Houve um juramento

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Vem pra Rua/Facebook/Reprodução

 

Por seus objetivos e alvos, tanto a Operação Mani Pulite, como a Lava Jato eram idênticas. As descobertas feitas pelo Ministério Público, lá e cá, revelaram um profundo e bem urdido esquema de corrupção que se alastrava por toda a máquina do Estado e que envolvia, nessa empreitada, os mais altos escalões políticos e os mais poderosos empresários do país, reunidos, no que seria uma bem estruturada organização criminosa, para dilapidar o erário.

Obviamente que lidar com forças tão extraordinárias como essas não seria um trabalho para apenas poucas e comprometidas personagens da lei, devotadas em fazer justiça e punir a sanha dos corruptos. Na Itália, como no Brasil, foi preciso o apoio incondicional da população. Sem esse suporte e esteio quase diário, nem uma e nem outra operação teria prosseguimento e revelado tantos ilícitos.

Aqui no Brasil a Operação Jato, iniciada em 2014, já vinha, na verdade, no rastro do que foi deixada pelo escândalo do Mensalão de 2005. Nos dois países de formação Latina, as empresas e empreiteiras mandavam mais que os representantes da população, enfeixando mais poderes que o próprio governo. Tanto em um como em outro país, os partidos diretamente envolvidos nos escândalos de corrupção e nos propinodutos viraram fumaça e perderam importância e credibilidade junto aos eleitores.

Nesses episódios, ocorridos em continentes diferentes, dois juízes representaram papeis fundamentais na condução dessas operações. Antonio Di Pietro na Itália e Sérgio Moro no Brasil. Também ambos trocaram a magistratura pela política como forma de prosseguir, em outros níveis, no combate contra o roubo aos cofres públicos.

A saída desses magistrados da frente de combate dessas investigações trouxe prejuízos consideráveis às operações. Na Itália, foi o início do fim da Mani Pulite, precipitadas pelas investidas contra a força-tarefa, feitas pelo próprio ministro da justiça e por outros ministros do governo, que acusavam os homens da lei de irregularidades, fatos esses jamais provados.

Ameaças de morte e outras pressões foram decisivas para enterrar a famosa operação na Itália. No Brasil o roteiro que busca atingir mortalmente a Lava Jato vem sendo seguido. Na Itália a confecção de leis para dificultar investigações de poderosos, e outras para tornar mais suaves a represália contra os criminosos do colarinho branco, vem sendo também copiada, par i passo, aqui no Brasil.

A relação de novas legislações erguidas para blindar políticos é extensa e conhecida de todos. Do outro lado da Praça dos Três Poderes, o STF tem feito o que pode também para favorecer os políticos envolvidos diretamente nesses episódios, afinal grande parte desses juízes foram indicados pelos mesmos protagonistas desses delitos, A própria imprensa, na Itália e no Brasil, tomou posições idênticas. Uma parte se aliou à velha política a fim de continuar recebendo favores enquanto outra se manteve firme no esclarecimento dos fatos.

No Brasil, esses episódios causaram maior susto e desânimo na população quando o Supremo começou a trabalhar para retirar as investigações de caixa dois dos partidos, endereçando-as à justiça eleitoral, como mero delito de campanha. Em seguida suspendeu todos os inquéritos onde havia compartilhamento de dados entre os órgãos de inteligência, como COAF, Receita, e Bacen. Depois, num golpe quase de misericórdia, acabou com a prisão em segunda instância, soltando, praticamente, todos os presos da Lava Jato.

O Legislativo editou medidas em desfavor ao endurecimento das leis anticrimes. Muitos analistas acreditam num fim melancólico da Lava Jato, a exemplo do que ocorreu na Itália, com o regresso paulatino dos velhos políticos e do velho Brasil. A diferença hoje entre as operações Mani Pulite e Lava Jato é que a mais antiga está definitivamente sepultada, apesar dos resultados extraordinários alcançados. No Brasil, a Operação Lava Jato segue cada dia mais enfraquecida e cheia de entraves. Não morreu, mas, pelo andar dos acontecimentos, parece muito um cadáver anunciado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O homem sem urbanidade é como a terra sem estrume.”

Provérbio muçulmano

 

 

TTN

Volta e meia há batidas de veículos no Trevo de Triagem Norte. Justamente porque não há triagem. Quem quer mudar de um lado para outro segue sem segurança. A seleção dos destinos é caótica.

Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação

 

Por quê?

Por falar nisso, as obras nas tesourinhas da Asa Norte estão de vento em popa apenas quando há grande fluxo de carros. Em época de férias, não se vê um trabalhador por ali.

 

 

Altruísmo

Na esperança de melhorar o estoque de sangue, o Hemocentro visita escolas para esclarecer sobre a importância da doação. Doadores do Futuro é o nome do projeto. No Centro Educacional 3 de Sobradinho, o professor de artes Ediney Felix é grande entusiasta da iniciativa.

Estudante do CEd 05 de Taguatinga (Foto: Luis Tavares, Ascom|SEEDF)

 

 

Poluição

Já está fora de controle o número de propagandas estampadas nas ruas de Águas Claras. Sem critérios e sem fiscalização, a Administração Regional fecha os olhos para a poluição visual, campeã de reclamações dos moradores.

Águas Claras (Foto: jornaldebrasília.com)

 

 

Bezerrão

2020 é um ano de grandes expectativas em relação ao Bezerrão. O Elefante Branco do Plano Piloto não deu certo, mas o Gama sabe que possui um estádio de boa qualidade e mais fácil de manter. Por isso a população aguarda grandes disputas por ali.

