O mapa do tesouro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Cazo

 

Na coluna anterior foi dada a ênfase à ideia de implantação de uma tríade de instituições formada por gráficas, bibliotecas e livrarias estatais visando o alicerçamento pedagógico e didático para a construção de escolas públicas de qualidade, seguindo não o modelo de empresas do Estado, criado apenas para atender as demandas fisiológicas de seguidos governos, mas que as escolas sejam voltadas para uma missão de longo prazo em prol da educação.

Não se trata aqui da constituição de mais uma empresa estatal obsoleta e dispendiosa, nos moldes do que já temos, mas de um conjunto de instituições voltadas, exclusivamente, para dar suporte ao ensino público de qualidade, num país, que todos sabemos, continental e com desigualdades enormes. Ocorre que, para atingir esse fim, não se pode, de modo algum, prescindir dos livros e principalmente do acesso a livros e edições de alto nível, englobando o que a literatura nacional e mundial tem produzido de melhor.

Obviamente que, para tão gigantesca tarefa, essa nova instituição deveria reunir, em torno de si, um corpo formado por intelectuais da área da educação de reconhecida expertise, além de educadores, empresários do ramo da editoração, escritores, professores e outros profissionais dedicados a um só objetivo: aplainar os caminhos para que todos os brasileiros entrem em contato e se aproximem mais dos livros.

Por certo, esse seria um projeto de longo prazo, já que reverter os índices que sinalizam que os brasileiros leem pouco em relação a outros cidadãos, mesmo do continente Sul, é uma realidade indiscutível. Ocorre também que, nos diversos certames onde a qualidade de nosso ensino, de forma geral, é posto à prova, o denominador comum que sempre surge indica que por falta de uma maior familiaridade com a leitura, nossos alunos não sabem interpretar um texto simples, indicando  com clareza, que assunto é ali abordado.

Para aqueles que insistem em argumentar que a Internet e os meios digitais da informática vieram para decretar, definitivamente, a morte dos livros, tal como o conhecemos, é preciso argumentar que, o salto mortal, dado por cima dos livros, para atingir a era da informática, jamais se completará de forma satisfatória, sem a base e os degraus fornecidos pelos livros.

Talvez essa seja a mesma sina apontada pelo antropólogo Claude Levi-Strauss em sua obra “Triste Trópicos”, de 1955, onde o pesquisador chegou a notar que estávamos destinados a passar da barbárie à decadência, sem ao menos conhecer a civilização. É esse salto no escuro que temos que nos precaver, precisamos criar bases sólidas para adentrarmos o futuro com segurança, ainda mais quando verificamos a imensa disparidade existente hoje entre alunos com acesso efetivo às redes de informática e uma imensa maioria formada por brasileiros off line ou fora das redes.

O fechamento de escolas, teatros, bibliotecas, museus, galerias, livrarias e outros diversos centros de cultura, fenômeno que já vinha sendo observado mesmo antes da pandemia, apontava para uma situação calamitosa que estava por vir.

Com o isolamento social, esse desmanche da culturas se acentuou ainda mais, empobrecendo a vida em cidades e forçando-nos a uma espécie de regresso ao tempo da barbárie. Temos que evitar esse retorno no tempo, dando, às novas gerações, o caminho das pedras e os mapas do tesouro, escondidos dentro dos livros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.”

Mario Quintana, poeta, tradutor e jornalista

Mário de Miranda Quintana. Foto: wikipedia.org

 

Novidade

Até o dia 31deste mês, o contribuinte pode participar do programa Nota Legal, para abater o valor do IPTU ou IPVA. Uma novidade esse ano: quem estiver com o nome na dívida ativa também poderá usar os créditos para quitar os impostos.

Imagem: notalegal.df

 

Breu

Estranho o intervalo dos postes no Eixão. Cada vez mais espaçados, aumentando a escuridão.

 

 

Pintor

Otoniel Arte Brasil pode ser facilmente encontrado no FB. Com um colorido bem brasileiro o artista tem agradado muita gente.

 

Juntos

Gabi Luz, Conselheira Tutelar do Lago Norte, ficou impressionada com a participação da comunidade, além da PM e Polícia Civil, na busca de uma criança desaparecida na região. A união de todos atingiu o objetivo. A criança está em segurança, aos cuidados da mãe.

Gabriela Luz. Foto: facebook.com/conselheiratutelargabriela

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E há o mais grave. Altos funcionários recebem “dobradinha”, residem no Rio e mantém apartamentos fechados em Brasília. Aqui estão alguns da cúpula do Ministério da Fazenda: Hamilton Beltrão Pontes, Contador Geral da República: Luiz Sousa Pinto, Diretor da Despesa Pública: Luiz Dourado Magalhães, Administrador do Edifício da Fazenda e Afonso Almiro, Diretor Geral da Fazenda Nacional.

Gráficas, bibliotecas e livrarias estatais no lugar das armas de fogo

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Por certo, não será ainda durante esse governo, e muito menos em meio a uma pandemia sem data para terminar, que os problemas da educação no Brasil começarão a serem tratados com a devida atenção que necessitam. Até mesmo por sua relativa projeção econômica entre as nações desenvolvidas, essa é uma questão que, mais do que interessar a governantes e partidos, interessa aos brasileiros e não pode mais ter sua implementação adiada sine die.

A confecção e implementação de um projeto honesto, consistente e perene de melhoria da educação pública no país é uma demanda urgentíssima. Para a comodidade daqueles que consideram essa uma tarefa sem retorno político eleitoral, a pandemia veio a calhar. O fechamento de escolas, do básico às universidades, retirou, momentaneamente, o foco sobre esse problema, o que, por certo, irá agravar ainda mais aquilo que já era ruim.

A melhoria na educação que, a princípio, seria a principal bandeira administrativa de qualquer governo minimamente engajado vem aguardando, ano após ano, a hora de ser apresentada e colocada ao alcance de todos os cidadãos, sobretudo às parcelas mais jovens da população. Trata-se aqui de um reconhecido gargalo a impedir o pleno desenvolvimento da nação, com reflexos negativos permeando toda a vida do país, da máquina pública ao próprio sentido de Estado Democrático de Direito, conforme se vê em nossa Carta Maior.

Nesse sentido, muitos educadores têm observado que é nesse momento, em que se verifica um certo retraimento do Ministério da Educação, por conta da virose, que o governo poderia direcionar suas ações no sentido de cercar os muitos problemas que afetam a qualidade de nossas escolas públicas e implementar ações paralelas que, lá na frente, irão possibilitar maiores ganhos ao ensino em todo o país. Essas ações poderiam ser iniciadas com a adoção de dois projetos básicos, ambos tendo, como alicerce e tijolo dessa grande construção educativa, o livro. Tanto o livro didático quanto os livros de forma geral.

