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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Após essa sequência de prisões sem fim de nossas principais lideranças políticas, um fato que vem ocorrendo com certa constância nessas últimas décadas, de certa forma, traz para o presente as mesmas razões que no passado recente desencadearam e justificaram a chamada revolução de 1964.
Já naquela época, guardadas as devidas proporções de tempo e espaço, estavam também centradas, exclusivamente na classe política nacional, as raízes de todas as crises institucionais que agitaram aquele período e que acabaram por catalisar a revolta dos quartéis, abrindo as portas do Estado para a chegada dos militares ao poder. Em outras palavras, foi o comportamento dissoluto de nossos políticos, o verdadeiro responsável pelas alterações bruscas ocorridas nos rumos da nossa democracia, e que, por sua vez, sacrificou o surgimento de verdadeiras lideranças futuras, o que, sem dúvida, trouxe grandes prejuízos para nosso pleno desenvolvimento como país democrático.
Já naqueles longínquos anos sessenta, haviam denúncias e alertas feitos nas casernas sobre a falta de compostura da classe dirigente, sua insensibilidade diante da realidade nacional. Denunciavam também, naqueles tempos, o egoísmo dessas elites dirigentes, mais entregues às facilidades do poder do que à boa gestão da coisa pública.
Pouco antes de eclodir o março de 64, era voz corrente, entre os militares, que a corrupção política tinha se entranhado na máquina do Estado a um tal ponto que seriam necessários muitos anos para os brasileiros readquirirem o caminho da prosperidade. Muitos daqueles militares, que participaram da chamada revolução de 1964, não escondiam sua desconfiança com relação aos civis que compunham a elite política nacional. Com honrosas exceções, nossa classe política foi a artífice principal de todas as crises políticas experimentadas pelos brasileiros entre a segunda metade do século XX e o começo deste século.
Hoje a situação é muito assemelhada, mas com a diferença de que os níveis de corrupção alcançados por esses operadores do Estado necessitam muito mais da ação das forças policiais e do Ministério Público do que precisamente das Forças Armadas. Mesmo assim, o que os brasileiros assistem hoje é a chegada dos militares ao controle do país por outros meios, de forma perfeitamente legal e até democrática.
Dessa forma, não parece surpresa que a eleição agora do novo presidente representa, em certo sentido, uma continuidade do março de 1964 ou seu prolongamento, feito agora pela via das eleições de outubro de 2018. A prisão de dois presidentes da República sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro e, não por razões políticas, como querem fazer crer seus acólitos, e mais o fato de que outros poderão vir a ter o mesmo destino, além de um fato inédito no mundo Ocidental, demonstra no presente as mesmas razões que no passado trouxeram os militares para restabelecer a “ordem na casa”. Coincidência ou a história como farsa, só o tempo irá dizer.
A frase que não foi pronunciada:
“Golpe, Revolução ou combate à corrupção?”
Frase versão 2019
Pura sabedoria
Moradores da Asa Sul reclamam do fumacê nas quadras. Para quem pergunta se é melhor a dengue, a natureza dá a resposta. Matam aranhas, cigarras, lagartixas, abelhas, morcegos e aí reclamam da dengue, reclamam que a polinização acabou, que as baratas não param de aparecer e por aí vai. Chefe Seatle já dizia em 1798: “A humanidade não teceu a teia da vida. Nós somos apenas um segmento dentro dela. Tudo o que fazemos para os seres vivos, fazemos para nós mesmos. Todas as coisas estão unidas. Todas as coisas se conectam.”
Pegou pesado
Mas foi verdade. O presidente Bolsonaro comentou as pesquisas do Ibope sobre a popularidade: “Eu não estou preocupado com pesquisas porque também não têm credibilidade, assim como pesquisas eleitorais”, declarou, citando que institutos de pesquisa haviam apontado, em 2018, que ele perderia para qualquer candidato que o enfrentasse no segundo turno.
