“O imposto que você paga, paga o progresso que você vê”

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

           Tem razão parcial, o leitor Renato Mendes Prestes, quando, em carta à coluna Sr. Redator do Correio Braziliense dessa terça-feira (28), afirma que, a cada eleição, o eleitor brasileiro se vê como um personagem irrelevante para o funcionamento da democracia e que isso vai produzindo, no cidadão, um sentimento de desprezo pelo sistema.

         Na realidade, o que se observa, olhando essa situação com lupa grossa, é uma situação inversa, em que o chamado “sistema”, por razões e ardis que só o tempo revelará, isso é, se vier a revelar, há muito considera o eleitor brasileiro como um personagem totalmente irrelevante em todo esse processo. É o comparecimento obrigatório do eleitor em frente às urnas, que dá esse verniz de democracia que o sistema precisa, para tornar as eleições cristalinas e, como dizem, “absolutamente inexpugnáveis”.

         O eleitor entra em todo esse processo como coadjuvante de uma pantomima, ou como um marido fiel a uma esposa cheia de segredos. O sistema, com a ajuda ou não dos partidos, mas com o braço poderoso e longo do Judiciário, entroniza o candidato sob medida e a vida segue nessa que é considerada a maior, em termos quantitativos, democracia do planeta. O salutar é observar que nem todos os eleitores estão desatentos para essa situação. Quando pesquisas isentas de opinião pública dão conta, como aponta o leitor em sua missiva, de que quase 90% dos entrevistados se declaram não se sentir representados por nenhum partido político, o que ocorre de fato é a explosão coletiva de um sentimento de desilusão, que enxerga toda essa distopia democrática apenas na atuação medíocre das legendas.

         Ocorre que, por trás dos partidos, há todo um trabalho intenso, feito por um complexo sistema que, atuando longe do palco da política, transforma em realidade, não a vontade do eleitor, mas a vontade do próprio sistema. A questão aqui é saber por que os partidos, que integram perifericamente esse sistema, não reagem à essa situação? Para as legendas, em forma de cala a boca, foram oferecidos todos os tipos de benesses. A começar pelos bilhões destinados aos Fundo Partidário e Eleitoral. Ninguém reclama diante de tanto dinheiro. Depois vêm as chamadas emendas secretas, onde os partidos e suas lideranças abocanham fatias grossas do Orçamento da União, tudo com pouca ou nenhuma transparência e controle externo, dinheiro supostamente para ser investido em suas bases eleitorais. Também o grande número de parlamentares enrolados com a Justiça não deixa brechas para que se posicionem contra o que quer o sistema.

         O leitor afirma ainda em sua carta que outras pesquisas indicam que, diante dessa falsa representação, metade dos cidadãos acreditam ser possível no país o funcionamento de uma “democracia” sem a participação dos partidos e do Congresso Nacional. Esquece o digníssimo leitor desse jornal que é exatamente isso que o sistema quer e trabalha, para se apresentar em sua inteireza.

          Pensar que toda essa fantasia democrática poderia ser desfeita, bastando apenas a adição, nas urnas eletrônicas, do voto impresso, como a esmagadora maioria dos países sérios fazem. Mas já foi dito que não há verba para isso.

A frase que foi pronunciada:

“A extensão da caça às bruxas revela o tamanho do medo. O medo revela fragilidade.”

R. Rodrigues

 

Ari Cunha

Nos anos 90, a Câmara Legislativa aprovou um projeto que introduzia o Esperanto como disciplina optativa no ensino médio da rede pública do DF. Ari Cunha criticou a iniciativa. Segundo ele, ninguém falava essa língua e a Câmara devia cuidar de coisas mais sérias. Houve vigorosa reação dos esperantistas. Vieram centenas de correspondências do Brasil e do exterior. Ari reagiu com bom-humor. “Eu me rendo, não precisa mandar mais cartas ou cartões postais.” A revelação veio na carta do leitor Eurípedes Alves Barbosa.

Foto: arquivo pessoal

 

Em falta

Vasco Vasconcelos conta que foi mordido por um cachorro em Águas Claras e encaminhado de hospital para hospital para tomar a vacina antirrábica. Do posto de Saúde local, ao HRT e HRAN, foi informado que não havia a vacina disponível. Que aguardasse o chamado da Vigilância Sanitária.

Foto: tuasaude.com

 

Qual a razão?

Em viagens internacionais, nossas autoridades ficam encantadas com os teatros, parques e bibliotecas. Mas, com os pés no Brasil, não mostram interesse algum em melhorar o lazer dos brasileiros.

Teatro Nacional, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

História de Brasília

Dr. Jânio Quadros não apresentou em nenhum momento uma razão plausível para o seu gesto. As dificuldades pelas quais passa o país, são as mesmas, e nem assim se justifica a hora do desespero. (Publicada em 17.03.1962)

Lembretes mínimos aos eleitores

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Foto: jornaldebrasilia.com

 

          De agora em diante, todo o cuidado é pouco. O que está em jogo é seu futuro e o daqueles que estão em seu entorno. O início oficial da campanha política, com tudo o que ela pode representar de simbólico e concreto, marca também o começo de uma caminhada, cujas trilhas e atalhos podem levá-los para bem longe da Terra Prometida. Por isso, mantenha sempre os pés atrás com relação às ideologias anunciadas e, principalmente, àqueles que a pregam com ardor pastoral. Do mesmo modo, tome distância em relação aos governos, desconfiando de seus membros e de suas falas. Fique de orelha em pé com o que ouve e com o que é dito pelos governos e não fie em suas promessas.

          Não seja hostil aos governos, mas também não se mostre amável. Todo o cuidado com os discursos políticos é pouco. Lembrem-se sempre do que dizem os políticos: 99% é propaganda e 1% é mentira. Tenha em mente que você sempre será melhor do que aqueles que irão lhe pedir votos, mas não deixe que isso transpareça. Não fale desse e de outros governos, quando for você, com o seu voto, o responsável por sua escolha. Não pense jamais que você é inferior e sem importância diante de qualquer governante. Lembre-se que os despossuídos são sempre aqueles que pedem.

          Os políticos são como pedintes ingratos. Não creia em promessas, sobretudo, naquelas feitas por esses pedintes. No dobrar da esquina eles já não irão lembrar de ti e podem até hostilizá-lo como um estrangeiro. A utopia, tão cara aos sonhos e aos poetas, é um veneno na boca de políticos. Portanto deixem de lado as utopias políticas e concentrem-se apenas em seus projetos. Seja tão criterioso com o seu voto como é com seus sonhos mais caros. Não ponha fé alguma no mundo idealizado pelos políticos. Também não desacredite em seus ideais. Tome ciência que você e a sua família são o Estado que importa.