O primeiro tijolo dessa megaobra seria a constituição de uma espécie de gráfica nacional ou estatal, voltada, exclusivamente, para a publicação e edição de livros de qualidade cultural indiscutíveis, dos mais diversos assuntos e que, por questões comerciais e pelo avanço das mídias sociais, deixaram de ser produzidos. Essa gráfica nacional iria, segundo educadores e outros que sonham com um país mais civilizado, abastecer, a preços honestos, o mercado de livros. Por sua vez, essa produção de cultura impressa e de qualidade iria encontrar seu desaguadouro ou foz nos novos estabelecimentos criados estrategicamente em todo o país, na forma de um mix de livrarias e bibliotecas do estado, equipadas com todo o ferramental necessário para dar suporte ao ensino do básico ao universitário.

Dessa forma, a constituição conjunta de gráficas e bibliotecas/livrarias estatais, ao ocupar um nicho do mercado que vai desaparecendo em toda a parte, formaria a mais completa engrenagem a favor da escola pública e do ensino de qualidade. Muito mais do que revólveres e fuzis automáticos, colocados ao alcance de um país há muito mergulhado na mais sangrenta violência, o que a nação mais necessita é se armar de livros em busca de uma paz luminosa, que só a cultura pode oferecer.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um investimento em conhecimento paga o melhor interesse.”

Benjamin Franklin, cientista, escritor e diplomata norte-americano.

Benjamin Franklin. Imagem: Joseph Siffrein Duplessis, en.wikipedia.org

 

Capital

Complexo Gastronômico e de Lazer da Ponte do Bragueto, o Pontão Norte, entrou no papel. Publicado no DODF; os estudos para a viabilização já começaram.

 

Selvagem

Enquanto isso, corre pelas redes sociais que capivaras estão atacando pessoas e animais. A proliferação é alta e não há estratégia do governo para impedir. Enquanto o problema era só os carrapatos, a população tolerava. Aos ataques, deve haver reação.

Foto: Gabriel Luiz/G1

 

Online

Professor de Direito, José Andrade, de Curitiba, está em todas as redes sociais atraindo cada vez mais pessoas, com ou sem curso superior. As aulas compartilham a experiência cotidiana nos tribunais. Veja, a seguir, como participar dos encontros.

–> EU NUNCA FIZ ISSO ANTES.

Muitos pessoas já haviam me pedido por isso, mas eu sempre relutei. Já me ofereceram para pagar por isso, mas, não achei que eu teria tempo.

Mas, como forma de mostrar pra você o meu comprometimento com a minha missão em compartilhar conhecimento, eu decidi atender aos pedidos.

Eu e minha equipe trabalhamos dia e noite para concretizar esse presente. SIM, UM PRESENTE.

Eu poderia vender, mas eu vou dar de presente pra você, um verdadeiro tesouro.

Para receber esse presente, exclusivo, você precisa participar da Semana da Execução de Sucesso.

Esse evento começa dia 25 de janeiro e será o início de uma mudança sem precedentes.

📌Para se inscrever, gratuitamente, é só clicar no link: SEMANA DA EXECUÇÃO DE SUCESSO

Um grande abraço.

 

Vigilância ambiental

A pedido do GDF, se algum cidadão encontrar micos mortos ou doentes, deve informar pelo telefone 99269-3673 ou pelo 160. Os micos auxiliam no monitoramento da febre amarela.

Arte: Danielle Freire, saude.df.gov

 

Buraco zero

Pelo número 162 ou pelo link www.ouvidoria.df.gov.br, o governo está recebendo, da população, os pedidos para tapar buracos. Centralizar as informações vai facilitar a operação.

 

Monitoramento

Uma comissão mista vai acompanhar a situação fiscal e a execução financeira das medidas adotadas em relação ao COVID-19. O deputado Francisco Jr. é o relator. A reunião remota foi presidida pelo senador Confúcio Moura e pela senadora Eliziane Gama.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O representante do Ministério da Fazenda disse numa reunião do GTB que a Diretoria Geral funcionará aqui, ao tempo da inauguração da cidade, com grande eficiência. Depois voltou para o Rio. Voltaram os papéis. Os funcionários ficaram abandonados e sem assistência. (Publicado em 23/01/1962)

Educação remota

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Foto: reprodução/Facebook/Mauro Ribeiro

 

Tempo para reavaliar novos rumos para a educação no Brasil, o Ministério da Educação tem tido de sobra. O que não tem dado tempo para que essa pasta assuma uma posição de liderança, em tempos de pandemia, é o rodízio intenso de cadeira que o MEC vem experimentando desde o início do atual governo. Essa tem sido uma pasta que, à semelhança do que acontece com o Ministério da Saúde, não tem sido tratada com a devida atenção que os tempos impõem. De forma até enviesada, é possível afirmar que a proibição de aulas presenciais serviu como uma espécie de alívio para que o governo deixasse de lado os problemas cotidianos dessa pasta e se concentrasse no que tem sido sua preocupação desde o primeiro dia do mandato: preparar o terreno para as eleições presidenciais de 2022.

A preocupação em limpar ideologicamente o terreno da educação, principalmente nas universidades que, segundo o governo, está dominado pelas esquerdas, fez com que o Executivo centrasse seus projetos e prioridades não na melhoria do ensino, o que seria razoável, mas num contínuo programa de desmonte e de caça às bruxas, como se isso fosse o fundamental para resolver os intricados problemas desse setor. É óbvio que, a essa altura dos acontecimentos, fica mais do que demonstrado que, como aconteceu com o governo Lula em 2002, os governos radicais, sejam da direita ou esquerda, não entendem de administração pública, muito menos do que seja educação. Com isso, a cada dia, Bolsonaro e Lula vão ficando parecidos, não apenas pela sofrível formação intelectual de ambos, mas pelo ranço e preguiça com que foram obrigados a encarar a realidade nacional, sobretudo com relação à questão da educação.

O setor da educação, que na maioria dos países desenvolvidos é encarado como prioridade absoluta e que necessita de políticas suprapartidárias e de longo prazo para se consolidarem, com raras exceções, ainda não encontrou no Executivo uma liderança capaz de abraçar essa causa como a mais importante de todas. Não surpreende, pois, que o Conselho Nacional de Educação (CNE) tenha aprovado, nesta terça-feira (06), o prolongamento do ensino remoto até 2022, depois de seis meses de interrupção das aulas presenciais. Além dessa medida, ficou acertada ainda a junção dos anos letivos de 2020 – 2021, como se isso fosse possível, na prática e no calendário.

