Os governadores do Centro-Oeste pressionam para que seja reduzida a remuneração do Banco do Brasil pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Eles reclamam que o banco, responsável pela aplicação dos recursos e atendimento dos interessados, fica com o equivalente a 20% do repasse anual do Orçamento da União para o fundo. O dinheiro é retido como remuneração para gerenciar o risco das operações.
No entanto, a inadimplência do fundo é baixíssima, cerca de 0,3%. Os governadores alegam que esse dinheiro faz falta tanto para o financiamento do empreendedorismo quanto no caixa dos governos.
A questão não é simples de se resolver e envolve mudanças na lei que rege os fundos, ou seja, depende do Congresso Nacional.
O assunto foi tema da reunião ontem no Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel), da Sudeco, por videoconferência.
O DF foi representado pelo vice-governador, Paco Brito (foto), que ofereceu o Distrito Federal para sediar a próxima reunião presencial com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. A agenda está prevista para a segunda quinzena de janeiro.
“No caso dos fundos do Nordeste e da Amazônia, que são administrados pelo Banco do Nordeste e pelo Banco da Amazônia, respectivamente, o risco é compartilhado com o governo federal e a remuneração cai pela metade. Aqui no Centro-Oeste, será preciso alterar a legislação”, explicou Nelson Fraga, superintendente da Sudeco, durante a reunião.
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