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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Em decisão monocrática, que liberou a construção da Quadra 500 do Sudoeste, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, reascendeu e deu novo fôlego, acrescentando mais um capítulo nessa novela que, há mais de dez anos, contrapõe moradores desse bairro e a empresa Oeste Ambiental, proprietária do estratégico terreno que circunda e fecha o Parque Ecológico das Sucupiras.
Para aqueles que residem na região, a construção desse novo bairro, com 22 prédios de seis andares para moradias e mais 2 edifícios comerciais, irá acrescentar àquele espaço mais de 2.500 habitantes numa localidade onde inexiste infraestrutura para suportar tamanho adensamento. Com isso, moradores e ambientalistas acreditam que a construção desse novo conjunto de edifícios iria gerar graves danos ambientais à vegetação do referido Parque que, segundo apontam, é um dos últimos na capital a apresentar a ocorrência de vegetação nativa do Cerrado, com espécies raras e de difícil preservação e manutenção, uma vez degradada.
A questão central aqui é, mais uma vez, a luta entre preservacionistas e aqueles que enxergam em espaços verdes uma oportunidade de negócio. É preciso salientar que esse tipo de visão e sentimento da importância da manutenção de áreas verdes é praticamente uma exclusividade defendida por moradores da grande área que integra o polígono tombado da capital.
Nas regiões administrativas, no entorno do Plano Piloto, essa preocupação é tão tênue que, sequer, é levada em consideração pelas autoridades. O desrespeito às escalas e aos gabaritos e normas de construção tem sido uma constante acelerada, após a emancipação política da capital. De lá para cá, o inchaço da cidade comprova que a ganância e o poder de lobby do dinheiro falam mais alto do que qualquer tipo de regulamentação. Basta dizer que nenhum candidato, até hoje, seja ao Buriti ou à Câmara Legislativa, jamais prometeu, em seu discurso de campanha, respeitar a legislação, preservar os espaços verdes e o tombamento da cidade.
Os discursos desses pretendentes são sempre no sentido oposto de abrir espaços para moradias de seus eleitores sejam onde for, bastando para isso a mudança de destinação das áreas. Qualquer candidato que se comprometesse a respeitar e a seguir as leis vigentes não teria a menor condição de vitória nesses pleitos e, por uma razão óbvia: desde a emancipação política da capital, os terrenos públicos foram transformados em moeda de troca, na base de um voto, um lote. Nesse sentido, o inchaço da capital está ligado direta e proporcionalmente à formação de currais eleitorais, onde os novos coronéis distritais exercem o antigo e nefasto voto de cabresto.
A frase que foi pronunciada:
“Pensando em conseguir de uma só vez todos os ovos de ouro que a galinha poderia lhe dar, ele a matou e a abriu apenas para descobrir que não havia nada dentro dela.”
Esopo, escritor da Grécia Antiga
Os grandes
Procon abre as portas para que os clientes do Banco do Brasil, Caixa, Itaú e BRB possam renegociar dívidas em atraso. Na primeira semana, de 09 a 13 de setembro, o órgão recebe representantes do Banco do Brasil. O órgão que defende o direito funciona também para reforçar o dever do consumidor. Veja, a seguir, as próximas datas e bancos.
Chuva
Que falta faz o filósofo de Mondubim! Em tempos secos, ele era o primeiro a prever as chuvas depois da estiagem. Era pelo canto do sabiá, das cigarras e pela direção do vento. A umidade chega a 8%.
Agenda
No próximo dia 20 de setembro, sexta-feira, o cantor e compositor Geraldo Carvalho, que é potiguar, radicado na capital Federal há dez anos, se apresenta no Projeto “Acontece no Museu”, do Correios de Brasília. Teatro Museu dos Correios – Brasília, Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A.
Interessante
Por falar em Correios, você pode ter um selo personalizado. Os Correios recebem a imagem e você preenche um termo de responsabilidade. É uma boa opção de registro.
Pedestres
Por todo o DF, as faixas de pedestres perdem a cor. Antes das chuvas seria bom reforça-las.