A determinação que se estende por toda educação básica até o ensino superior, tanto nas redes públicas quanto nas privadas, empurra com a barriga uma situação que já é, em si, muito controversa. Por outro lado, concede ainda mais tempo para que o governo adote medidas realmente eficazes, numa área em que, até agora, não demonstrou empenho mínimo e mesmo desprezo.

Ao lavar as mãos para um problema que nem mesmo ele sabe a dimensão, o governo ganha tempo para prolongar a agonia de um sistema educacional que é seguramente demonstrado, por torneio de avaliação internacional, um dos piores do mundo. O dublê de ministro da educação e de pastor evangélico, Milton Ribeiro, ele mesmo um estranho e desconhecido na área da educação, tem centrado suas preocupações em questões mais afeitas à função de suas crenças e fé, como é o caso relativo aos gays que, segundo prega, vêm de famílias desajustadas e outras sandices totalmente alheias ao seu mister.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A filosofia da sala de aula em uma geração será a filosofia de governo na próxima.”

Abraham Lincoln, 16° presidente dos Estados Unidos

Abraham Lincoln. Foto: wikipedia.org

 

Ida e volta

Programas Sociais precisam ter contrapartida. Ou que todos em idade escolar estejam frequentando aulas, ou que não haja membro da família preso, ou que prestem serviço ao governo com as habilidades que tiverem: pintando salas de aula, costurando uniformes, fazendo hortas comunitárias. Apenas o peixe sem ensinar a pescar, aleija e tira a dignidade.

Charge do Genildo

 

Monitoramento

Áreas de Proteção Ambiental, no início de algumas ruas do Setor de Mansões do Lago Norte e do Lago Sul, estão completamente desprotegidas. Churrascos, pescarias e degradação do meio ambiente são flagrantes nos finais de semana ou mesmo em dias de trabalho, sem qualquer fiscalização. Denúncias estão sendo encaminhadas por associações de quadras à Administração.

 

 

Década de 70

Foi-se o tempo em que a temperatura em Brasília não passava dos 23º C. Em 50 anos, 14º C a mais. A situação requer estudos e políticas públicas.

Ilustração do Cícero

 

Agenda positiva

Com avaliação e atendimento destacados, o cartório do 1º Ofício de Notas, com excelente equipe, comandada pelo tabelião Hércules Alexandre da Costa Benício, merece elogios.

Foto: cartorionbdf.com
Foto: cartorionbdf.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Lamentável, o que fizeram com as árvores do caminho do aeroporto. Mais da metade das árvores foram serradas à altura de um metro. Ontem, estavam sendo substituídas. (Publicado em 18/01/1962)

Educação e um tempo que passou

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Darcy Ribeiro. Foto: escoladarcyribeiro.org

 

Pouco antes de falecer, em 1997, o educador, antropólogo, escritor e sociólogo Darcy Ribeiro, fundador da Universidade de Brasília (UnB) e criador dos chamados Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), chamou a atenção para um fato que hoje vamos comprovando com tristeza: “ se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.” Ele mesmo, na condição de brasileiro que antevia, na educação, a única saída para o término do subdesenvolvimento crônico do País, já havia, percebido e experimentado, na própria pele, as dificuldades impostas pelas elites nacionais, para que a educação ocupasse um lugar de destaque absoluto entre todas as necessidades internas.

Já na terceira idade, chegara à conclusão derradeira de que “a crise da educação no Brasil, não era uma crise; mas um projeto.” Um projeto, diga-se, com começo, meio, fim e finalidades objetivas, quais sejam, a perpetuação do ciclo de dependência e subserviência da população aos donos do poder, tal como existia no Brasil da era colonial.

Não é por outro motivo que a educação pública, mormente o montante de recursos a ela destinado, segue aos tropeços, como bem confirma todo e quaisquer certames de exames e testes, tanto no país como em avaliações internacionais, onde o Brasil fica, invariavelmente, na lanterna de popa, com pontuações medíocres e que parece envergonhar apenas os brasileiros de bem.

Também não é por outra razão que ostentamos a quantia de quase um milhão de presos, fossem computados os encarcerados e cumpridos todos os mandatos de prisão em aberto. Por certo, esse número ultrapassaria essa marca, fossem colocados atrás das grades a miríade de políticos, empresários e outros membros da elite nacional, apanhados pela justiça em atos de corrupção.

As predições de Darcy Ribeiro, sobre o descaso com a educação pública de qualidade, podem muito bem ser sentidas por ocasião das rebeliões de presos, que obrigaram boa parte da população brasileira a ficar trancada em casa, com medo do que poderia acontecer.

Hoje, com a escolas fechadas e com parte dos presídios controlados pelas próprias facções do crime organizado, o retrato do Brasil, diante do mundo civilizado, pode muito bem compor um cartaz publicitário para incentivar o turismo com os seguintes dizeres: “Bem-vindos à selva.” E pensar que já tivemos educadores do quilate de Anísio Teixeira (1900-1971), criador das Escolas Parques, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES). Ao lado do próprio Darcy Ribeiro, foi também um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB).

Além desses educadores de ponta e que poderiam verdadeiramente construir um país desenvolvido, tivemos ainda Paulo Freire (1921-1997), que conhecia a importância e o valor do conhecimento popular, integrado à pedagogia, e é detentor de 27 títulos de doutor Honoris Causa pelas mais importantes universidades do planeta. Graças a ele é que foi implantado o Estatuto do Magistério .

Ao lado desses educadores, destacam-se ainda Maria Nilde Madscellani (1931-1999); Florestan Fernandes (1920-1995); Miguel Arroyo; Jaqueline Moll e muitos outros que orgulham todos aqueles que entendem o verdadeiro papel da educação para a formação de uma nação soberana.

Essas lembranças vêm a propósito da recente entrevista do atual ministro da Educação ao jornal Estadão, e cujo nome nem vale a pena ser citado, tal a coleção de platitudes e sandices que desfilou em sua fala e que demonstra, de maneira patética, o quão distante ainda estamos, em pleno século XXI, do ideário dos educadores aqui mencionados e que enxergavam um Brasil que tinha tudo para dar certo lá nos idos do século passado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Duas coisas não podem ser violentadas: a história e a geografia. A história, que é a alma de um país, e a geografia que é o seu corpo.”

José Sarney, ex-presidente do Brasil.

