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ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Enquanto a bola rola nos estádios da Rússia, os candidatos à presidência da república vagueiam pelos estados brasileiros, em campanha eleitoral francamente aberta, mesmo que a legislação proíba essa antecipação do calendário. De fato, nem a campanha da seleção, nem o recital de promessas dos postulantes para 2018 têm despertado grande interesse da população.
O futebol insosso do escrete, apoiado basicamente na figura de um Neymar, que parece possuir talento fora de série apenas quando atua em times no exterior, e as caras manjadas dos políticos que se apresentam para o principal pleito de 7 de outubro, por razões idênticas, deixaram de empolgar os brasileiros.
A decepção com os seguidos casos de malversação de recursos, falsificação de resultados, construção superfaturada de estádios e outras falcatruas, tanto na CBF como na própria FIFA, além da derrota inexplicável por 7×1 para a Alemanha, retraíram e constrangeram o torcedor de tal maneira que somente uma campanha mágica e indiscutível rumo ao hexa poderá redimir o passado recente.
Do mesmo modo, os escândalos, em sequência contínua, praticamente reduziram à pó a imagem que a população faz hoje de todos os políticos. O desencanto geral vem também da encenação e das mentiras, quer dos jogadores que se jogam ao chão procurando vantagens e faltas inexistentes, quer da atuação dos políticos, obrigados a desmentir, com falsas versões, as acusações de que são alvos.
A perda de credibilidade e o malabarismo nos pés e na retórica afastaram fãs e eleitores. Ainda assim, para o bem do esporte e da democracia, futebol e eleições devem prosseguir. Quem sabe, ali na frente, as coisas se arrumam e tudo volta a ser como era antes.
No caso da política a coisa é mais complicada. As gigantescas manifestações de rua acenderam o sinal de alerta para todos aqueles que ainda apostam no velho modo de fazer política e pode render resultados inesperados quando as urnas forem abertas. Aliás, permanece crescente entre os eleitores a desconfiança sobre as urnas eletrônicas. Nenhum país a adotou, técnicos já provaram que as urnas são violáveis. Toda a campanha política não passará de encenação caso os votos dos brasileiros não sejam auditados. Comparável ao triste teatro com encenações de surpresa de nossas autoridades quando sorteado o Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014. Aquele sorteio gerou suspeitas até hoje não esclarecidas.
Mesmo no futebol, fez-se necessário a introdução de um segundo árbitro, chamado de vídeo, para sanar eventuais dúvidas das jogadas. Seria comparável a contagem dos votos, o tira-teima. Por essa mesma razão, muitos eleitores e mesmo especialistas renomados sobre questões de informática concordam com a introdução do voto impresso para debelar eventuais desconfianças.
No futebol, como na política, é preciso regras claras e precisas. Tanto nos campos, como nos palanques a obediência às leis devem possuir regras indiscutivelmente objetivas e justas. Jogador que tomou cartão vermelho deve sair de campo. Político investigado também deveria, embora se saiba que a maioria deles irá disputar novos cargos, muitos claramente em busca da blindagem proporcionada pelo foro de prerrogativa.
O fato é que o mal desempenho, nos campos e na tribuna, tem desanimado os brasileiros, mesmo aqueles que gostam de futebol e de política. Reverter essa situação extrema é a jogada mais importante a ser feita agora.
A frase que não foi pronunciada:
“A alegria do samba, a paixão pelo futebol, a esperança na política, a imagem de um povo de grande coração. Falta pouco para tirarem também a dignidade do brasileiro.”
Dona Dita, durante uma tricotada e outra.
Turbilhão
Nada tranquilo para o diretor-geral do transporte urbano do DF. Instaurado Procedimento Administrativo Disciplinar com vários nomes de funcionários da casa.
Pancadas
Pela Via N2 só tratores saem ilesos. Rodas, pneus e suspensão dos carros são castigadas com tantos buracos.
Absurdo
Pelo portal do Detran estava tudo certo. Não havia débito. O motorista resolveu ir buscar o documento do carro. Ao chegar lá, o sistema acusou um débito de R$ 17,00, que significava voltar para casa, pagar, aguardar dois dias e voltar a enfrentar a fila do Detran. Mas de onde viria esse valor? Pela atendente, trata-se de um complemento de cálculo mal feito pelo GDF. Por isso é necessário complementar. Uma coisa dessas aquece qualquer sangue humano.