Nova palavra
Por falar nisso, além da segurança da urna eletrônica, os institutos de pesquisa são uma forma velada de boca de urna. Nosso povo tem a ideia de votar em quem está ganhando, o que dá aos institutos de pesquisa um poder ‘superliminar’.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Anteontem de manhã, eu pedi uma ligação para o Hospital Felicio Rocho, de Belo Horizonte, onde está internada a família do nosso companheiro Renato Alencar, vítima de um desastre na Rio-Brasília. Pois bem. Até hoje não completaram a ligação, embora eu tenha dado o endereço à telefonista seis vezes nestes dois dias. E ainda querem tirar as antenas dos radioamadores! (Publicado em 15.11.1961)
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Sinais de fumaça no atual governo indicam o aparecimento dos primeiros problemas, que já são visíveis e vão aos poucos escapando do controle do Palácio do Planalto e ganhando contornos de uma pré-crise. Curioso notar que, passados 83 anos da publicação da obra “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, ainda hoje é possível identificar traços da presença do mítico “homem cordial”, no governo que se inicia. Apresentado nesse clássico de nossa Sociologia, como o indivíduo originário do nosso sistema patriarcal, incapaz de distinguir as fronteiras do público e do privado e que coloca seus consanguíneos e amigos sempre em primeiro plano, os homens cordiais, avessos aos ritualismos, ainda sobrevivem entre nós e são facilmente encontrados em nosso sistema político. Mesmo, no caso da renovação das duas Casas do Congresso, é possível identificar, nos sobrenomes, muitos eleitos, filhos, irmãos, netos, sobrinhos e outros parentes de sangue de antigos caciques da política nacional.
Sérgio Buarque de Holanda considerava que a figura do controvertido homem cordial iria desaparecer aos poucos com a intensificação do processo de urbanização e com o aprimoramento da democracia e dos ideais republicanos. Nesse quesito, o intelectual e pensador dos problemas e do homem brasileiro se equivocou. Pelo o que temos observado ao longo do tempo, a mistura de parentes com a administração política da coisa pública quase sempre não tem resultado em algo positivo. Em alguns casos tem sido não só a ruína de muitos governantes, como tem levado ao descrédito a própria classe política. Exemplo dessa relação perigosa e contaminante, entre parentes e gestão pública, tem sido observada agora também com relação a atuação dos filhos do presidente Bolsonaro. Seguidamente, os três filhos do atual presidente têm sido apontados como fontes de crises para o governo. A desenvoltura com que esses “meninos” têm imiscuído nas ações de governo, todas de forma absolutamente desastradas, formam hoje, sem dúvida, a principal fonte de desgaste do governo.
Dentro e fora do governo, já existe hoje uma unanimidade de opinião em torno das intromissões indevidas desses indivíduos nos assuntos de Estado. Para alguns analistas, inclusive, esse é um sério fator de desgaste tanto para o presidente como para a sua autonomia na administração.
Ações negativas desse tipo, partindo de dentro da casa do próprio presidente, é tudo o que as oposições, ainda desarticuladas, desejam para formar um bloco de peso contra Jair Bolsonaro.
O pior, numa situação como essa, é que o homem cordial muito pouco pode fazer sob pena de criar ressentimentos no seio da família. Isso, evidentemente, nem tem passado pela cabeça do presidente. A continuar, como se diz, “tomando bolas nas costas”, o atual governo, pelo menos com relação ao próprio Bolsonaro, corre o risco de ele próprio ficar numa posição subalterna em relação ao seu vice-presidente, que vem mostrando bom desempenho à livre da ação predatória de consanguíneos.
A frase que foi pronunciada:
“A inimizade pode ser tão cordial quanto a amizade.”
Sérgio Buarque de Holanda, historiador brasileiro
Memória
Como se já não bastassem os milhões de metros quadrados de cerrado arrancados para satisfazer a gana imobiliária, chega de mansinho um projeto pela orla livre. Há regras a serem cumpridas. Bons tempos aqueles em que a comunidade candanga preservou o Parque Olhos D’Água. Isso sim é amor pela cidade.
