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Quem tem medo de Serra? Em 8 de julho de 2009, há exatos seis anos, a Organização Mundial da Família (WFO), vinculada a ONU, sediada em Genebra, na Suíça, conferia ao então governador de São Paulo, José Serra, o prêmio máximo por seu trabalho frente ao Ministério da Saúde no período (1998 a 2002). Tratava-se ali de um reconhecimento de credibilidade internacional por um trabalho que ainda hoje rende frutos e é copiado em outras partes do mundo. A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) , revolucionou o acesso à medicina, se transformando no maior sistema público de saúde do mundo, englobando desde o simples atendimento ambulatorial até a complexidade dos transplante de órgãos, permitindo o acesso integral, universal e gratuito para toda a população. Neste período, foram implantados ainda o atendimento e prevenção gratuitos aos portadores do vírus da AIDS, através da combinação de medicação (coquetéis), que até aquele momento era tratada como uma questão tabu . Nesta gestão merecem ainda citação a criação dos medicamentos genéricos e a luta quixotesca pela quebra de patentes de remédios, posteriormente deturpadas pelo lobby poderoso das multinacionais de remédios, já no governo petista. Outra revolução profunda trazida pela gestão de José Serra frente ao Ministério da Saúde e de repercussão em todo o mundo, foi o combate sem tréguas contra o fumo, restringindo a publicidade de cigarros e obrigando a impressão de fotos, nos maços de cigarros, com imagens chocantes sobre os malefícios desse vício. Ressalte-se que após essa campanha antitabagista, também contra multinacionais poderosas, foi evidenciada a queda contínua no número de fumantes de um lado, por outro lado culminou também com a proibição total do fumo em prédios públicos e lugares fechados. Numa época em que a imagem pública dos políticos anda tão em baixa junto a população em geral, a figura do paulista José Serra é o que se poderia dizer de um ponto fora da curva.
A frase que FOI pronunciada: “Quando os ventos da mudança sopram, algumas pessoas levantam barreiras, outras erguem moinhos de vento”. Érico Veríssimo
Novidade Um Projeto de Lei aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados garante que quem estiver por trás de anúncios que prejudiquem ou exponham em perigo a saúde do consumidor poderá ter uma pena maior. Basta comprovar a relação entre o dano e a publicidade. O deputado Vinícius Carvalho reforça que os fornecedores – anunciantes serão enquadrados, os veículos de comunicação, não.
Vivo Ligações para a mesma operadora de celular são gratuitas. Nem sempre. Se for conferir pode verificar que se trata de propaganda enganosa. Pelo menos com o nosso leitor foi assim. A família com a mesma operadora teve os números cobrados na conta. Nem a Anatel na causa. Nada resolvido.
Pessoas “Paralisia cerebral no Brasil” O assunto é debate em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara. Os ministros da Saúde, Arthur Chioro, e dos Direitos Humanos, Pepe Vargas, foram convidados para expor as idéias e conhecimento.
Release Engana-se quem acredita que a reforma agrária no Brasil é uma sugestão apenas dos marxistas de plantão. A Revista de História da Biblioteca Nacional mostra que os primeiros projetos nesse sentido surgiram ainda do Brasil Colônia, na segunda metade do séc. XVIII. A publicação lista algumas dessas propostas. Entre elas, a do bacharel em direito José Arouche de Toledo Rendon, que, em 1788, escreveu Reflexões sobre o estado em que se acha a agricultura da Capitania de São Paulo, propondo o confisco de terras ociosas e sua destinação para a criação de gado e a agricultura. A revista chega às bancas hoje. Vale-tudo Uma estratégia adotada pelos grandes laboratórios em parceria com as farmácias, para quebrar os transgênicos, é criar um banco de dados dos pacientes e médicos. Quem compra o medicamento e está cadastrado ganha desconto e quem prescreve ganha pontos para viagens e hospedagens em promoções dos laboratórios para a realização de conferências em saúde.