         Impor vantagens de uma ideologia sobre a outra é perda de tempo. Todas as ideologias servem sempre somente aos políticos e não a você. Não discuta ou debata política com familiares e amigos. Entre amigos e familiares, os assuntos são sempre sérios. Tenha em mente que você é um privilegiado por não dever, nem pedir nada aos políticos.

          Não se filie a partido algum. O seu partido é sua família e seus amigos. Não creia na urgência em adotar esse ou qualquer outro modelo de política ou partidário. Em momentos de urgência, os caminhos tomados quase nunca são os melhores ou mais sensatos. Lembre-se de que você é mais sensato do que os políticos que vê e escuta. Feche sempre os olhos quando um político discursar, peneirando cada uma de suas palavras pela peneira da sensatez. Depois disso, despeje no lixo grande parte do que foi dito. Use apenas aquelas partes que serão devidamente analisadas. Políticos são como feirantes a anunciar mercadorias. Procure, em primeiro lugar, percorrer toda a feira, vendo e ouvindo tudo com atenção. Depois, verifique com atenção sua carteira e pense apenas naquilo que precisa no momento. Descarte todo o resto. Estude. Leia. Viaje pelo passado. Fique alerta contra os discursos de ódio e todo aquele que o professa. Preste atenção em palavras inventadas com o intuito de injetar veneno na cultura, na bondade, na solidariedade e na paz.

         Se não existem programas exequíveis a serem apresentados pelo político, desligue a televisão ou o rádio. Cuidado redobrado com os marqueteiros políticos. Lindas fotos com cores equilibradas, nitidez cirúrgica, sorrisos, não querem dizer absolutamente nada. São feitas de vento. Todos os marqueteiros vendem produtos que jamais comprariam para si.

         Não leve fé naqueles parlapatões que anunciam mundos fabulosos para o amanhã. O que interessa é o presente. Tenha para si a máxima de que Deus ri de quem faz projetos. Do mesmo modo, acredite que Deus joga dados e toda a realidade é dada pelo acaso. Você é e pode ser seu acaso. Lembre-se sempre de que o eleito é você e sua família. O Estado é uma criação política.

         Tome conhecimento de tudo à sua volta, retire para si o que possa precisar e descarte todo o resto. Quando se dirigir à cabine de votação, vá conhecendo cada um daqueles em que irá votar. Você deve conhecê-los como a palma de sua mão. Deve se lembrar de todos. Tenha presente a decisão sobre aqueles políticos em que você jamais irá votar. Ponha em sua cabeça a decisão de jamais perdoar políticos que cometeram crimes, sejam eles quais forem.

         Tome atenção, relação política nada tem a ver com afinidade pessoal. Não queira a companhia de políticos. Você tem coisa mais importante a fazer.

         Assenhore-se de sua dignidade e cidadania e não discuta em público temas políticos. Intimidade e sigilo das urnas é tudo o que você precisa em outubro. Fique longe de palanques e de todos aqueles que andam, neste mundo sujo, de colarinho impecavelmente branco. Lembre-se de que muitos desses políticos, que afirmam ter as mãos limpas, usam luvas de pelica.

 

A frase que foi pronunciada:

“A Grécia tinha sete sábios; mas no Brasil, só sete é que não o são.”

Marquês De Maricá

Marquês de Maricá. Foto: wikipedia.org

 

Embaixada do Piauí

Luiz Alencar Sousa, do bar e restaurante “Embaixada do Piauí”, na 313 Sul, foi surpreendido com uma declaração do ministro André Mendonça. Na verdade, elogios ao sabor da comida são constantes, mas a reverência do ministro realmente emocionou. Veja a seguir.

 

Imperdível

Hoje, 18h30min, na livraria da Travessa, no Casa Park, será o lançamento do livro de Samyra Crespo, contando 30 anos do ativismo ambiental no Brasil. André Trigueiro apresenta o livro “Conta quem viveu, escreve quem se atreve”. Mais detalhes a seguir.

–> “Conta quem viveu, escreve quem se atreve “

De maneira leve e divertida, na linguagem que costuma usar em seus artigos na internet, a autora Samyra Crespo nos brinda com 30 anos de história do ativismo ambiental. Depois de lançar com sucesso o livro em São Paulo e no Rio de Janeiro, Samyra vem à Brasília no próximo dia 18, na Livraria da Travessa, onde fará a leitura de uma de suas ‘crônicas’ – justamente sobre sua experiência aqui no Planalto. A partir das 18h30.

Samyra Crespo é ambientalista histórica com uma experiência singular no ativismo que abraçou desde que fez a primeira pesquisa de opinião no Brasil que se chamou “O que os Brasileiros Pensam do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável ” em 1991, às vésperas da Rio 92. A pesquisa seguiu por 30 anos com cinco edições. Ela dirigiu ONG, fez carreira acadêmica, trabalhou no Ministério do Meio Ambiente durante as gestões de Carlos Minc e Izabela Teixeira, parte deste período como presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Serviço:

Lançamento do Livro “Conta quem viveu, escreve quem se atreve “

Data: 18 de agosto

Horário: 18h30

Local: Livraria da Travessa, Casa Park

 

História de Brasília

Alguém sem escrúpulos salvo justificação em contrário, construiu uma tôrre metálica sôbre a cruz onde foi celebrada a Primeira Missa de Brasília. O monumento está coberto por armações de aço, num visível desrespeito a um dos lugares sagrados da cidade. (Publicada em 09.03.1962)

A fumaça das urnas eletrônicas

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Foto: bbc.com

 

       Onde há fumaça, – ecoava o filósofo de Mondubim -, há fogo! O que ninguém pode negar hoje é a existência de uma colossal nuvem de fumaça pairando e encobrindo toda a área que abrange desde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), passando pelo supremo (STF), englobando parte do Legislativo (Câmara e Senado) e indo lançar suas sombras sobre do Executivo Palácio do Planalto e Ministério da Defesa.

        O denso fumaceiro, com forte cheiro de coisa queimada, não é um fenômeno recente. Há tempos, toda aquela área, onde se concentram as sedes dos Poderes do Estado, vem sendo encoberta por essa espessa cortina branca, que pode ser vista de longe, inclusive do espaço. Para os mais atentos e que não se deixam levar por certezas absolutas, num tempo de incertezas devolutas, há indícios de que qualquer coisa está ardendo e produzindo muita fumaça.

