VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br  

Interina: Circe Cunha  
Colaboração Mamfil 

Bancos, bancos, bancos   Para o cidadão comum, a divulgação, a cada ano,  dos balanços contábeis dos bancos brasileiros soa quase como um conto de ficção, tamanho são os valores que indicam a lucratividade do setor. Somados os lucros obtidos  durante os  últimos 12 anos revelam muito mais do que as faces de dois brasis díspares , um mergulhado no pântano da recessão e outro, menor, situado entre as maiores e prósperas economias do planeta.   O chamado lucro líquido nominal apenas dos noves maiores bancos que operam no Brasil, inclusive o BB, contabilizou , no período entre 2003/2010, R$ 174 bilhões.  Valores que corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegam a R$ 199 bilhões, um salto de 550% de lucratividade se comparado ao governo anterior. É sabido, desde sempre, que a rentabilidade assombrosa dos bancos no país, sempre foi muito além do que o próprio patrimônio líquido dessas instituições, numa aritmética de difícil compreensão para os leigos. A mágica dos números que faz com que ninguém entenda ou desconfie como é possível essa situação favorável mesmo na penúria para a população em geral, quando o arrocho no crédito é a regra.  Por sua própria natureza, a existência de um instituição financeira, pressupõe a garantia e a manutenção de lucro. Em outras palavras, não existe banco sem a  ideia de  lucratividade. Segundo levantamento feito pelo jornal Valor Econômico, os bancos lucraram muitíssimo mais. Algo como R$ 279,9 bilhões, contra R$ 34,4 bilhões durante o governo FHC, ou oito vezes mais. Trata-se de uma performance fantástica para um setor, que a princípio, não via com bons olhos a chegada de um partido tido como de esquerda ao poder. Esses números alimentam uma certeza corrente e que já é quase lugar comum: Nunca os banqueiros ganharam tanto dinheiro quanto nos governos do PT. Segundo a mesma fonte, o lucro nominal dos bancos, durante o primeiro governo de Dilma Rousseff foi de R$ 239,9 bilhões, mesmo com a desaceleração da economia. Somados esses dois valores da era petista, a lucratividade (nominal) dessas instituições, em pouco mais de uma década, ficou em torno de meio trilhão de reais, valor muito superior ao PIB de centenas de países. Uma fábula, se comparado a qualquer outro setor da economia. Um escândalo , se formos comparar a situação econômica média do cidadão comum em nosso país.

A frase que foi pronunciada:  “Só existe um chefe: o cliente. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente do conselho até o faxineiro, simplesmente se não quiser mais o seu produto.”

Sam Walton

Dia de Festa Hoje o presidente do Serviço Social da Construção Civil do DF, o incansável Deyr Corrêa, vai dirigir os trabalhos da formatura de 4 turmas de operários  da construção civil que terminaram a fase da alfabetização. No auditório do Sinduscon, Setor de Indústria.   Como funciona No próprio canteiro de obra o professor ministra as aulas ouvidas atentamente pelos operários.  “A alfabetização é o primeiro passo da cidadania do homem. A partir daí os efeitos se multiplicam geometricamente. Ter uma escola dentro do local de trabalho estimula a aprendizagem” diz com satisfação o presidente do Seconci-DF, Deyr Corrêa. A instituição oferece assistência odontológica, médica, Segurança do Trabalho, Educação, Capacitação, além do Serviço Social.   Lição Nessa avalanche de notícias onde a construção civil é bombardeada, o juiz Sérgio Moro ficaria orgulhoso de conhecer o trabalho do Seconci- DF. Talvez até pudesse ajudar depois de ter declarado sobre a operação Lava Jato que :“é necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável”. A pergunta é: e o governo que abandona aqueles que querem trabalhar pelos menos favorecidos e não recebem apoio? O que é feito em favor dos que contribuem efetivamente com a causa social no país?   Prova A resposta é: burocracia, fiscalização sem fins educativos, apenas pecuniários. Todas as lentes do país estão voltadas para o desarranjo, corrupção e violência. Aqueles que constroem uma vida melhor para os outros precisam aparecer mais.   Outro quadro Em uma palestra para líderes da construção civil no DF o brilhante Ayres Britto finalizou o discurso com a seguinte frase: “Estamos vivenciando, no Brasil, uma mudança de atitude. A desonestidade, como estilo de governo, está com seus dias contados”, frisou o ministro. Brindemos então à honestidade!

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