Foto: Edilson Rodrigues/CB/D.A. Press

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E mais: aquela buraqueira que está sendo aberta nas quadras da Caixa Econômica é, também, em seu benefício. É a tubulação para encanamento d’água que abastecerá os aspersores que manterão os jardins em tempos de seca. (Publicado em 12/12/1961)

Uma bolha de sabão em meio aos espinhos

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Pudesse voltar no tempo, quando ainda era um dos mais bem-sucedidos magistrados que o Brasil conheceu, com certeza o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, não teria renunciado ao cargo que conquistou por concurso, abandonando uma carreira sólida de mais de duas décadas à frente da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Ao se aliar a projeto político, em que lhe foi prometido plenos poderes para levar adiante seu plano de estabelecer um Brasil livre da corrupção que infesta as instituições públicas desse país, Moro não fazia ideia do passo que estava dando dentro do túnel escuro que é a vida política brasileira. Tivesse ele a noção do trabalho hercúleo que teria pela frente para pelo menos minorar essa situação, sua decisão seria ficar onde estava. Na antiga posição, poderia prosseguir com a tarefa de julgar e condenar as mais poderosas figuras da República que, há muito, rapinam os recursos públicos, certos da impunidade e dos benefícios que o foro privilegiado assegura para blindar os ladravazes do colarinho-branco. O que se pode concluir, agora, é que Sérgio Moro caiu, como um inocente, no canto da sereia, entoado por um candidato, milagrosamente eleito, no vácuo do descontentamento com os políticos de esquerda.
O atual presidente enxergou, astutamente, em figuras publicamente sacralizadas, como era o caso de Sérgio Moro, uma bengala em que se apoiar para se apresentar como novo paladino que, literalmente, iria “endireitar” o país. Sérgio Moro aparenta sentir a grande desventura em que se meteu. O então candidato Jair Bolsonaro, aproveitou a grande visibilidade no país, conferida pela exitosa Operação Lava-Jato e a levou, como estandarte pela Brasil afora, convencendo os eleitores de que essa era sua maior meta.
Sitiado entre velhas raposas políticas, que se exercitam para não perder antigos privilégios e o acesso livre aos cofres públicos, entre um Judiciário que, em boa parte, aí está para proteger essa turma de malfeitores, cercado ainda por seguimentos da imprensa que sempre apoiou esses grupos, Sérgio Moro vai, dia a dia, percebendo a inutilidade de seu idealismo, frente a uma elite que insiste em se apropriar do país como coisa sua.
Como tem acontecido, desde sempre, entre nós, a presença de Moro, em meio a essa gente que tem seus próprios e elásticos princípios éticos, começa a destoar da paisagem monótona. Com isso, vai dando início ao seu processo lento e covarde de fritura. Para tanto, seus muitos inimigos, que também são declaradamente inimigos da população, não se avexam em lançar mãos inclusive de escutas roubadas por hackers criminosos, tentando, a todo custo, desgastar a imagem do corajoso magistrado.
Enganam-se aqueles que pensam que ao retirar Moro do caminho, novamente estarão escancaradas as portas para o saque do Estado. Engana-se mais ainda o atual governo se pensa que, ao diminuir a estatura desse antigo juiz, tolhendo-lhe as iniciativas e esvaziando sua pasta, conferirá maior poderio a si e a esses grupos de interesseiros que voam ao redor. Sem meias-palavras e sem medo de errar, é possível afirmar que sem Sérgio Moro, Bolsonaro é apenas uma bolha de sabão em meio a um planalto de espinhos.
A frase que foi pronunciada
“Não entendo de leis, mas a “saidinha” deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram.”
Padre Fábio de Melo
Nossos queijos
Quem vai a Nova York sempre faz uma refeição no Eataly. Na saída do estabelecimento, um mapa múndi mostra a produção de queijo de cada país no mapa. No Brasil, está apenas escrito “Pão de queijo”. Bem que a prefeitura de Araxá poderia convidar o sr. Oscar Farinetti, dono da Eataly, para visitar o Concurso Mundial da cidade mineira onde mais de mil tipos de queijos serão avaliados.
Foto: italymagazine.com
Funciona?
Trata-se de uma resolução do Conselho Monetário Nacional. Os bancos são obrigados a implementar ouvidorias e resolver as pendências em, no máximo, 30 dias. A opinião dos consumidores é que os bancos deveriam investir mais no atendimento do que em advogados.
Sempre atual
Adirson Vasconcelos, história viva de Brasília, nos enviou a seguinte frase de Juscelino: “Não compreendo que o chefe da nação se conserve permanentemente na casa de governo, preso a seu gabinete, só examinando a situação do país por meio de papéis que, de modo geral, não lhe dão ideia nem medida do que se vai passando por este imenso continente que é o Brasil.” 1962” — Juscelino Kubitschek, in A Marcha do Amanhecer. Editora Revista dos Tribunais.
Foto: Gervasio Batista/Arquivo Público do Distrito Federal
App assinantes
Correio atualiza o aplicativo para que você receba a notícia em tempo real. Veja as dicas em: Clube do Assinante do Correio Braziliense.
História de Brasília
Nos blocos JK, os moradores põem varais nas janelas, fazem cercas de tábuas em frente às janelas, transformam aquilo numa favela e, depois, reclamam que no Rio moravam em Copacabana, num apartamento com varanda. (Publicado em 26/11/1961)

Os abusos da lei de abuso

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Foto: Evaristo Sa (AFP) – brasil.elpais.com

 

Não é de hoje que se ouve falar em corrupção e impunidade cometidas por poderosos, daqui e de além mar. Desde os primeiros anos do Brasil Colônia, histórias narrando as injustiças e as diferenças na aplicação das leis para pobres e ricos corriam à boca pequena entre o populacho amedrontado, mostrando como eram severas as punições de uns e as absolvições de outros.

Já no século XVI, poucos anos de Cabral ter topado nas terras do novo mundo, o poeta Camões, em os Lusíadas, canto IX, estrofe 28, já denunciava esses vícios de forma direta: “Vê que aqueles que devem à pobreza/Amor divino e ao povo caridade, /Amam somente mandos e riqueza, /Simulando justiça e integridade. /Da feia tirania e de aspereza/Fazem direito e vã severidade:/Leis em favor do Rei se estabelecem, /As em favor do povo só perecem. ”

No século seguinte, no Sermão do Bom Ladrão, Padre Antônio Vieira asseverava indignado com que via e ouvia: “…os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manhã, já com força, roubam e despojam os povos. – Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam. ”

Dando um salto para o futuro, depois de tantos séculos de privilégios e desigualdades perante as leis, o mínimo que se pode constatar hoje é que não aprendemos nada. Seguimos, em pleno século XXI, pelos mesmos caminhos tortos da impunidade, com um agravante: agora, os que insistem nesse rumo são os legítimos representantes da sociedade. A Operação Lava Jato, que com certeza iria merecer lautos elogios de Camões e Vieira, segue sendo caçada como um tigre, que afugenta as raposas ao pé do galinheiro. As medidas contra a corrupção, de que do povo espoliado, mereceu mais de dois milhões de adesões, foram esfrangalhadas, tal qual ave num banquete de lobos. De tão medonha e alienígena, a lei de abuso de autoridade, confeccionada sob medida para a fiar a roupa nova do rei, vem sendo apontada, dentro e fora do país como um verdadeiro edito dos monarcas do passado. Até da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde tomam assento os países mais desenvolvidos e civilizados do globo, e onde o Brasil vem há anos pelejando por uma cadeira cativa, deixaram a finura e os salamaleques de lado e criticaram publicamente o que consideram uma ameaça à independência dos agentes da lei em sua luta contra a corrupção secular.