        Os noticiários do país, mesmo aqueles que tecem os fatos sob a diáfana luz das ideologias, não podem ignorar a existência desse fenômeno, sob pena de fecharem os olhos para o que pode estar ocorrendo bem debaixo do nariz de todos. É preciso levar, até as últimas consequências, as acusações, feitas pelos principais próceres da República, tendo à frente ninguém menos do que o próprio chefe do Executivo, sobre a lisura das urnas eletrônicas, sua pretensa inviolabilidade e, pior, quaisquer possibilidades de fraudes na apuração e na contabilidade dos votos nas eleições de outubro deste ano. Bate boca e outras discussões políticas sobre a funcionalidade das urnas eletrônicas de nada adiantam, enquanto todas as informações não forem amplamente disponibilizadas, esclarecidas e transparecidas, tanto para os diversos candidatos, como para os eleitores.

        Não há possibilidade de uma aceitação pacífica sobre o dito modelo eletrônico de votação, apenas com base no que afirmam para a imprensa os ministros do TSE. Mesmo com todas as vênias e o reconhecimento à capacidade e honestidade de cada um no comando desse pleito, é preciso notar que estamos diante de sérias denúncias, feitas inclusive pelo ocupante do mais alto cargo do Executivo.

        Ou se esclarecem essas e outras dúvidas, ou qualquer resultado que venha após o fechamento das urnas poderá gerar conflitos de grandes proporções. A polarização política extremada exige que a luz da verdade ilumine todo o processo. Pensar que toda essa confusão, que pode descambar em lutas fratricidas poderia, muito bem, ser resolvida apenas com a adoção do voto impresso. Não há porque o tribunal negar a solicitação do presidente Bolsonaro para que as Forças Armadas também acompanhem a contagem dos votos em parceria com o TSE para uma apuração compartilhada. Que perigo haveria nisso?

       De nada adianta a presença de observadores internacionais ou mesmo de auditorias contratadas, como quer agora o presidente Bolsonaro, se permanecerem dúvidas e outras interrogações que o pessoal especializado não sabe responder. Ou por falta de conhecimento técnico, ou por falta de acesso ao sistema. O que se sabe é que tecnologia alguma está 100% seguram de invasão hacker. Se existe impossibilidade de conferência e apuração dos votos, paralelamente àquelas feitas pelas urnas eletrônicas, que seja implementada em nome da paz e para a segurança daqueles que irão votar e para os próprios candidatos.

        Até agora, as interrogações feitas pelo pessoal especializado do Exército não foram devidamente respondidas. Eleições dão trabalho. Mais trabalho ainda darão as possíveis consequências que se seguirão, caso as dúvidas não sejam todas sanadas. Na Bíblia, em Jeremias 17:5, está o aviso: Maldito o homem que confia no homem. Em tempos difusos como o nosso, esse trecho poderia ser adaptado para a seguinte sentença: Maldito o homem que confia no voto eletrônico.

 

A frase que foi pronunciada:

“A ignorância de um eleitor em uma democracia prejudica a segurança de todos.”

John F. Kennedy

John Fitzgerald Kennedy. Foto: bbc.com

 

O outro lado

Sobre as questões colocadas pelas Forças Armadas sobre as urnas ao TSE, o tribunal esclarece que “cabe destacar que são apenas pedidos de informações, para compreender o funcionamento do sistema eletrônico de votação, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades. As declarações que têm sido veiculadas não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido.” Sendo assim, a população aguarda as respostas.

TSE. Foto: tse.jus

 

Revisão já

Vicente Limongi traduz as palavras dos moradores do DF. O valor do IPTU subiu de forma desigual aos salários. Deve ter havido algum erro no processamento de dados. Limonge protesta quanto ao valor pago: “Como pagador de impostos, não sou beneficiado em rigorosamente nada. A insegurança é brutal. Mesmo com alarme. O asfalto é remendado ou esburacado. A luz costuma falhar. Demora a voltar. As calçadas são sujas e quebradas. O matagal e a sujeira tomam conta dos lotes. O transporte público é tenebroso. A polícia não contém a barulheira das festas intermináveis. Quando chove, transbordam os bueiros da pista principal, alagando os gramados.”

Charge do Arionauro Cartuns

História de Brasília

O pessoal da Cidade Livre que se mudou para a Asa Norte está vivendo momentos difíceis. A Prefeitura localizou as residências numa quadra que, posteriormente, foi vendida ao Exército. (Publicada em 23.02.1962)

RELAÇÕES INTRIGANTES – Os textos desse blog não traduzem a opinião do jornal

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Charge do Cazo

Não fosse a exiguidade de tempo, cinco meses, a boa lógica recomendaria a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, em profundidade, que relações, diretas e indiretas, poderiam haver entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas eletrônicas e os institutos de pesquisa de opinião, que aferem a colocação dos candidatos à presidência da República, na tabela de preferência da população.

Alguma coisa cheira mal nesse conjunto todo. Por outro lado, uma vez apuradas todas as possibilidades plausíveis e havendo consenso de que todo esse conjunto segue, rigorosamente, nos trilhos da lei, quem sairia ganhando seria a própria população.

O problema com esse trio de entidades, físicas e mecânicas, é que, dada a realidade dos fatos atuais, em que o TSE, quanto à defesa da votação eletrônica, não apenas vem impedindo a instalação do voto impresso, um recurso simplório diante da importância de uma eleição dessa natureza, como tem movido céus e terra, junto com o próprio STF, para coibir e ameaçar qualquer um que venha apresentar dúvidas quanto à lisura e à inviolabilidade do voto computadorizado.

Há suspeitas no ar! Hackers e outros entendidos no assunto, bisbilhotices eletrônicas, afirmam a possibilidade de interferência nesse processo. Por outro lado, países desenvolvidos, em sua maioria, não utilizam esse sistema e possuem suas razões para não fazê-lo. Melhor passar uma semana apurando voto do que ter que aturar por anos alguém que não foi eleito legitimamente, diria o filósofo de Mondubim.

Há ainda o problema premente da divulgação das pesquisas de opinião, feitas por um pool de agências que mostram, por incrível que pareça, a dianteira do candidato da esquerda, com toda a sua imensa carga de crimes, com alguns institutos afirmando, categoricamente, que esse pleiteante ganhará logo no primeiro turno, com larga vantagem.

Ocorre que a tal personagem sequer transita em a dedo. Nos poucos vídeos em que esse triste personagem aparece, o que se veem e ouvem, são gritos e xingamentos com palavras impronunciáveis nos ambientes familiares. De ambientes sofisticados a feiras. Não por outra razão, o próprio pretendente à presidência já externou sua preocupação com possíveis atentados nesses ambientes abertos.

Mesmo sua assessoria não esconde a preocupação com essa possibilidade. Há uma animosidade latente no ar a indicar que essas eleições não serão pacíficas. A questão aqui é posta da seguinte maneira: como pode um candidato, fabricado na undécima hora por decisão altamente polêmica, estar na dianteira das pesquisas, se sequer ousa sair às ruas? Pode existir uma popularidade política que prescinda do povo ao vivo?

