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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Timing, uma expressão da língua inglesa, pode ser entendida como sendo também o tempo certo, momento de agir. Há um timing para todas as ações humanas. Passado esse momento, perde-se a oportunidade e a abertura momentânea para que as ações surtam seus maiores e mais eficazes efeitos. De um modo geral, o timing necessita ser respondido à altura, no exato momento ou no tempo próprio. Passada essa janela, que pode variar de segundos a anos, a resposta a um fato perde seu potencial e a ocasião escapa para sempre.
Todo o mundo foi pego de surpresa durante a pandemia por seus efeitos mortais. No Brasil e em muitas partes do mundo, a indecifrável doença foi recebida com muitas dúvidas e poucas respostas. Vacinar uma população inteira com um composto onde não há assinatura do responsável na bula despertou desconfiança. Mesmo assim, não faltou vacina e o protocolo mundial foi obedecido. Mas o governo pode ter perdido o timing quando demorou a providenciar a união dos maiores institutos e laboratórios do país, como a FioCruz e o Butantan, ofertando-lhes, em medida de emergência, todos os recursos financeiros e logísticos para uma resposta imediata ao vírus, conclamando também a fusão de vários laboratórios e centros de pesquisa, espalhados pelo país, para reunirem esforços na pesquisa de uma medicação adequada.
Vieram o panorama posterior e seus reflexos nas eleições de outubro. Perdeu-se o timing. Com isso, o Supremo encontrou um mote jurídico certo para abrir as portas da cadeia e de lá retirar seu candidato favorito “para consertar o Brasil”. Como não houve manifestação capaz de impedir o feito, foi realizada essa estratégia inédita e impensável para aqueles que lidam e que são operadores da Justiça em nome do Estado. Mais uma vez e de boca aberta, perdeu-se o timing.
Quando as Forças Armadas, a quem é assegurada a defesa, a integridade e a garantia da ordem e da segurança interna, bem como de suas leis, conforme artigo 143 da Carta de 88, deixaram de agir, impedindo que um condenado em três instâncias voltasse à atividade política, colocando, novamente, em sério risco, a segurança interna do país, deixou que o timing passasse. Não agiu naquele momento e não pode agir a posteriori. Mesmo aqueles que não cursaram a Escola Superior de Guerra e outros centros de formação estratégica sabiam que o que se seguiu depois, com a anulação dos inquéritos contra o principal personagem do maior caso de corrupção do planeta e do país, traria sérias consequências para a segurança interna nacional, o que vem se confirmando pelas manifestações populares que não param de acontecer.
Ou é preciso uma mudança nos currículos dessas instituições superiores, que ensinam estratégias de segurança interna, ou faltou timing e coragem para o estabelecimento de um conjunto de ações legais, visando impedir o avanço e o enraizamento de doutrinas globalistas de esquerda dentro do Estado.
Agora que esse avanço vem sendo feito à luz do dia, e com proteção de instituições do próprio Estado, é tarde, mas não impossível. Também o atual presidente da República, depois de mais de 40 horas em silêncio sobre os resultados de uma eleição, totalmente tutelada pelo Tribunal Superior Eleitoral, perdeu o timing, quando em pronunciamento ao lado de todo o seu gabinete, não expôs, abertamente e de maneira franca, sua visão sobre o que se passou nesses dois pleitos e sua percepção do que virá amanhã.
Poderia muito bem ter dito que foi esmagado pelo sistema que aí está. Que se viu impossibilitado de agir, quando esse sistema enfiou, goela abaixo da nação, um candidato flagrantemente impedido de concorrer, e que, diante dessa pressão interna e externa, contra um candidato do sistema, viu-se abandonado por aqueles que mais deviam apoiá-lo.
Poderia ter exposto os bastidores dessa que chamamos de República e que a maioria dos brasileiros desconhece totalmente. Com isso e mais uma vez, fechamos as portas depois de roubados.
A frase que foi pronunciada:
“O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existir.”
Albert Einstein
Agenda
Dia 10 deste mês, a Câmara dos Deputados vai receber educadores para discutir as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores. A iniciativa é da deputada federal petista Rosa Neide.
Presença
Dados impressionantes divulgados pelo GDF mostram a redução de crimes contra à vida no DF. Foi a maior redução desde o ano 2000. Outro índice registrado pela Secretaria de Segurança é em relação aos roubos em transportes públicos. Caem pelo terceiro mês consecutivo.
Chegando
Grupo chinês da Xamano Biotech vai ocupar uma área de quase 500 m2 na UnB. A parceria foi firmada em solenidade entre a gigante da biotecnologia chinesa e a Universidade de Brasília. A reitora Márcia Abrahão está animada com a ampliação e fortalecimento da estrutura de pesquisa na instituição.
História de Brasília
Mas o pior é que o Instituto já construiu aragens de prédios que ainda não foram terminados, e insiste em não fazer a do bloco 5, sob as mais insistentes alegações de que “não há condições no momento”. (Publicada em 13.03.1962)
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Durante mais de uma semana, a população brasileira e, por extensão das redes, praticamente todo o mundo, têm assistido aos ataques violentos do crime organizado na cidade de Fortaleza e adjacências, numa repetição do que já vem ocorrendo em outras partes do país.