Essa reprimenda torna patente para esse lado do mundo, onde as leis funcionam, que há entre nós uma contrarreforma em marcha, visando o retorno do antigo status quo e a manutenção do atraso, comandado, como dizem, por “movimentos legislativos”. O mundo conhece bem os descaminhos que levaram a Itália a abortar a Operação Mãos Limpas e temem uma repetição desse enredo. É preciso lembrar que a OCDE, cujo o Grupo de Trabalho Anticorrupção é um dos órgãos internos de maior relevância, sendo suas recomendações de grande peso para a aceitação de novos sócios, colocou, nesse momento, o Brasil sob lupa apurada.

O combate à corrupção é hoje, para os países desenvolvidos, um tema central porque tem reflexos diretos não apenas nos indicadores econômicos, mas sobretudo no desenvolvimento, metas que dão nome e sentido a própria Organização.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas ondulações.”

Madre Teresa de Calcutá, religiosa católica, de etnia albanesa, naturalizada indiana. Fundou a congregação das Missionárias da Caridade.

Foto: formacao.cancaonova.com

 

 

Lé com lé

Sensato, o ministro Barroso colocou um ponto final na iniciativa de descontar o imposto sindical arbitrariamente da conta do trabalhador. Quem concordar em contribuir é só se manifestar no RH. Essa decisão já foi confirmada pelo STF.

Charge de nanihumor.com

 

 

Incômodo

99405-0081. Esse é o número onde a atendente se apresenta como sendo do Banco Bradesco. Liga nas horas mais impróprias do dia, com uma insistência apenas interrompida pelo corte na ligação por parte do consumidor que teve seu número violado, a partir do momento que não faz parte da carteira do banco. A desobediência continua.

Foto: divulgação

 

 

App

Pouca reclamação em relação aos aplicativos para celular Moovit e CittaMobi que mostram a posição e horários das linhas de diversas regiões do DF.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há quem informe que o primeiro-ministro declarou que só assinará o decreto no Rio, esquecendo-se, no caso, de que a Capital da República é aqui mesmo. (Publicado em 24/11/1961)

 

A hidra se move

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Foto: Reprodução / TV Senado

 

Ao longo da história, e os exemplos têm comprovado, à toda reforma de costumes e mudanças no status quo vigente, correspondeu uma chamada contrarreforma. Foi assim, por exemplo, com o movimento da Reforma Católica de 1545, para se contrapor à Reforma Protestante, empreendida por Martinho Lutero. Essa tem sido uma constante e, de certa forma, tem ajudado a evolução da humanidade e a superação de períodos de marasmo ou estagnação das civilizações. A dúvida foi, sempre nesses casos, a mãe das grandes ideias e das revoluções. Nesses casos também, a neutralidade tem sido comumente apontada como aliada ao atraso e à sobrevida do passado.

Nesse sentido, os escândalos provocados pela escuta telefônica clandestina envolvendo o atual Ministro Sérgio Moro e o Procurador Deltan Dallagnol, pelo site “The Intercept Brasil”, demonstram, como avaliaram diversos senadores presentes na audiência pública, que essa operação não foi apenas meticulosamente armada por pessoas dentro  e fora do país, mas também representa, por seus detalhes até agora levantados pelas autoridades,  um verdadeiro contra ataque  das forças que desejam um retrocesso e uma reviravolta em todas as investigações pretéritas reveladas até o presente pela Lava Jato.

Dessa forma, é oportuno afirmar que as escutas da Intercept se inserem dentro de um amplo projeto para reestabelecer a credibilidade dos governos da esquerda, perdida justamente em decorrência dessa exitosa operação do Ministério Público, juntamente com a Polícia Federal. Obviamente que aqueles políticos e outras autoridades que até agora têm se mantido neutros e calados sobre esse episódio estão, de certa forma, aliados ao passado e não plenamente convencidos da luta contra a corrupção endêmica que varreu esse país. É importante nesse caso que o atual ministro da justiça siga, não só aprendendo com a experiência da vida política, como aprendendo também, como tem feito o ministro da economia, Paulo Guedes, a responder os ataques com a mesma ênfase e assertiva.

Aqueles que vêm acompanhando esse caso desde o início não têm dúvidas de que a atividade e toda a maquinação desses hackers, visando desacreditar a justiça e as instituições do país, serão desvendadas na sequência e na oportunidade certa. Para algumas autoridades, fossem esses grampos e escutas clandestinos realizados contra os políticos que desejam a volta ao passado, as revelações seriam sim recheadas de conteúdos incriminatórios que perpassariam todo o código penal. Apesar de sua serenidade, o ministro Sérgio Moro perdeu a grande visibilidade proporcionada pela audiência pública do senado para fazer um apelo, dirigido a toda a nação e particularmente aos políticos do país engajados no combate à corrupção, no sentido de união de esforços, visando levar, até o fim, o projeto de construção de uma República fundada na ética e longe desse passado que tem envergonhado a todos brasileiros de bem.

 

–> Assista a audiência com o Ministro Sérgio Moro no link: Ao vivo: Moro fala à CCJ sobre troca de mensagens com coordenador da Lava Jato

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pode mudar à vontade, desde que não mexam no meu bolso.”

Diogo Mendez, funcionário público, sobre o interesse pessoal, a âncora que não deixa o país avançar.

 

 

Alegria

Veja, a seguir, a foto dos alunos de Circo que agora trabalharão com a segurança jurídica e apoio do governo. Uma foto nada convencional, que mostra a alegria contagiante, tão necessária em nossos dias. Parabéns ao Plínio Mosca, que saiu de Brasília para espalhar sementes de cultura pelo sul do país.

 

 

Recepção

Ruthe Phillips, Ricardo de Figueiredo Lima, embaixador Enio Cordeiro e o Ministro Fernando de Oliveira Sena receberam, no consulado do Brasil em Nova York, a maestrina do Coral do Senado, Glicínia Mendes, e a diretora do grupo, Maria Tereza Mariz Tavares.

 

 

Consumidor

É bom que todos os brasileiros saibam que, nos Estados Unidos, o site “Reclame Aqui” chama-se Yelt.com. Não só reclamações são bem-vindas, mas elogios também. Para reclamações sobre motoristas de taxi o número 311 ou nyc.gov/311.