Pode ser que não exista uma relação, digamos, mal cheirosa, entre TSE, voto eletrônico de institutos de pesquisa, mas ninguém pode negar que as coincidências surreais entre esse trio levam cidadãos atentos a coçarem as barbas e fazerem bicos de desconfiança.

É nesse enredo de novela, a misturar realidade e ficção, que qualquer resultado que venha a confirmar a vitória do passado poderá, por incúria das autoridades, degenerar numa guerra fratricida a gerar perdedores dos dois lados.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“Nós, a comunidade de segurança de computadores, estamos analisando os sistemas de votação online há décadas(…) mesmo que existam empresas que vendem produtos neste espaço, absolutamente nenhum especialista em segurança de computadores lhe dirá que eles são seguros, porque simplesmente não sabemos como construir uma votação online segura ainda”.

Dan Wallach, professor de ciência da computação da Rice University, Huston, Texas.

Dan Wallach. Foto do perfil oficial no LinkedIn

 

Leitura

Leia, no link Salve-se quem puder, o texto completo de Miguel Gustavo de Paiva Torres, publicado no Contexto Alagoas sobre Rússia, China, seus líderes e o futuro do planeta.

Foto: contextoalagoas.com

 

Caixinha, obrigado

O IPTU que é emitido pelo GDF considera o valor do imóvel atualizado. Ninguém sabe o critério de avaliação, mas o contribuinte paga um valor mais alto a cada ano, dada essa atualização no IPTU. Ao declarar o Imposto de Renda, essa atualização no valor do imóvel não é considerada. No Imposto de Renda o valor histórico é lançado. Quando há a venda desse imóvel, o “ganho de capital” é cobrado com a diferença do valor histórico e o valor venal do imóvel. Não houve ganho, houve o veto à informação da valorização do imóvel que durante anos acompanha o valor da moeda ou inflação.

Foto: correiobraziliense.com

 

História de Brasília

Quem quiser mais detalhes, procure, ao GTB, as notas taquigráficas dessa reunião. Efetivamente, não quisemos atribuir ao sr. Caldas a posição de “denunciante” como ele dá a entender. Denunciar o que está errado é mais do que nobre, e mais do que justo. E fique satisfeito o sr. Caldas pelo fato de após 42 anos de serviço político, denunciar com absoluta razão, com a tranquilidade de quem cumpre com o dever. AC. (Publicada em 20.02.1962)

Um futuro distópico

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

 

Pesquisa de opinião pública, realizada há dois anos pelo Instituto DataSenado, mostrou que existe, hoje no Brasil, uma forte e crescente influência das redes sociais como fonte de informação para os eleitores. De acordo com esse levantamento, nada menos do que 45% dos eleitores ouvidos confessaram que, cada vez mais, buscam, nas mídias sociais, as informações que necessitam para decidir como irão orientar seus votos. Outro dado interessante levantado pelo estudo mostra que o conteúdo veiculado nas redes sociais possui grande influência sobre a opinião dos indivíduos. Essa atuação é observada, sobretudo, entre os indivíduos com escolaridade superior. Se tal fenômeno já significava, nas últimas eleições, que metade dos brasileiros, com acesso à internet, votava sob a importância direta do que consumiam nas mídias sociais, a possibilidade de haver mais de 50% dos cidadãos votando agora no pleito deste ano é bastante certa.

Tal realidade indica que o mundo virtual, esse oceano infinito de informações, verídicas ou não, passou a ser decisivo não apenas nas eleições de 22, mas também na condução de candidatos que sabem manusear essas mídias. Obviamente que tal abrangência de influência irá se estender ainda para dentro do Estado, interferindo no modelo de democracia que teremos doravante, todo ele ligado e dependente dessas novas mídias. Com isso, os debates tete a tete, o exercício mercadológico dos marqueteiros políticos, os comícios ao vivo e outras modalidades dentro das disputas eleitorais perdem fôlego e vão sendo deixados de lado, um a um.

Não será surpresa se o próximo passo dado para o domínio total das mídias sociais seja a votação via internet, por meio desses mesmos aplicativos. A obsolescência de instrumentos como a urna física e dos locais de votação deixará de existir, sendo o destino dos cidadãos feito diretamente de casa, via celular. Não será novidade se, lá adiante, o tal do “sistema”, ou seja, esse sujeito indeterminado e oculto, venha a fazer parte na gestão do Estado. Tornando assim, o dito “sistema”, o responsável pela qualidade da democracia e pela prestação de serviços por parte do Estado.

A impessoalidade na democracia, ao contrário do que muitos acreditam, não parece, a princípio, que irá melhorar as relações entre o cidadão e o Estado. A suspeita é que, quando esse dia chegar, a comunicação entre os cidadãos e o Estado será feita nos mesmos moldes com que são feitas hoje as relações entre os consumidores e as operadoras de telefonia. Até mesmo aspectos, que hoje são importantes, como a separação entre os fatos e as fake news, deixará de existir, sendo todos esses “ruídos de comunicação” atribuídos aos mecanismos do “sistema”.

Para o cidadão comum, que, afinal, irá custear essa entrada das novas tecnologias nas relações políticas com o Estado, restará o monólogo de alguém que escuta, do outro lado da linha, que a falta de médicos, de remédios, de professores nas escolas, da falta de água nas torneiras, de luz nas residências deve-se não à inoperância da política, mas ao “sistema”, uma entidade com situação jurídica abstrata, impossível de ser alcançada pelas leis.

Trata-se aqui de um futuro que vamos organizando com os pés, já que a cabeça e as mãos estão absorvidas pela Internet. O problema é que, quando levantarmos os olhos para o horizonte, o futuro distópico já terá chegado com toda a sua crueza e indiferença.

A frase que foi pronunciada:

Corrupção existe no mundo todo. Mas fã-clube de corrupto, só no Brasil.”

Frase no Pinterest

Charge do Cazo

Carreiro

Carlos Alberto Simas Magalhães, embaixador do Brasil em Portugal, vai contar com a contribuição de Raimundo Corrêa Carreiro, que promete impulsionar as relações comerciais e culturais entre os dois países.

Carlos Alberto Simas Magalhães. Foto: lisboa.itamaraty.gov

Ensurdecedor

Morador do C.A., no Lago Norte, em um prédio onde há uma pizzaria, reclama constantemente dos motoboys que intervém no cano de escape para fazer mais barulho. O apelido que deu a esses profissionais arrancou gargalhada dos vizinhos: “São os Aedes Aegyptis do trânsito!”

Escapamento de moto. Foto: divulgação

Oportunidade

Nada como uma turbinada nos estudos como uma língua estrangeira. Vão até amanhã as inscrições nos Centros Interescolares de Línguas Estrangeiras, ligados à Secretaria da Educação do DF. Os cursos de francês, japonês, espanhol e inglês são gratuitos. A preferência das vagas é para os alunos da rede pública, mas há vagas remanescentes para a comunidade.

Novidade

Na Comissão de Assuntos Sociais, há a discussão de permissão mais ampliada de esterilização de mulheres, que podem optar pela cirurgia depois do parto ou depois de aborto sem a necessidade de anuência do parceiro.

Foto: istockphoto.com

História de Brasília

Dentre essas dificuldades havia o problema do acesso. Não estava inaugurada a Estrada Parque, e dificilmente os automóveis procurariam as oficinas naquele local. Mas os que acreditavam mudaram-se logo. (Publicada em 17.02.1962)

Cidadania na hora do voto

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Foto: jornaldebrasilia.com

 

Faltando menos de dez meses para a realização das eleições municipais do país, talvez um dos maiores certames democráticos de todo o mundo Ocidental, persistem ainda problemas de toda a ordem, que vão desde mecanismos burocráticos dentro do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até questões menores, mas de grande importância e que, a cada nova chamada às urnas, é sempre apontada como essencial, mas igualmente desprezada por muitos.

Problemas com as licitações para a compra de 180 mil novas urnas eletrônicas poderão ocasionar atrasos indesejados no calendário eleitoral desse ano. Reunido às pressas, o TSE terá que decidir como resolver essa questão que envolve um custo de quase R$ 700 milhões. Em outro campo, seguem as incertezas sobre a possibilidade do novo partido do presidente “Aliança Pelo Brasil” conseguir romper os entraves burocráticos e habilitar oficialmente sua sigla a tempo das próximas eleições municipais.

Por certo, a coleta de assinaturas segue a todo vapor. Mas como a pressa é inimiga da perfeição, haverá contestações de última hora por parte da maioria dos outros partidos que disputarão o pleito. Seguem também as incertezas sobre a possibilidade de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, vir a integrar a nova legenda, o que estrategicamente significa atrair mais eleitores, mais peso político, ao partido nascente, em vários grotões pelo país. Prossegue na dança das cadeiras dentro do Congresso, o que pode ter reflexos nas próximas eleições. Esses são problemas relativamente sanáveis, dependendo da articulação prévia dos candidatos. O mesmo pode acontecer com os entraves burocráticos no TSE. O que não pode perdurar, sob pena de vir a enfraquecer cada vez mais a representação popular, aumentando o descrédito da sociedade com relação aos partidos e aos políticos nacionais, é a pouca ou quase inexistência de elementos capazes de qualificar o voto de cada cidadão.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Bancar o valente nessa área da corrupção não dá.”

Antônio Carlos Magalhães

Foto: Jane de Araújo – Agência Senado

 

 

Aquaporto

Quatro anos atrás, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, foi interditado internamente porque chovia mais dentro do que do lado de fora. Imagens no a seguir. Hoje, modernizado e seguindo à risca um modelo de gestão e governança, simplesmente acreditando no novo papel a ser assumido. É um instrumento que amplia o desenvolvimento econômico e social, além de se instalar como um grande centro de negócios e entretenimento.

 

 

Animais

080061-8080. Este é o número da Central do Ibama que atende ligações para informações sobre animais silvestres capturados ou em cativeiro. Para denúncia sobre maus tratos de animais domésticos, o número é da Polícia Militar Ambiental e a reclamação pode ser feita via WhatsApp: (61) 99351-5736.

 

 

Manutenção

No sentido Norte/Sul, logo depois da Reserva Ecológica das Copaíbas, há uma cratera no asfalto causando danos nos automóveis, perigo para os motoqueiros e pedestres que andam no acostamento.

 

 

Busca

Brasília está com preços da gasolina bastante variados. De posto em posto, é possível verificar valores em até 30% menores em relação ao preço mais caro. Em tempos de tecnologia, falta um aplicativo que oriente o consumidor na escolha do posto.

Charge: sergioaperon.com.br

Novidade

Super mercados de Brasília adotam o self service para pagamento das mercadorias compradas.

 

 

Alerta

Caramujos africanos começam a chamar a atenção dos moradores do DF. Já localizados em várias partes da cidade, devem ser vistos com cuidado. Jamais pegar no animal sem luvas. Faltam orientações por parte da saúde pública.

 

 

Posição

Criminalizar os excessos, mas não a manifestação cultural. Essa é a opinião do senador Randolfe Rodrigues em relação ao baile Funk. O assunto foi colocado em pauta para discussão na Câmara pela deputada Áurea Carolina, que é radicalmente contra a criminalização dessa expressão “cultural.”

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Deputados com interesses contrariados, estão tramando a queda do ministro Franco Montoro. Asnice, e da grossa. O que a maioria deles quer, nenhum ministro poderá dar, e se o fizer, estará desmerecendo o cargo. (Publicado em 13/12/1961)

Urna eletrônica ou arapuca?

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Foto: tse.jus

 

De tanto estranhar a posição dos Tribunais Superiores sobre um assunto que diz respeito direto e vital aos interesses dos legítimos representantes da população, é que os políticos têm insistido nesse assunto, inclusive com a apresentação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 135/19), exigindo a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. Trata-se na avaliação de deputados e senadores de uma solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser devidamente auditadas de forma transparente e independente.

A representante do Instituto Resgata Brasil, a advogada e deputada Bia Kicis (PSL-DF) considera que existe hoje uma crescente desconfiança em relação à apuração eletrônica dos votos, o que, sua opinião, tem afastado os um grande número de eleitores das eleições. Também a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais tem defendido o voto impresso em complemento ao voto eletrônico, como forma de garantir a segurança ao processo eleitoral. Mesmo reconhecendo que a implantação do voto eletrônico trouxe rapidez e eficiência na contagem dos votos, muitos especialistas no assunto tem alertado que todo o qualquer sistema computacional possui vulnerabilidades e jamais estão 100% a salvo de ingerências internas e externas e de ações de hackers e outros interessados em adulterar o processo eletivo. Cabe o questionamento do que teria mais peso. O resultado na mesma noite do pleito com dúvidas e quatro anos suportando um eleito sem auditoria ou uma semana de atraso para a contagem fazendo valer a vontade popular para levar ao poder seu legítimo representante?

O mundo digital, onde o processo eletrônico de votação, necessariamente se insere, mesmo resguardados todos os sistemas de segurança, num vasto universo de possibilidades de invasões e outros mecanismos de intromissão indevida. O próprio TSE, em seus testes para estudar a vulnerabilidade desse tipo de urna, já constatou que alguns ataques simulados obtiveram êxito. Portanto, alerta o integrante da Associação dos Peritos, Marcos Camargo, o sistema precisa de auditoria analógica o que se pode ser feito com o registro impresso do voto, colocando o sistema eleitoral à salvo e independente dos softwares. Existe ainda pareceres dados por Amílcar Brunazo, representante do Comitê Multidisciplinar Independente, mostrando a necessidade de impressão do voto, para o eleitor possa conferir se votou corretamente na urna eletrônica. Para ele, a urna eletrônica é um retrocesso.

Para parlamentares como o deputado Goulart (PSD-SP) o STF tem ido longe demais, legislando ao mudar decisões do Congresso. Outros críticos do processo eletrônico criticam a postura do TSE em insistir em não debater a questão, se ausentando propositadamente das audiências públicas. Talvez o depoimento mais incisivo e esclarecedor sobre esse assunto tenha sido dado na Comissão do Senado que analisa o assunto pelo procurador do Mato Grosso do Sul, Felipe Gimenes, como representante da Associação Pátria Brasil.

Em sua opinião, o povo brasileiro vem sendo sistematicamente enganado pelas urnas eletrônicas, que chama de verdadeira “arapuca”, principalmente porque as eleições passaram a ser enxergadas apenas pela ótica da tecnologia e não pela luz da lei. Para ele, antes da ferramenta, deve prevalecer a ordem jurídica. “A ferramenta deve servir a ordem jurídica e não de modo inverso”, disse. Dessa forma acredita o procurador que a ordem jurídica não pode ser posta de joelhos. Nesse sentido ele destacou o fato de o ministro Gilmar Mendes, do STF, ter protelado por mais de dois anos o cumprimento da lei da minirreforma, o que acabou gerando um pedido de impeachment contra o ministro por conduta considerada como crime de prevaricação.

Na avaliação de Gimenes, um dos pilares da República está sendo quebrado, violando com isso a democracia e a cidadania do povo brasileiro. O procurador ressaltou que se essa questão fosse em sentido contrário, ninguém teria o direito ao não cumprimento de uma ordem judicial. No entanto esse Tribunal insiste em não cumprir uma lei feita e aprovada pelo Legislativo: “somente o exercício do voto é secreto para garantir ao cidadão a liberdade de escolha, o ato seguinte é um ato administrativo. A contagem de um voto é um ato administrativo e se submete à um requisito de validade sob a pena de ser nulo, que é o princípio da publicidade. Qualquer ato administrativo deve ser público. Portanto a sociedade exige auditar o fato jurídico e não a máquina. Não nos interessa o software ao a máquina, interessa a sociedade auditar o fato que por sua natureza é um evento que por isso se perde. Daí a necessidade de dar um corpo físico ao fato da contagem de votos, para que se conheça e se cumpra o princípio da publicidade que é um tema erga hominis, ou seja, para todos os cidadãos, não apenas e tão somente para o eleitor, mas para que todos os cidadãos tenham condições de fiscalizá-la.”

Em seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça, no Senado Federal em audiência pública realizada no ano passado, o procurador lembrou que se não for esse o processo natural, todo o processo será nulo. Entende ele que desde que impuseram a urna eletrônica os princípios constitucionais vêm sendo quebrados sistematicamente, pelo que qualifica de arapuca eletrônica. Segundo ele, a cidadania, a moralidade, a publicidade, e a própria República vem sendo desrespeitados. O exercício do voto deve ser secreto, mas a contagem do voto deve ser pública, disse. Embora o Brasil venha sendo considerado referência na utilização de urna eletrônica, com a universalização do sistema, muitos especialistas avaliam que esse método ganharia ainda mais em confiabilidade caso fosse implantado de modo definitivo o voto impresso em paralelo ao voto eletrônico, acabando , de uma vez por todas com as desconfianças, o que não é bom para o processo democrático de nenhum país, principalmente no caso do Brasil onde a inventividade e os movimentos pouco transparentes encontrados em todos os Poderes da República são fatos históricos e contra o quais não há dúvida alguma.

A relutância das cortes em não resolver essa questão, a tempo de atingir as eleições de 2020, só agrava e empurra esse problema para um futuro incerto, colocando em suspense nossa democracia, criando descrédito junto aos eleitores e afinal depondo contra a própria aplicação da urna eletrônica, posta como algo acima de qualquer suspeita, mas que não pode ser avaliada por um simples papel impresso.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O voto é um sacramento cívico”.

Reverendo Theodore Martin Hesburgh

Foto: britannica.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Volta o nome do deputado Aniceto Rocha, do Ceará, ao noticiário policial, como contrabandista do café. Há mais de três anos, este senhor é conhecido como o maior contrabandista, e a Assembléia ainda não mediu a importância do seu decoro, para cassar-lhe o mandato. (Publicado em 04.11.1961)

 

Trabalho de Hércules no Planalto

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ARI CUNHA – In memoriam

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Foto: institutoliberal.org.br

 

Seguidos casos de corrupção, veiculados a cada hora pela imprensa nacional e mesmo estrangeira, reforçam no cidadão a sensação de que a população está abandonada à própria sorte, tendo que se virar como pode quando necessita de segurança, saúde e educação. Fosse o voto um instituto facultativo, possivelmente teríamos eleições com menor taxa de comparecimento de eleitores de todo o planeta. Ocupar o Palácio do Planalto numa situação de baixa popularidade e confiança da população irá exigir esforços ainda maiores e mais intensos do que governos passados.

Reaver a credibilidade perdida junto à população irá requerer ainda tempo longo, com mudanças de práticas desleais há muito enraizadas no país, acabar com privilégios de toda a ordem e, principalmente, fazer valer, na prática, os princípios da transparência total no trato da coisa pública.

Adotadas essas medidas preliminares, a grande tarefa a seguir será controlar os gastos públicos, sobretudo aquele grande porcentual que se esvai pelo ralo da corrupção e da incompetência na gestão.

Para tanto, o novo governante terá que enfrentar o lobby poderoso dos políticos e das corporações nos três Poderes da União. Diante de um desafio dessa magnitude, os Doze Trabalhos de Hércules parecerão coisa de menino. A questão é saber se o novo governo terá força para tamanho desafio e principalmente se ele terá a disposição cívica para uma obra ciclópica dessa natureza.

 

A frase que foi pronunciada:

“O povo perdoa aqueles que o oprimem mas nunca perdoa aqueles que o ludibriam.”

Conde Montalembert, escritor, político e polemista francês da corrente neocatólica.

Charge: Ivan Cabral

 

Engatinhando

Falta mais experiência com a vaquinha eletrônica de doações eletrônicas para campanhas políticas. Mais da metade dos financiadores de campanha adotaram essa possibilidade. Em relação às pessoas físicas, as doações chegaram apenas a 3% das doações.

 

Absurdo

Fato escandaloso nessa eleição, ainda sem jurisprudência, que indique uma punição rigorosa é o número de candidaturas laranjas. Dentro da “inclusiva cota feminina”, 21 candidatas não receberam nem o próprio voto nas urnas.

Foto: Luiz Alberto (diariodigital.com.br)

Prevenção

Só há a possibilidade de uma pessoa votar por outra se houver a cumplicidade de membros da mesa. O eleitor apresenta documento com foto para contrapor à biometria. Se o documento e a assinatura não conferirem, não é possível aceitar. Por isso é importante que todos os eleitores façam questão de assinar o caderno de votação.

 

Mais essa

Um caso desses aconteceu com um candidato ao Senado em Maceió. A briga foi divulgada por Elias Barros, que denunciou não poder votar porque alguém já havia feito.

 

Evolução

Preparada uma reviravolta no mundo empresarial, principalmente para as micro e pequenas empresas. Aprovada pelo Senado, a duplicata eletrônica promete dar mais segurança aos bancos, garantindo o uso de apenas um título para garantir apenas um financiamento.

 

Enquadramento

Depois de várias visitas de inúmeros políticos, gestores e imprensa às cadeias do país, e finalizada a discussão em audiências públicas e CPIs, estados receberão verbas para a construção de novas penitenciárias, inclusive com centro integrado de inteligência.

 

Transição

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, tem uma certeza: fará a passagem do governo sem maiores problemas. Se vai continuar no cargo ou não, nem a Bloomberg ou Ibovespa podem usar ilações para interferir no mercado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Participação

Mais uma semana e o país conhecerá o novo presidente da República. Que outras eleições sirvam de exemplo. A atenção deve ser redobrada porque o clima do “Já ganhou” costuma puxar o tapete de candidatos. Principalmente, a população deve participar do pleito até que as portas das escolas sejam fechadas.

Charge: evivaafarofa.blogspot.com/

 

Ag. Brasil

Termina na segunda-feira, no Cine Brasília, a Mostra do Cinema Japonês. Para o ministro da embaixada do Japão no Brasil, Kazuhiro Fujimura, a mostra é uma forma de atrair o público brasiliense para conhecer de perto a cultura japonesa por meio do cinema. “Espero que muitas pessoas conheçam a cultura japonesa e seja ainda mais aprofundado o intercâmbio entre Japão e Brasil”, disse.

Cartaz: nippobrasilia.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Aos ministros que são contra Brasília, aos deputados que não querem trabalhar aqui, mas receberam o dinheiro para a mudança, embora ainda residam no Rio, há um exemplo a seguir: o do ministro Barros Barreto. (Publicado em 02.11.1961)

No final todos se acomodam

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ARI CUNHA

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Charge do Duke
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         Com tantas variáveis possíveis envolvidas na atual equação eleitoral do Brasil, prognósticos, sejam eles dos mais balizados cientistas políticos, ou dos mais respeitáveis institutos de pesquisa de opinião, ao adentrar para o terreno movediço da nossa ficção, correm o risco de se ver reduzidos e transformados em gurus, videntes ou feiticeiros.

      O realismo fantástico da política nacional, forjado por nossa cultura e crenças ao longo da história da nação, extrapola e vai muito além da ciência ou mesmo da ficção. O fato é que no dia 8 de outubro o Brasil vai acordar para uma travessia de mais quatro anos, com um time de representantes da população formado em boa parte pelo mesmo conjunto de indivíduos que há décadas vem degradando a política, transformando-a numa espécie de arte da prestidigitação, manipuladas por mãos sempre hábeis de velozes, escondendo e fazendo desaparecer, como mágica, a democracia e a ética.

        Essa é pelo menos a única variável que se pode confirmar como uma constante em nossa equação. O retorno de parte desses caciques que direta ou indiretamente ajudaram a afundar o país na sua mais grave crise é, por enquanto, um dos resultados certos dessas eleições e que indicaria, por quaisquer outros meios, o prosseguimento, sem alteração, do modus operandi do Estado.

       A se confirmar essa tendência, pouca importância passam a ter as outras variáveis. Aumentam as incertezas quanto a desilusão da sociedade com o atual modelo de República, com os partidos políticos e com os próprios políticos. É preciso considerar, enquanto há tempo, o lado da questão da credibilidade das urnas eletrônicas, cada vez mais contestada pela própria população, por legisladores e várias instituições que repetiram a dúvida em relação às urnas durante audiência na CCJ no Senado.  Em uma delas, o procurador Felipe Gimenez, da Associação Pátria Brasil, deixou claro que os princípios republicanos estão sendo deixados de lado já que não há como contar os votos, isso significa a desconsideração à vontade do povo, diz o Procurador. Falta publicidade porque os votos não são impressos, legalidade porque nem a minirreforma nem a Constituição foram acatadas pelo STF. Falta moralidade e respeito à cidadania, disse o participante da audiência.

       Há ainda a tessitura de coligações regionais, feitas nos moldes de interesses pessoais inconfessáveis e que se apresentam, à luz da razão, como totalmente antagônicas. É óbvio que os arcos de alianças construídas dessa forma necessariamente terão que ser devidamente ajustados no novo balcão de negócios que se abrirá na nova legislatura.

       Bolsonaro, que até agora parece despontar na dianteira não teve o atentado político esclarecido, bem como a campanha comandada diretamente de dentro da cadeia pelo ex-presidente Lula, que usa uma espécie de marionete para voltar ao poder, são outros dados dessa que é a mais bizarra campanha de todos os tempos.

        Os efeitos dos escândalos do mensalão e do petrolão ainda não foram totalmente digeridos pela população e suas consequências para o próximo pleito ainda são incertas. O que é real, líquido e certo é que, passadas as eleições, virão de variadas direções os movimentos de acomodação de apaziguamento geral, instalando e reinstalando todos esses personagens nos fartos seios da viúva, chamada agora de União.

A frase que foi pronunciada:

“Não pode ser realizado ato administrativo [como a contagem de votos] em segredo, pois é como se fosse uma conta bancária sem extrato das movimentações”.

Procurador Felipe Gimenez

Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)
Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)

Inaceitável

Brasília é uma lástima em termos de serviços. Quem opta pelo Don Durica da Assefe paga por uma alimentação razoável. O que não se justifica é fazer com que a espera em fila para o pagamento leve 20 minutos.

Logo: dondurica.com.br
Logo: dondurica.com.br

Exemplo

Onde empreende, o sucesso é certo. Esse é o caso do cearense e ceilandense Francisco Nogueira. Com os negócios indo de vento em popa, já estendeu as lojas Beth e Lili (Elizabeth e Elisangela) para Planaltina, Gama e Águas Lindas, além da Ceilândia, onde tudo começou. Até agora, novidade nenhuma. A surpresa é a delícia de queijo que o Sr. Francisco faz. E vende.

Foto: facebook.com/pages/Beth-e-Lili-Confecções
Foto: facebook.com/pages/Beth-e-Lili-Confecções

Saude&Economia

New England Journal of Medicine publicou o argumento necessário para quem é contra brincar com o organismo humano em favor da nano economia. A privação do sono traz um aumento nos registros de acidentes cardiovasculares durante o horário de verão.

Quase

Eleitores preocupados com o silêncio do candidato esfaqueado receberam uma notícia preocupante. Nada de entrevistas ou postagens de vídeos. Os médicos do Albert Einstein proibiram esforços maiores.

Foto: veja.abril.com.br
Foto: veja.abril.com.br

Perigo

Tanto tempo para deixar a obra apresentável aos contribuintes e o que se vê no Trevo de Triagem Norte é barro numa curva que expele os carros, bifurcação submersa n’água durante as primeiras chuvas e sinalização tímida. Já na ponte JK há um ponto onde a água parada de uma margem a outra oferece perigo.

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press
Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Desde sexta-feira está paralisado o serviço de coleta de lixo de Brasília. Há ameaça de uma onda de moscas, e as chuvas caídas, ultimamente podem provocar sérios contratempos para as condições de higiene da nação. (Publicado em 31.10.1961)

Monitoramento eletrônico

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

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Charge: papodepm.com
Charge: papodepm.com

     Em vídeo que tem circulado pelas redes sociais, um criminoso, refastelado em uma cadeira de bar, aparece tranquilamente de bermuda, exibindo sua vistosa tornozeleira eletrônica presa à perna. Enquanto vai saboreando uma cerveja gelada, põe-se a zombar de um grupo de trabalhadores que, do outro lado da rua, sob um sol escaldante, sofregamente descarregam um imenso caminhão de areia. A certa altura do “documentário”, o meliante, já visivelmente bêbado, se dirige aos trabalhadores e em tom de zombaria dá início ao seu discurso às avessas: “Enquanto vocês estão ai dando o duro, pagando seus impostos, eu não preciso de mais nada. Graças a bolsa presidiário de R$ 1.250, que recebo todo mês do governo, posso levar uma vida de aposentado sem nunca ter trabalhado um dia sequer. Por isso vou cuidar para que essa tornozeleira fique comigo para sempre.”

          Absorvidos em sua labuta e por medo das consequências, os trabalhadores nada respondem. No íntimo de cada um deve ter ficado apenas a impressão de que essa é só mais uma das milhares de injustiças de um país sem explicação. A realidade brasileira, com cadeias caindo aos pedaços e superlotadas, onde muitos presos sobrevivem empilhados uns sobre nos outros, empurrou as autoridades da lei à uma encruzilhada: ou mantém essas condições sub-humanas, que tem despertado a ira dos organismos de direitos humanos do país e de todo o mundo ou adotam medidas alternativas, entre elas a supervisão de presos por meio de tornozeleiras.

        O Brasil até hoje não conseguiu manter seus presos dentro um regime mínimo de cumprimento das penalidades. Em que celulares, drogas e outros apetrechos, proibidos por lei, entram e saem toda hora dos presídios. Em que mesmo os chefões do crime organizado, recolhidos em presídios de segurança máxima, enviam ordens aos seus comandados do lado de fora dos muros. E em que advogados se submetem a servir como pombos correios dessa gente, levando e trazendo mensagens sob os olhares impassíveis da Ordem dos Advogados do Brasil. Debaixo de tantos desatinos como esses, os cidadãos contribuintes ainda têm que aturar calados os constantes saidões de multidões de presos que retornam às ruas nos feriados. Uns para se reintegrar à sociedade e outros para voltar para o mundo do crime.

       As leis, com seus múltiplos benefícios cada vez mais generosos, facilitam muito a vida desses condenados, que são vistos sob a luz dos direitos humanos como vítimas da sociedade desigual e egoísta. Nesse quadro caótico, onde faltam deveres e obrigações e o rigor justo das leis, nosso sistema prisional, com centenas de milhares de presos, já deu mostras de que não dá conta do recado. De fato, há um mínimo necessário para a segurança da população. O modelo de monitoramento eletrônico, obviamente, é mais uma farsa a provocar o descrédito da justiça, o escárnio dos condenados e o sentimento de abandono da população. Trancafiada dentro de casas mais vigiadas e seguras do que os próprios presídios a sociedade assustada ainda tem que assistir a vídeos como esse, engolir em seco e ir dormir, de preferência com uma arma debaixo do travesseiro.

A frase que foi pronunciada:

O confessionário é o mais antigo, respeitado e eficaz instituto de pesquisa de opinião até hoje criado.”  

Alex Periscinoto

Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

Estranho

Comentavam na saída da prova do Concurso da Câmara Legislativa que havia uma questão que tratava dos vereadores por Brasília.

Foto: IMP/Divulgação
Foto: IMP/Divulgação

Harmonia

Para quem trabalha nas eleições, a presença de diferentes matizes de Fiscais de Partido é o que faz a diferença na seção. As regras e medidas surgem naturalmente deixando sempre como resultado o equilíbrio.

Responsável

Por falar em eleições, o presidente do STF garantiu que as urnas são totalmente confiáveis. A auditagem estará aberta a todos os partidos políticos. Se o STF acatasse a minirreforma eleitoral de 2015 (artigo 2ª da lei 13.165/2015), não haveria problemas.

Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)
Charge: SAD (m.jornaldamanha.info)

Faixas

Com a chegada das chuvas seria importante que as faixas de pedestres estivessem bem pintadas. Em várias RAs e pelo Plano Piloto são muitas as faixas invisíveis.

Amor

Hoje é a missa de Sétimo Dia de Ivan de Jesus e Silva. Filho de D. Vitória e Sr. Gerônimo, Ivan reencontrou seu grande amor 60 anos depois de ter terminado o namoro. Dona Ilza casou, teve filhos e netos e quando o Sr. Ivan ligou para ela para avisar sobre a morte da mãe, dona Ilza disse: “Quem está falando? Ivan? O meu Ivan?” E assim passaram juntos o final da vida até que a morte os uniu novamente. Na igreja São Camilo, EQS 303/304, às 19h.

Paralisação

Parece que semana que vem haverá alguma novidade sobre os motoristas de ônibus e condutores do metrô. Assembleias, reuniões e conversas estão agitando a classe trabalhadora.

Foto: Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press
Foto: Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Assim é a Previdência Social, na única cidade onde ela funciona, realmente. Fracasso absoluto do sistema colegiado. A cúpula divide o tempo entre conversas e intrigas, e o que salva é a infra-estrutura. Ainda bem. (Publicado em 29.10.1961)