Inflação
Por R$ 100,00. Esse é o valor do bojão de gás vendido no disk-gás. Custava R$ 75,00 antes do movimento dos caminhoneiros. Como explicar essa precificação?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os moradores do IAPB, que habitam a única quadra bem organizada, a única quadra bem mantida, e a única totalmente ajardinada, devem cooperar com o Delegado sr. Isaias Gonçalves de Freitas. (Publicado em 24.10.1961)
ARI CUNHA
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Por muito tempo, no Brasil, o futebol foi usado como uma espécie de “ópio do povo”, capaz de, ao mesmo tempo, distensionar a insatisfação popular contra governos e políticos, ao mesmo em que serviu para uma espécie de chamamento ao nacionalismo e ao patriotismo exaltado. Quer usado de uma forma ou de outra, o fato é que hoje o futebol perdeu muito de sua antiga áurea, se convertendo naquilo que ele realmente é, ou seja, um esporte.
Como já dizia o poeta Camões: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A transformação do ludopédio em esporte milionário, com altos custos de transação de jogadores, altos salários e tudo o que montanhas de dinheiro pode comprar, alterou o que era um divertimento, absolutamente do agrado da população de baixa renda, em uma indústria de luxo, onde até os preços dos bilhetes para assistir aos jogos chegam a custar, em algumas ocasiões, mais do que um trabalhador ganha por um mês inteiro de trabalho. Com essa nova realidade vivida hoje pelo futebol, como um esporte de alto rendimento físico e monetário, vieram também uma sequência de revelações mostrando casos escandalosos de subornos, tráfico de influência, desvios de recursos, sonegação fiscal e outros crimes que resultaram em condenações e prisões de dirigentes de futebol e cartolas, e serviram para aumentar em muitos torcedores um sentimento de desilusão, fazendo ver a todos que o amor pela camisa marcou época num passado longínquo, sendo hoje um comportamento definitivamente encerrado.
Apesar de todos esses percalços, em se tratando do país do futebol, é possível observar, aqui e ali, que a paixão por esse esporte ainda existe e movimenta torcidas. No entanto, é preciso destacar que a Copa de 2014, com a derrota vexaminosa da Seleção, ainda está fresca na memória de muitos, fazendo com que o Brasil caísse “na real”, não apenas no quesito ilusório de melhor futebol do planeta, mas, sobretudo, quando se descobriu o quanto foi gasto, inutilmente, do dinheiro do contribuinte para construção de estádios mastodônticos e para fazer do Brasil o país sede dos jogos.
O desânimo que observa hoje em todas as cidades do país com relação aos jogos da Copa na Rússia, com pouco enfeites das ruas e poucas bandeiras é reflexo não só da grave crise experimentada hoje pelos brasileiros, mas de uma tomada de consciência geral de que, ganhando ou perdendo a Copa, a situação de cada cidadão não irá se alterar um milímetro sequer. Pelo contrário, muitos acreditam que, em decorrência de quase um mês de disputas, boa parte do governo, incluindo o Congresso e o Judiciário, use o calendário dos jogos para desacelerar e mesmo paralisar momentaneamente suas atividades para ficar em casa, longe das ruas inseguras, com os olhos fixos na tela, vivendo 90 minutos de pura ilusão.
O problema é que enquanto muitos ficam nessa espécie de transe, outros, com acesso ao Poder, maquinam jogadas políticas que vão fazer a realidade ficar ainda mais cruel.
A frase que foi pronunciada:
“Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola.”
Nelson Rodrigues
Aborto
Se nossos governantes estivessem mesmo preocupados com a saúde da mulher, no lugar de aprovar o aborto, facilitariam a esterilização. Isso sim é ser dona do próprio corpo. Quem não quer ter filhos precisa ter o apoio do governo para a ligadura de trompas, o que não acontece. Assassinar uma vida intrauterina é interesse escuso, longe da mente feminina.
Denúncia
Pacientes, na sua maioria idosos, que utilizam o medicamento Apresolina 25 mg ou 50 mg, fabricado pelo Laboratório NOVARTIS, estão há 120 dias sem o remédio. Essa indisponibilidade no mercado tem gerado sérios problemas de saúde nos pacientes que não se adaptam a outros similares.
