Quando tinha 25 anos, Magda Barros tomou uma decisão que mudou totalmente o rumo de sua vida profissional. Deixou o emprego na Embrapa, conquistado por concurso público, para assumir o comando de um posto de gasolina.
Analista de sistemas, formada pela Católica, Magda também cursou três anos de agronomia na UnB. “Meu pai era sócio do posto de gasolina. Mas ele disse às filhas que, se nenhuma de nós fosse cuidar do negócio, ele venderia. Eu então decidi assumir o desafio”, conta.
A empresária, de 53 anos, tem três irmãs e todas chegaram a ser donas de postos de gasolina. Mas, atualmente, apenas ela e a irmã caçula continuam no setor. “Exige muita dedicação”, ressalta.
Câmara de Empreendedoras
Magda é a representante do Sindicato dos Postos de Gasolina do DF (Sindicombustíveis) na Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio.
“É um espaço importante onde trocamos muitas experiências e ideias.”
Aumento da gasolina
Magda atualmente é proprietária do posto Petrobras na Ql 06 do Lago Sul. Ela também se preocupa com o aumento de preços da gasolina. E explica que a Petrobras ainda está segurando os aumentos.
“Se fosse acompanhar o mercado internacional, a Petrobras aplicaria aumento maior. O valor ainda está defasado.”
Ela não repassou ainda o aumento, de 9 centavos na gasolina comum, no seu posto. “Eu tinha estoque. O problema é que a distribuidora aplica imediatamente o aumento, mesmo que tenha o produto comprado antes do reajuste. Então, a gente tem de acompanhar”, diz.
Revisão da Luos
A empresária se engaja em questões importantes do segmento. Na terça-feira, participou, com representantes do Sindicombustíveis, de reunião com a deputada Júlia Lucy (Novo) para tratar da revisão da Luos. A parlamentar vai ser a relatora.
“Há distorções e erros na lei de ocupação e uso do solo que precisam ser corrigidos. As empresas já estabelecidas que compraram lotes diretamente da Terracap com a devida destinação devem ter iguais direitos que os novos grupos que surgem no setor. A aplicação das regras não está sendo de forma igualitária”, aponta.
ICMS
Outro pleito é a redução do ICMS cobrado sobre o setor. No governo passado, aumentou de 25% para 28%. “Pedimos que a alíquota volte a ser a anterior. Isso pesa no custo final e quem paga são os consumidores”, argumenta.
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