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Entre benefícios, a falta de contrapartidas Num mundo que ruma sem volta para a globalização , as expressões ou termos estrangeiros vão ganhando cada vez mais espaço dentro das línguas nacionais . A cada estação novos anglicismos passam a ocupar as páginas dos noticiários e logo são incorporados à vida de todos. Se até poucas semanas atrás a palavra mais frequentada nas manchetes de jornais era “impeachment”, agora a expressão do momento, e que sintetiza bem o atual estágio econômico vivido pelas montadoras de automóveis é “lay-off”. O termo se refere à suspensão temporária do contrato de trabalho de parte dos operários, de modo a permitir que a empresa enfrente períodos de retração e estagnação. Curiosamente foi este setor o que maiores benefícios obteve ao longo da última década, quer em forma de redução de impostos ou mesmo de renúncias fiscais e tributárias. Ainda em 2011 os fabricantes de veículos e componentes alardeavam, em anúncios por toda a parte, um programa de investimentos da ordem de R$ 65 bilhões. Ao contrário do que diziam, o grosso desses investimentos não vinha dos cofres das empresas e de bancos privados. O dinheiro veio mesmo foi através do BNDES. Isso significa que os brasileiros pagaram muito caro para que as empresas de carros se estabelecessem por aqui . E o que ocorre aqui não é diferente em outras partes do mundo: ao menor sinal de retração da economia local, esse tipo de indústria vira as costas para todos. A caixa-preta do BNDES está presente também no incentivo à essas gigantes. É como se o trabalhador brasileiro usasse seu próprio dinheiro para construir uma fábrica de automóveis. Na ponta do lápis foi e é o que vem ocorrendo há muitos anos. Não bastasse essa contradição capitalista, o governo ainda concede, em prejuízo de todos, que essas empresas tenham benefícios fiscais e tributários de toda ordem por longos períodos. Na hora em que a economia dá sinais de retração e que o mercado consumidor encolhe, essas mesmas montadoras são as primeiras a dar uma banana para todos, fechar parte das fábricas e ameaçar os trabalhadores, que , a bem da verdade investiram nelas parte de seus recursos.
A frase que foi pronunciada: “Toda forma de vício é ruim, não importa se o narcótico, álcool, morfina ou idealismo.” Carl Jung
Estatuto
A caminhada quer conscientizar a população sobre o Estatuto do Nascituro, Projeto de Lei nº 478/2007 – proposta original dos deputados federais Luiz Carlos Bassuma e Miguel Martini. O Estatuto prevê garantia do direito à vida em qualquer situação. Ao mesmo tempo assegura que a vítima de estupro receba ajuda psicológica e acompanhamento pré-natal.
Simples Uma mudança simples que traria grande diferença nas rotinas hospitalares aconteceria se todas as portas dos hospitais pudessem ser abertas com os pés e não com as mãos. Pisando para abrir as portas evitaria que a mesma maçaneta tocada pela luva da faxineira fosse logo em seguida tocada pelas mãos dos médicos ou enfermeiras.
Luz Uma certa trapalhada nas contas de luz em Brasília. Tanto no que tange ao lapso de tempo para o pagamento quanto o valor exorbitante. Parece que quanto mais falta luz, mais cara fica a conta. As obrigações estão invertidas. Cada vez que o governo pede economia para os consumidores retribui com uma conta mais alta.
Consolação Um escândalo com final prático. Por enquanto o que se divulga é a perda de mais de R$6 bilhões em propinas. O que os procuradores querem é reaver contabilmente esses valores de volta para a Petrobras. É uma ação que, embora venha angariar a simpatia dos leitores, parece uma missão impossível.
Experimentos
Marcos Botton, PUC do Rio Grande do Sul estuda aumentar a produção de morangos reduzindo o uso de agroquímicos com uma solução inusitada.Vai usar os serviços de abelhas sem ferrão. A técnica foi um dos desafios em um curso criado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Embrapa Uva e Vinho e PUCRS.