Por Samanta Sallum
A variante ômicron, a inflação e as eleições formam uma combinação de fatores que trazem incertezas ao setor produtivo em 2022. Tanto em nível nacional como local, a avaliação é de cautela e preocupação. “O surgimento da nova variante do coronavírus comprova que ainda é cedo para fazer previsões sobre o fim da pandemia. Isso continua sendo um importante fator de risco para a economia global”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga.
A inflação, que empurra a alta de preços e dos juros, compromete o consumo das famílias. “Isso desestimula os investimentos das empresas no país“, aponta Braga.
Recuperação gradual
Pesquisa da CNC reforça o quadro de retração. Para o presidente da entidade, José Roberto Tadros, os números de dezembro reforçam a moderação das famílias em consumir.
“O ano de 2020 apresentou grandes obstáculos para o consumo. Já 2021 foi marcado pela incerteza e consequências das medidas do ano anterior. Os consumidores enxergaram uma recuperação gradual e desaceleraram a cautela, mas ela permanece”, observa.
Incertezas sanitárias
Para Sebastião Abritta, vice-presidente do Sindivarejista DF, o ano será atípico. As expectativas para o comércio são moderadas. “Estão afetadas pelas incertezas sanitárias e políticas, pois, além da volta da inflação, teremos eleições e Copa do Mundo”, pontua.
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