José Sarney. Ficheiro: Foto Oficial Sarney/EBC

 

Promessa

Não falta material para os senadores Major Olímpio, Weverton e Eduardo Girão. Eles prometeram criar um grupo para debater temas onde a corrupção foi comprovada. Um deles é a análise dos empréstimos à Venezuela feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, que já recebeu a resposta de que não era empréstimo, já que não será pago.

Foto: Miguel Ângelo/CNI/Direitos reservados

 

Novidade

Em breve, carros que prestam serviços de transporte, como os Uber, terão que ter um dispositivo para gravação do ambiente no interior do automóvel. Trata-se de uma alternativa de segurança tanto para o motorista quanto para o passageiro.

Foto: tecnoblog.net

 

Passeio

Brasília em Linhas, exposição do artista gráfico holandês M. C. Escher (1889-1972), no Espaço Niemeyer. Em função dos protocolos de segurança, a visitação está restrita a 20 pessoas por vez no salão, de segunda a sexta, das 10h às 16h

Foto: Divulgação

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Muitos funcionários, que esperavam ser transferidos da Asa Norte para a Asa Sul, com a conclusão dos novos apartamentos, estão se desiludindo dessa promessa, visto que os apartamentos a serem entregues já estão distribuídos em cotas para os ministérios que se transferirão. O que é fato, é que os apartamentos da Asa Norte não são bons, nem a Asa Norte oferece conforto. Esta a razão de estar sendo considerada a Asa Norte como área de triagem, o que é muito justo, pensando pelos funcionários. (Publicado em 17/01/1962)

O futuro da humanidade estará lastreado no saber e nas ciências

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Foto: Alex de Jesus

 

É preciso entender a complexidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), dentro do que muitos reconhecem como uma crise tributária do país e que há muito tempo reclama por reforma. Sem uma reforma tributária racional, moderna e eficaz, o Fundeb não conseguirá deslanchar do modo idealizado e proposto pelos especialistas em educação.

Com a aprovação pela Câmara dos Deputados do texto base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o novo Fundeb, projeto que o governo não desejava que fosse aprovado, já que aumentava a participação da União de 10% para 12,5%, o Fundo não só foi aprovado, como será ampliado, gradativamente, até 2026, podendo chegar a 23% naquele ano, sendo ainda incorporado à Carta Magna como instrumento perene em favor do ensino público.

Com essa aprovação, muitos políticos e técnicos envolvidos na discussão acreditam que haverá um aprimoramento na igualdade de direitos e acesso a uma educação de melhor qualidade. Para educadores, verdadeiramente envolvidos na causa, esses recursos destinados pelo conjunto da sociedade brasileira em prol do ensino básico não são, como considera o governo, um gasto, mas investimentos no futuro do país. Nação alguma alcançou o estágio de pleno desenvolvimento, sem primeiro empreender grande soma de esforços e recursos em educação de sua gente.

Nesse nosso caso particular, o governo foi derrotado nas votações, por entre outras propostas ruins, almejar que o dinheiro do Fundeb fosse usado politicamente para complementar programa de transferência de renda social, tudo isso em pleno ano eleitoral, o que traria vantagens indevidas ao atual presidente e ao seu grupo de apoio.

Mesmo o uso desses recursos para pagamento de aposentadorias e pensões de professores, como chegou a cogitar o governo, foi descartada, depois de pressões vindas de todos os lados. Com a aprovação na Câmara Baixa do novo Fundeb, fica incluído, entre os dispositivos fixos da Constituição, artigo prevendo que a qualidade mínima na educação de base fica atrelada à questões claras e objetivas como o custo aluno qualidade, chamado de CAQ e que será definido justamente com base nesses novos critérios.

Sintomático em toda essa discussão, que se arrasta por anos, é que o MEC, ou seja, a pasta ligada diretamente à questão da educação, sequer apresentou propostas dignas de nota, ou mesmo liderou discussões sobre tão importante tema, se ocupando na substituição constante de ministros. Com isso, e para o bem do Brasil, o governo foi imprensado por uma avalanche de 499 votos a favor do novo Fundeb, contra 7 deputados, a ala mais aguerrida do bolsonarismo.

Depois dessa vitória, os educadores têm um longo caminho pela frente, que é a transformação desses recursos em escolas que sejam modelos em ensino e educação, capazes de tirar, de vez, o Brasil, do subdesenvolvimento e dos derradeiros lugares na maioria das avaliações internacionais que medem a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos. Mesmo aqueles que pouco entendem sobre o tema reconhecem que no século XXI, a educação será, sem dúvida o principal referencial de riqueza de uma nação.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.”

François-René de Chateaubriand, escritor, ensaísta, diplomata e político francês

François-René de Chateaubriand. Imagem: wikipedia.org

 

Estatuto

Atendimento prioritário integral à saúde, direito à habitação, à educação e ao trabalho. Essas são as garantias do Estatuto da Pessoa com Deficiência do DF, de autoria do deputado distrital Iolando Almeida, aprovado e publicado.

Deputado distrital Iolando Almeida. Foto: Assessoria

 

Infelizmente

O laboratório, situado no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic, conta com a instalação da tecnologia 5G, 100 vezes mais rápida. A transparência, elemento tão caro e vital às verdadeiras democracias ocidentais, precisa, mais uma vez, mostrar a todos, o caminho completo, em baixa velocidade, sobre a segurança e privacidade dos cidadãos com a implantação dessa tecnologia.

Foto: Albert Gea/Reuters

 

Alerta

Antes da pandemia, o preço do combustível chegava aos R$7 nos postos de gasolina. Durante a crise chegou a R$3.50. Vamos acompanhar a oscilação e torcer para que o consumidor não seja o responsável pela recuperação das finanças.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

 

Direto da Câmara

Na terça-feira, dia 28, 10h, pelo Yoututbe, a Câmara dos Deputados apresenta um evento virtual. A Frente Parlamentar em Defesa da Cruz Vermelha, presidida pelo Capitão cearense, Wagner, contará com a presença, por meio do aplicativo Zoom, do presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals, e da deputada Patricia Ferraz, que não está em exercício no cargo.

Foto: cruzvermelha.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está ficando bonita, a grama nas quadras da Fundação. Os moradores reclamam que não há passagens de um lado para outro. (Publicado em 13/01/1962)

Os humores e desejos inconfessáveis

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Foto: Natasha Montier/GERJ

 

Você não precisa ser um especialista no assunto da educação para compreender a necessidade e a importância para um país, com as dimensões e complexidades do Brasil, que um fundo de financiamento moderno e eficaz tem para a manutenção de uma imensa rede de ensino público. Obviamente, que não bastam recursos. É preciso muito mais. Mas, sem uma estrutura pensada e bem montada, como é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), nada se faz em matéria de educação, principalmente quando se sabe das enormes carências experimentadas, desde sempre, pelo ensino público, tanto por alunos, quanto por professores e outros profissionais.