Desrespeito
O laboratório informa que um novo lote do medicamento está sendo faturado para as grandes distribuidoras em todo território nacional. Não procede essa informação, pois perfazem 90 dias que a resposta é sempre a mesma, que foi faturado. Informações obtidas junto às distribuidoras, mostram que as mesmas negaram o faturamento, citado pelo laboratório, referente ao medicamento Apresolina 25 mg ou 50 mg.
Insensibilidade
A falta de transparência e lisura do laboratório NOVARTIS é desrespeitosa com os pacientes que necessitam do remédio para ter uma melhor qualidade de vida.
Release
Medições na intensidade sonora feitas pela PROTESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) em apetrechos barulhentos durante a Copa 2014, e em parceria com a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), mostraram um resultado alarmante. Das 31 cornetas, buzinas e apitos testados, somente nove registraram som abaixo de 120 decibéis, enquanto o limite de ruído seguro para a saúde auditiva é de 85 decibéis.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O coronel Dagoberto entende. Entende mesmo, de comunicações. É sabido que o DCT sofre do emboloramento mental para as idéias mais avançadas, e luta contra o emperramento do serviço, e contra uma malta de ladrões que assalta as malas com valores. (Publicado em 21.10.1961)
ARI CUNHA
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com Circe Cunha e Mamfil
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Crises obrigam os indivíduos a organizar estratégias para superar os efeitos e prolongamentos, reforçando, também, ações que visem a não repetição dos mesmos erros. Por isso é que se afirma que em época de crise é também o momento ideal para a criação de soluções e para o aperfeiçoamento de atitudes, sejam elas no plano individual ou de grupos.
Obviamente que, em se tratando de um Estado como o nosso, com todas as suas características, complexidades e limitações, apanhado de surpresa por uma crise que muitos classificam como a mais profunda e duradoura de toda a história republicana, a construção de caminhos que levem a superação da depressão econômica, política e social é tarefa das mais árduas e que demandará tempo e persistência, dessa e de outras gerações que virão.
Mesmo assim, o que se observa em meio a esse cenário caótico é o surgimento, ainda tímido, de propostas e projetos de leis que visam aperfeiçoar e blindar os mecanismos de administração pública contra a ação contínua de atos ilícitos não só dentro da própria máquina pública, como de todas as empresas que estabelecem relações de parceria com o Estado. Nesse sentido, duas propostas apresentadas pelo deputado Chico Leite (Rede Sustentabilidade-DF) merecem destaque pela oportunidade.
A primeira é a Lei Distrital Anticorrupção (nº6112/2018), já em vigor desde março, que torna obrigatória a implantação do Programa de Integridade nas empresas que celebrarem contratos, consórcios, convênios, concessões ou pareceria público-privada (PPP) com o GDF em todas as esferas de Poder. Para o autor da nova Lei, o objetivo da medida é proteger a administração pública do DF de atos lesivos que resultem em prejuízos financeiros, garantindo que a execução dos contratos esteja em conformidade com a lei, promovendo, assim, maior segurança
É claro que a experiência tem demonstrado que nesse caso não bastam aperfeiçoar e introduzir mecanismos de compliance apenas nas empresas que firmarem contratos com o GDF. Fatos e manchetes de jornais confirmam que grande parte dessas irregularidades parte justamente de dentro da estrutura dos Poderes do Estado. Executivo, Legislativo e Judiciário têm sido acusados, sistematicamente, de práticas de desvios éticos e abuso de condutas nos contratos assinados com a iniciativa particular.
Operações da Polícia Federal e do Ministério Público, como Drácon, Panatenaico e muitas outras, têm levado ao conhecimento da população da capital as relações espúrias entre políticos e empresas privadas que resultaram em enormes prejuízos para o contribuinte, sem que seus atores tenham sido, até o momento, punidos exemplarmente.
Com base nesses episódios o parlamentar apresentou também uma Proposta de Emenda À Lei Orgânica (PELO nº 97/2017), introduzindo na constituição local dispositivo que cria nos órgãos dos Poderes do DF programa de Compliance Público, objetivando avaliar, direcionar e monitorar a gestão pública, mediante a avaliação de riscos, prevenindo, identificando e reportando possíveis desvios de conduta, irregularidades e práticas de ilícitos.
Na justificação que fez sobre sua proposta, Chico Leite lembra que “uma das facetas mais importantes da governança é sua ênfase na prevenção de condutas irregulares”. Pela proposta, ficará criado também o Fórum Permanente de Combate à Corrupção do DF (FOCCO/DF), visando a formulação de políticas públicas no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.
