Covid-19, dívidas e chuvas levam comércio do DF a prolongar liquidações

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Por Jéssica Eufrásio (interina) –

Covid-19, dívidas e chuvas levam comércio do DF a prolongar liquidações

As chuvas registradas em janeiro, a piora da pandemia e a situação financeira das famílias, com dívidas de início de ano, preocupam o comércio varejista e colocaram freio nas expectativas pelas liquidações previstas para este mês. As novas restrições definidas pelo Executivo local — necessárias para controlar os casos de gripe e covid-19 — e a apreensão de parte dos consumidores, o que resultou na diminuição do movimento, levaram empresários do segmento a estender as promoções até fevereiro, para dar fôlego a lojistas e clientes.

Vendas do setor cresceram 6%

Neste mês, o comércio teve expansão de 6% nas vendas devido às liquidações, segundo estimativas do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista). Agora, os prognósticos são imprevisíveis. “As novas medidas de restrição representam, na prática, um pedido formal do governo para que muitos permaneçam em casa. A volta da exigência de máscaras em locais públicos também inibe milhares de pessoas que tinham deixado de usar essa importante ferramenta contra a covid-19. Mas os casos têm aumentado em todo o DF”, pondera o vice-presidente da entidade, Sebastião Abritta.

Avanços sob risco

Na quarta-feira, o Distrito Federal completou um ano do início da vacinação contra a covid-19. Essa foi a principal medida para diminuir o número assombroso de mortes causadas pela doença e, também, para permitir uma retomada ampla das atividades do setor produtivo. Neste momento, com os surtos provocados pelas variantes ômicron e do vírus da gripe, o desrespeito a orientações como uso de máscara, higienização frequente das mãos, ventilação de ambientes e, claro, imunização pode colocar esse avanço sob risco, levando a novas, e mais severas, medidas restritivas.

Mercado promissor na capital federal

Arquiteto e design de interiores, Thales Zago, 39 anos, aposta no mercado de Brasília desde 2018 para expandir os negócios. O escritório dele tem sede em Palmas e uma filial em São Paulo, mas é no DF e no Entorno que o empresário se conecta ao restante do país e à própria capital federal. Em 2019, a atuação se consolidou quando Zago participou da CasaCor Brasília. “Sempre tive ligações com essa região, que é um ponto estratégico por questões de locomoção e de ter conexão com outras cidades onde trabalhamos”, conta.

Arquitetura presente

O perfil da clientela favorece a demanda, segundo Thales. Pela ligação da população do Distrito Federal e do Entorno com Brasília, o olhar sobre o design e as artes é diferente de outras partes do país. “As pessoas estão inseridas em uma área de patrimônio tombado pela Unesco. A cidade se reflete na vida dos cidadãos. Está muito presente o conceito de arquitetura que faz integração entre áreas internas e externas, sem muros, com ambientação de espaços”, observa.

Brasilienses gastaram mais no Natal

Com um olhar mais otimista em relação ao ano anterior, os comerciantes do Distrito Federal viram as vendas de Natal crescerem 12% no mês passado, na comparação com os demais dias de 2021. Levantamento da Fecomércio-DF divulgado ontem também revela que os consumidores gastaram mais. O ticket médio das compras subiu 8,8%, de R$ 194 para R$ 211, com destaque para o ramo de eletrônicos (R$ 547, em média). A alta no faturamento esperada pelos empresários era de 20%. Mesmo assim, 43% dos 502 entrevistados consideraram o período melhor que o de 2020, enquanto para 45%, o resultado foi igual.

Península em ampliação

A PaulOOctavio começou a erguer mais três torres do Península Lazer & Urbanismo, em Águas Claras. A quinta fase de construção do empreendimento terá os residenciais Fernando de Noronha, Ilha Grande e Ilha do Mel, com previsão de entrega para 2024. E, até o fim deste ano, serão inaugurados mais dois residenciais, bem como a ampliação da área de lazer do complexo. Para este semestre, a PaulOOctavio e a Poupex, parceiras na empreitada, preparam a entrega do Residencial Ilha da Trindade. No fim do ano, será a vez do Residencial Ilha das Andorinhas.

Versões diferentes

A Receita Federal (RFB) negou ter havido atrasos na liberação dos testes para influenza da MedLevensohn na alfândega pelos motivos informados pela empresa em comunicado. Em resposta à coluna, o órgão federal ressaltou que o processo depende de deferimento prévio da Licença de Importação emitida pela Anvisa. “Somente depois disso e do registro da Declaração de Importação é que se inicia a ação da RFB. Sendo a declaração selecionada para o canal verde, a liberação é automática”, informou. A fornecedora, por outro lado, respondeu que o prazo de 10 dias para liberação pode ocorrer e que — ao contrário do divulgado no informe — os lotes ficaram sob avaliação e fiscalização, não retidos. “A MedLevensohn acredita e respeita o trabalho da Receita Federal de análise criteriosa dos produtos que chegam ao Brasil”, pontuou.

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