Link de acesso ao site: About NYC311

 

 

Social

Importante evento acontecido ontem. A Caixa firma um acordo para o Centro Paraolímpico, que passará a ser chamado “Centro Paraolímpico CAIXA”. Serão recebidas 550 crianças PcD de 10 a 17 anos, alunos das redes públicas municipal e estadual. Serão oito modalidades oferecidas: atletismo, natação, judô, futebol de 5, vôlei sentado, bocha, goalball e tênis de mesa. No projeto, as crianças receberão todo o material esportivo necessário para as atividades, lanches, transporte adequado e contarão com professores e estagiários qualificados.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

 

Declaração

Para o presidente da instituição, Pedro Guimarães, o acordo de cooperação reafirma o compromisso da CAIXA em prol da inclusão da pessoa com deficiência, por meio do esporte, da cultura e da educação. “Reforçamos o posicionamento da CAIXA como o Banco da Inclusão e o seu interesse em fortalecer as políticas públicas paradesportivas como instrumento de inclusão social.”

Foto: Roberto Castro/ brasil2016.gov.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Por sua vez, o TCB, cujos ônibus mal dão para a população normal, não pôde transportar a criançada, como o rádio anunciara. Os automóveis particulares é que concorreram com as caronas. (Publicado em 23/11/1961)

A vida em preto e branco da população brasileira em contraste com as cores da realidade da alta cúpula

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Foto: Jorge Araújo/Folhapress

 

Desde o falecimento do ex-presidente Tancredo Neves, o Brasil parece viver uma sequência sem fim de acontecimentos surpreendentes. Parlamentares presos batendo ponto, a tragédia do avião de Eduardo Campos, Teori Zavaschi, todos os mortos na história do jardineiro Francelino Costa e do prefeito Celso Daniel, a fuga do deputado Jean Wyllys, os bastidores da facada no candidato à presidência, Jair Bolsonaro, até para a tragédia que tirou a vida do jornalista Boechat, com muitos inimigos políticos, não faltaram suspeitas.

No tempo de Tancredo, não faltaram aqueles que visualizassem, na tragédia médica, atentados e outros tipos de sabotagem, visando impedir o prosseguimento do processo democrático em curso. De lá para cá, foram muitos os fatos anormais ocorridos, todos, obviamente, envoltos em mistérios e segundas interpretações pelos adeptos da teoria da conspiração. É claro que não se pode descartar o fato de que, num país como o nosso, o realismo fantástico e a vida política se misturam e confundem a todos, mesmo os mais céticos.

Dando o salto no tempo e no espaço, o acontecimento bizarro da vez vem a ser a interceptação telefônica entre o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, realizada de forma clandestina pelo aplicativo Telegram e disponibilizado pelo site The Intercept Brasil, de propriedade do jornalista e hacker norte-americano, Glenn Greenwald. Nessa nova subtrama, cujo o capítulo principal é ainda a Operação Lava Jato, o juiz e o procurador trocam estratégias jurídicas claras para o enfretamento do verdadeiro pool e dos mais caros advogados de defesa do país.

Numa interpretação ligeira, tratava-se ali de uma prática corriqueira, onde um juiz colhe interpretações de todas as partes envolvidas no julgamento para melhor encaminhar seu veredito. É preciso recordar que esse não era um caso simples. Cuidava-se de um julgamento de um ex-presidente da República, fato incomum em toda a nossa história. O que resultou dessa nova modalidade de bisbilhotice eletrônica foi a oportunidade enxergada pela oposição de abrir novo flanco para anular não só a condenação de Lula, mas reverter todo o rumoroso caso revelado pela Lava Jato.

Dentro desse enredo paralelo, reforçado também por políticos e juristas que torcem pelo fracasso daquela Operação exitosa, a imprensa começou a descobrir novos fatos como a ligação desse jornalista estrangeiro com o suplente de Jean Wyllys, que teria renunciado ao cargo de deputado federal sob a alegação de estar sendo ameaçado de morte. Notícias, ainda não confirmadas, de que Wyllys teria, na verdade, vendido a vaga de deputado, trazem ainda novos e intrigantes relatos a esses casos, que envolvem ainda famosos hackers russos, contribuições de gente poderosa, dentro e fora do país, e uma série de outras denúncias que necessitam de apuração mais acurada.

Verdade ou não, todo esse novo episódio traz, mais uma vez, à tona a história de um país onde a elite política e econômica vive uma realidade fantástica e colorida, em contraste com a vida em preto e branco do restante da população que segue assistindo a essa novela sem fim.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil não é a Venezuela. Por aqui, o “Estado de Direito” é definido pelo Judiciário, não pelo Instituto Lula, o PT ou mesmo o Planalto.”

Demétrio Magnoli

 

 

Elogio

Com uma tecnologia diferente das outras operadoras de celular, a Claro oferece aos consumidores o Claro Passaporte. Na Europa e América do Norte, o consumidor brasileiro tem acesso ao 4G (ou 5G) exatamente como no Brasil, podendo inclusive fazer ligações, além de navegar na Internet.

Banner: claro.com.br

 

 

Reclamação

Por falar em Claro, em contratos assinados, há uma cláusula sobre a gratuidade na consulta aos recados deixados na secretária Claro. De repente, para ouvir os recados passou a ser cobrada uma taxa. Estamos aguardando a resposta da assessoria de imprensa sobre o assunto.

Foto: meu-smartphone.com

 

 

Voo

Em viagens ao exterior, a Copa é a empresa aérea mais pontual. Do Brasil aos Estados Unidos, com parada no Panamá, as conexões são cravadas.

Foto: passagenspromo.com

 

 

Pente fino

Em parceria com a Administração do Paranoá, a CEB fez uma revisão na cidade para pontuar todos as áreas críticas da região. Os relatórios serão encaminhados à parte técnica para solução. O Administrador Regional do Paranoá, Sérgio Damaceno, classifica como vital a ação: “Em parceria com a CEB, realizamos reparos de forma que a população possa utilizar os instrumentos públicos com segurança”.

Foto: portalvarada.com

 

 

Novos tempos

Corre pelo mundo o fenômeno do fechamento de lojas. Quem resiste ao uso da venda pela Internet, perde espaço. Lojas no mundo inteiro que se mantém fisicamente contam com a venda pela Internet para manter as contas em dia. No Brasil, quem compra pela Renner online busca o produto na própria loja. A vantagem é que paga mais barato pela mesma mercadoria exposta na loja física.