A frase que foi pronunciada:
“Aqui no DF temos numerosos exemplos de leis e demais atos normativos que foram declarados inconstitucionais após aprovação em plenário e até mesmo sanção do governador. Ou seja: todo o trabalho despendido foi perdido e não gerou benefício algum para a população”
Chico Leite, deputado distrital
Sem ilusão
Nada como a proximidade das eleições para as atenções se voltarem para a população. A Câmara Legislativa do Distrito Federal revogou o aumento de 2,99% na conta de água, que havia sido autorizado pela Agência Reguladora das Águas (Adasa) em maio. Era só o que faltava. Não protegem as nascentes, correm para cobrar de invasões, oferecem água da pior qualidade, cortam o fornecimento por falta de planejamento e querem receber mais. Em breve vão dar um jeito de arrancar esse aumento.
De graça
O Bel Canto da Ópera, com Renata Dourado, Daniel Menezes, Aida Kellen, Gustavo Rocha, Érika Kallina, Carol Araújo, Isabel Quintela, Luiza Lacava, com participação especial de Janette Dornellas e do pianista Rafael Ribeiro, será no teatro do Brasília Shopping, dia 17 de junho às 19h. A realização é dos Cantores Líricos de Brasília.
Abuso
É preciso criar um canal de comunicação entre pacientes e o Conselho Federal de Medicina que trate do relacionamento médico-paciente. Hoje em dia, com celulares em punho, são gravados inúmeros flagrantes de arrogância e desrespeito por parte dos profissionais da saúde. Vulneráveis, os pacientes contam com os parentes para defendê-los, mas nem sempre isso acontece.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Enquanto isto, os moradores que sofram lama, poeira, barulho de gerador, mosquitos e toda sorte de desconforto. (Publicado em 21.10.1961)
ARI CUNHA
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Em artigo publicado nesse domingo, intitulado “Contra as fake news”, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, ao ressaltar o fato de que 10 partidos políticos já firmaram acordo com o TSE no sentido de “manter um ambiente eleitoral imune à disseminação de notícias falsas”, lembrou que o êxito da tarefa de combate à desinformação tem que contar com o apoio imprescindível e diuturno da imprensa.
Para tanto, diz “o jornalismo político-eleitoral precisa ser livre para apontar imprecisões do discurso político.” Obviamente que parte da chamada imprensa marrom, responsável pelo grosso das notícias falsas divulgadas, está trabalhando a todo vapor para municiar os meios de comunicação com notícias inverídicas e caluniosas para prejudicar esse ou aquele candidato, agindo como verdadeiros sicários contra a reputação alheia.
O fenômeno das fake News e a polarização exacerbada dos candidatos e dos eleitores parecem que irão marcar essas próximas eleições, que poderá contar também com um absenteísmo elevado e com uma avalanche de votos em brancos. Assim como a Copa de futebol, o mundo da política, com candidatos e partidos envolvidos nos mais escandalosos casos de corrupção, vem há muito tempo decepcionando torcedores e eleitores.
O problema com as fake news em época eleitoral é que elas podem contribuir, ainda mais, para a firmação de um ambiente despolitizado, o que trará prejuízos para todos indistintamente. Na verdade, fosse passível de penalização severa e imediata pela justiça, a divulgação de inverdades acarretaria na prisão da grande maioria dos atuais candidatos e na condenação exemplar de muitos partidos.
Enganar e mentir para eleitor, prometendo paraísos inalcançáveis, é uma velha prática entre os políticos do país e isso jamais resultou em condenação de ninguém. Se forem levadas ao pé da letra, tanto as coligações partidárias como as alianças, entre um e outro postulante, são estabelecidas sobre uma plataforma onde tudo é fake e armado para capturar o eleitor. Pior é que esse ambiente de falsidades ainda é turbinado por pesquisas falsas, feitas sob encomenda e com perguntas capciosamente elaboradas para se chegar à um resultado desejado.
Não seria exagero afirmar que no Brasil, atualmente, tudo no mundo político é fake. O lançamento de candidatos como o do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é fake e montado apenas para lhe dar maior visualidade e poder de barganha lá na frente. O mesmo se repete com a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles, lançada para dar sobrevida ao MDB.