Aniversário
Brasília ganha com o interesse do embaixador Akira Yamada em promover parcerias com a cidade. Acertos para a grande festa dos 60 anos da cidade começam a ser feitos com o governador Ibaneis Rocha.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os funcionários da Imprensa Nacional estão reclamando que o dr. Brito não dá ônibus de graça para que eles almocem em casa. Em consequência, a maioria utiliza o restaurante da Imprensa, que não é dos melhores, como a refeição, também, que é fornecida pela cantina do IPASE. (Publicado em 29/11/1961)
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Desde 1960, os leitores que acompanham o dia a dia dessa coluna, sabem que desde o primeiro momento de sua publicação, a defesa dos interesses da capital do país tem sido um norteador e uma prioridade absoluta desse espaço. Mesmo após o falecimento de seu fundador, o jornalista Ari Cunha, essa tem sido a bandeira defendida e seguida pela coluna Visto, Lido e Ouvido. Obviamente que, ao se colocar de forma incisiva e intransigente na defesa do Distrito Federal, da sua população e dos ideais que guiaram seus idealizadores, não foram poucas as vezes que contrariamos pessoas e grupos poderosos, cujos os interesses não coincidiam com os mesmos professados pelos brasilienses, pelos pioneiros, pelos candangos e outros grupos que para aqui vieram em busca de uma nova cidade que pudesse abrigar o novo homem, conforme proposto e sonhado por aqueles que projetaram e construíram a nova capital do país.
Para essas paragens selvagens, vieram os brasileiros movidos pela coragem e desapego, em busca apenas de uma oportunidade para viver com dignidade junto a sua família. Não foi por outro motivo que, quando se anunciou a tal da maioridade política para a capital, nos mesmos moldes em que eram realizados em outras unidades da federação, essa coluna foi tomada por um misto de desalento e premonição de que essa inovação na administração do Distrito Federal não resultaria em ganhos para a seus habitantes, mas, e sobretudo, em lucros e favorecimento para os políticos e todos os grupos a eles ligados, como era prática corrente em outros estados brasileiros.
O temor era que os ideais políticos e partidários viessem a se sobrepor aos reais interesses da capital e de sua gente. Hoje, passadas quase três décadas dessa experiência, infelizmente temos que considerar as premonições eram não só acertadas, como ultrapassaram aos mais pessimistas vaticínios. Em boa hora e como uma graça dos céus, quis o destino que Brasília fosse incluída no rol das cidades monumentos tombados pela Unesco, o que, de certa forma, deu uma visibilidade internacional a capital, dificultando, em certo ponto, que viesse a ser completamente desfigurada como pretendido por muitos.
O inchaço da cidade e a superlotação dos serviços públicos, a criação de bairros inteiros sem infraestrutura e sem planejamento, o esgotamento dos recursos hídricos, a invasão de terras públicas, a corrupção desenfreada, a construção de verdadeiros elefantes brancos sem utilidade para a população, a precariedade nos transportes e na segurança pública estão entre algumas heranças deixadas pela experiência trazida pela representação política imposta à capital.
Embora se saiba que essa situação jamais será revertida, essa coluna vai continuar insistindo para que os ideias que orientaram a construção de Brasília permaneçam vivos. Nesse sentido, repudiamos e alertamos para o perigo representado pela declaração feita pelo atual governador Ibaneis, que classificou o tombamento de Brasília como “hipocrisia boba”. A fala foi feita durante a entrega à iniciativa privada do complexo composto pelo estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Centro Aquático Cláudio Coutinho. Lembrando que, com relação ao Mané Garrincha, considerado um dos estádios mais caros do planeta e cujos os políticos e empreiteiros estão sendo processados na justiça, foi justamente uma dessas heranças malditas legadas pela administração política da capital.
Para o atual governador a cidade, em função do tombamento, “vive atrasada”. Não se sabe o que o governador quis dizer exatamente com essa afirmação. O fato é que declarações como essa mostram a necessidade de ficarmos ainda mais alerta e atentos para que novas heranças malditas não possam ser deixadas por aqueles que estão apenas de passagem por essas bandas.