Criado em 2007, o Fundeb, como o próprio nome diz, é formado por um conjunto de 27 fundos contábeis, financiado por estados, municípios, pelo Distrito Federal e pela União, por meio de receitas oriundas de impostos, transferência e outros tributos, formando um caixa que, somente para o exercício deste ano de 2020, movimentará algo em torno de R$ 173 bilhões.

Trata-se de uma soma considerável a ser destinada para manter e desenvolver todas as etapas da chamada Educação Básica, que incluem creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além desses investimentos, o dinheiro arrecadado pelo Fundeb vai para a valorização de professores, diretores, orientadores pedagógicos e funcionários desses estabelecimentos, servindo ainda para a formação continuada dos docentes, no transporte escolar, na aquisição de equipamentos e material didáticos para as escolas, além de ser usado na própria manutenção dessas instituições.

São recursos preciosos, sem os quais não haveria escolas públicas no país. Esses valores podem e devem ser fiscalizados pela sociedade, para evitar o que normalmente se vê e ouve acerca de desvios e outros descaminhos tomados por esse dinheiro. Esse controle pode ser feito através dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (CACS).

Para um país formado por 5.570 municípios, muitos deles sem sequer uma estrutura do tipo CACS, e com prefeitos vereadores e outros políticos, sem escrúpulos e de olho grande nesses recursos, fiscalizar a boa e correta aplicação desse valioso dinheiro público é providência mais que necessária, é urgente.

A transformação do Fundeb em um fundo permanente de financiamento da educação básica, trazendo-o para o corpo da Constituição como instrumento perene para o ensino público, é uma vitória da sociedade e uma certeza de que esse tema entre para o rol daquelas discussões suprapartidárias, isentas dos humores e dos desejos inconfessáveis desse e de outros políticos de plantão.

Um dos problemas verificados hoje com o Fundeb é que a valorização do magistério, conforme previsto em sua formulação original, fica um pouco de lado quando se observa que as parcelas desse Fundo, quando chegam lá na ponta dos municípios, já estão completamente comprometidas com o pagamento da folha salarial, sobrando pouco ou nenhum recurso para o que foi originalmente pensado.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Construíram hospitais de campanha ou hospitais para campanha?”

Dúvida que navega na internet

Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro

 

Cálculo

Na ponta do lápis, a pergunta é: quem mata mais? O covid-19 ou os desvios das verbas? O novo vírus ou as empresas fantasmas e as reais empresas que superfaturam em obras? Aliás, o que o mundo e a ONU fizeram até hoje para tirar da miséria milhões de pessoas? O ministro Barroso estava certo quando disse que “a corrupção favorece os piores. É a prevalência dos desonestos sobre os íntegros. Esse modelo não se sustenta indefinidamente. Só se o mal pudesse mais do que o bem. Mas, se fosse assim, nada valeria a pena.”

Informativo publicado na página anpr.org

 

Grande encontro

Os grupos de cantores da cidade estão em grande movimento com o encontro organizado pela Associação de Regentes de Coros. Programação ainda hoje e amanhã. Veja a seguir.

 

Interessante

Campanha norte americana corre em velocidade alta e busca por apoio. Veja, a seguir, um exemplo de e-mail enviada com pedido de doação.

–> De: Pete Buttigieg <feedback@act.democrats.org>
Date: sex., 24 de jul. de 2020 às 15:06
Subject: re: the fate of our nation

Friend —

I’m writing to you personally today to ask you to please contribute your first $7 to our party. Before I do that, I hope you’ll give me a moment to speak candidly about why your contribution at this particular moment is so important.

This election is a whole lot bigger than just one candidate. I’ve believed this since before I decided to run for president myself, and that remains true as I fight as hard as I can to elect Joe Biden as our next commander in chief. This election is about winning the era for our shared values, and ushering in a new chapter of progress for America. And I’m not exaggerating when I tell you the results of this election will echo for generations.

The future of our country rests, in no small measure, on whether we can successfully build the strong DNC it will take to defeat Trump and Trumpism by electing Democrats at every level. Now, with only 102 days until Election Day, we’re closing in on the last stage of the race. The funds and resources the DNC has on hand by the conclusion of this month will have a direct impact on our party’s final plan to get out the vote in our most competitive battlegrounds. That’s why I’m asking you today:

Will you make a $7 investment in our party? Democrats are rapidly finalizing their plans around staffing, technology, and advertising before the final stretch of campaigning in the fall, so any amount you can give today will make a tangible difference in what we’re able to accomplish together by November 3.

As we visualize what comes next for our country to move forward from this crisis, it’s clear that the future won’t look like the past. Nor should it. We urgently need to turn the page on the status quo by electing ambitious Democratic leaders who will propose the bold, transformative solutions our country needs.

Joe Biden understands that, which is why I couldn’t be prouder to support his fight to rebuild our nation into a more perfect, more equal union than it’s ever been. But the only way we can elect Democratic leaders who’ll invest in future generations is by building the strongest DNC in modern history. That can’t happen without your support today.

Donate $7 to the Democratic Party to elect Democrats at every level. It’ll take all of us chipping in what we can as often as possible if we have any chance at winning the White House, flipping the Senate, and winning Democratic seats across the country.

Together,

Pete

Pete Buttigieg

P.S. Now is our chance to work together to elect leaders at every level of government who will build a better, more inclusive future for this country and the next generation. But our chances of victory slip away with every moment we fail to take action. Please, donate $7 to the DNC to help elect Joe Biden and Democrats down the ballot.

 

Que coisa!

Em entrevista ao Valor, o historiador Carlos Malamud comentou sobre a dupla Bolsonaro-Araújo, sentenciando sobre a ideologização da política externa. “Isso só faz sentido se partimos do princípio de que todos aqueles que se encontram a mais de dez centímetros de Olavo de Carvalho são comunistas.”

Carlos Malamud. Foto: enap.gov

 

Sem alegria

Segundo a senadora Eliziane Gama, o Dia da Mulher Negra tem pouco a se comemorar. A data coincide com Dia Internacional de Luta da Mulher Negra da América Latina e do Caribe. Muitas ainda sofrem com a violência física e preconceitos.

