Com a empresa Tronik, Maiara Gualberto encara o futuro

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Coluna Capital S/A, por Ana Dubeux (interina)

A história de Maiara Gualberto é a história de como experiências acumuladas ao longo da vida, mesmo as difíceis, podem conduzir a caminhos criativos e bem-sucedidos. É também uma história em construção de uma menina negra, da periferia, filha de catadores, que abraçou as oportunidades que foram aparecendo. De estudar, de aprender e de empreender.

A partir da experiência do pai e da sua própria, de perceber como materiais eletrônicos descartáveis podem virar brinquedo e outras utilidades. Não hesitou, montou uma empresa dedicada à engenharia reversa em sustentabilidade do mundo eletrônico, a Tronik.

Hoje, Maiara está escalando a empresa, aumentando a contribuição na questão ambiental por conseguir proporcionar engenharia reversa. Ao mesmo tempo, ela acaba de assumir a coordenação de Social Impact — Impacto Ambiental — na Associação Brasileira de Startups. E ainda trabalha na empresa WIZ.CO como técnica de Backoffice.

O estudo e o início profissional

Maiara (com o bebê no colo) ao lado dos pais e dos irmãos


Na adolescência, Maiara voltou a Brasília. Ela estudava e, nos intervalos, vendia os salgados. Com 17 anos, começou a fazer estágio numa empresa de informática, onde trabalhou por 11 anos.

Ao ficar desempregada, uma colega enviou seu currículo para um professor da UnB, que a convidou para trabalhar numa empresa de engenharia, prestadora de serviço para a CEB. A empresa precisava das certificações ISO, sobretudo as relacionadas ao descarte de resíduos.

A ponte para o empreendedorismo
Ao sair da empresa, chamou os pais e explicou que viu uma oportunidade de negócios. “Estudamos juntos e, assistindo a um jornal na TV sobre um edital para selecionar ideias de negócios, me inscrevi com meus pais, com uma solução para reciclagem de resíduos eletrônicos”, explica.
Foi selecionada dentro do programa Cocriation Lab.

“Desenvolvemos um plano de negócios, ficamos em primeiro lugar e abrimos a startup Tronik Soluções em Resíduos Eletrônicos.” O programa acabou e a mentora dela mandou outro edital, do programa Descentraliza, que selecionava startups que trabalhavam com negócios de impacto na periferia. Novamente foi selecionada, já que a coleta de resíduos se dava no Recanto das Emas.

O futuro está acontecendo

Hoje, a Tronik é uma empresa que coleta os eletrônicos em casas, empresas e faculdades, dando o destino correto. Agora, Maiara quer escalar a empresa, buscando instituições focadas em ESG, gerando impacto positivo ao meio ambiente, levando para as escolas a importância da coleta seletiva, entre outras ações e projetos.

samantasallum

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