Oásis
Nossos agradecimentos a Chiquinho Dornas, criador da página “Brasília das Antigas que Amamos Muito”. Muita gente com fotos lindas e depoimentos emocionantes de quem viu e participou do crescimento da capital do país. Ler sempre essa página no Facebook é uma verdadeira terapia.
Campus Party
No principal evento tecnológico do país que acontece em São Paulo, uma ideia que agradou a todos. São dois preços para a entrada: R$350 ou qualquer lixo eletrônico como equipamentos antigos, celulares sem conserto ou computadores inúteis. A iniciativa fez com que o Ministério da Ciência arrecadasse meia tonelada de lixo eletrônico em 2 dias de evento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Medicina é profissão que tem que ser paga, e bem paga. Medicina de favor, medicina de caridade, não é ciência, não é técnica, não é saber. E a experiência em Brasília está muito boa. Falta, ainda, que o Hospital dê “pró-labore” aos médicos, pelos atendimentos, também, do Serviço Social, para que a igualdade de todos os doentes seja definitivamente determinada. (Publicado em 10.11.1961)
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Por sua importância e dada a concentração de poderes, quase uma espécie de monarquia, ocupar o cargo de presidente da República em nosso país não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário, trata-se de uma missão que poucos, ao longo de nossa republicana, deram conta do recado por todo o período legal. As características próprias de nossa República, envoltas num chamado presidencialismo de coalizão, no qual a governabilidade só é possível a partir de certos afagos na base de sustentação política do governo, requer de um presidente eleito uma tão larga experiência política, que o ideal seria que a esse cargo só pudessem se candidatar e concorrer indivíduos que anteriormente tivessem sido governadores de grandes metrópoles, bem avaliados pela população.
Com isso, o número de candidatos plenamente capacitados a exercer a presidência seria reduzido, ao mesmo tempo em que melhoraria a qualidade dos postulantes, diminuindo sensivelmente também os riscos de crises cíclicas. Sem expertise nas intrincadas funções requeridas pelo Poder Executivo, as chances de insucesso e de prejuízos para nação são quase certas. Como o ideal é sempre um horizonte distante e inatingível, prosseguimos entre uma crise e outra, aprendendo, como se diz popularmente, “no tranco”.
O instituto da reeleição foi um desses mecanismos pensados justamente para permitir que um governante pudesse, em seu primeiro mandato de quatro anos, apenas aprender a governar e só num segundo período, de mais quatro anos, exercer plenamente e com sabedoria a administração do país.
Uma análise histórica isenta sobre a atuação de nossos chefes do Executivo desde a fundação da República em 1989, demonstra, de forma clara, que foi a flagrante inexperiência, aliada algumas vezes ao voluntarismo e a má-fé, que geraram todas as crises políticas que experimentamos desde Marechal Deodoro da Fonseca. Com exceção dos governos militares, eleitos de forma indireta pela população, somente Juscelino Kubitschek e talvez Fernando Henrique Cardoso lograram iniciar e concluir seus mandatos sem maiores traumas para o país.
Obviamente que não basta experiência administrativa para administrar um país complexo e continental como o Brasil. Além de conhecer o que é uma folha de pagamento ou questões de balanço, com ativos e passivos financeiros, um presidente deve possuir uma enorme vivência e tino político, para enfrentar com firmeza, poderosos grupos de pressão, que a toda hora batem à porta do governo em busca de vantagens de todo o tipo.
Diante de um cenário dessa natureza, não causa surpresa que o governo de Jair Bolsonaro, que agora se inicia, comece, ele também, a experimentar os primeiros sinais de desgaste interno.
A frase que foi pronunciada:
“Escolher o seu tempo é ganhar tempo.”
Francis Bacon, político, filósofo, cientista e ensaísta inglês.
Emoção
Entusiasmada como sempre, Giselle Santoro estava pronta para ensaiar as dançarinas na sala do teatro que leva o nome de seu marido. Mas, quando viu que Eldom Soares, regente do Ad Infinitum, estava com os seus cantores ensaiando o Choro Nº 10 de Villa-Lobos, deixou que a turma continuasse ali. Essa foi a primeira peça que Claudio Santoro regeu no Teatro Nacional, que hoje leva seu nome.
Já é hora
Por falar em Teatro Nacional, é uma tristeza ver que até hoje Brasília não teve um governador sensível às artes como merecia ter. Deixar um espaço desses sem uso é encarecer a reforma e distanciar o dia da reinauguração. Mas, para os artistas, otimistas por natureza, a esperança nunca morre.
SOLidários
Salve a Si é o nome da ONG com um trabalho importante para a cidade. Toda quinta-feira, à noite, no Setor Comercial Sul, dá assistência às pessoas que moram na rua. Além de uma sopa quentinha, são oferecidos cortes de cabelo, local para banho, roupas. O grupo convida corais da cidade a tomar parte da agenda, alegrando essas vidas. Contato com a Janúbia, pelo telefone: (61) 99189-4320.
Poeta inquieto
Pavarotti do Sertão. O Sindilegis lembra que foi Ariano Suassuna quem deu esse apelido a Oliveira das Panelas. A seguir, os detalhes da apresentação, franqueada ao público, que será no dia 21 de fevereiro, a partir das 19 horas, na sede do sindicato, na 610 Sul. A 3ª Noite do Cantador trará outros artistas que farão repentes, recitarão poesias e escritores de cordel darão autógrafos. O soldado por traz dessa missão de paz é Nonato Freitas.
3ª Noite do Cantador
Local: Salão do Sindilegis, 610 sul, bloco C, módulo 70. Asa Sul – L2.
Data: 21 de fevereiro (quinta-feira).
Horário: 19h às 22h
Entrada gratuita. Classificação: 16 anos
Mais informações em: Considerado o Pavarotti dos sertões, pernambucano Oliveira de Panelas é atração da 3ª Noite do Cantador
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Dentre a luta classista, há deslealdade. O que todos deviam fazer, seria lutar pela igualdade de condições, e não procurar retirar de uns, as vitórias que conseguiram em benefício da classe… (Publicado em 10.11.1961)
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Colocadas em ordem de prioridade, que reformas deveriam ser aprovadas em caráter de urgência para abrir caminho para a plena governabilidade do país? De fato, entra ano, sai ano, e as reformas, mesmo aquelas que foram retaliadas, deformadas e depois aprovadas, como é o caso da reforma política, vão ficando no meio do caminho e, com isso, o Brasil vai seguindo aos tropeços, incapaz de irromper a casca grossa do subdesenvolvimento.
Sem ordenamentos jurídicos modernos e adequados à realidade atual do país, não há possibilidade de avanços em nenhuma área. Considerada a mãe de todas as reformas, a reestruturação política, conforme desejava a população para trazer o Legislativo à realidade nacional, ficou, obviamente, restrita a interesses imediatos da classe política e, sobretudo, dos partidos. Com isso, antigos privilégios foram mantidos, sendo que alguns, como o financiamento público a campanhas, na tentativa de acabar com o caixa dois, foram estrategicamente engendrados no novo modelo. Dessa forma o que a tão pretendida reforma política obteve de concreto foi a transferência de enormes recursos públicos para os próprios partidos, mesmo aqueles sem qualquer representação consistente no parlamento.
A chamada crise do laranjal do PSL, que se abate agora sobre o governo Bolsonaro, é fruto direto dessa dinheirama que passou a ser escoada para os partidos. O que muitos especialistas em financiamento de campanhas temiam, aconteceu de fato, com a simulação de distribuição farta de dinheiro para candidatos inexpressivos ou laranjas, mas que, na realidade, ficaram com os caciques dos partidos. Criou-se assim um novo tipo de caixa dois, articulado dentro das próprias legendas, com gente do próprio partido, em arranjos engenhosos onde o dinheiro público é usado de forma ilegal e desleal.