Senadora Eliziane Pereira Gama Melo. Foto: senado.leg

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Venceram os motoristas dos carros oficiais da redondeza. Tiveram que fazer a cerca, para que eles não possam mais andar a 60 e 70 quilômetros na área de recreio das crianças. Um dia, quando formos um povo de melhor educação, a cerca deixará de existir, assim esperamos. (Publicado em 13/01/1962)

Em educação, Brasil continua levando uma “Pisa” de outros países

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Resultados do Brasil no Pisa na última década indicam tendência de estagnação, diz OCDE — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

 

Classificado entre os vinte piores países em educação para jovens, o Brasil, mais uma vez, teve um fraco desempenho no ranking mundial que avalia a performance dos estudantes na faixa de 15 anos, nas disciplinas de matemática, ciências e leitura. De acordo com dados fornecidos pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nosso país segue estagnado desde 2009 e com um desempenho abaixo do medíocre, se comparado a outros estudantes de 79 países que também realizaram essas mesmas provas.

O mais interessante em avaliações desse tipo é que, por mais que as nossas autoridades busquem relativizar esse certame, ou mesmo desconsiderá-lo como instrumento de aferição da qualidade de nossa educação, principalmente na área do ensino público, onde está a maior camada de brasileiros de baixa renda, não há como esconder ou minimizar o fato de que em matéria de educação e de ensino vamos seguindo aceleradamente ladeira abaixo, há pelo menos uma década.

Não é preciso, nesse caso particular, buscar os culpados diretos. Mais importante é aprender com seguidos erros e mudar as estratégias enquanto há tempo. Pelos resultados obtidos, ficamos sabendo que metade de nossos alunos que realizaram o teste não entendem o que leem, nem ao menos sabem fazer contas simples com números inteiros. Pior do que isso é saber que 4 em cada 10 estudantes brasileiros não aprendem nem o básico, não conseguem também identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver problemas simples ou mesmo entender experimentos científicos simples.

Na verdade, saímos dos últimos lugares nesse ranking para posições insignificantes pouco acima, à frente de países como Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, que nas últimas décadas enfrentaram guerras devastadoras. Talvez o mais triste resultado dessa avaliação esteja na constatação de que o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais em educação, seguindo com isso a tradição de estar colocado também entre os campeões mundiais em desigualdade social e econômica, com uma das maiores concentrações de renda do planeta.

Por meio do Pisa, é possível constatar que, na última década, a diferença de performance entre alunos vem se aprofundando, impulsionada diretamente pela grande desigualdade socioeconômica. Para se ter uma ideia, em 2018 a diferença de pontuação entre alunos ricos e de baixa renda nas provas de leitura ficou em 97 pontos, quando a média internacional é 89 pontos. Para os especialistas nessa área, as condições socioeconômicas estão entre os fatores que mais influenciam o desempenho escolar.

Outro aspecto, pouco edificante é a constatação de que o Brasil é o país com uma das menores variantes de mobilidade social entre todos as nações avaliadas. Pelo levantamento que é feito paralelamente ao Pisa, tomamos conhecimento de que as chances de um aluno pobre estudar em uma escola de alto desempenho são de 13%, contra 20% em países como o Canadá ou Finlândia.

Essa desigualdade crônica em nosso país favorece também que os alunos pobres abandonem os estudos, descrentes da possibilidade de virem ingressar em uma faculdade. Há ainda a constatação de que os países com melhores desempenhos são justamente aqueles que mais investem em educação. Enquanto países como Macau, na China, investem US$ 150 mil ao ano per capta, o Brasil aparece com menos de US$ 30 mil ao ano.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Descobri que é fundamental buscar respostas quando o organismo não está agindo de forma correta. As pessoas precisam ir atrás de profissionais que realmente cuidem delas e que elas sintam que queiram ajudá-las.”

Michelle Munhoz, de 32 anos, que estava com um linfoma de Hodgkin durante a gravidez, diagnosticado no Instituto Nacional de Câncer.

Foto: Michelle Munhoz e esposo (istv.com)

 

 

Atenção

Muitas faixas de pedestres da cidade precisam de reforço na tinta. Seria muito bom a Secretaria de Obras e Infraestrutura reforçá-las nos fins de semana.

Foto: reprodução globoplay.globo.com

 

 

Solidariedade

Vai até o dia 6 de dezembro a adoção de cartinhas para o Papai Noel. No Senado, a parceria com os Correios foi um sucesso. Todas as cartinhas já foram adotadas pelos funcionários.

 

 

Receios

Desalojada pelo Festival de Cinema, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro voltou para o teatro para os ensaios. Os Bombeiros deram a licença. Mas a cena de um spot despencando no meio do palco anos atrás ainda deixa os músicos apreensivos.

Foto: orquestrandobrasil.com

 

Adiamento

Depois do pedido de vistas de Paiva Martins, o processo entre Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF e o Instituto Candango de Solidariedade – ICS foi adiado. O caso trata da apuração de possível dano causado ao erário em decorrência de irregularidades na execução de um contrato de assistência médica-odontológica e reforço escolar para alunos da rede oficial de ensino do DF ocorrido em 2001.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Correio Braziliense e a TV-Brasília continuam sem telefones, quem tiver negócio conosco venha até aqui. Desculpas ao DTUI. (Publicado em 07/12/1961)

Independência ou ignorância

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Foto: istoe.com

 

No campo econômico, há aqueles que entendem que um bom projeto educacional é aquele que estabelece uma autonomia e liberdade orçamentária. Seria uma solução interessante, com as escolas contratando ou demitindo professores sem rendimento. Ideias como o estabelecimento de uma renda para as escolas, de acordo com o número de alunos matriculados e aprovados, também surge como interessante, o que faria as escolas a cumprirem uma meta pré-estabelecida, principalmente se houvesse testes regulares elaborados pelas regionais para atestar se há o conhecimento dos alunos ou se foram empurrados para o ano seguinte.

Outro ponto apontado como importante é a fixação de uma política de compliance nas escolas públicas, da mesma forma como vem sendo implementado nas grandes organizações. O mais surpreendente é que o Brasil já experimentou, por um curto espaço de tempo, a introdução de escolas com educação de excelência. Um exemplo foram as Escolas Parques criadas por Anísio Teixeira e aquelas estabelecidas pelo educador Darcy Ribeiro, com os CIEPs, Centros Integrados de Educação Pública, que se mostraram plenamente adequados a nossa realidade.

Como esses modelos necessitavam de grande empenho e responsabilidade por parte das autoridades, foram deixados de lado. O que se tem hoje são modelos improvisados, porém necessários, como é o caso das escolas militarizadas.

Na avaliação de experts no assunto, como é o caso do filósofo e mestre em Ciências Políticas, Fernando Schuler, são várias as linhas de inovações possíveis para a melhoria do ensino público. Segundo ele, “os sistemas de voucher, em que o governo oferece uma bolsa e dá direito de escolha às famílias, ao invés de gerenciar escolas; e o modelo das charters schools, em que o governo assina contratos de gestão com instituições especializadas, de direito privado e sem fins lucrativos. Em ambos casos, o governo passa da condição de gestor direto para regulador do sistema.”