As mentiras disparadas em quantidade pela ex-presidente Dilma, às vésperas das eleições de 2014, ilustram até que ponto as fake news são usadas. Mesmo agora, o Partido dos Trabalhadores, que por não aprender com a história recente repete os mesmos erros, insiste na candidatura do presidiário Lula, sabendo que essa postulação é uma farsa completa que visa apenas manter a ilusão dos velhos tempos de glória.
Fôssemos listar o rol de mentiras e falsidades produzidas continuamente por nossos políticos e respectivos partidos, iríamos necessitar de um juizado especializado em fake news.
Chama atenção também a crescente desconfiança de parte dos brasileiros sobre a inviolabilidade das urnas eletrônicas. Para muitos, o fato de não ser adotada em nenhum outro país deixa a entender que nesse processo informatizado também se nota a presença de um elemento fake, capaz de alterar resultados. Pelos resultados das próximas eleições e pelos números de candidatos ficha suja que eventualmente poderão ser reeleitos, poderemos ter uma dimensão exata dos efeitos da mentira sobre nossa jovem democracia. Uma coisa é certa: se a mentira tem pernas curtas, como dizem, nosso futuro não vai longe.
A frase que foi pronunciada:
“Setenta e um por cento do Congresso Nacional disseram, em nome do povo, que o voto será impresso. A lei não tem discricionariedade. A lei não permite fracionamento. Fracionar o cumprimento da lei é um abuso, uma infração, uma teratologia. Imagine se alguém dissesse a um juiz, eu vou cumprir a sua ordem em 10 anos. A autoridade dos congressistas que votaram em nome do povo está sendo vilipendiada. Por quem? Pelos ministros que se sentam para administrar o processo eleitoral eles agem como administradores sujeitos aos princípios constitucionais como qualquer outro agente do Executivo.”
Felipe Marcelo Gimenez, procurador de M.S., durante o debate sobre a segurança do sistema eletrônico de votação no Brasil
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Sabe-se, também, agora, a razão pela qual o Iapfesp criou tantas dificuldades para que a Novacap não urbanizasse as duas quadras. É que continuando como está, em estado de bagunça total, seria mais fácil para os desmandos que estão sendo praticados. (Publicado em 21.10.1961)
ARI CUNHA
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Pelo quadro surrealista que vai se desenhando para as próximas eleições, com candidatos postulando vagas no Executivo e Legislativo até de dentro do cárcere, onde cumprem pena, não surpreende que o próximo pleito de 2018 será um dos mais insólitos de todos os tempos.
Mesmo aqui, na capital, o cenário não é diferente. Por aqui, menos de dez partidos já anunciaram a intenção de alcançar o Buriti. Outros aguardam a formalização de blocos para se tornar viáveis. O atual governador, graças ao cumprimento severo da Lei de Responsabilidade Fiscal, possui hoje o controle de uma máquina azeitada e com bom dinheiro em caixa e, portanto, pode se dar ao luxo de pensar em futuros projetos de investimentos e até em aumento para algumas classes de servidores.
Ainda assim, em decorrência do mal momento que coloca no mesmo baú todos os políticos do país, Rollemberg sofre sério desgaste de imagem, por conta de suas limitações de comunicação. Mais insólita ainda é a situação dos atuais distritais. Nessa turma, mais de dois terços são alvos de inquéritos policiais e ações judiciais por crimes como corrupção, improbidade e outros crimes de malversação de recursos públicos. Dos 24 deputados distritais, nada menos do que 18 têm explicações a prestar para a justiça. Desses, alguns, mesmo já condenados, prosseguem em campanha velada, apostando na lentidão da justiça e na pouca memória do eleitor. É nesse cenário, em que investigações como Panatenaico, Drácon e outras puseram a nu o que ocorre nos bastidores da política local, que os eleitores irão escolher seus possíveis candidatos.
Fosse esse o problema central, seria até fácil contornar o quadro, exigindo da justiça pronta decisão sobre candidatos com pendências legais. Só que examinando de perto cada um desses postulantes, absolutamente nenhum possui, sequer, a mínima ideia ou um mínimo projeto para solucionar os graves problemas da capital e mesmo do país. Aliás, no quesito apresentação de propostas viáveis para a crise atual, a falta não só é de ideias, mas de atitudes afirmativas.