Foto: guiadeecommerce.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um espetáculo, a festa da Rodoviária. Impressionante, o carinho com que o povo do Distrito Federal comemorou o aniversário dos filhos do presidente João Goulart. (Publicado em 23/11/1961)

A batalha secular contra a corrupção

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Qualquer brasileiro, minimamente informado, sabe que a personalidade da vida política nacional mais visada no momento é justamente o juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Sua atuação durante alguns anos, firme e correta, à frente da Operação Lava Jato, rendeu-lhe inimigos ferozes e poderosos em todos os partidos políticos. O desmanche promovido por esse juiz nas legendas, dominadas há décadas por indivíduos que fizeram da política um meio de enriquecimento fácil, vem rendendo-lhe dissabores em forma de vingança por aqueles encastelados em posições de destaque dentro da máquina do Estado e que jamais foram importunados por quaisquer representantes da justiça.

A ousadia de Moro em processar e mandar para a cadeia uma variedade de figuras, que até então se achavam intocadas, vem cobrando seu preço alto. Dentro do Congresso, o desejo iconoclasta e incontido em destruir a figura desse juiz beira à insanidade e é, talvez, o único projeto político que muitos partidos tenham em comum. O ministro Moro, durante o tempo em que ficou encarregado de julgar os processos referentes àquela operação famosa, se notabilizou pela maneira destemida com que enfrentou um hábito institucionalizado, numa ousadia jamais imaginada. Apoio sincero o ministro só recebe mesmo da população, sobretudo por parte daqueles brasileiros de bem, cansados e humilhados por séculos de corrupção e de malversação dos recursos públicos. De fato, Moro abalou o status quo reinante, como nenhum outro anteriormente, e isso não é pouca coisa.

Não passa uma semana sem que os políticos tramem alguma estratégia para fomentar o descrédito desse juiz. Reuniões têm sido realizadas até nas madrugadas na capital, visando enfraquecer Moro e sua obstinação em promover uma limpeza ética na administração pública. Membros de todos os Poderes da República parecem irmanados nesse propósito de trazer a velha ordem de volta. Da extrema esquerda a extrema direita, todos tramam contra Sérgio Moro. Os jornais noticiam, a todo o instante, ações que visam nocautear o juiz Moro. Na semana que passou, os políticos deram um jeito de retirar de sua alçada o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), importante órgão de inteligência para rastrear movimentações suspeitas que, sob o comando desse juiz, vinha sendo fortalecido com pessoal e estruturas mais modernas ante a sempre engenhosa lavagem de dinheiro.

Com isso, aqueles que votaram a favor dessa medida buscam manietar investigações de fraudes e com isso livrar o caminho para o prosseguimento dessas práticas criminosas. A esquerda, ou o que restou dela, não perdoa e persegue o juiz por causa da condenação e prisão do antes Todo Poderoso Lula da Silva, transformado hoje num simples presidiário, mas com folha corrida capaz de fazer inveja aos mais famosos bilontras.

Com isso e pelo o que se tem visto até aqui, o pacote anticrime de Moro, contendo medidas para baixar os índices de criminalidade no Brasil, impedindo a ação não só da bandidagem do crime organizado, mas com poder de deter também os criminosos de colarinho branco, parece não ter chance alguma nessa atual legislatura. De fato, Moro já esperava essa contrarreação por parte dos poderosos às ações de moralização e muitos reconhecem que o antigo juiz não nutria esperança alguma de que fosse ter o apoio de grande parcela dos políticos nacionais. A razão é simples. Durante mais de duas décadas à frente da justiça, Moro conhece bem o coração dessa gente e sabe também do que é capaz.

O certo é que as derrotas que vêm sendo impostas a esse juiz são derrotas impostas a todos os brasileiros indistintamente, inclusive aqueles que ainda acreditam na inocência de muitos políticos, mesmo aqueles que estão presos. A situação atual é inusitada e histórica. Esse juiz de primeira instância que ousou enfrentar políticos e empreiteiros poderosos, repete a história de alguns pouco brasileiros que tiveram coragem semelhante.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A corrupção é paga pelos pobres” 

Papa Francisco.

 

 

Na prática

Paulo Bauer, ex-senador, propôs em projeto de lei que a guia de pagamento do Seguro Obrigatório de Veículos (DPVAT) esteja no mesmo documento físico ou eletrônico que IPVA. O assunto será votado hoje na Comissão de Assuntos Econômicos. O argumento é que, em caso de acidente, quem não paga o seguro fica desamparado, ao que a população responde que, mesmo pagando, a burocracia é tão grande que quem precisa acaba desistindo.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

 

 

Agenda

Rogério Resende, Fundador da Casa do Piano e idealizador do Museu do Piano, muito conhecido em Brasília pelo trabalho como afinador, teve uma brilhante iniciativa. Preparar um tributo ao casal Lucia e Mário Garófalo, que por 36 anos fomentou a cultura na cidade apoiando todo e qualquer artista que quisesse se apresentar no famoso “Um piano ao cair da noite”, programa que continua pela Internet. Nessa sexta-feira, a homenagem será prestada pela pianista Soledad Arnoud. Aluna de Neusa França, que foi a autora do Hino de Brasília, terá um repertório bem eclético. Desde Chopin a músicas da mestra, até uma composição própria: “Eterna Saudade’. Maneira técnica e de muita emoção para homenagear e relembrar o tempo em que a cultura era bem-vinda nessa cidade. Dia17, sexta-feira, no Casa Park, auditório Eva Hertz na Livraria Cultura, às 18h30.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Transcrição integral, de um colunista carioca: “Numa conversa ontem, em Brasília, os deputados ficaram sabendo que alguns membros da Mesa (inclusive o sr. Ranieri Mazzilli) estão devendo mais de 3 milhões à tesouraria da Casa…”. (Publicado em 19.11.1961)

Aproximação fatal

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Ironia do destino ou não, o fato é que uma das principais facções do crime organizado, nascida em São Paulo, vai, à revelia das autoridades e contra todos os prognósticos oficiais, pouco a pouco se instando de mala e cuia na capital do país.

Entre os objetivos desse grupo que se expandiu em número, fortuna e ousadia nesses últimos anos, pode estar a criação de uma espécie de Estado Paralelo, fincado bem no coração da capital, de onde passaria a controlar outras regiões. A intenção desse grupo em se fixar na capital é antiga e vem sendo acompanhada pelas autoridades desde 2002, quando integrantes da cúpula dessa organização estiveram presos no complexo da Papuda.