Com essas ações, o crime organizado tenta, mais uma vez, impor um estado de pânico na população, numa demonstração de força em que as próprias autoridades se vêm acuadas e voltam a pedir socorro ao governo federal. A frequência com que essas cenas vêm se repetindo, com uma audácia cada vez maior, mostra que a bandidagem há muito perdeu o medo da repressão das leis, desmoralizando o próprio poder do Estado.
Com essas ações, bem articuladas, muitas realizadas à luz do dia, o crime organizado demonstra que reuniu forças e poderio de tal porte, dentro e fora dos presídios, que hoje já se pode falar abertamente num modus operandi característico de grupos de guerrilha urbana. Com isso, fica cada vez mais patente que o crime organizado tem crescido em capacidade de ação, graças à leniência e inoperância dos seguidos governos.
Numa linguagem de tática de guerra, o inimigo tem avançado, ante o recuo, inexplicável das autoridades. Assim, não será surpresa se outras ações desse tipo e até maiores não voltarem a ocorrer em outras partes do país a qualquer momento. Em algumas regiões, inclusive, os criminosos não escondem que controlam toda a geografia local, impondo toque de recolher à população, fechando o comércio, exigindo múltiplos pedágios e cobrança de taxas aos habitantes dessas localidades, numa clara exibição de força, o que já demonstra a existência de Estados paralelos, fincados no coração do Estado legal.
No meio do tiroteio, ficam os brasileiros, principalmente os de baixa renda, que não têm outra opção de escolha e são obrigados a viver nessas áreas governadas por bandidos muito bem armados. Nessas localidades, feirões de armas e drogas são realizadas à céu aberto, sob o olhar displicente das autoridades e de medo dos habitantes. Diante de um quadro dessa gravidade, a ação do Estado já não pode tardar e não pode mais ser realizada com base num patrulhamento insipiente e postiço. No caso do Ceará, dezenas de envolvidos estão sendo encaminhados para prisão federal, segundo entrevista do governador à Rádio Verdes Mares. Prisões do interior estão sendo esvaziadas e os encarcerados encaminhados à cadeia na capital.
A transformação do Brasil numa antiga Colômbia, dominada outrora pelos poderosos narcotraficantes dos carteis, já é uma realidade presente em muitas partes de nosso território, onde boa parte dos presídios já se encontra sob o controle desses grupos criminosos. A questão da extensa fronteira seca entre o Brasil e muitos países do continente é outro fator a lançar mais gasolina nesse tipo de crise.
Os prejuízos, causados pela ação deletéria desses grupos, se estendem para além dos crimes praticados a cada dia e impactam a própria vida da nação, favorecendo a desestruturação social nessas áreas, afetando o futuro de muitos jovens, espantando o turismo, investimentos, inclusive externos, enxovalhando o Estado Brasileiro, promovendo e mantendo nosso país num perpétuo atraso, com sérias dificuldades em manter a própria paz interna.
Se é possível tirar uma lição desse evento, essa é o interesse pelo país onde Camilo Santana, do PT, se aproxima do Ministro Sérgio Moro com um sentimento de gratidão pelo apoio. É esse o espírito! Agora, se não cortar o mal pela raiz, a maturação ou não desses verdadeiros ovos de serpente representa hoje uma grande questão de Estado. Ou é isso ou é o caos.
A frase que foi pronunciada:
“A violência como forma de alcançar a justiça racial é impraticável e imoral. Eu não estou esquecido do fato de que a violência muitas vezes traz resultados momentâneos. As nações frequentemente conquistaram sua independência na batalha. Mas apesar das vitórias temporárias, a violência nunca traz paz permanente.”
Martin Luther King Jr.
Pé no chão
Além do vice-governador Paço Brito e a esposa Ana Paula Hoff que foram para a posse da Juliana Navarro, nova Administradora do Gama, em um ônibus do BRT, estava o chefe de gabinete, Paulo César Pagi Chaves que também fez todo o trajeto no transporte público. Veja a foto no blog do Ari Cunha.
Simples assim
Trabalho difícil para a Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Coronel Sheyla Sampaio, vai ser evitar os roubos pelo lago. No caso acontecido na Marina do Motonáutica, enquanto as vítimas registravam o boletim de ocorrência, os menores capturados saíam pela porta da frente da delegacia. Se menores não podem ser punidos, os maiores os recrutam.
Desafio
Outro trabalho urgente, que deve ter início o mais breve possível, é o de atualizar os telefones da corporação no portal do GDF. Clique no link, no blog do Ari Cunha, e tente ligar para qualquer número disponível.
Link de acesso ao site: http://www.pmdf.df.gov.br/site/
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Um senhor argentino, desembarcado ontem em Brasília, recebeu, da Excelsior, uma proposta para uma visita à cidade, pelo preço de 6 mil cruzeiros. Com a relutância do turista, o mesmo serviço ficou por três mil cruzeiros. (Publicado em 08.11.196)