Um gênio brasileiro

Publicado em ÍNTEGRA

DESDE 1960 »

jornalista_aricunha@outlook.com

Circe Cunha e MAMFIL

Fato comum parece perseguir e marcar invariavelmente as pessoas dotadas de grande genialidade: não são plenamente compreendidas por seus contemporâneos e conterrâneos. Com Oscar Niemeyer não foi diferente. Depois de 1964, com a instalação dos militares no poder, ficou cada vez mais difícil para Niemeyer trabalhar no Brasil. Nesse período particular da vida, o arquiteto se encontrava no auge das potencialidades e energia criativa e as obras de arte arquitetônicas brotavam em profusão de sua prancheta simples.Impedido pelo novo governo, unicamente por causas ideológicas, de prosseguir os projetos, Niemeyer levou sua arte preciosa para fora do país, onde foi acolhido com entusiasmo e deixou obras magníficas que serviram para divulgar o talento da nova arquitetura brasileira segundo os padrões modernistas que marcavam aquele período. O que o Brasil desdenhou o restante do mundo recebeu de braços abertos e aplaudiu.

Mas, contrariando de certa forma a profecia que diz que ninguém é profeta na própria terra, Niemeyer conseguiu ser grande dentro e fora do país. No entanto, aquele período conturbado de nossa história deixou mágoas silenciosas e permanentes na alma do arquiteto, principalmente com relação ao tolhimento abrupto de seu trabalho.Perdas maiores teriam o Brasil e principalmente sua capital, que, de certa forma, ficaria incompleta, alijada de obras fundamentais para o conjunto arquitetônico que todos creem referência em modernismo. Por sua singularidade, Brasília é hoje tombada como a primeira cidade planejada do planeta com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, conferido pela Unesco em dezembro 1987.Neste ano, portanto, completam-se três décadas desse honroso título, que pode, por ação indevida de seus gestores e da própria população, ser retirado sem maiores problemas, o que seria um desastre e uma vergonha.

A frase que não foi pronunciada
“Estou precisando de novos inimigos. Os antigos gostam de mim!”
Camiseta na praia

Jogando

Continuam as reclamações em aeroportos brasileiros com os estragos feitos por funcionários em malas e sacolas ao arremessá-las sem cuidado no transporte e nas esteiras. A bagagem aparece irreconhecível. Um abuso enfrentado pelo consumidor que paga tantas taxas para os aeroportos.

Invisível

Pela cidade, várias faixas de pedestres estão invisíveis, o que no período da volta às aulas é sinal claro de perigo.

Esperança

Simples assim. Fernando Henrique Cardoso contou com um corpo acadêmico competente e deu uma guinada na economia. Fica a dica para o governador Rollemberg, que cresceu em Brasília e sabe com quem pode contar. Ainda há tempo de deixar boa marca na gestão.

Mais caro

Faltou incluir no projeto da senadora Ana Amélia uma garantia para que os consumidores não paguem a conta pela nova ideia. Se os planos de saúde forem obrigados a fornecer medicamento para o tratamento de doenças crônicas, certamente o custo recairá no bolso de quem deveria ter saúde gratuita, como garante a Constituição.

História de Brasília
E há mais. Banco do Brasil e Previdência Social precisam, também, se instalar aqui, que é a sede do governo. (Publicado em 21/9/1961)

It's only fair to share...Share on Facebook
Facebook
Share on Google+
Google+
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin