Para outra freguesia

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

          Em entrevista concedida, nesta semana, a um importante veículo de comunicação da capital, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, mais uma vez, manifestou a preocupação de todo o Executivo local com o fato, já por diversas vezes mencionado nesta coluna, de que diversos membros de organizações criminosas estão estabelecendo residências fixas em todo o entorno da cidade. Não se trata aqui de um alerta recente, nem mesmo feito sem base na realidade. Não é de hoje que os órgãos de segurança do Distrito Federal vêm monitorando a atividade desses criminosos, como a compra de imóveis, comércios e outros estabelecimentos comerciais de fachada para montarem suas atividades ilegais.

         Com a chegada da bandidagem de alta periculosidade de outros estados, houve um significativo aumento de diversos crimes nessas regiões do entorno de Brasília, como roubos, tráfico de drogas e até assassinatos. De acordo com o governador, nessas últimas semanas, a cúpula de uma dessas organizações, com braços infiltrados em todo o país, divulgou uma espécie de ordem, diretamente de dentro do complexo penitenciário, para que seus integrantes soltos levantem a ficha de cada um dos servidores desses presídios, com o objetivo de forçar as autoridades a concederem benefícios aos apenados da facção, estabelecendo também maior controle interno dentro dessas cadeias.

           Ibaneis acredita que a aproximação, cada vez maior dessas organizações do crime do Distrito Federal, deu-se em razão da transferência dos chefões desses grupos para o Presídio Federal local recém-construído no DF. “Vemos com muita preocupação, afirmou o governador, porque eles vão tomando conta do Entorno, comprando residências, estabelecimentos comerciais. Isso tudo por conta dessa aproximação.”

           Para Ibaneis, o aumento do tráfico de entorpecentes gerou a chegada desses grupos criminosos, e também o fato de terem trazido criminosos para o Presídio Federal do Distrito Federal. Isso, diz o governador, “faz com que eles consigam se alocar nessas regiões mais próximas do presídio para obter o contato com esses líderes presos”.

         Mesmo enfatizando que as forças de segurança do DF estão atentas para as movimentações dessas organizações no Entorno, inclusive deflagrando operações nesses locais, o governador se mostrou apreensivo, pois reconhece o poderio e o perigo dessas quadrilhas. A vinda desses grupos de criminosos tem movimentado a Secretaria de Segurança que já prevê um reforço nas cidades satélites, onde os índices de criminalidade vêm crescendo. O governador citou os casos das regiões administrativas de Ceilândia, Sol Nascente e outras, que apresentam hoje elevação nas ocorrências violentas.

         Especialistas em segurança acreditam que apenas o reforço nos quadros das polícias é insuficiente para deter a chegada e a expansão dessas organizações nas proximidades da capital do país. Para eles, diferentemente do que ocorre em outras unidades da Federação, Brasília é a sede de diversas embaixadas e de muitos organismos internacionais, abrigando ainda toda a cúpula administrativa federal. Por isso mesmo, reafirmam, Brasília deveria ter um tratamento especial, convertendo-se em área de segurança máxima, livre da presença de presídios para presos de alta periculosidade, pois a presença desses chefes de facções acaba atraindo também todo o staff do crime, que orbita em torno desses presídios.

         A questão aqui é saber por que o Governo Federal não tem, em momento algum, manifestado sua preocupação ou sua solidariedade sobre essa situação delicada. O risco que a capital e seus moradores correm com a chegada desses criminosos é conhecido e já foi externado por diversas vezes às autoridades, que seguem trazendo os comandantes dessas organizações do crime para o complexo de presídio da Papuda. Por que e até quando?

A frase que foi pronunciada:      

“Já é hora de a aplicação da lei se tornar tão organizada quanto o crime organizado.”

Judy Giuliani

Charge do Cazo

 

Promessa

Elias Vidal é literalmente Brasília Novos Talentos, o time BNT na categoria sub 14 foi destaque na final da Copa Satélite do futebol base do DF, encerrando o ano com a taça na mão. Que os olheiros abram os olhos!

Cartaz publicado no perfil oficial da Copa Satélite de Futebol no Instagram

 

Tecnologia

Um dos maiores desperdícios nacionais é o coco verde. Sem aproveitar a fibra inigualável, o Brasil perde divisas. As fibras do coco têm inúmeros usos. A Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria com a metalúrgica Fortalmag, desenvolveu uma tecnologia de processamento das cascas de coco verde que pode ser implementada em todas as áreas produtoras de coco no território nacional. Além de reduzir a disposição inadequada de resíduos sólidos, proporciona uma nova opção de renda para as regiões produtoras.

Foto: Noroes, Claudio

 

História de Brasília

Para isto, a assessoria de imprensa do Planalto recebeu ordens para alterar as passagens, e mandar os rapazes para o Rio. Mas ninguém disse quem pagaria as passagens, e se não fôsse o Batista, que ficou até de madrugada em comunicações com a Vasp, os homens não teriam embarcado, até que veio a cortesia do transporte. (Publicada em 28.03.1962)

Desarmados e indefesos

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Foto: Joédson Alves (EFE)

 

         Uma das razões que comumente levam os partidos de esquerda, no Brasil e em todo o mundo, a pregarem, sistematicamente, contra o acesso dos cidadãos a posse de armas, tem suas raízes fincadas muito além de quaisquer princípios ideológicos de paz ou coisa do gênero. Por detrás dessa vedação estratégica, os fatos históricos demonstram que, em todo o mundo, o crescimento da hegemonia dos partidos de esquerda dentro do Estado só foi efetivamente concretizado à medida em que se processava, paralelamente, o desarmamento da população e de toda a quaisquer dissidências, impedindo-as de reagirem em tempo.

         Ao arbítrio da força das armas, imposta por governos com as mesmas características, sejam de esquerda ou direita, somente uma força igual e contrária em intensidade é capaz de reverter a situação. População desarmada é refém e presa fácil da imposição da bandidagem, esteja ela dentro do Estado ou nas ruas.

         Esse é um fato inconteste a provar que, mesmo em democracia evoluídas, as relações sociais necessitam do lastro das armas para sua efetivação. Não por outra razão, a maior democracia do planeta, os EUA, consagram, em sua Carta Magna, o direito dos cidadãos ao porte de armas de fogo. Tanto a segunda como a décima quarta emenda daquele país, protegem o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal, de sua família e de sua propriedade.

         As esquerdas não conseguem mais esconder que desejam os cidadãos desarmados, pois, dessa maneira, podem, a qualquer tempo, como bem esclareceu recentemente o próprio teórico do partido dos Trabalhadores, José Dirceu, “tomar o poder” mesmo após um processo eleitoral normal. O fato de levantar estatísticas mostrando que o aumento da violência urbana e rural está diretamente ligado ao aumento no número de armas, já não tem surtido os efeitos desejados pelos defensores do desarmamento. O que existe de fato é que o crescimento exponencial da violência, principalmente nos centros urbanos nos últimos anos, e a pouca efetividade da segurança pública têm levado os cidadãos a comprar armas e a investirem, cada vez mais, em segurança pessoal ou condominial, o que tem favorecido a indústria e o mercado legal de armamentos.

         Cursos de defesa pessoal, de tiro e de uso correto e preventivo de armas de fogo têm aumentado também por todo o país. A maior liberação ao acesso às armas, feitas pelo atual governo, inclusive com o incentivo ao uso de armas, tem ajudado a população a se armar como nunca antes. Vídeos mostrando a atuação frustrada de bandidos e a pronta reação dos brasileiros também têm incentivado a compra de armamentos por muitos. A questão do aumento do armamento não está no mercado legal de armas, mas na possibilidade ampla do tráfico de armas, realizado graças à porosidade excessiva de nossas fronteiras terrestres. Os armamentos clandestinos entram no país e têm sua clientela certa junto às organizações do crime, essas sim representam um verdadeiro perigo para todos e estão associadas diretamente aos índices de violência.

          Bairros inteiros, nos quais boa parte da população já possui armas, os bandidos, precavidos desse fato, passam a evitar, por razões óbvias. Com a população devidamente armada e preparada, há que se pensar duas ou mais vezes antes de agir.

 

A frase que foi pronunciada:

“Oligarcas e tiranos desconfiam do povo e, portanto, privam-no de suas armas.”

Aristóteles, 384-322 a.C.

FOTO: CREATIVE COMMONS

 

Terror

Deputado federal Hercílio Diniz (MDB), Dr. Luciano (Patriota), David Barroso (União) e o piloto levaram um susto. O helicóptero fretado para campanha caiu, na tarde de ontem, no Vale do Rio Doce, no município de Engenheiro Caldas. Todos estão vivos, apenas com leves ferimentos.

Foto: Reprodução/redes sociais

 

Participe

Até o dia 30 deste mês, A UnB, em parceria com a Biblioteca Central e Editora UnB, vai reunir livros infantis que serão doados a instituições beneficentes de todo o DF e entorno. São 14 pontos de coletas de doações, um deles na entrada da Biblioteca da universidade.

Foto: crb1.org.br (Felipe Menezes)

 

Mala direta

Está respaldado na Lei 6538/78, o serviço dos Correios a pessoas físicas e jurídicas que contratarem o envio de mensagem publicitária para vender ou divulgar serviços, e até promover eventos, inclusive, a candidatos e partidos políticos. Veja todos os detalhes no link Soluções dos Correios para ações de comunicação nas Eleições 2022.

Imagem: correios.com

 

Falando nisso

Outra forma de presença importante dos Correios durante as eleições é com o suporte aos mesários, com o vale postal eletrônico para a alimentação, além do transporte que, este ano, é de mais de 100 mil urnas.

Foto: bbc.com

História de Brasília

Abriram valetas para colocação de esgotos. Fecharam as valetas. Não fecharam. Jogaran terra. Nenhuma placa indica o perigo, e a todo instante, um carro atola perigosamente. Ponham alguma indicação, por favor. (Publicada em 10.03.1962)

Ao policial o que lhe é devido

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Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

          Quem conhece sabe: não é fácil a vida de policial neste país. Principalmente num país que desponta como campeão mundial isolado em violência urbana. Vivemos, à semelhança de outros países que estão em conflito aberto, numa verdadeira guerra civil, com parcelas significativas de nossas metrópoles, ocupadas e dominadas pelas mais diferentes facções do crime organizado, com leis próprias e um estatuto de regras draconianas impostas por esses facínoras, com tribunais do crime, com execuções sumárias e todo um clima de terror, que somente essas comunidades locais submetidas conhecem.

          A lei do silêncio é regra que não pode ser descumprida, sob pena de morte. Aos fins de semana, em suas festas tribais, hordas de traficantes e outros meliantes desfilam pela comunidade portando armamento sofisticado e de grosso calibre, que nem o Exército Brasileiro sonha em possuir. Atirando para o alto, dão proteção às feiras livres das drogas, que são vendidas e consumidas ao ar livre por parte dos jovens nessas comunidades.

         Nesses territórios exclusivos, só é possível entrar com autorização expressa desses criminosos. Para aquela parte da comunidade que, em segredo, não aprova esse estilo de vida e que teme por seus filhos, a solução é se trancar em casa, dormindo debaixo da cama, com medo dos tiroteios ou de outros justiçamentos que podem ocorrer por qualquer motivo e a qualquer hora. Nesse ambiente, onde o valor da vida é menor do que o grama de cocaína, a desconfiança de tudo e de todos é total. Não se confia em bandido, mas também não se acredita em governos, prefeitos ou vereadores e quaisquer outras instituições do Estado.

         É, em ambientes de terror como esse, que milhares de policiais, em todo o país, são obrigados a adentrar, por ordens superiores, portando armas obsoletas e outros equipamentos de proteção ineficazes, ficando expostos à artilharia pesada dos bandidos.

         Uma consulta aos números, sempre crescentes, de policiais que perdem a vida todos os dias neste país em confronto com esses marginais, pode dar uma pequena noção da periculosidade dessa profissão. Para esses profissionais, os riscos de vida são permanentes, dentro e fora da rotina de trabalho. Qualquer um desses profissionais surpreendidos por bandidos são imediatamente executados.

         Centenas ou talvez milhares de policiais que morrem a caminho de casa, depois de um dia de trabalho, dão uma mostra dos riscos que essas atividades trazem para eles e suas famílias. Quantas viúvas, órfãos, pais e mães choram por seus filhos, mortos impiedosamente por criminosos. Quantos profissionais, que por sua atividade de alto risco, tendo que conviver diariamente com a violência, não acabam internados em clínicas de doenças mentais, acometidos dos mesmos traumas que os soldados retornados de uma guerra.

         Do mesmo modo que a esses profissionais não lhes é concedido o direito de matar, também não lhes é concedido o direito de viver. Vivem, por isso, numa corda bamba e corroída pela indiferença do Estado, expostos em manchetes de jornais de forma parcial.

         Ao não darmos o devido valor a esses profissionais, o que estamos induzindo é o fortalecimento do crime e dos criminosos, dentro de uma justiça que, por desvios de conduta, acolhe e até beneficia criminosos com regalias jamais vistas em outros países, como progressão de pena, saídas temporárias, visitas íntimas, conversas particulares com advogados e outros aviões do crime e uma série de outras regalias impensáveis em nações desenvolvidas.

         Dentro desse ambiente de guerra contínua, não pode haver meias medidas. Ou se apoia a polícia ou o bandido. Obviamente que as falhas nessa e outras profissões devem ser corrigidas, pois é sempre bom estar atento que o pior tipo de bandido é aquele que está escondido sob a farda de um policial. Para esse tipo específico de criminoso, as penalidades devem ser exemplares e dobradas. É preciso entender que a noite de sono tranquilo, neste país dilacerado pela violência, só tem sido possível porque a polícia está de prontidão nas ruas, zelando por você e sua família.

A frase que foi pronunciada:

“Entenda, nossos policiais colocam suas vidas em risco por nós todos os dias. Eles têm um trabalho difícil a fazer para manter a segurança pública e responsabilizar aqueles que infringem a lei.”

Barack Obama

Foto: washingtonpost.com

 

Direito assegurado

Apague a luz! Se continuar com os olhos abertos, vai estar perfeitamente situado no ambiente. Com Covid e sem Covid, os hospitais públicos da cidade continuam com pacientes deitados em macas pelos corredores. Não é possível que o volume de impostos cobrados não seja suficiente para dar dignidade às pessoas que usam o serviço do saúde oferecido pelo estado. É hora de acender a luz e cobrar uma realidade diferente.

Foto: EFE/ SEBASTIAO MOREIRA

 

História de Brasília

Para uma elevação de preços tão violenta, cabia às firmas distribuidoras e ao próprio Conselho Nacional do Petróleo uma nota explicativa, pois o gás engarrafado, que custava, por quilo, 45,1 passou a custar 57,75, sofrendo, assim, um aumento de quase dez cruzeiros por quilo. (Publicada em 01.03.1962)

O lado bom da coisa ruim

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Questão de tempo

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: portalodia.com
Charge: portalodia.com

         Na avaliação de especialistas em segurança pública, o Rio de Janeiro já se transformou, de fato, num narco estado, semelhante ao que foi no passado a cidade de Medellin, na Colômbia. Segundo o IBGE, das 11,5 milhões de pessoas vivendo em favelas em todo o Brasil, cerca de 12,5% estão no Rio de Janeiro. Nessa cidade, aproximadamente 25% dos moradores vivem numa dessas favelas, onde a falta de infraestrutura básica capaz de emprestar o mínimo de dignidade aos cidadãos é um traço comum.

         Em meio a esse caos urbano, de onde o estado parece ter se exilado há décadas, os cariocas que ainda resistem em abandonar a antiga capital fazem o que podem para escapar do dia a dia de violência, usando dos mais impensados meios para não vir a se tornar também mais um número perdido nos formulários sobre estatísticas de criminalidade.

         Aplicativos de celular ajudam os cariocas a fugir dos tiroteios que acontecem praticamente sem interrupção ao longo do dia e da noite, inclusive nos bairros da zona sul, assolados por uma onda de crimes e arrastões jamais vista. Cercada por traficantes fortemente armados de um lado, por milícias de outro, tendo como retaguarda um governo em que boa parte foi parar atrás das grades por malfeitorias com o dinheiro público, o carioca é hoje refém de um estado dentro do estado.

          Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública apontam indicadores comparativos entre o ano passado e esse ano. O aumento de homicídio doloso subiu 8,9% no Rio de Janeiro. Em relação a intervenção policial, o número de mortes cresceu 26,3%. Investigar, num exercício de memória, que caminhos foram tomados para que a cidade fosse mergulhada nesse pesadelo sem fim contribui muito para minorar esse flagelo.

         Um quadro dessa magnitude em que o problema ganhou dimensões que ultrapassam a capacidade da antiga capital resolver o problema de forma isolada, causa surpresa que até o momento não se tenham adotado medidas excepcionais para por fim a esse estado de guerra que sufoca a cidade.

Charge: essaseoutras.com.br
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         A intervenção militar, na área de segurança daquele estado, até o momento não tem surtido os efeitos que os idealistas esperavam. A diminuição tímida de alguns indicadores de violência e criminalidade e o aumento paralelo em outros, demonstra, na prática que as Forças Armadas, não possuem, nem de perto o preparo técnico e tático para enfrentar um meliante que age usando subterfúgios e ardis de guerrilha, misturados com o mais puro banditismo.

          Para piorar uma situação que se agrava a cada dia, parte da classe política do estado ainda instiga a população e a mídia a se voltar contra as poucas ações profiláticas dos militares, acusando-os de discriminação contra a população de baixa renda.

         Enquanto as autoridades não se entendem, preferindo abrir caminhos fáceis para a possibilidade de reeleição desses mesmos personagens que sempre assistiram do camarim seleto a cidade se desintegrar, a população prefere se esconder dentro de casa.

          O Rio de Janeiro das noites festivas que muitos conheceram, da cidade que não dormia, ficou no passado. Com a economia combalida pelo excesso de crise e de violência urbana, o Rio é hoje o retrato acabado de uma cidade que amanhã será também a nossa. É só uma questão de tempo se não houver mudanças.

A frase que foi pronunciada:

“O crime vai diminuir quando o Brasil for um país com mais desenvolvimento. Em Berlim, a criminalidade é baixa, mas não porque têm muitos policiais nas ruas, mas pelo grau de desenvolvimento daquele país. Hoje, estamos enxugando gelo na questão da Segurança Pública.”

José Mariano Beltrame

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Solidariedade

Mais um mês para arrecadar recursos para o João Vitor poder usar aparelho auditivo. Terceirizada do Ministério da Defesa, a tia de João sonha em ver o sobrinho se desenvolver nos estudos. Link para contribuir: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-me-a-ouvir. Veja mais detalhes no blog do Ari Cunha.

PLS 140

Fernando Gomide informa que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado debate 3 projetos de grande importância para a saúde no nosso país. Dentre eles, o PLS 140/2017, que busca dar celeridade e transparência aos procedimentos do SUS. Esse projeto elenca os atos que constituem improbidade administrativa, além de prever a punição dos responsáveis.

Charge: chavalzada.com
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Agenda

Hoje, o Conselho de Entidades de Promoção e Assistência Social e suas associadas farão uma manifestação pacífica às 10h em frente ao Palácio do Buriti para assegurar a continuidade das atividades das instituições sem fins lucrativos que trabalham com crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas em grau de vulnerabilidade social. O governador Rodrigo Rollemberg deve receber a Diretoria do Cepas para ouvir as reivindicações. Afinal, trata-se de uma parceria que o governo deve valorizar.

Duo

Segunda-feira, dia 28, Ricardo Vasconcelos (contrabaixo) e Francisca Aquino (piano) vão se apresentar no teatro da Escola de Música de Brasília, na 602 sul, às 19h30. Entre 28 e 30 de maio, o professor Ricardo Vasconcelos realizará a Semana do Contrabaixo.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Cada funcionário, entretanto, que compreenda o momento que vive, e sinta que uma carta é coisa sagrada, um telegrama tem que chegar ao seu destino, e uma encomenda não pode ser retida. (Publicado em 20.10.1961)