De lá para cá, a polícia tem efetuado, com certa regularidade, várias prisões de integrantes da facção que formariam núcleos embrionários do crime organizado no Distrito Federal e principalmente nas áreas do entorno. Informações passadas à imprensa dão conta de que em regiões administrativas como o Paranoá, São Sebastião e outras já estariam abrigando vários indivíduos aliciados pelo bando, numa mostra de que essa facção possui planos ambiciosos, que vão muito além da prática de crimes comuns.

Suspeitas nesse sentido foram levantadas pelas próprias investigações, mostrando que membros dessas organizações vêm comprando casas, terrenos e lojas no Distrito Federal e nas cidades goianas limítrofes. Investimentos dessa natureza, feitos em imóveis, revelam que os planos desse grupo para se fixar no Centro-Oeste são ambiciosos e devem, portanto, despertar o olhar mais apurado das autoridades que tiverem interesse em cortar o mal pela raiz.

Com a chegada agora, e de surpresa, do principal chefe dessa organização para mais uma estadia no Presídio de Segurança Máxima de Brasília, as autoridades de segurança, inclusive o próprio governador Ibanez, protestaram de forma enérgica, condenando a decisão do Ministério da Justiça. Esse fato revela o nível de preocupação com a vinda desse líder e de outros ligados à cúpula criminosa para a capital.

Obviamente que virão também familiares, amigos e advogados dos contraventores. A crise financeira e a falta de investimentos nas áreas de segurança têm enfraquecido o poder de combate ao crime em todo o Brasil e em Brasília não tem sido diferente.

Com poucos recursos humanos, escasso material, como armamentos e com uma força de inteligência necessitando de grandes investimentos, controlar as múltiplas atividades desse grupo criminoso aqui no DF será uma tarefa das mais delicadas, ainda mais quando se conhece as especificidades da capital como sede dos Poderes da República e sede de todas as representações diplomáticas.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Fortalecem organizações criminosas pela educação e segurança deficientes, propiciando o aumento da violência e da marginalização.”

Thiago Soares Garcia, em artigo publicado no portal Âmbito Jurídico.

Clique no link para ler o artigo completo: A seletividade penal pela perspectiva do combate aos crimes de colarinho branco

Charge de Nani Humor

 

Nova legislação

Casos de pessoas que largaram o emprego para vir fazer o concurso da Sedest, gastos, privações sociais de todos os tipos durante meses para manter o ritmo dos estudos. É desumano cancelar qualquer concurso. É preciso haver a previsão no edital sobre multas no caso de suspensão das provas de concurso, como as licitações. Assim, haveria mais segurança, capacitação dos fiscais e a logística precisaria ser infalível. Caso contrário, multa e jamais a possibilidade de novos contratos.

Foto: concursos.correioweb.com.br

 

Eficiente

Correspondências enviadas ao presidente da República são respondidas com brevidade pela Diretoria de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do presidente Bolsonaro. O Sr. Marcelo da Silva Vieira assina as correspondências.

 

 

Muito boa

Quem lê com mais acuidade estranha que Rodrigo Maia tenha pedido para o líder do Executivo, presidente Bolsonaro, ter mais empenho na aprovação de uma proposta do Governo Federal. Se a aprovação é dada no Legislativo, onde os parlamentares representam a vontade do povo, o natural seria o contrário. A observação é de Ascânio Seleme.

Charge do Izinho

 

Esperança

Com recursos do FNO do Banco da Amazônia, a linha de crédito para Energia Verde apoia a produção de energias renováveis na região com obras que têm como princípio beneficiar a população local com saneamento básico, telecomunicações, transporte e empregos. Outros fundos na operação: são eles o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, BNDES e Orçamento Geral da União.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E para terminar: é comum uma telefonista reclamar para a gente, o salário que ganha, o número de horas que trabalha, as dificuldades que a Novacap lhe transfere com relação à habitação, transporte e local de alimentação. (Publicado em 15.11.1961)

Partidos ou clubes exclusivos?

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Charge do Benett

 

Com o fatiamento estratégico do pacote de lei anticrime, enviado ao Congresso, deixando de fora a importante medida de criminalização do caixa 2, estão, mais uma vez, postas as condições para que os desvios e o mal emprego dos recursos dos fundos partidários e eleitorais prossigam em frente, sem qualquer penalização para seus autores.

Caixa 2, como bem definiu a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, é, além de crime, uma agressão à sociedade brasileira, pois compromete a própria democracia. Quando da decisão de proibir o financiamento empresarial para as campanhas, feito justamente para pôr um fim as inúmeras ocorrências de fraudes, corrupção, lavagem de dinheiro e outros graves crimes, muita gente chegou a acreditar candidamente que um capítulo importante dos casos de corrupção que há décadas comprometiam e jogavam na lama a credibilidade de nosso mundo político, estava definitivamente encerrada. Obviamente que isso não aconteceu.

Uma reforma política, feita sob medida, foi providencialmente posta em andamento, não para corrigir as distorções grotescas de nossa democracia representativa, mas para providenciar, com urgência, que os fartos recursos para os partidos e para as eleições que antes vinham de pessoas jurídicas interessadas na contrapartida desses financiamentos, prosseguissem por outros caminhos. A maneira encontrada foi retirar dos contribuintes quase R$ 3 bilhões, na forma de dois fundos, para dar prosseguimento à farra em que se transformaram nossas eleições e a constituição dos partidos.

No entanto, houve quem desconfiasse de que colocar tal soma de dinheiro nas mãos dos mesmos políticos, muitos deles com denúncias na justiça, não iria resolver a questão da malversação de recursos públicos, apenas iria transferir, para o ônus do cidadão, uma conta que cabia completamente e unicamente às legendas. O escândalo dos chamados laranjais, comprometendo não apenas o partido do presidente Bolsonaro, mas muitas outras siglas partidárias, vai deixando claro, para todo mundo, que os fabulosos fundos eleitorais e partidários servem a muitos e duvidosos propósitos, só não se prestam mesmo para corrigir os mesmos desvios de condutas e outros vícios, fartamente denunciados na atividade política nacional.

Nessas últimas eleições, não foram poucas as denúncias de utilização de uma nova espécie de caixa 2, mais sofisticada, porém com os mesmos potenciais criminosos. Diante das revelações que vêm vindo à tona, sobre o financiamento de laranjas, sem expressão política, apenas para desviar recursos para os caciques da cúpula dos partidos, já há quem considere pedir o fim desses dois fundos, em nome da moralidade e ética pública. Segundo uns poucos parlamentares que, por enquanto, acampam essa ideia, a lei que criou, principalmente, o fundo de financiamento de campanha, não possui critérios claros, deixando em aberto o uso desse dinheiro pelos políticos, sobretudo pelos donos das legendas.