Pela última crise, desencadeada pela greve dos caminhoneiros, o que a população pode observar foi o desaparecimento total de seus representantes. Na verdade, essa tem sido uma constante sempre que uma crise surge: em todas, o que se nota é um vazio de lideranças, principalmente daquelas que teriam como obrigação moral ficar junto com a população na busca de soluções rápidas. Mesmo naqueles episódios em que os oportunistas de sempre, nos postos de combustível, nas revendedoras de gás, nos supermercados e em outros estabelecimentos, majoraram indecentemente os preços dos produtos, em nenhum momento se viu a pronta defesa da população por parte dos atuais políticos.
Em política, como na vida moderna, imagem é tudo. E é isso que o cidadão brasiliense enxerga de longe no monumental Estádio Mané Garrincha, fechado, sem serventia e dando prejuízos aos contribuintes. Aliás, virou estacionamento para o protesto dos caminhoneiros. Para o eleitor, esse é de fato a herança maldita deixada pelos políticos locais, num tempo em que até a seleção foi mundialmente humilhada em campo para sempre.
A frase que não foi pronunciada:
“A Constituição de 1988 começa errada. O poder não emana de nossos representantes. Emana do povo. Nós, o povo brasileiro começamos a perceber que temos o verdadeiro poder. No voto, mas se as urnas forem auditadas internacionalmente.”
Dona Dita preocupada com o futuro
UniCEUB
UniCEUB e o Instituto Soluções realizam o Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano, nos dias 04 a 07 de junho. O evento acontecerá no campus Asa Norte do UniCEUB e reunirá grandes nomes da academia, do setor produtivo e do governo. Veja os detalhes no blog do Ari Cunha.
UniCEUB sedia Fórum de Soluções de Desenvolvimento Urbano para Brasília
Iniciativa debate alternativas sustentáveis para impulsionar a economia no Distrito Federal
O UniCEUB e o Instituto Soluções realizam o Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano, nos dias 04 a 07 de junho. A iniciativa visa explorar a sustentabilidade para dinamizar a economia do Distrito Federal. O evento acontecerá no campus Asa Norte do UniCEUB e reunirá grandes nomes da academia, do setor produtivo e do governo.
Por meio de mesas de debate serão tratados temas relacionados a meio ambiente e desenvolvimento urbano, como licenciamento ambiental, sustentabilidade em edificações, uso e ocupação do solo, gestão de resíduos sólidos, zoneamento ecológico econômico e questões fundiárias. O Fórum faz parte da agenda de comemorações de 50 anos do UniCEUB.
Entre as autoridades confirmadas estão: o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joe Valle; o empresário Paulo Octávio; o presidente da Terracap, Julio César Reis; o presidente da CODHAB, Gilson Paranhos, entre outros.
Credenciamento: Favor enviar nome do veículo e do jornalista que irá cobrir o evento até às 17h de segunda-feira (4) para uniceub@maquinacohnwolfe.com
Serviço: Fórum de Soluções para Brasília – Desenvolvimento Urbano
Quando: 04 a 07 de junho
Onde: auditório do Bloco 3 do Campus Asa Norte
Inscrições: até 03 de junho neste link
–> Confira a programação completa abaixo:
Dia 4 de Junho, 19h (segunda-feira)
Mesa de Abertura |
|
Joe Valle | Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal |
Luiz Carlos Botelho | Presidente do Sinduscon/DF |
Paulo Octávio | PaulOOctavio |
Tiago de Andrade | Secretário de Gestão do Território e Habitação do DF |
Antônio Carlos Navarro | Representante do Sistema FIBRA |
Felipe Ferreira* | Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal |
Juliano Costa Couto* | Presidente da OAB/DF |
Alexandre Guerra* | Instituto Atlântico |
Carolina Cesetti* | Representante do GERN/UnB (Grupo de Estudos de Direito dos Recursos Naturais e Sustentabilidade) |
Márcia Leuzinger* | Líder do Grupo de Pesquisa Direito e Desenvolvimento Sustentável do UniCEUB |
Rafael Calixto | Presidente do DCE do UniCEUB |
Dia 5 de Junho, 19h (terça-feira)
Mesa 1 – Habitação e Sustentabilidade (19h) |
||
Julio César Reis | Presidente da Terracap | Questão fundiária, sustentabilidade e desenvolvimento econômico |
Gilson Paranhos | Presidente da CODHAB | Regularização fundiária, moradia e sustentabilidade |
