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Um país em pedaços Três assuntos, aparentemente díspares, chamaram a atenção dos leitores nestes últimos dias. O primeiro , mais espetacular e sucinto, talvez tenha sido a foto que mostra a presidente Dilma de óculos escuro, passeando fagueira, de bicicleta, ao lado de dois seguranças, nas proximidades do Palácio do Alvorada. Nas pedaladas da chefe do Executivo e de sua trupe, aparece estampada ao fundo o anúncio de uma empresa de limpeza de carros. Nome da empresa Lava Jato Planalto. Seriam as tais coincidências do destino. A foto, falando mais do que mil palavras, resume bem um tempo e um governo que desfila diante de nossos olhos como ciclistas anônimos e indiferentes. Seguindo a mesma linha de resumos históricos, eis que José Dirceu, ( chamado de novo às luzes da ribalta , por conta de suas impressões digitais deixadas no novo escândalo da moda, o petróleo), apareceu em matéria do Jornal Estado de S. Paulo confidenciando à amigos sua mágoa com os antigos companheiros Lula e Dilma. “De que serve toda covardia que o Lula e a Dilma fizeram na ação penal 470 e estão repetindo na Lava Jato? Agora estamos todos no mesmo saco, eu, o Lula , a Dilma”. Tomada em seu sentido literal a frase: “estamos todos no mesmo saco” se aproxima muito da expressão popular “farinha do mesmo saco”. Dirceu resumiu com exatidão o que a sociedade já suspeitava a muito tempo. São todos partícipes de um mesmo plano: a tentativa de perpetuação de um grupo no poder a qualquer preço, numa reedição do lema : “o fim justifica os meios.” Por fim o ex-presidente Fernando Henrique, em artigo publicado na imprensa, afirmou, com todas as letras, que “os brasileiros sentem hoje a dor das oportunidades perdidas… por conta de uma guinada para o despropósito”. Para FHC o momento de crise tem um responsável direto e inconteste: “Ele é fruto de decisões desatinadas do lulopetismo e da obsessão pela permanência no poder, com a ajuda da corrupção e de medidas populistas que nada têm a ver com desenvolvimento econômico e social ou com os interesses nacionais e populares.” Retrato fiel e amarelado de um pais que vai se despedaçando ladeira abaixo. A frase que foi pronunciada: “Triste ver a morte de uma instituição que foi o orgulho dos brasileiros pela sua organização, competência, neutralidade e excelência em formação dos seus diplomatas. Orgulho este que tive ao representar meu país parte de minha vida!.” Luiz Ludovico, compondo um Requiem ao Itamaraty CRE O senador Tasso Jereissati apresentou um requerimento para uma audiência pública que visa discutir o comportamento da diplomacia brasileira, cheia de ideologias que contaminam diretamente a economia nacional e o comércio exterior. Disse o senador que “O apoio brasileiro a determinados governos, por afinidade ideológica, tem trazido constrangimento em diversos episódios, com prejuízos à nossa imagem internacional”. A presidência da audiência pública que coordenará um ciclo de debates sobre política externa é do senador Aloísio Nunes Ferreira. Lógica Um milhão de processos de baixo valor protelados pelo INSS para o pagamento é estratégia que onera o próprio Estado. Pela lógica do raciocínio e pela competência do senador Paulo Paim, dá impressão que vem projeto novo por aí. Empresárias Fabiani Christine e Fabiola Bahouth lançam no dia 9 de junho a campanha Espalhe Amor 2015. Esse ano, toda renda obtida através da venda das camisetas, será revertida para o Projeto Adoção São Francisco, uma instituição que resgata e trata animais abandonados. Pós ativos Plano de Contingência planejado pela Secretaria de Saúde é melhor do que nada. Mas mostra a falta de gestão competente que prevenisse as mortes de pacientes e não esperasse por elas para tomar providências. Abuso inconcebível Operadoras de celular fazem e desfazem como bem querem, o que querem, quando querem. É um absurdo! A situação é a seguinte: um cliente da Claro que tenta ligar para celular da Vivo que se encontra em outro país, é surpreendido por uma interceptação da operadora Vivo exigindo um cadastramento prévio para que a ligação seja liberada. A estratégia não faz sentido. A operadora de origem já cobra pela ligação de longa distância. Reguladoras só de clientes. Para as operadoras a liberdade é total.