A frase que foi pronunciada:
“Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra.”
Juscelino Kubitschek
Alemanha
Depois da tragédia de Brumadinho, a empresa alemã TÜV SÜD parou de emitir certificações de segurança em barragens. Será que os alemães sabem que o acidente poderia ser evitado pelos germânicos? É só uma sugestão para o programa da TV alemã “Extra 3”.
Noruega
Em Barcarena, no estado do Pará, fábricas norueguesas contaminavam a água causando diarreia e vômito na comunidade e o envenenamento dos peixes. Como tudo o que incomoda termina em morte no Pará, foi o que aconteceu. Paulo Nascimento, que organizava protestos sobre o assunto, morreu assassinado. E quem poderia falar alguma coisa disse apenas que isso era um caso para a polícia. É só para mostrar a autoridades da União Europeia que, antes de banir importações do Brasil, como sugerem os países nórdicos, saibam sobre os estragos que fazem por aqui.
Amizade
Alemanha e Noruega são países amigos do Brasil. Se algumas empresas mancham nossa natureza muitas outras iniciativas alemãs e norueguesas, sem interesses comerciais, participam dando a mão para minimizar os problemas sociais do país com projetos que realmente mudam vidas, para melhor, é claro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quando um homem nega socorro a um semelhante em dificuldades, quando um homem vê um à morte, ensangüentado, e se nega a transportá-lo, sendo, isto, além do mais, uma obrigação de sua profissão, é uma lástima. (Publicado em 29/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Com as últimas eleições, um fato ficou claramente patente para todos: a maioria da população quer o fim das antigas práticas políticas. Por isso rejeitou, nas urnas, nomes tradicionais da política brasileira, empurrando-os para o ostracismo. Essa foi a maneira de os eleitores condenarem toda e qualquer prática que atente contra a ética. O alvo da insatisfação nacional foram os políticos profissionais que usam o Estado e as muitas benesses do cargo para o enriquecimento pessoal.
Aqueles políticos do antigo regime que, por ventura, foram reeleitos e ainda pensam em persistir nessa má conduta, caminham também para o ocaso lá adiante. Esses sinais vindos das urnas, valem para o Brasil e servem de alerta, sobretudo, para Brasília, submetida, desde a emancipação política, à rotina democrática para a escolha de representantes no Executivo e Legislativo.
De fato, muitos políticos locais puderam constatar a mudança de humor dos cidadãos brasilienses de um modo tácito: não foram reeleitos, como acreditavam e ainda correm o risco de verem seus nomes banidos para sempre da agenda política da capital. Com isso, venceu o bom senso da democracia.
Para um bom observador do atual momento político e isso vale para os que estão chegando, é preciso mudança radical de rumos, abandonando velhos comportamentos. Nesse sentido, já não se pode conceber e a cidade já não comporta o prosseguimento das políticas que transformavam grandes áreas da capital em moeda de troca, dentro do princípio maroto de um lote, um voto. Essas práticas, todos percebem, arruinaram todo e qualquer planejamento urbano, transformando uma capital meticulosamente pensada em mais uma unidade da federação rumo ao caos.
Notícias já veiculadas pela imprensa dando conta de que o novo governador irá expandir o Paranoá Park, construindo ali milhares de novas residências e onde inclusive já se observa a derrubada de milhares de pinheiros, causa perplexidade, não só pela ausência total de todo e qualquer planejamento de impactos prévios, mas pelos sinais de que as velhas práticas podem estar de volta, o que representaria um grande retrocesso para a cidade, vítima de ações populistas que, aos poucos, vão desfigurando todo o Distrito Federal.
Se a questão prioritária é erguer bairros residenciais, que estes obedeçam, ao menos, os critérios traçados pelos urbanistas e técnicos nesses assuntos. Construir casas para apoiadores políticos e correligionários, como paga de campanha, resolve o problema apenas do chefe do Executivo perante seus eleitores, mas despreza todo o restante da população que quer ver essas medidas erradicadas para sempre.
