Relator da PEC 110 no Senado reclama que “greve” de Alcolumbre prejudica o país

Compartilhe

Por Samanta Sallum

O senador Roberto Rocha (PSDB/ MA), relator da PEC 110, que altera o sistema tributário nacional, disse à coluna que vai pedir a Rodrigo Pacheco, presidente da Casa, que leve a matéria direto para votação em plenário já que os trabalhos na CCJ, onde deveria ser apreciada, estão paralisados há semanas.

Rocha criticou de forma enfática o que chama de ́”greve” da CCJ do Senado, orquestrada pelo presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP).

“O Brasil e o Supremo estão sendo prejudicados pelo lockdown da CCJ, que impede que as votações cheguem ao plenário. O que não pode é tudo ficar parado por causa do impasse entre Alcolumbre e o governo Bolsonaro. Já podíamos ter votado a PEC em outubro”, aponta Rocha.

A pinimba de Alcolumbre é com Jair Bolsonaro. O senador resiste em pautar a sabatina de André Mendonça, indicado pelo Palácio do Planalto a vaga no STF.

Segundo o relator, o desejo da maioria dos senadores é votar logo o projeto que reformula a cobrança de impostos sobre o consumo. “Foram três anos de trabalho. Meu parecer foi muito amadurecido e agora está na gaveta”, reclama Rocha.

CNI e CNC

Nesta semana, a CNI se manifestou oficialmente dando apoio à PEC e pedindo que seja votada com urgência. O relator do projeto foi chamado também à CNC para compartilhar o andamento do texto no Senado e receber sugestões.

A PEC prevê a substituição dos impostos federais, estaduais e municipais por dois modelos de cobrança sobre Valor Agregado (IVA): um federal e outro subnacional.

Legislação clara e simplificada

Rocha participou de uma live promovida pela Comissão de Reforma Tributária da OAB/DF, em que fez uma análise para advogados do “Ambiente Político para o encaminhamento da PEC 110/2019”. Teve como mediadora a advogada Miriam Lavocat, presidente da comissão.

Há uma grande expectativa dos tributaristas para a aprovação do texto que pretende corrigir distorções e unificar interpretações.

“Todo mundo quer a simplificação e a racionalização do pagamento de tributos. Não podemos ficar mais 30 anos esperando decisões do STF por existir um limbo na legislação que causa insegurança jurídica no país. Isso afugenta os investidores”, destaca Lavocat.

samantasallum

Posts recentes

  • Coluna Capital S/A

Brasília em destaque no ecossistema de inovação

Por Samanta Sallum  A capital federal está representada por Alex Alberto Cordon Kunze, CEO da…

4 dias atrás
  • Coluna Capital S/A

Apoio da ABDI ao Brasil Mais Produtivo

Por Samanta Sallum  A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) apresentou a nova fase do…

4 dias atrás
  • Sem categoria

Geap antecipa pagamentos ao Rio Grande do Sul

Por Samanta Sallum  A Geap Saúde, com sede em Brasília, mobilizou-se para ajudar a rede…

4 dias atrás
  • Coluna Capital S/A

Setor do comércio e de serviços pede ajustes na regulamentação da reforma tributária

Por Samanta Sallum  A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) elaborou…

4 dias atrás
  • Coluna Capital S/A

“Desenvolvimento econômico é a solução para os problemas sociais”, diz Ana Paula Marra

Por Samanta Sallum  A secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, fez um…

2 semanas atrás
  • Coluna Capital S/A

Programa Brasil Mais Produtivo chega ao DF

Por Samanta Sallum  A nova fase do Brasil Mais Produtivo, lançada nacionalmente pelo governo federal,…

2 semanas atrás