa em evento organizado pelo Grupo de Lideranças Empresariais de Brasília
SAMANTA SALLUM
CEO da Neonergia no Brasil, o espanhol Eduardo Capelastegui veio à capital federal ontem especialmente para participar de evento organizado pelo Grupo de Lideranças Empresariais de Brasília (Lide). O executivo anunciou um grande aporte de recursos na melhoria do fornecimento de energia oferecido à população. “Queremos transformar o Distrito Federal na nossa melhor distribuidora de energia do país” , afirmou. Com a presença do governador Ibaneis Rocha, a apresentação de metas e realizações da empresa foi direcionada a um grupo de 150 convidados, entre empresários, autoridades e parlamentares. Serão investidos R$ 1,4 bilhão até 2028.
Considerando os investimentos desde a concessão, há três anos, a cifra total atingirá R$ 2,2 bilhões. O anúncio ocorreu durante almoço-debate no Hotel Royal Tulip, que teve como anfitrião o ex-senador e empresário Paulo Octávio.
O aporte da Neoenergia, desde que assumiu a operação, na capital federal, em 2021, foi maior do que o realizado pela CEB na última década, mais de R$ 850 milhões. Os recursos estão sendo aplicados na modernização do sistema, na regularização do fornecimento em algumas novas áreas, na infraestrutura e no suporte.
O diretor-presidente da Neoenergia Brasília, Frederico Candian, também participou do evento e destacou alguns resultados da empresa. “O tempo médio de interrupções foi reduzido em 24%, e a quantidade média de interrupções, em 33%. Estamos comprometidos em fazer de Brasília um exemplo de compromisso e capacidade de investimento no setor energético”, concluiu.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) relembrou a saga para realizar o processo de privatização do serviço, antes nas mãos do CEB. “Eu não sou um privatista, não tenho essa sanha. Temos, por exemplo, no GDF, a Caesb, que está indo bem. Mas, no caso da CEB, seguimos o caminho certo. Hoje vemos os bons resultados, é visível a melhoria da qualidade do serviço desde que a Neoenergia assumiu. É importante lembrar o nosso programa Energia Legal, em que regularizamos o fornecimento em regiões onde se proliferavam os chamados ‘gatos’. Foram cerca de 100 mil ligações”, disse Ibaneis.
O anfitrião do evento, o empresário Paulo Octavio, relembrou a epopeia da construção de Brasília e ressaltou o salto que a capital federal deu em 64 anos: de uma região sem infraestrutura para a terceira metrópole do país. “É impressionante se lembramos que Brasília foi construída sem energia. Foi preciso trazer para cá um aparato, à noite era o breu. Hoje temos uma empresa pública, a CEB, recuperada, de deficitária agora registra com lucro; e outra do setor privado, a Neonergia, fazendo grandes investimentos na nossa cidade”, pontuou.
Dívida da CEB
O presidente da CEB Holding, Edson Garcia, que conduziu todo o processo de privatização da CEB Distribuidora, celebrou os resultados depois de três anos do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, que passou o serviço para o setor privado. Na época, a CEB-D registrava uma dívida líquida de R$ 892 milhões. Foi fixado o montante de R$ 1,423 bilhão como preço mínimo de venda.
No leilão, em dezembro de 2020, a Neoenergia ganhou o processo com lance de R$ 2,515 bilhões. Ou seja, um ágio de 76,3% sobre o valor inicial fixado.
Dividendos
A desestatização entrou para a história do setor elétrico brasileiro: realizada em tempo recorde, alcançou o maior múltiplo preço já obtido numa operação de alienação de distribuidora de energia elétrica. Foram distribuídos em torno de R$ 1,6 bilhão em dividendos para o acionista controlador (GDF) e R$ 337,9 milhões para os acionistas minoritários.
A CEB hoje cuida da iluminação pública e vai investir na implantação de luz de led em todo o DF até 2026. No balanço referente ao exercício de 2022, a companhia registou um lucro recorrente de R$ 203 milhões. “O resultado de tudo isso impacta diretamente a vida da população do DF, que agora conta com duas empresas saudáveis e com capacidade de investimento, cada uma em sua área de atuação: CEB e Neoenergia”, destacou Edson Garcia.
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