Se a questão é déficit de moradia, por que não erguer bairros para quem há muitos anos trabalha nessa cidade e ainda não possui casa própria? Porque então não erguer bairros para professores, policiais, bombeiros, enfermeiros, carteiros, motoristas, lixeiros e tantos outros profissionais dignos que necessitam de moradia, mas, que por questão de tempo em suas agendas de trabalho, não encontram espaço para bajular candidatos e agitar bandeiras na beira do asfalto?
A frase que foi pronunciada:
“O grande inimigo da liberdade é o alinhamento do poder político com a riqueza. Esse alinhamento destrói a comunidade – isto é, a riqueza natural das localidades e as economias locais de moradia, vizinhança e comunidade – e, assim, destrói a democracia, da qual a comunidade é a base e os meios práticos ”.
Wendell Berry.
Senacon
Consumidores ganham plataforma no ambiente digital para reclamar de empresas. O prazo para resposta é longo: dez dias. Mas já é um bom começo. A notícia chegou pelo WhatsApp da EBC. Infelizmente a matéria afirma que a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, criou a plataforma, mas não indicou o caminho para o Internauta chegar lá. Fica difícil divulgar dessa maneira.
Mídia Social
Por falar em WhatsApp da EBC, esse aplicativo está em plena atividade. São dezenas de links enviados diariamente aos jornalistas. Só para alertar, alguns deles remetem a páginas completamente estranhas aos títulos. Uma delas é a notícia “Bolsonaro sanciona lei que cria fundos patrimoniais.” Veja no blog do Ari Cunha à que página a notícia remete.
??É NOTÍCIA –
Municípios do agronegócio lideram crescimento do produto interno bruto
https://bit.ly/2AByUIJ ?
SUS oferece medicamento e exame para pacientes com degeneração macular
https://bit.ly/2SDWjjE ?
Presidente Jair Bolsonaro participa da reunião ministerial no palácio do planalto
https://bit.ly/2FdTNh3 ?
Aeroportos brasileiros estão entre os mais pontuais do mundo
https://bit.ly/2Cdr8Vg ?
Anatel notifica usuários sobre bloqueio de celulares irregulares
https://bit.ly/2LYeTAz ?
Presidente Jair Bolsonaro divulga mensagem no Twitter sobre reunião do conselho de governo
https://bit.ly/2FegGkz ?
Ceará recebe efetivo extra de agentes da força nacional de segurança
https://bit.ly/2Tw16ng ?
Indústria brasileira cresceu 0,1% em novembro
https://bit.ly/2Fjcf78 ?
Jovens que completam 18 anos em 2019 devem fazer o alistamento militar
https://bit.ly/2rbsvad ?
Bolsonaro sanciona lei que cria fundos patrimoniais
https://bit.ly/2qtlbeh ?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Serviço de Turismo precisa funcionar no aeroporto. O que as empresas de turismo fazem, é uma exploração desumana e descabida, que decepciona os visitantes, os turistas. (Publicado em 08.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO
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Um tema que, no mínimo, poderá, doravante, regular toda a vida urbana da capital do país com reflexos óbvios no futuro da cidade e de seus habitantes. Dessa vez, coube aos deputados distritais, em fim de mandato, dar uma espécie de grand finale político e relâmpago à essa questão que já se arrasta por longos nove anos. Com a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) pela Câmara Legislativa, mais um capítulo na conturbada história envolvendo as terras do Distrito Federal é escrito.
O fator que explica os muitos anos decorridos entre a apresentação dessa proposta e sua aprovação é que, desde que surgiu há exatos 9 anos, a Luos jamais conseguiu reunir num mesmo documento os reais anseios da população de Brasília. Urbanistas, arquitetos e outros técnicos que entendem da dinâmica de uma cidade têm um pensamento distante do que sempre pretenderam os políticos, os grileiros, os empreendedores e demais empresários ligados ao milionário mercado da especulação imobiliária que se criou por essas bandas com a maioridade política da capital.
Com isso, o futuro da cidade, mais uma vez, fica em suspenso, à mercê agora dos humores do mercado e dos múltiplos interesses que se escondem por detrás dessa medida. Um fato que demonstra bem essa dicotomia entre o que querem os brasilienses e o que pretendem os que apoiam esse documento foi dado pelas manifestações contra e a favor da aprovação dessa proposta.
