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Companheiros em armas
Na República do Pixuleco, todo dia é acrescentado uma nova pedra ao muro que vai separando a sociedade brasileira do atual governo. O isolamento do núcleo que comanda o Estado vai ficando patente a cada encontro milimetricamente agendado, a cada solenidade orquestrada com plateia escolhida a dedo.
O abuso dos recursos de marketing, criou uma espécie de cenário de faz-de-contas permanente em torno do Palácio do Planalto, dissociando-o da realidade que castiga o resto do país. O mais surpreendente é que o penoso trabalho de ilhamento do Executivo é obra exclusiva dos próprios membros do governo.
Na foto oficial, feita logo após o encontro encomendado às pressas pelo ex-presidente Lula com as principais lideranças políticas do país, a imagem que vem à mente é a de homens que, transformados em pinos de um jogo de boliche , aguardam o choque inevitável contra a bola imensa e veloz . Não há meias palavras para descrever o quadro.
O ministro Gilmar Mendes chega ao ponto de afirmar, durante sessão no Tribunal Superior Eleitoral que julga dados referentes a campanha de Dilma Rousseff que o TSE não pode permitir que o País se transforme em sindicato de ladrões.
A cada declaração oficial, mais aumentam as labaredas. O rápido encadeamento de fatos vão sendo postos à luz com as investigações da Operação Lava Jato. Não dá tempo para os personagens encontrarem explicações capazes de expiar as muitas culpas.
Os ventos de Agosto, mais uma vez, varrem a capital, expondo a aridez desolada do Planalto aos olhos da população. No meio desse triste “baile da Ilha Fiscal” do século XXI, há lugar ainda para bravatas .
O poderoso chefão da CUT , aproveitando as luzes da imprensa, ameaçou colocar os homens de seu exército brancaleone, armados e entrincheirados para combater a burguesia em defesa da “presidenta” e do seu criador.
Para os historiadores e cronistas políticos, o Brasil vive hoje um dos momentos mais fecundos de toda a sua história em termos de realismo fantástico. Para a sociedade em geral, esses são tempos para serem esquecidos, como aquela foto antiga que escondemos de todos por vergonha de nós mesmos.
A frase que foi pronunciada:
“Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.”
William Shakespeare
Movimento eletrônico
Há uma mobilizando pela web para informar o nome dos parlamentares que receberam a representação popular pelo voto e optaram por abandonar os eleitores assumindo cargo na máquina do governo.
Prioridade zero
Missiva de Pedro Cardoso rememora os meses de campanha política. Educação era prioridade de todos. No final das linhas alunos de ensino médio “nas chamadas escolas públicas” saem sem saber o que é uma vogal ou uma consoante.
Participação
Historiador, jornalista e arquiteto tem abrilhantado o Correio Braziliense com seu talento e prestígio Mamfil é colaborador da coluna e tem recebido muitos elogios pelos seus textos.. Nossos agradecimentos.
Cola
Sindicatos dos Professores descontou do contracheque contribuição sindical sem que houvesse acordo ou permissão para isso. Tem muito professor chateado com o tempo que vai perder para buscar a solução de um problema criado pelos outros.
Estranho
Muitos questionamentos na Câmara Legislativa sobre o arquivamento da representação contra a deputada Telma Rufino. A decisão saiu durante o recesso parlamentar sem convocação extraordinária da mesa para o ato.
Realidade
Fraudadores não costumam temer controle interno. “Se você não descobriu nenhuma fraude nos últimos seis meses é porque você já foi vítima de fraude há seis meses. São as pessoas que têm no DNA o desejo da conquista e ganho pessoal que gostam de se arriscar nesse intento.” Trecho da palestra de Wesley Figueira, Senior Partner da RSM
Amigo
Agradecemos ao Kleber Farias o livro de Roberto Duailib com uma coletânea de frases e provérbios.
