VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br

Colaborador: Mamfil

OAB, ABI, CNBB e UNE e a democracia
 
Nem mesmo atos provados de corrupção são  tão letais  à uma instituição de defesa da cidadania do que a sua conversão aos ditames do governo de plantão, seja de que matiz for. O aparelhamento tem o poder da estricnina, os efeitos do envenenamento continuam a agir por longo tempo, tornando sua plena recuperação uma tarefa árdua, e as vezes inócua  sempre que a memória vem à tona. A abdução política, nestes casos, funciona como uma quebra de confiança,  uma vez rompida, ficam os remendos, as cicatrizes. Sendo assim, como manter instituições, que têm no seu cerne características marcadamente políticas, distantes e imunes aos diferentes  governos?  
O que parece, num primeiro momento, um paradoxo, sem solução, encontra na leitura  atenta dos próprios estatutos, a saída para o impasse. Ao brasileiro  fica a impressão que o retorno ao estado de direito, fez perder o viço dessas instituições que eram a voz do cidadão, do mesmo modo que esvaziou a música e poesia dos compositores de protesto.
Numa primeira impressão, tudo ficou como que pasteurizado, numa geleia geral amorfa e insípida. Pior para a democracia. O silêncio obsequioso desses organismos, no caso do momento tão grave por que passa a Nação, muito mais do que insinuar uma cumplicidade  cínica, arremessa o cidadão no terreno baldio da incerteza e do desamparo. Sem ter a quem recorrer nesta hora de aflição, o cidadão órfão, tem apenas numa parte da imprensa e nas manifestações espontâneas  das ruas, a certeza de que não está sozinho nesta longa noite.
Definitivamente, democracia não se constrói sem traumas e sustos de toda a natureza. À ordem  de secessão, repetidamente ordenada pelo governo, contra quem ousasse discordar, fez calar também as instâncias derradeiras da cidadania. Fechadas num mutismo  autista, estas instituições deitaram por terra a própria razão de existir. 
Passada a tormenta, ficarão ainda os escombros  das ordens, associações, confederações e união, todas a espera de quem possa reaver a credibilidade perdida.
 

A frase que foi pronunciada:
     “O poder sem moral transforma-se em tirania.” Jaime Balmes 
 
No peito e na raça
 
Se existe na Saúde do DF algum setor que funciona com excelência, este é o Banco de Leite do HMIB. Mesmo na penúria da falta de verba para fazer um trabalho melhor, os funcionários, sob a coordenação da Dra. Miriam Santos se desdobram para que as crianças tenham no início de vida, o contato materno. Nossa homenagem à toda a equipe pela dedicação. Dra. Miriam, Adriana Fernandes, Aline Barbosa, Ana Paula Domingos, Divina Chaves, Juliana Diniz, Camila Canuto, Lauana Martins, Malena Magno, Patrícia Botelho, Patricia Schimin, Raquel Prata, Sebastiana Moura, Sheila Bernardino, Silvana de Oliveira, Susana Andrade e Vanessa Macedo.
 

Descaso total 
 
Era só o que faltava. Em uma reforma sem fim, a Biblioteca Conceição Moreira Salles continua de portas fechadas. Naquele local  os escritores e músicos registravam os direitos autorais de suas obras. Os funcionários foram transferidos para o Ministério da Cultura mas o serviço, não. A sugestão do Sindicato dos Escritores do DF é que a esses servidores sejam dadas condições de poder receber os  originais no próprio MinC. Até agora o ministro da Cultura, Juca Ferreira,o presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, e também os coordenadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Biblioteca,  do Congresso Nacional, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) e o deputado José Stédile (PSB-RS) receberam a missiva mas não acataram a sugestão efetivamente.
 
Uma pena 
            
              Por falar em livros, o Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, criado a mais de 10 anos, foi simplesmente desocupado sem uma fundamentação que justificasse tamanha violência contra a educação e cultura. Até agora os exemplos de Pátria Educadora estão fora da realidade.
 

Release
Desde março, a Administração do Lago Sul tem combatido a poluição visual nas ruas. Em oito meses, cerca de 8 mil propagandas irregulares foram recolhidas do Lago Sul e do Jardim Botânico. Todos os dias, servidores do órgão retiram dezenas de faixas espalhadas pelas quadras e avenidas do bairro. Em julho, as administrações regionais do Lago Sul, Lago Norte, Taguatinga e Plano Piloto assinaram documento com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região. O documento visa a organização dos meios de divulgação e do comércio imobiliário nas respectivas regiões administrativas.
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