Na realidade, como entidades privadas, os partidos políticos deveriam ter como fonte de seus recursos, a contribuição de seus associados e filiados, e não obrigando os cidadãos a custear a existência dessas siglas, que funcionam como verdadeiros clubes particulares e exclusivos, cujo o único objetivo é o enriquecimento de seus membros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício.”

Mahatma Gandhi, líder do Movimento pela Independência da Índia

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

 

Vem para o remo

Tanto o Minas Brasília Tênis Clube quanto o Clube Nipo são plenamente receptivos para cadeirantes animados a remar pelo lago.

Foto: remobrasilia.com.br

 

Cantar

Bom mesmo seria se fosse lei estimular a criançada a cantar o Hino Brasileiro e hastear a Bandeira Nacional toda sexta-feira na escola pública e particular. Não há vergonha alguma em ser patriota. No Instituto Nair Valadares, uma creche do Riacho Fundo, as crianças de 5 anos cantam o hino do começo ao fim pronunciando cada palavra com segurança. De fazer inveja a muitos marmanjos.

Foto: inav.org.br

 

Cidadania

Fernando Gomide conclama a comunidade a participar do Dia Nacional das Pessoas com Doenças Raras. Hoje será a criação da Frente Parlamentar de Doenças Raras. São 20 milhões de famílias com alguém nessa situação. À noite, a cúpula e o anexo principal da Câmara dos Deputados ficarão iluminados de lilás e azul. E o lado do Senado, de rosa e verde.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não tenho confirmação, mas a informação que há, é a de que os supermercados estão reduzindo as cotas de carne, propositadamente, atendendo a interesses dos donos de casas de carnes de Brasília. (Publicado em 14.11.1961)

Agricultura e Meio Ambiente. Parceiros ou inimigos?

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ARI CUNHA – In memoriam

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Manifestação: representantes da sociedade civil, servidores públicos da área ambiental, ativistas e movimentos indígenas realizam ato contra possíveis futuras políticas anti ambientais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O aumento do desmatamento para o avanço sem fim da agricultura e para a criação de gado irá atingir o Brasil de duas maneiras certeiras: de um lado, irá impactar negativamente no prestígio do país, levando os consumidores externos ao boicote dos nossos produtos e trará ainda desequilíbrios permanentes ao país como secas e desertificação de grandes extensões de terras, acabando com a fertilidade do solo, com a biodiversidade e afetando diretamente o clima do país.

Para se ter uma ideia desse problema, os cientistas já comprovaram que o desmatamento no Cerrado tem provocado uma diminuição em cerca de 10% das chuvas nessa região. Questões outras como a fusão do Ministério do Meio Ambiente, como propostas pela campanha de Bolsonaro, que preocupavam os ambientalistas já foram resolvidas.

Já que cada um desses órgãos possui uma pauta extensa e própria e essa junção prejudicaria tanto o setor agrário como do meio ambiente, o que afetaria a sustentabilidade ambiental. “Um dos grandes beneficiados desta sustentabilidade é a própria agricultura, devido ao aumento de produtividade ao se mesclar ambientes naturais com ambientes agrícolas, afirmam dos especialistas.

CIENTISTA ALERTA QUE AUMENTAR A ÁREA DA AGROPECUÁRIA E DESTRUIR FLORESTAS CAUSARÁ PREJUÍZOS À ECONOMIA

–> Link de acesso à notícia: www.abc.org.br

OS ACADÊMICOS | 25 de outubro de 2018

 

Carlos Afonso Nobre , cientista brasileiro, destacado principalmente na área dos estudos sobre o aquecimento global Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Enfraquecer a conservação do meio ambiente prejudicará a economia e as ambições de política internacional do Brasil, alerta o climatologista Carlos Nobre. Nos últimos meses, a campanha eleitoral trouxe à tona assuntos polêmicos como a saída do Brasil do Acordo de Paris (o tratado mundial do clima), a forma de atuação dos fiscais do Ibama no combate aos desmatadores e os prazos para o licenciamento ambiental. Outro tema controverso, levantado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), é a fusão do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. Para Nobre, membro das academias de Ciências do Brasil e dos Estados Unidos, ex-diretor da Capes e do Inpe e um dos mais renomados especialistas em mudanças climáticas do mundo, a condução desses temas de forma errada pode impactar negativamente a economia brasileira.

O que representa a declaração de Jair Bolsonaro sobre tirar o Brasil do Acordo de Paris?

Me parece uma cópia barata e inconsequente do ato de um presidente estrangeiro. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, teve repercussão mais retórica do que prática. Apesar do discurso anticlimático de Trump, dos incentivos à indústria do carvão, as emissões americanas continuam a cair. Isso porque a economia americana fez um movimento sem volta em direção à energia renovável. Além disso, nos EUA os estados têm independência maior. A Califórnia tem metas de redução de emissão ambiciosas como as de países escandinavos, de zerar emissões até 2045, goste Trump ou não.

Qual seria o impacto econômico para o Brasil?

Após caminhar para a energia renovável, a economia global se move para a produção responsável de alimentos, com foco no uso do solo. Nos últimos dez anos, os fundos de investimento têm se distanciado do mercado de carvão. O mesmo começa a ocorrer com alimentos oriundos de desmatamento. Os princípios do investimento responsável se voltaram para o uso da terra. A pressão maior vem de grandes redes de varejo internacionais em resposta ao mercado consumidor e vai aumentar. Estaremos sujeitos a restrições à carne e à soja brasileiras por parte de compradores europeus, japoneses e mesmo chineses. Nossas emissões de CO2 estão atreladas à agropecuária e ao desmatamento associado a ela. É um equívoco político pensar que sair do Acordo de Paris trará tranquilidade econômica para o agronegócio. Ao contrário, tornará o país vulnerável a restrições internacionais. A tendência mundial é não comprar produtos oriundos de desmatamento. Mais de 150 dos maiores fundos do mundo, que investem no setor de produção de alimentos, já se comprometeram com inciativas de princípios éticos. Facilitar a expansão agrícola com desmatamento é atacar a economia.

E as consequências políticas?

Teremos perda de prestígio e da liderança internacional consolidada do Brasil nesta área. O país seguia como o líder natural da economia de baixo carbono. Será ir pela contramão e desistir das ambições de política internacional. Se o Brasil aumentar o desmatamento, as pressões políticas e econômicas crescerão junto.

Qual a consequência de acenar com a facilitação do desmatamento?