Por um lado, e como fizeram desde o princípio, estão as mais de duas dezenas de Entidades da Sociedade Civil do Distrito Federal que, em Carta Aberta ao GDF, se uniram para lançar um manifesto chamando a atenção para os graves problemas que ameaçam o futuro da capital e que vai, pouco a pouco, minando a qualidade de vida de todos. A Luos, na opinião dessas entidades que congrega professores de arquitetura e urbanismo, técnicos em meio ambiente, em gestão pública e outras especialidades, foca seu intento nas áreas passíveis de alterações e alienações, principalmente nos mais de 365 mil terrenos do Distrito Federal onde poderão ser erguidos novos empreendimentos.
Com isso, deixa de lado aspectos fundamentais como o inchaço da cidade, a crise de abastecimento, o aumento da criminalidade, dos engarrafamentos, a questão da destruição das áreas de preservação da capital e outros aspectos importante na vida das metrópoles.
Para essas entidades, há questões a serem resolvidas nas áreas com deficiência nas políticas públicas, na ineficiência na gestão hídrica, na falta de visão integrada do DF, na perda de áreas rurais, na ineficiência da mobilidade urbana, na falta de rotina de restauração conservação e manutenção do patrimônio cultural, na falta de um plano diretor de arborização urbana e plano distrital de adaptação às mudanças climáticas, entre outros assuntos de suma importância.
Contudo há aqueles que se dizem satisfeitos, além dos distritais, com a aprovação da Luos como é o caso do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), da Associação Brasiliense dos Construtores (Asbraco), da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), além dos grileiros e de todos que têm se beneficiado com a transformação de terras em capital político e econômico.
A frase que foi pronunciada:
“Nada mais fácil do que fazer planejamento de um país sem incluir gente.”
Jaime Lerner – Política
Estudar
CESAS, da 602 Sul, é um colégio público da capital do país que não tem número suficiente de alunos matriculados para 2019. Jovens e adultos que queiram completar o ensino médio e fundamental terão também a oportunidade de participar de cursos profissionalizantes. Telefone para contato: 3901-7592.
Casa do Ceará
Por falar em cursos, a Casa do Ceará começará as férias com animação total. Vários cursos à disposição da comunidade. Cabeleireiro, corte e costura, manicure, culinária, depilação, bordado em pedraria, yoga e pintura em tela. Ligue para: 3533-3800.
Novidade
Certidão eleitoral, diversas consultas, processos, variedade de nada consta… aos poucos a internet vai ocupando o lugar de burocratas. Vale ver, no blog do Ari Cunha, Gabriel Senra no TedMauá trazendo o assunto à tona.
Fotovoltaica
É dever dos líderes públicos atender aos anseios da sociedade brasileira. O crescimento sustentável do Brasil será potencializado pelo uso da energia solar fotovoltaica como política pública estratégica para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, contribuindo para diversificar a matriz elétrica, gerando milhares de empregos, reduzindo a queima de combustíveis fósseis, ampliando a liberdade do consumidor, estimulando a cadeia produtiva, reduzindo perdas e trazendo economia para os cidadãos, as empresas e os governos. A opinião é de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Parece que o ideal seria reaver esses lotes, para que a Caixa Econômica não faça especulação, e vendê-los aos industriais que não têm onde colocar seus funcionários, e aos funcionários da prefeitura que comprovarem não possuir outro terreno em Brasília. (Publicado em 07.11.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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A continuação da política que transforma terras públicas em moeda de troca, dentro da mentalidade: “um voto, um lote”, não pode ter prosseguimento sob pena de inviabilizarmos, definitivamente, a capital como sede administrativa do país. É bom lembrar aos senhores políticos que a mentalidade da população também mudou. Ganha-se o lote e vota-se com independência.
Nesse feriado, os bombeiros registraram um número fora do comum de ocorrências de invasões e parcelamentos irregulares de terras, inclusive com venda de lotes em algumas regiões.
