Você paga e eles se divertem!

Publicado em ÍNTEGRA

DESDE 1960

aricunha@dabr.com.br

Circe Cunha com MAMFIL

Ou a população de Brasília se une para promover uma reforma verdadeira e profunda no funcionamento da Câmara Legislativa e em todo o quadro político-eleitoral da capital, ou continuará a assistir, de camarote, à sucessão contínua de escândalos de corrupção, com sérios prejuízos não só para a cidade como um todo, mas também para cada um dos moradores, principalmente para os pagadores de impostos que são obrigados para bancar essa farra sem fim.

Fosse feita uma pesquisa de opinião pública com os brasilienses mais esclarecidos e que se interessam pela vida da cidade, possivelmente essa Câmara Legislativa seria banida para sempre do horizonte candango — o que essa coluna sempre defendeu. O afastamento inédito de toda a cúpula do Legislativo local joga os brasilienses de volta aos lastimáveis episódios deflagrados com a Operação Caixa de Pandora de 2009, em que o então governador, José Roberto Arruda, foi parar atrás das grades.

Temos, assim, por nossa falta de comprometimento, três recordes nacionais vergonhosos: o primeiro senador cassado, o primeiro governador preso e a primeira Mesa Diretora de um Legislativo afastada por decisão da Justiça. Tudo isso num curto espaço de tempo. Vigilância eterna é o preço que o eleitorado da capital tem que pagar para desfrutar dos benefícios da democracia. A história da implantação de uma câmara de representantes e de eleições gerais em plena capital federal mostra o poder de pressão dos lobbies sobre a feitura das leis, inclusive até sobre a Constituição.

Contrariando pareceres de doutos juristas, a emancipação política da capital foi feita para atender nichos específicos de pessoas que anteviram nesse processo chances de ganhos econômicos extraordinários. Por diversas vezes, neste mesmo espaço, a população foi alertada para os riscos de se repetirem na capital os mesmos vícios políticos encontrados em outras partes do Brasil. O que os brasilienses começam a perceber agora é que o divórcio entre a classe política e a população é um fenômeno nacional, e Brasília não foge à regra.

Não cabe ao jornalismo fazer as vezes de juiz, condenando ou absolvendo quem quer que seja. Mas estamos cientes de que cabe única e exclusivamente ao povo decidir sobre o que quer que o presente faça pelo futuro e que modelo de democracia deseja para si e para os seus. Pelo que se tem visto até aqui, a sabedoria popular ainda não encontrou solução para o impasse flagrante.

Como é possível que representantes eleitos pela sociedade continuem a trabalhar contra essa mesma sociedade, contrariando seus anseios, escarnecendo não só da Justiça, mas dos próprios eleitores? Quo usque tandem abutere, Camara patientia nostra?

A frase que não foi pronunciada

“Eu estou cheio de ver morcego pousando de segurança de banco de sangue!”

Certo eleitor candango

São Paulo

Magnus é o nome do cachorro que surpreendeu a criançada da AACD. Cientificamente provada, a presença do cão traz alegria suficiente para anestesiar a dor da hospitalização. Felipe Consentini é o veterinário de Magnus. A docilidade e a sociabilidade do animal foram fundamentais na seleção.

Esclarecimento

Sobre a eleição da UnB, a professora dra. Márcia Abrahão esclarece à coluna que a candidatura ao lado do professor Enrique Huelva é exclusivamente acadêmica, “expressa em nosso programa e em nossas exitosas carreiras, que o convido a conhecer. Como gestores de uma das principais universidades do país, caso sejamos eleitos para dirigir a UnB pelos próximos 4 anos, não vamos nos omitir em contribuir com questões importantes para a academia e para o país”.

Lição de vida

Corre pela internet bela imagem com o seguinte dizer: Saem os campeões das Olimpíadas, entram os heróis das Paralimpíadas. Na SporTV, vale acompanhar a série Eu me movo, um documentário que começa às 18h30 sobre a trajetória de vida e a rotina de treinamento de 10 atletas paralímpicos, reconhecidos internacionalmente. Verônica Hipólito, Dirceu Pinto, Fernando Fernandes e tantos outros.

Entrada franca

Por falar em cães, no Minas Hall, de amanhã até domingo, acontecerá o Dog Weekend. Trata-se de uma superfeira com todas as novidades do setor de produtos e serviços para cães, exposição de raças e habilidades.

Preservação

Bate forte o coração ao ver caminhões cercando a mina d’agua, onde será ampliado o acesso norte, entre a Ponte do Bragueto e a L4. Se for preservada, poderia ter uma placa com o nome do ministro Armando Leite Rollemberg.

História de Brasília

Toda ausência é atrevida. Foi só o sr. Jânio Quadros sair do governo, e o Supremo julgou logo o mandado de segurança fazendo voltar as corridas de cavalo nos dias de trabalho normal. (Publicado em 13/9/1961)

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