Por Samanta Sallum
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que farmácias e drogarias realizem uma grande gama de testes rápidos em todo o Brasil. Oficialmente, a medida entra em vigor no mês de agosto. Cerca de 40 tipos de exames devem ser oferecidos, como os de dengue, gripe, HIV e chikungunya. A medida era bastante aguardada pelo setor farmacêutico. Até então, apenas de glicemia e testes rápidos da covid-19 podiam ser feitos dentro das drogarias.
Experiência de sucesso na pandemia
O suporte do setor na pandemia do coronavírus foi um dos fatores que contribuíram para a ampliação de serviços do tipo, já disponíveis em outros países, como Estados Unidos e Canadá.
“Realizamos 20,7 milhões de testes da covid-19 e identificamos que pelo menos 10% dos casos eram graves o suficiente para encaminhamento ao hospital”, lembra Sergio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
A Abrafarma fez um levantamento de quais testes poderão ser feitos nas farmácias brasileiras com a nova decisão da Anvisa (veja lista completa abaixo). A expectativa é que mais de 40 exames possam ser englobados. Entre eles Beta-hCG; Ácido Úrico, Colesterol Total; Glicemia, Sífilis; Toxoplasmose; Rubéola; Vitamina D, alergia alimentar, entre outros. Todos na categoria testes rápidos, como o da covid-19.
Apenas triagem
A Anvisa deixou claro na decisão, aprovada em colegiado no fim da semana passada, que os testes feitos nas farmácias devem ter “caráter de triagem”. Ou seja, não têm poder de diagnóstico clínico nem de substituir os exames laboratoriais convencionais.
“O resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”, frisou o órgão.
No DF
O empresário Álvaro Silveira Jr, que é um dos vice-presidentes da Fecomércio e está à frente da rede Drogaria Brasil, afirma que os estabelecimentos na capital federal estarão preparados para oferecer os novos serviços. “Essa decisão da Anvisa democratiza o acesso aos exames, pois eles poderão ser oferecidos a um preço mais barato, auxiliando especialmente aqueles que não possuem plano de saúde, como ocorreu com os testes de covid”, avalia.
Sindilab discorda da decisão
“Respeitamos a decisão, mas não concordamos. Não se pode confundir as atuações. Drogaria deve vender remédio, e não exame. Como, em laboratórios, não vendemos medicamentos”, pontua o presidente do Sindicato dos Laboratórios do DF (Sindilab), Alexandre Bittencourt. Ele aponta que os laboratórios estão submetidos a uma rígida fiscalização e que, por isso, há garantia de qualidade nos resultados. “Não estamos falando de reserva de mercado. E, sim, da saúde do cidadão”, reforça.
Confira a lista completa:
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