Educação aos interessados

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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         Voltam à discussão, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o homeschooling e o novo Ensino Médio, assuntos prioritários para o presidente da comissão, Nikolas Ferreira. Acompanhar o assunto passa a ser obrigação dos pais. De um lado, o deputado que já declarou ser a favor de uma boa reforma, de outro, o ministro da Educação Camilo Santana que é contra a matéria.

         Em todas as pesquisas sobre Educação Pública no país, é apontado, no levantamento, que uma fração ínfima dos estudantes brasileiros, sobretudo os matriculados no ensino médio, detém conhecimento esperado para a série que estão cursando. Vale ressaltar aqui dois tipos de pesquisa. A que consulta a área administrativa da escola, onde muitos diretores ignoram a baixa capacidade do aluno em progredir, mesmo assim, orienta os professores a muda-los para a próxima turma. Outra é a pesquisa direta com os alunos. Essa sim, é que mostra a realidade.

         Segundo o próprio Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no 3º ano do ensino médio, apenas 4% dominam os conteúdos adequados, para essa etapa, em Matemática. Em Português, esses números são ainda piores. Apenas 1,7% estão em nível adequado. Qualquer autoridade do país reconhece que o ensino médio está no fundo do poço, considerando ainda, como desastrosos, os resultados das escolas públicas levantadas pelo MEC.

         Com isso, fica patente, para todo mundo, que a mais alta autoridade do Estado para assunto de Educação reconhece, abertamente, a falência do ensino público, que é um grande produtor de desigualdades, engessado, inflexível e excludente. Diante de uma realidade dessas, que, há muito, é do conhecimento das famílias brasileiras de baixa e média renda, fica, para dizer o mínimo, complicado ao Estado e, principalmente, aos órgãos de justiça, obrigarem os pais a matricular seus filhos na rede de ensino.

         Outro aspecto que tem despertado a atenção e a ira de muitas famílias, levando, inclusive, a protestos calorosos, é com relação aos novos currículos escolares, mais precisamente, no desenvolvimento atabalhoado e sem critérios de assuntos de natureza sexual e de gêneros.

         Neste tocante, a maioria dos próprios professores reconhece, publicamente, que não se sente devidamente habilitado para desenvolver, junto a crianças e adolescentes, assuntos dessa natureza e que, não raro, essas aulas acabam se transformando numa grande confusão e não rendem benefício algum do ponto de vista didático e pedagógico.

         Além desses problemas de ordem estrutural do ensino, outras questões seríssimas têm preocupado muitas famílias por todo o país, como é o caso da violência cotidiana envolvendo alunos contra alunos, alunos contra professores e pais contra professores. A cada dia, tema como esse e outros ligados ao consumo e à venda de entorpecentes dentro das escolas ganham as mídias e assustam, cada vez mais, as famílias.

         Diante da omissão e covardia histórica do Estado, para tratar a questão com autoridade no setor da educação, muitos lares vêm adotando o chamando “Homeschooling”, que é a instrução empreendida em casa pela própria família e, posteriormente, testada pela escola.

         O crescimento, no número de famílias, que tem adotado esse regime caseiro de ensino não para de crescer e, por isso, tem chamado a atenção das autoridades, com o envolvimento, inclusive, do Poder Judiciário nessa questão. O assunto por sua dimensão já chegou, inclusive, ao Supremo Tribunal Federal. A Corte começou a discutir o assunto na forma de Recurso Extraordinário (RE) nº 888815, mas, após o voto do Ministro Roberto Barroso (relator), que deu provimento ao recurso, o julgamento foi suspenso.

         Na oportunidade e sob a relatoria do ministro Roberto Barroso, o STF iria debater se pode ser considerado meio lícito de cumprimento, pela família, do dever de prover a educação dos seus filhos. A Procuradoria-Geral da República e para a Advocacia-Geral da União já se posicionaram contra o homeschooling, considerando que nenhum núcleo familiar será capaz de propiciar, à criança e ao adolescente, o convívio com tamanha diversidade cultural presente nos ambientes escolares. Mesmo que hoje em dia isso não seja tão vantajoso assim. Vale lembrar que os países onde os doutos juízes estudaram, todos adotam o homeschooling.

         A questão de fundo irá colocar a atual realidade das escolas públicas, invadidas por ideologias de todo o tipo estranhas ao meio e mesmo o sucateamento dessas instituições, e milhares de famílias que passaram a ver, nesses locais, um ambiente desestruturado técnica e moralmente.

A frase que foi pronunciada:

“Não há escola igual a um lar decente, e não há professor igual a um pai virtuoso.”