É estimulá-lo. E ele já tem aumentado. Tanto os dados do Inpe quanto do Imazon, que devem ser apresentados em breve, mostram tendência de aumento de 30% a 35%. Se o Brasil sair do Acordo de Paris, o impacto será maior.

E o Brasil precisa desmatar para produzir mais?

Não. Temos terra desmatada e abandonada suficiente para continuar a aumentar a produção (a Embrapa estima em 50 milhões de hectares de pastagens degradadas). Além disso, nossa pecuária é extremamente ineficiente. A produtividade da pecuária na Amazônia equivale a um quarto da de São Paulo, com menos de um boi por hectare. Só com o manejo simples, nada moderno, você pode ter três. Por que precisamos de florestas?

Porque é comprovadamente a forma mais barata e simples de assegurar os recursos hídricos, manter o equilíbrio do clima, a fertilidade do solo, a biodiversidade e capturar o CO2 na atmosfera.

Por que o movimento contra o meio ambiente ganhou força no setor rural?

O discurso antiflorestas nunca desapareceu do setor agrícola, que julga não haver uso mais nobre para a terra do que produzir comida. É uma questão filosófica e social. Proteger a terra para salvaguardar o equilíbrio ambiental em prol da sociedade jamais foi um conceito incorporado. Essa visão emergiu com a polarização, mas não foi inventada por um candidato. É o Brasil arcaico que sempre esteve presente e o pensamento dominante do setor, que acaba por se refletir em desmatamento e grilagem.

Não pesa o fato de estar provado ser preciso áreas preservadas para ter, por exemplo, água?

Parte do agronegócio sabe disso. Mas a grande maioria despreza a ciência e está preocupada em expandir a posse da terra. Pode até usar tecnologia no maquinário mas isso não significa que entenda de ciência. Só uma pequena fração entende isso. Já fui a encontros de agrônomos que trabalham para produtores do Mato Grosso e pensam que a soja gosta de calor e riem das mudanças climáticas. É triste, mas ignoram a realidade. Acima de 35 °C, a produtividade despenca e perto de 40°C chega a zero, segundo estudos da Embrapa. Além disso, no Cerrado já houve uma redução de chuva de 10% nas áreas desmatadas, o que é muito. Temos um cenário nada promissor para uma agricultura produtiva e sustentável na maior parte do Cerrado.

O que representaria incorporar o Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao da Agricultura?

Sinalizaria um inaceitável retrocesso e um sinal verde para o aumento dos desmatamentos e da poluição do ar, dos rios, dos oceanos. O MMA trata de uma extensa pauta, não somente relacionada à agricultura. Não faz sentido subjugar o desenvolvimento sustentável ao viés de ganhos de curto prazo do agronegócio com uma quase completa desregulamentação do setor. Ter órgãos especializados e com missão própria de conservação do patrimônio natural é, no caso brasileiro, uma garantia de sustentabilidade ambiental e bem-estar. E é, no mínimo, uma indevida simplificação imaginar que setores do agronegócio iriam se beneficiar a longo prazo. Um dos grandes beneficiados desta sustentabilidade é a própria agricultura, devido ao aumento de produtividade ao se mesclar ambientes naturais com ambientes agrícolas.

O licenciamento ambiental prejudica a economia?

O Brasil é reconhecido internacionalmente por ter uma moderna e adequada legislação ambiental, equilibrada e que não atrapalha o desenvolvimento econômico. A eficiência de processos burocráticos pode ser aprimorada, mas isso não se aplica só ao licenciamento ambiental, mas a toda máquina governamental. Melhorar a eficiência de ações governamentais é obviamente necessário. Porém, devemos lembrar que muitos atrasos em licenciamentos ambientais se dão devido à baixa qualidade dos projetos de avaliação de impactos enviados pelas empresas.

Há uma indústria de multas?

Não, até porque a taxa de pagamento de multas ambientais não chega a 5%. Os valores arrecadados não são a mola propulsora do sistema de fiscalização ou de volume significativo para outras ações de órgãos ambientais.

(Ana Lucia Azevedo para o jornal O Globo, 21/10)

 

A frase que foi pronunciada:

“Agricultura e Meio Ambiente precisam trabalhar juntos. Não há planeta B!”

Na Internet

Ilustração: aambiental1.blogspot.com

Leitor

Recebemos as seguintes observações de Ademar Aranha, Engenheiro Civil, formado na UnB, na década de 80. “Nos dedicávamos mais aos estudos, preocupados com a nossa formação. Naquela época não existia essa formação ideológica por parte dos professores.  Sempre aconteceram conflitos, greves, mas nunca atingiu esse grau de cegueira. Estou atônito com os rumos dos acontecimentos de uma boa parte desses alunos não só da UnB, como outras Universidades do país, especificamente UFRJ, UFRMG, USP, UNICAMP. Na verdade estão compactuando com a corrupção e com todas as mazelas que o governo do PT e anteriores a este deixaram como herança maldita, interferindo em todos os setores da nossa sociedade.”

E finaliza

Continua o leitor: Quem tem que trabalhar com a capacidade de pensar dos alunos são os pais. Temos essa responsabilidade e não queremos a interferência de terceiros nessa questão que é sagrada. Meus pais não tiveram a mesma formação que eu, mas nos ensinaram o respeito aos professores, aos mais velhos, o valor da ética, e outras virtudes além do caminho da escola.

 

Será?

Se o juiz Moro não deu a resposta imediatamente ao presidente Bolsonaro quer dizer que ele pensa na possibilidade de sair da pressão em que vive.

Foto: br.blastingnews.com

Estrela

Vir à tona com o nome do Advogado Miguel Nagib para compor o Ministério da Educação é uma boa campanha. Nagib é presidente da Associação Escola Sem Partido. Na verdade, o que ele combate é a escola que todos conhecemos: a de um partido só.

Fog

Respirar ares europeus renovou também os ataques de Ciro Gomes ao PT e dirigentes. A estratégia é clara: Ciro quis sair do barco durante a tempestade para voltar forte.

Foto: brasil.elpais.com

Sobrevivência

Correspondências do GDF a empresários que lutam para sobreviver, estimulam a informalidade. O assunto gira em torno de Livro Fiscal Eletrônico. Uma diversidade de códigos e siglas. Mas a missiva é amigável. Explica a situação, dá as diretrizes para a consulta.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estão no final de obras, as casas dos engenheiros que não estão trabalhando, porque o IAPFESP está parado. Enquanto isto, os funcionários continuam morando em casebres de madeira; e a autarquia não faz o mínimo esforço para dar-lhes apartamentos. (Publicado em 04.11.1961)