circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
O papel de cada um
Mais curioso do que o ritmo veloz com que foi votado o importante projeto de terceirização de mão-de-obra , foi a afoiteza com que o próprio governo destacou para a linha de frente ,para negociar com o relator da proposta , ninguém menos do que o secretário da Receita Federal , Jorge Rachid. A missão a ser comprida era fazer, a todo custo, com que o caixa do governo não ficasse no prejuízo caso a matéria vingasse. Os trabalhadores, nesse jogo apertado entre Executivo e Legislativo, ficaram em segundo plano, à mercê do novíssimo modelo que viria. Para o chamado velho sindicato, atrelado às benesses do Estado, o futuro é incerto, por isso reclamam. Para os lobistas do advento das empresas privadas , importava muito mais abrir brechas para o modelo que chega com força do que outra variante qualquer. Cada um no seu papel.
Entre um Estado patrimonialista e um estado rateado por empresas privadas oscila o trabalhador . A outra opção é ficar engrossando as estatísticas do desemprego crescente. Noutra frente, Vaccari vem depor. Ratos vêm junto. Cercado de correligionários , tendo os mais caros advogados do país que o dinheiro pode comprar a tiracolo, o tesoureiro fez sua explanação didática. No bolso o habeas corpus que o autoriza mentir. Todos mentem, esse é o papel de cada um . No Rio, em solenidade armada para chamar a atenção, a presidente assegura, sem que ninguém lhe pergunte, que a Petrobrás agora está limpa daqueles que buscaram “enriquecer os próprios bolsos”. Ela cumpre o papel ensaiado à exaustão pelo partido. Cada um no seu papel. Impermeáveis às arengas políticas internas, as agências de risco e classificação no exterior ameaçam rebaixar a nota dos papeis do país. Cada um no seu papel . Dia 12 a população retorna às ruas. Nas mãos, os mais diversos cartazes de protesto. Cada um no seu papel.
A frase que não foi pronunciada:
“A gaveta da confiança na política nacional já está cheia de ficar vazia.”
Adaptado de Alice Ruiz
Sarau
Sarau vai trazer o século 18 ao cartaz. No lançamento do romance histórico, poema para Barbara, de Mônica Sifuentes, a autora fala sobre a criação da obra. Dad Squarisi analisa os arquétipos das deusas do Olimpo presentes na personalidade de Barbara Eliodora. Atores com trajes da época declamam poesias de Alvarenga Peixoto e de Cecília Meireles. O ministro Carlos Britto lê poemas de sua autoria. Monica Sette Lopes canta em capela o poema musicado composto para a heroína. Therezamaria Luciolla lê trechos de Um poema para Bárbara e de Deuses do Olimpo. Tudo ao som de música da época. É na Cultura Casa Park hoje às 18h com autógrafos de Mônica e Dad.
Nova experiência
Quem paga as contas em dia não deve se revoltar contra o Refis. As pessoas têm problemas diferentes e dar a chance de resgatar contas atrasadas não irá prejudicar os assíduos pagadores. Só quem não tem dívidas com o Estado pode participar do Nota Legal, boa vantagem. Aliás, a bancada de apoio ao governador Rollemberg na Câmara Legislativa poderia rever a alíquota para aumento do desconto como contrapartida aos bons pagadores.
Nova chance
Para quem não conseguiu acertar as dívidas no Centro de Convenções mais uma chance. Só que dessa vez será pela Internet e apenas com a Secretaria da Fazenda. A partir dessa segunda-feira, os interessados em participar da segunda fase do Programa de Incentivo à Regularização Fiscal
Tendo como razão o alto grau de assassinatos por ano no DF o Ministério Público do DF que atua junto ao Júri Popular tendo contato direto com os criminosos resolveu criar o o Núcleo Gestor de Políticas de Proteção à Vida. Marcelo Leito Borges, promotor de Justiça lançou ontem no espaço Ágora o novo projeto e apresentou as metas e objetivos da nova política.
Reforma
Visivelmente renovado o Fórum Desembargador José Manoel Coelho comemora 21 anos depois de uma demorada reforma. As obras foram executadas pela Secretaria de Administração Predial, Coordenadoria de Bens Móveis Patrimoniais e Secretaria de Infraestrutura de Tecnologia da Informação do TJDFT.
Caos
Bárbara Melo, presidente da Associação Brasiliense de Residentes Multiprofissionais disse que os médicos residentes da rede pública ainda não receberam os salários. 340 médicos que atendem em 8 hospitais do DF pegam no pesado e quando param é um Deus nos acuda. A situação vai ser resolvida logo.