Mahatma Gandhi

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

 

História de Brasília

A chegada em Washington nada houve de anormal. Falou primeiro o presidente Kennedy e em seguida o sr. João Goulart. O discurso do presidente americano foi imediatamente traduzido para os presentes, pelo tradutor do Departamento de Estado, com sotaque português. (Publicada em 04.04.1962)

Nossos Homens de Lata

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Nicholas Ferreira. Foto: Reprodução/ TV Câmara

 

         Um indivíduo que tivesse despertado agora de um estado de coma de pouco mais de uma década, com certeza, já não reconheceria o mundo atual e não seria surpresa se passasse a considerar duas hipóteses: ou a humanidade perdeu o juízo durante esses últimos anos, ou ele, que depois desse apagão prolongado, já não está mais em posse de sua sanidade. De qualquer forma, esse já não era o mundo e uma realidade que queria para si. Melhor ter continuado em seu sono profundo, alheio a um mundo no qual já não havia lugar para gente como ele.

         Toda essa situação sobrenatural ganharia ainda um tom mais dramático e desesperador, quando esse ressuscitado se deparasse com os jornais diários, estampando notícias que somente num universo paralelo seriam cabíveis ou críveis. De nada adiantariam explicações de que, ao contrário do que sempre aconteceu no passado, agora eram as leis que haviam se antecipado à evolução natural da sociedade, obrigando os cidadãos a se adaptar aos novos ordenamentos jurídicos, mesmo que isso viesse a contrariá-los em seus costumes, sua fé, seus preceitos éticos.

          Com isso, toda a legislação consuetudinária, baseadas nos hábitos e costumes da sociedade, havia desaparecido, dando lugar às leis confeccionadas por técnicos e juristas, alheios ao mundo ao redor e, sobretudo, indiferentes ao que almejava a sociedade em volta. Questões íntimas, que antes eram resolvidas entre quatro paredes, ganhavam agora as luzes e holofotes de tribunais técnicos e eram resolvidas em benefício não dos pacientes, mas de conceitos vagos e questionáveis como defesa da democracia ou rearranjos técnicos e novas interpretações, todas elas redigidas por alguma inteligência artificial ou uma espécie de Homem de Lata, sem inteligência emocional e sem coração.

         Eram de fato tempos estranhos. Comportamentos ou desvios humanos que, anteriormente, pouco se viam ou escutavam em público, estavam agora sob a guarda, abduzidos pelos partidos de esquerda, todos eles empenhados ainda no combate do desmanche da família tradicional, acusada de patriarcal e conservadora.

         Discrepâncias no âmbito sexual, indo além da conhecida dualidade, homem ou mulher, passaram a ser pomposamente denominados como políticas de gênero, capturadas para a esfera e órbita dos partidos. Com isso, esses antigos dogmas universais, que tinham guiado a humanidade até aqui, caíram no domínio e ingerência ideológica, constituindo-se num novo estandarte e numa diretriz programática de alguns partidos políticos.

         Quaisquer alusões contrárias à esses novos dogmas eram punidos como crimes. Para acompanhar esse novo conjunto de mudanças insanas, foi necessário erigir também uma nova gramática, onde uma espécie de novilíngua era introduzida, com artigos e pronomes deixando em aberto a distinção entre feminino e masculino, transformando o idioma num sarapatel pegajoso e disforme.

         A confusão das línguas, costuradas com arame pelos que rejeitam a estrutura socioeconómica subjacente ao capitalismo contemporâneo, era necessária para confundir as mentes, tornando o trabalho de distopia da sociedade, uma tarefa mais fácil.

         O mundo que conhecera, antes do coma, agora se desmanchava por entre seus dedos, escorrendo pelas páginas do jornal diário onde se lia “Alvo de pedidos de cassação” por transfobia.

 

A frase que foi pronunciada:

“Neste Dia da Mulher, lembre daquela que permitiu que você nascesse!”

Dona Anésia Nunes

Foto: br.freepik.com

 

Dantesco

Área nobre da cidade, onde salas e lojas fervilhavam em movimento, transformou-se no refúgio dos desabrigados da cidade. Banheiros químicos podem ser vistos pelo Setor Comercial Sul. Todos os tipos de drogas parecem ter encontrado, finalmente, um lugar neutro para reinar. Pobres pagadores de impostos, que não têm o direito constitucional de ir e vir porque os governantes não cumprem com a obrigação constitucional de dar saúde e educação à população vulnerável.

Setor Comercial Sul — Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

 

Passeio

Turistas que quiserem visitar o Congresso com um guia só precisam se inscrever previamente para os sábados e domingos ou se precisarem das apresentações em inglês, francês, espanhol e libras. Durante a semana, a visitação guiada é feita de meia em meia hora, a partir das 8h30 até às 17h30.  

Congresso Nacional. Foto: EBC

 

História de Brasília

Os ônibus da TCB não estão chegando mais até o Iate. Voltam onde termina o asfalto, onde há o esgoto da Asa Norte que desemboca no Lago. (Publicada em 17.03.1962)