Por Samanta Sallum
O setor produtivo nacional apresenta hoje dois levantamentos importantes com avaliações da população sobre o cenário social e econômico do país. Duas confederações de peso, a da Indústria e a do Comércio, divulgam pesquisas que podem ser bússolas para candidatos à Presidência nesta reta final do 1º turno. A CNI divulga a rodada de opinião pública da pesquisa Agenda de Prioridades para o próximo presidente aos olhos da população brasileira. E a CNC, a Intenção de Consumo das Famílias.
Inflação assusta um pouco menos no Norte e no Centro-Oeste
Quando o assunto é combate à inflação, os moradores do Norte/Centro-Oeste têm avaliação menos negativa do que os das outras regiões. Enquanto na média nacional 59% dos brasileiros criticam a política de combate à inflação, no Norte/Centro-Oeste esse percentual, embora majoritário, é de 51%. O índice destoa do restante do país: 59%, no Sul; 60%, no Sudeste; e 64%, no Nordeste.
Nenhuma área melhorou
A pesquisa nacional elenca saúde, educação e geração de emprego como as pautas mais fundamentais na atuação do próximo líder do executivo. Quando perguntados sobre as áreas que mais melhoraram nos últimos quatro anos, 42% dos entrevistados apontaram “nenhuma” como resposta.
Educação e Saúde
Na sequência, aparecem educação e saúde, ambas com 7%, geração de emprego (6%), programas sociais (5%), infraestrutura/obras (5%) e segurança (4%). O Instituto FSB Pesquisa entrevistou, face a face, 2.030 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs), entre 16 e 21 de agosto de 2022.
Alta na intenção de consumo
Neste ano, o ICF teve altas consecutivas em todos os meses, no entanto, ainda está abaixo do patamar de 100 pontos, que indica satisfação, com teto de 200.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 84,4 pontos em setembro, superando os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores e mantendo a tendência de alta iniciada em janeiro deste ano.
O indicador avançou 1,4% no mês, com crescimento de todos os seus componentes.
É o que aponta pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Melhora no mercado de trabalho
Um dos destaques é que 47% dos brasileiros têm perspectiva de melhoria profissional no próximo semestre.
Fatores que explicam o aumento da intenção de consumo são a melhora do mercado de trabalho e o suporte do Auxílio Brasil a famílias de baixa renda.
A pesquisa aponta que, apesar do maior suporte temporário às mais necessitadas, esses consumidores estão cautelosos por causa de sua vulnerabilidade econômica. Com isso, o indicador de intenção de consumo não avançou tanto. As perspectivas mais otimistas vêm dos com renda acima de 10 salários mínimos.
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