Obviamente que tão velhos e sérios problemas não podem ser resolvidos com os mesmos métodos da velha política populista, cuja visão pública de futuro se estende apenas até o horizonte das próximas eleições.
A capital necessita de estadistas e homens públicos comprometidos com o presente e futuro, evitando os erros do passado. A associação entre os interesses de políticos e de empreendedores e especuladores imobiliários precisa cessar imediatamente. Para tanto, a sociedade deve acompanhar de perto e com atenção as discussões sobre a LUOS e o PDOT e outros documentos que visam estabelecer novos padrões de ocupação e construções em todo o Distrito Federal.
Estudos e a própria experiência demonstram que problemas dessa natureza, ao surgir com o verniz falso de problema social imediato, trazem em seu bojo interesses que acabam beneficiando apenas os orquestradores dessas invasões.
A frase que foi pronunciada:
“O microempreendedor é muitas vezes um herói solitário. Ele atua sozinho nos desafios, enfrentando a burocracia e nem sempre tem todas as competências necessárias. Todo microempreendedor é um administrador, mas nem todo mundo tem formação em administração.”
Edgard Barki, Coordenador do FGVcenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas)
Perigo
Na L2 Norte, no meio fio em frente a Secretaria da Educação, tem um bueiro sem tampa, onde os pedestres sinalizaram de forma improvisada. Um perigo para motoqueiros e ciclistas.
Mostra
Está um sucesso a exposição de grafiteiros aberta no foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro. A visitação irá até 25 de novembro. Os trabalhos da exposição Cidade Graffiti são de participantes do Encontro de Graffiti do Distrito Federal. Artistas da cidade e da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride) mostram muito talento.
Parceria
Defesa Civil, Detran, Polícia Militar, DER e Novacap são fundamentais nessa época de chuva. Engarrafamentos poderiam ser facilmente desfeitos se uma ação conjunta fosse rotina. Acontece que em todas as dificuldades no trânsito são enfrentadas pelos motoristas sem suporte das instituições governamentais.
Cuidados
Agricultura orgânica. Nome dado aos alimentos sadios bons para a saúde por serem livres de agrotóxicos. Na Alemanha, a regra sanitária verifica constantemente o nível de coliformes fecais nesses vegetais. Há muita gente descuidando na produção.
Gratificante
Começou a distribuição das cartinhas ao Papai Noel nos Correios. Funcionários do Senado e de várias instituições públicas e privadas começam a se articular para atender todos os pedidos. Quem quiser participar da entrega é só ver os detalhes no blog do Ari Cunha.
Vale conhecer
Pesquisas do Alô Senado ou E-cidadania são interessantes por abranger entrevistados de todo o país, num espectro amplo que mostra ideias de Norte a Sul. O DataSenado é um dos institutos de maior cientificidade nas pesquisas.
Sonho
Consumidores curiosos querem saber se o fato de novembro de 2018 estar sendo o mês mais chuvoso do ano trará algum benefício em descontos de conta de água e luz.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Estou estranhando a demora que o sr. Dagoberto Rodrigues está tratando o assunto do DCT de Brasília. Nós, bem que poderíamos ter um serviço exemplar, com entrega pontual e sem ladrões furtando os valores das malas. (Publicado em 05.11.1961)
ARI CUNHA – In memoriam
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Ao novo governador que chega, todo o crédito é devido. Isso não quer dizer que a imprensa e principalmente a população, sobretudo aquela que votou em seu oponente, vá fechar os olhos para as novas diretrizes que vierem a ser adotadas pelo GDF a partir de primeiro de janeiro de 2019.
Principalmente medidas que venham alterar, para pior, o planejamento urbano de Brasília. A Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) tem sido, desde seu surgimento, uma verdadeira caixa de marimbondos para os últimos governadores que o antecederam. Nenhum deles conseguiu levar a bom termo o conjunto de normas que introduz e modifica alguns aspectos da vida urbana da capital.