Victor Carvalho Pinto | Consultor do Senado e Advogado especialista em direito urbanístico | Sustentabilidade e políticas de habitação |
Mesa 2 – Licenciamento Ambiental (20h40) |
||
Igor Tokarski | Advogado e Ex-Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal | Licenciamento ambiental no Distrito Federal |
Nicolao Dino | Subprocurador-geral da República e Professor da UnB | Licenciamento ambiental e atuação do Ministério Público |
Tereza Cristina | Deputada Federal e Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura | Projetos de lei sobre licenciamento ambiental em tramitação no Congresso Nacional |
Dia 6 de Junho, 19h (quarta-feira)
Mesa 3 – Zoneamento Ecológico Econômico (19h) |
||
Maria Silvia Rossi | Subsecretária de Planejamento Ambiental do DF | O Zoneamento Ecológico Econômico do Distrito Federal |
Antônio Carlos Navarro | Representante do Sistema FIBRA | O Zoneamento Ecológico Econômico do Distrito Federal na Perspectiva do Setor Produtivo |
Professor Israel | Deputado Distrital e relator do projeto de lei do Zoneamento Ecológico Econômico na CLDF | O Debate sobre o Zoneamento Ecológico Econômico na Câmara Legislativa do Distrito Federal |
Mesa 4 – Sustentabilidade em Edificações (20h40) |
||
Darja Kos Braga | Arquiteta Especialista em Sustentabilidade em Edificações e Sócia do escritório Ambiente Eficiente | Viabilidade Econômica de Edificações Sustentáveis |
Abiezer Amarília | Professor da Engenharia Elétrica do UniCEUB | Iniciativas relacionadas à sustentabilidade na administração do UniCEUB |
Françoise Méteyer-Zeldine | Conselheira de Desenvolvimento Sustentável na Embaixada da França no Brasil | Edificações Sustentáveis em Paris: Case de Sucesso |
Dia 7 de Junho, 19h (quinta-feira)
Mesa 5 – Uso e Ocupação do Solo (19h) |
||
Claudia Varizo | Subsecretária de Gestão Urbana do DF | O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal |
João Accioly | Vice-presidente do Sinduscon/DF e Arquiteto na Accioly Catelli Arquitetos Associados | O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal na Perspectiva do Setor Produtivo |
Pedro Saad | Advogado e Presidente Institucional do Instituto Soluções | Direito Adquirido em Face das Mudanças no Zoneamento Urbano |
Gabriela Canielas | Diretora de Empreendimentos Residenciais na PaulOOctavio | O Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal e seus impactos em Águas Claras |
Mesa 6 – Resíduos Sólidos (20h40) |
||
Elisa Meirelles | Subsecretária de Educação e Resíduos Sólidos Resíduos Sólidos do DF | Desafios na Gestão de Resíduos Sólidos no Distrito Federal |
Tsyuoshi Kitamoto | Segundo Secretário da Embaixada do Japão no Brasil | Cases de Sucesso na Gestão de Resíduos Sólidos no Japão |
Alana Mioranza | Projeto Compostar | Cases de Sucesso na Destinação de Resíduos Sólidos de Restaurantes no Projeto Compostar |
Subgrafiteiros
O nome vem do subsolo do teatro Dulcina, que expõe a arte dos grafiteiros da cidade. Depois da reforma, o Sub Dulcina acomoda trabalhos de profissionais da Ceilândia, Asa Sul, Planaltina, Santa Maria e Guará. Daniel Toys, Brixx Furtado, Onio, Juba, Gurulino, Carli Ayo, Flávio Soneka e os coletivos Cavalo do Cão e Amorço pintaram telas, painéis, tonéis. Vale a visita.
Inútil
Mobilização dos caminhoneiros no Estádio não deveria ser para “colocar fogo e mostrar para esses bandidos quem somos nós”. A verdadeira campanha deveria ser no estado deles, escolhendo melhor seus representantes e lutando pelo voto impresso.
Transpoéticas
De 8 a 10 de junho, uma programação bem candanga no Museu da República. Ótima oportunidade para alunos do ensino médio e superior do DF. Concurso “Cassiano Nunes”. As inscrições são gratuitas e os prêmios são de R$ 2.000, para o primeiro lugar, R$ 1.500, segundo, e R$ 1.000 para o terceiro colocado. A partir das 14h. A premiação será no domingo. Shows e oficinas animam o evento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As comemorações da Semana da Asa, em Brasília, estão sendo realizadas com efetiva participação do Skall Clube, que, com o Ministério da Aeronáutica, está executando um excelente programa.