Outro pensador atual e importante sobre essa questão é o economista Eduardo Giannetti. Para ele, a sociedade brasileira valoriza a educação, mas coloca-a em plano abstrato e idealizado, sem que os familiares se envolvam diretamente no dia-a-dia com o processo de aprendizagem de seus filhos. Ou seja, um reconhecimento que fica apenas no discurso, descolado da prática. Segundo ele é preciso entender que o aproveitamento do que a criança e o jovem aprendem depende do suporte que eles têm ou não em casa, pois é isso o que fará com que os alunos percebam a permanente interação da escola com o mundo.

“Gosto muito de citar como exemplo os descendentes de orientais que moram no estado de São Paulo. Eles correspondem a aproximadamente 3% da população paulista e obtêm 12% das vagas disponibilizadas pela Fuvest [processo que seleciona alunos para a Universidade de São Paulo e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo], o principal vestibular do país. Os orientais vieram para cá sem privilégio algum, sem nenhum tipo de vantagem especial para viver aqui, e tiveram as mesmas oportunidades educacionais que a maioria da população. No entanto, em poucas gerações, os descendentes deles apresentam um desempenho escolar que os diferencia”, diz Giannetti.

A escola, na opinião de vários educadores, deve ser integral, não apenas no desenvolvimento do que se processa intramuros, mas abrir-se para comunidade em tempo também integral, envolvendo todo o entorno social. Deve ainda promover atividades culturais que reúna toda a comunidade, criando um espaço aberto e integrativo permanente. Cabe a ela também discutir os problemas da comunidade, buscando apoio coletivo.

Em outras palavras, a escola deve ser um lugar em que alunos, pais e toda a comunidade possam confiar e conviver de forma permanente, auxiliando a todos na medida do possível e do impossível. Só assim terá sua validade reconhecida. Na realidade, não há nada para ser inventado nessa área que já não foi experimentado com sucesso garantido. Falta apenas um certo compromisso a ser estabelecido entre os cidadãos brasileiros e seus legítimos representantes. Nesse ponto também se encontra um outro nó difícil de desatar e que diz respeito à educação dos eleitores para o ato de votar, o que nos remete ao início de todo o problema e ao recomeço desse ciclo fechado. Aí são mais alguns séculos de discussões.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“A  educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido.”

B. F. Skinner, educador

B.F. Skinner, 1971.
AP/REX/Shutterstock.com

 

 

Tenso

É preciso ter o coração forte para suportar a política de hoje. Mais uma vez, uma dupla de políticos desfalece. Senador Kajuru e Senador Heinze. Os dois ficaram em quartos vizinhos no Sírio Libanês em Brasília.

senado.leg

 

 

Tráfico

Moradores reclamam do tráfico de drogas na 408 Sul. Movimentações por toda a noite deixam os vizinhos apreensivos e sem saber o que fazer. A situação está bem desagradável.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Ceará, este ano, perdeu a iniciativa da “indústria da seca”. O ministro Virgílio Távora moralizou a história, mas os baianos não aderiram. (Publicado em 06/12/1961)

Música e artes como elemento para uma educação humanizada

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Professora Marta Maria de Almeida Arcanjo Hassenteufel ensinava matemática com notas musicais tocadas em flautas doces. — Foto: Fábio Tito/G1

 

Se a escola reflete como um espelho polido a sociedade em volta, seu tempo, suas virtudes e vícios, cabe, fundamentalmente, a essas mesmas escolas, a preparação e o encaminhamento dos jovens para uma constante renovação dos núcleos sociais, por meio da valorização contínua dos princípios da ética humana. Esse trabalho de “curar” a sociedade dos seus males, que em muitos países é feito com a união entre família e escola, só pode ser atingido, em sua plenitude, por meio de um sistemático processo de educação humanizada.

Por sua vez, é preciso entender que esse sistema de educação humanizada só pode ser alcançado por aquelas escolas onde o ensino das artes tem tanta importância e significado como as demais disciplinas. Em alguns casos é possível inclusive reunir, num mesmo conjunto de importância, as ciências e as artes, criando uma espécie de matemática cantada, de literatura e português recitado ou encenado, de uma geografia que reúna os elementos culturais de determinadas regiões, de biologia que agrupe as variantes de cultura e assim por diante. As disciplinas precisam interagir, as instituições também perdem muito com a falta dessa interatividade. Não somos ilhas.

A urgência de uma discussão desse tipo, numa época em que se fala muito no advento da 4º Revolução Industrial, da internet das coisas, da robotização e digitalização da produção, é que a realidade de nossa educação atual, principalmente aquela ministrada pelos estabelecimentos públicos, do ensino básico às universidades, é precária, para dizer o mínimo. A violência nas escolas, opondo alunos contra alunos, alunos contra professores e vice-versa é um dado triste do nosso dia a dia. Nos certames internacionais, como o Pisa, realizado pela OCDE, os alunos brasileiros têm aparecido sempre nas últimas posições num confronte com outros setenta países. As diretrizes existem, mas são frouxas, invisíveis e desconsideradas.

Nossas escolas, em outras avaliações, também surgem como as mais violentas do planeta. Especialistas em pedagogia e didática sabem muito bem onde podem ser encontradas as raízes para esses problemas que fazem das nossas escolas um ambiente que parece afugentar, cada vez mais, nossos alunos. Mesmo hoje, para uma parcela significativa de nossos professores, as escolas se transformaram em um ambiente hostil, gerador de stress e medo. Mesmo sem qualquer messianismo, é possível declarar sem sombra de dúvidas que sem uma educação humanizadora, propiciada pelo mundo das artes, não há salvação para a escola e para a educação nesse país.

Nesse dia 22, em que se comemora do Dia do Músico e, em homenagem à Santa Cecília, a jovem e bela romana do século II que morreu martirizada e cantando cânticos de louvores ao seu Deus, possam as autoridades, que possuem preocupação real com essa realidade que desfigura nosso futuro, voltar suas preocupações e lembranças para a Lei 11.769/2008, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases, deixando de determinar a presença do ensino de música nas escolas de educação básica, mas que tem sido deixada de lado até os dias de hoje. Ninar uma criança, comemorar a nova idade ou a união entre casais em louvores. Um dos símbolos nacionais, o hino, é pela voz cantada que se dedica respeito e amor ao país.

