VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br

“#CorrupçãoNão” Diz a prudência antiga que não se deve brigar com homens de saias, numa referência à juízes e membros da igreja. Ao que tudo indica, esse conselho  não vem sendo  acatado pelos políticos de um modo geral.   Para uma República que parece viver em final de feira, com os cargos públicos transformados em xepa e distribuídos  à mancheia para “pacificar as bases” famintas, o contra ataque dos políticos às autoridades responsáveis pela condução da Operação Lava Jato soa , no mínimo como indício de culpa. O ex-presidente Lula usando de ironia com relação aos métodos adotados pelas igrejas neopentecostais,  lembrou em palestra que  os sindicalistas escolhem o caminho mais fácil ao culpar o governo por tudo, da mesma forma que os pastores acusam o diabo por tudo de ruim que acomete o ser humano . A resposta irada dos pastores não tardou a se multiplicar nas redes sociais, o que pode ter como efeito imediato, uma debandada   do rebanho de evangélicos  das hostes petistas.

A frase que não foi pronunciada: “Ser político é essa coisa que nos diz que a política não presta.”

Alguém murmurando na Esplanada dos Ministérios   CAR Cadastro Ambiental Rural e o Programa de  Recuperação Ambiental passam aos produtores a ideia de que a adesão ao cadastro é uma forma juridicamente mais segura. Para regularizar áreas de interesse social e utilidade pública a intenção é a recuperação das áreas degradadas. É preciso monitorar a iniciativa para que não perda o objetivo.

Esclarecimento Por intermédio de Agnaldo Bocchino recebemos o desabafo de Aline Menezes sobre o aumento concedido aos servidores do Poder Judiciário Federal caso o PLC 28/2015 seja aprovado em plenário e sancionado pela Presidente Dilma Roussef

Ponto 1 O salário mínimo em 2006 equivalia a R$ 350,00. O atual salário mínimo é R$ 788,00 – um aumento de 125% em 09 anos.

Ponto 2 Os servidores do Judiciário estão sem aumento real há 09 anos.   A inflação brasileira no período compreendido entre abril de 2006 e abril de 2015 alcançou 56,03%, segundo o IBGE.

Ponto 3 O aumento de 78% será parcelado em 3 anos, com prestações semestrais. Esse aumento, porém, vem acompanhado de um aumento equivalente em relação aos valores pagos pelos servidores a título de Imposto de Renda e PSS o que fará com que a média de aumento, em dezembro de 2017, esteja entre 28 e 35% do atual salário líquido dos servidores, ou seja, em dezembro de 2017, um servidor receberá, em média, 33% a mais do que recebia em 2006, na época do último aumento.

Ponto 4 Em 11 anos, um aumento anual de 3% – o que não fica longe de superar a inflação do período que, em seu índice mais baixo, verificado em 2007, atingiu 2,998% ao ano (considerando a média de aumento de 3% ao ano, nosso reajuste ficou abaixo da inflação em todos os anos de 2006 até 2015, com exceção de 2007).

Ponto 5 Vale lembrar que esses planos salariais só existem pela falta de uma data base anual para a correção dos salários da categoria

Ponto 6 O que acontece na realidade, é que quem trabalha de verdade é bombardeado por cobranças internas e externas com respeito à produtividade, sofrendo, por muitas vezes, diversos tipos de assédio moral.

Ponto 7 Trabalho sem estímulo, estressante, rotineiro é a marca registrada no serviço público. As políticas internas de motivação são pífias. A sensação que impera entre os servidores é que se transformaram em números esperando pela aposentadoria.

Ponto 8

Cada vez maior o número de trabalhadores pedindo remédio para tratamentos de alto custo.

Ponto 9 Já os idosos que conseguem através de processos que correm na Justiça Federal, aposentadorias inicialmente negadas pelo INSS.

Ponto 10 Continua a missiva, com a intromissão da colunista que conclui. O Brasil não é um país de todos. O Brasil não é uma pátria educadora e não há, nesse momento, como transformar a espada em arado. À luta Justiça!

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