As razões para esses constantes adiamentos são várias, mas o fundamental é que a Lei bate de frente com os múltiplos interesses da população. Querer a aprovação agora, no fim dessa legislatura e do mandato de seu antecessor, definitivamente, não é uma boa medida. Os diversos riscos apontados por entidades comunitárias e de defesa do patrimônio histórico, arquitetônico e urbanístico, com certeza, poderão contaminar sua gestão, logo na largada, criando situações irreversíveis que poderão repercutir ao longo de todo o seu mandato.
Manda a prudência que normas complicadas como essa, regulando praticamente todo o funcionamento de uma cidade, que na sua parte principal, foi milimetricamente estudada e planejada, seja decidida somente após exaustivos debates com as miríades de entidades especializadas no assunto. Cuidaria melhor S. Exª se antes de apressar o passo, aprovando projeto tão complexo e vital para a cidade, cuidasse de outros aspectos urbanísticos, até mais urgentes, como a revitalização das W3 Norte e Sul, a recuperação do Setor Comercial Sul, as invasões, os puxadinhos, entre tantos outros necessitando a tempos de profundas reformas.
Lembramos ao sr. Ibaneis que essa Coluna vem acompanhando, pari passu o crescimento da cidade desde os fins dos anos cinquenta. Desde aqueles longínquos dias, assumimos uma posição em defesa da nova capital. Sabemos o quão difícil foi chegarmos até aqui.
Com a emancipação política da capital, fato que nos opusemos desde o primeiro dia por sua precipitação e por que víamos nessa medida razões que iriam beneficiar muito mais os especuladores e empreendedores do que o futuro da própria capital e de seus habitantes, demonstrou-se acertado. A capital a partir de então, experimentou um inchaço sem precedentes, destruindo praticamente todos os serviços públicos que eram exemplo para todo o país. Hoje o que temos é uma cidade sucateada que convive com os mesmos problemas das demais capitais espalhadas pelo país. Portanto cabe aqui um conselho a quem ainda é detentor de crédito junto aos cidadãos: cuidado com áulicos e bajuladores que sopram em seu ouvido, isolando-o da realidade que se arrasta fora dos limites do Buriti.
E sobre questões de planejamento urbano, que teve à frente uma dupla dos maiores gênios já reunidos num só propósito: Não pretendam reinventar a roda com outro formato!
A frase que foi pronunciada:
“Além de uma certa velocidade, os veículos motorizados criam um afastamento que eles próprios podem encolher. Eles criam distâncias para todos e diminuem para apenas alguns. Uma nova estrada de terra através do deserto traz a cidade à vista, mas não ao alcance, da maioria dos agricultores brasileiros de subsistência. A nova via expressa expande Chicago, mas suga aqueles que estão bem longe de um centro da cidade que se transforma em um gueto.”
– Ivan Illich, Energia e Equidade
Imperdível
Aida Kellen, Duli Mittelstedt e Sergio Morais prometem um concerto de alto padrão na apresentação de “O negro e a sua música”. Dia 14 às 19h30, no Teatro do Espaço Cultura Ary Barroso, no Sesc da 504 Sul.
Debates
Falando em música, o debate esquentou no Senado na audiência pública comandada pelo senador Cristovam Buarque. O arrefecimento veio quando Cláudia Queiroz resumiu o que a classe queria ouvir. A participação efetiva e democrática dos brasileiros na escolha dos representantes da entidade. Era o que estava registrado em um manifesto nascido no Fórum Nacional de Música. Na prática, o que os músicos querem são novas eleições.
Lar São José
Bem engajado nas redes sociais, o Lar São José, ligado à Casa do Candango, aceita todos os tipos de doação. É só agendar que a Kombi busca. Como o Natal está chegando e os corações se aquecem, segue o número para contato: 3591-1051.
Agenda
Por falar nisso, “A solidariedade unindo as nações” é o mote da Feira das Embaixadas. Toda a verba arrecadada será doada para instituições de caridade do DF. Dia 10 de Novembro, no Parque da Cidade.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os funcionários trabalham sem nenhuma comodidade, num barraco impróprio, onde, quando lavam o andar superior, os de baixo suspendem o trabalho, por causa da água que vem do teto. (Publicado em 04.11.1961)