Para um país com uma riqueza e variedade musical tão grande, esse retardamento em aplicar uma lei justa e necessária pode ser considerada até um crime. Sem música, sem corais, sem teatro, sem danças, sem cinema, sem artes plásticas, ou seja, sem essa educação humanizada e humanizadora, Friedrich Nietzsche arremata: “A vida seria um erro”.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A música pode mudar o mundo. ”

Ludwig van Beethoven, compositor alemão (1770-1827)

Ludwig van Beethoven.
© Photos.com/Thinkstock

 

 

Prata da Casa

Jhona Burjack ganha a vida com o talento e a aparência. Já desfilou para muitas grifes famosas e agora estreia como ator de novela. Mais um artista desponta saído de Brasília, mais precisamente do Gama.

 

 

Mais respeito

Invisíveis, os lixeiros só se fazem presentes quando não estão. É o que vimos ao longo das últimas semanas quando pararam de trabalhar para pedir mais respeito. Seu braço fora da janela vale uma multa. O corpo de um profissional que limpa a sua cidade pendurado em um caminhão, respirando o cheiro de lixo, é exceção à regra.

Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

 

 

Anjos

Adriana Calil, sensível à dificuldade das pessoas que moram na rua, resolveu comprar um ônibus e instalar chuveiros. Lugar limpíssimo e confortável. A fila é organizada. Depois do banho e da roupa nova, barbeiros e cabeleireiras à disposição. O atendimento termina com uma comida quentinha. Quem quiser participar do projeto é só chegar na plataforma inferior da rodoviária, na tarde de domingo. Doações são bem-vindas, roupas, alimentos e produtos de higiene pessoal.

Foto: jornalismo.iesb

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um índio carajá esteve em Brasília, viu os preços dos artigos indígenas, voltou para a sua TRIBO, e determinou aumento de cem por cento em todos os preços. (Publicado em 06/12/1961)

Somos a 6ª maior economia do mundo e a última em qualidade de educação

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Infográfico: exame.abril.com

 

De três em três anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realiza o Programme For International Student Assessment (Pisa), onde avalia, de modo comparado e amostral, estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental, na faixa etária entre os 14 e 16 anos. A avaliação é feita nas disciplinas de linguagem, Matemática e Ciências. A prova é realizada em 70 países que compõem a Organização ou que são convidados a participar do torneio. O programa Internacional de Avaliação de Alunos vem sendo realizado desde o ano 2000 e tem se tornado um importante instrumento para medir não só o desempenho dos alunos, mas, sobretudo, que importância cada país devota a questão da educação básica de seus cidadãos.

Numa época em que parte do mundo desenvolvido adentra para a chamada 4ª revolução industrial, com a combinação de máquinas com processos digitais e onde a produção de bens modificará, de modo radical, a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, é imprescindível que cada país promova as reformas adequadas no ensino para essa nova era tecnológica que já começou.

Nesse novo mundo que se descortina, o conhecimento de base tecnológica será o principal referencial de riqueza de uma nação. A introdução da robótica e da digitalização diretamente nas linhas de produção, criando as fábricas inteligentes, aliadas aos avanços na nanotecnologia, na neurotecnologia, na biotecnologia, na inteligência artificial, entre outras descobertas, irão necessitar de mão de obra cada vez mais especializadas e mais afeita a esse novo mundo.

Com novas maneiras de produzir e consumir, muitos daqueles empregos e afazeres tradicionais, que hoje conhecemos, irão desaparecer, sendo substituídos por outros totalmente diversos. A automação geral do século XXI é uma realidade e a ela se liga, mais do que nunca, a educação de qualidade com ênfase nessas novas habilidades. Nesse quesito particular da perfeita interação do homem com as novas tecnologias, o Brasil, segundo reconhece com desalento as próprias autoridades, vai muito mal.

A qualidade da educação em nosso país, medida em praticamente todos os rankings mundiais, mostra, de forma clara, que, em comparação com os principais países do globo, nosso desempenho é vergonhoso. Entre os setenta países avaliados periodicamente pela OCDE, oscilamos sempre nos últimos lugares. Em 2015, por exemplo, ficamos na 65ª posição, ou seja, na rabeira do mundo.

No Brasil a relação investimento e qualidade da educação, como mostram esses rankings, não andam juntas. Nosso país chega a investir nesse setor mais do que outras nações em desenvolvimento, aplicando algo em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), embora a relação investimento por aluno (per capta) seja uma das piores do mundo. São 5,6 mil dólares por aluno contra 9,7 mil dólares, em média, nos países da OCDE.

No próximo dia 3 de dezembro, a OCDE irá divulgar os resultados de 2018 do Pisa. O atual ministro da educaçãoo, Abraham Weintraub, já antecipou que nessa nova avaliação o Brasil será o pior colocado da América Latina. Para um país que hoje é considerado como a 6ª maior economia do mundo, uma realidade como essa em nossa educação aponta para um desequilíbrio tremendo entre o quesito material ou de riqueza e o intelectual ou humano.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O ser humano é aquilo que a educação faz dele.”

Immanuel Kant, filósofo alemão.

Imagem: reprodução / internet

 

 

Leitura

Pergunta que não calou no material de divulgação do aniversário da “Biblioteca Demonstrativa do INL”: É para chorar ou comemorar? Maria da Conceição Moreira Salles foi uma incansável defensora do local, daí o novo nome, merecidamente, batizou a biblioteca. Essa é a parte agradável. Por outro lado, depois de 49 anos não há o que comemorar. Assim como o Teatro Nacional, o local continua fechado. Marcos Linhares assumiu a frente indo e vindo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC), Ministério do Turismo (que engoliu a Cultura), para reativar o local. A esperança de Linhares, Presidente do Sindicato dos Escritores do DF e Porta voz do Fórum do Livro e da Leitura do DF, é que Adão Cândido deixe esse legado aos brasilienses: uma parte da história da cidade reconstruído e pronto para os leitores da capital. Vamos acreditar no secretário Adão Candido. Veja a promessa feita no vídeo a seguir.

 

 

Para frente

Abrigada no Royal Tulip, a III Exposição Temática e Interativa de Resultados dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. O evento vislumbra a parte prática do pós encontro. Aproximação com o Setor Produtivo (coordenado pelo SEBRAE), com o Setor Público (coordenado pelo CNPq/CGEE), além de Oficinas de Divulgação Científica (coordenadas pelo INCT de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia). Houve também a reunião dos Coordenadores de INCT com a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação.

Acesse a programação em: III SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os estoques dos supermercados estão piorando muito. Há artigos onde não há concorrência, e macarrão é um deles. (Publicado em 06/12/1961)