Com o desvirtuamento da reestruturação política, que seria assim uma espécie de alicerce institucional para a República, ficaram comprometidas também todas as demais reformas, mesmo aquelas vitais para o funcionamento diário do país, como é o caso da reforma trabalhista e agora a reforma da Previdência.
Juristas que acompanham essas movimentações acreditam que a confecção dessas reformas, conforme têm sido feitas até aqui, acabam por prejudicar e enfraquecer a própria Constituição, criando um labirinto de leis que parecem girar num carrossel, sem chegar a lugar algum, e o que é pior, mantendo privilégios e outras distorções do passado. Na impossibilidade de concretização das reformas de base, como é o caso da política, todas as demais subsequentes, inclusive a da Previdência, sofrerão as inevitáveis intervenções cirúrgicas, de modo a adaptá-la aos interesses imediatos dos congressistas e dos grupos de pressão.
Acreditar que a reforma da Previdência sairá do Congresso sob medida e capaz de agasalhar “comme il faut” as necessidades nacionais, servindo, como uma luva, às expectativas e necessidades atuais é sonhar alto. O antigo e odioso toma lá dá cá, aparentemente sepultado no atual governo, cobrará seu preço de uma forma ou de outra e por uma razão simples: a reforma política, que poderia acertar um tiro fatal nessa modalidade de negociação, foi feita pela metade, justamente para não colocar um ponto derradeiro ao chamado presidencialismo de coalizão, benéfico somente a todos aqueles instalados no poder.
A frase que foi pronunciada:
“Se o pacote anti crime, do ministro Moro, não vier a ser aprovado antes de qualquer reforma, o que vai acontecer é que os trabalhadores, pela reforma da Previdência, terão, mais uma vez, o corte na própria carne, para depois os estados e municípios continuarem a corromper e surrupiar sem punição.”
Marcos Tavares, estudante de Direito
Pauta
Mônica de Araújo Freitas, que coordenava o cerimonial do Senado, conhece muita gente. Há um ano e meio, criou um grupo de vendas. “Desapegue entre amigas”. Sua lista de amigas começou com 250 pessoas interessadas em comprar e vender produtos de primeira linha. Pelas fotos de objetos pessoais, eram feitas as escolhas. Vieram as regras do funcionamento. Pioneira nesse segmento, Mônica abre o segundo grupo chamando a atenção de lojistas e donos de brechós que passaram a integrar o grupo. O sucesso é total.
Leia mais em: Desapegadas! Brechó de Mônica Freitas transformou WhatsApp em negócio
–> Quem quiser se inscrever o que deve fazer? Mandar WhatsApp para (61) 98177-0705 (Grupo da Mônica)
IBRAV
O Instituto Brasileiro de Análise de Veracidade, de abordagem científica na identificação das distorções da comunicação que querem controlar e manipular determinados segmentos sociais, começa a preparar um curso bastante interessante que começará a ser divulgado em maio. Entre os assuntos, as técnicas de propaganda, psicologia de massas, efeitos da propaganda sobre as massas, análise de propaganda adversa e contrapropaganda como instrumento da neutralização da propaganda adversa. Os instrutores: Maurício Viegas (Especialista em Inteligência Estratégica) e Marcus Reis, advogado especialista em Temas de Segurança e Defesa. Mais informações: contato@ibrav.org.br.
É brincadeira!
Investigados por “desordem eleitoral”, policiais militares que denunciaram suspeitas em urnas eletrônicas ficariam estupefatos com o que aconteceu no plenário do Senado. Agora é certeza de que nem as urnas com votos impressos são 100% confiáveis. Um país desses é sério? Ainda duvidaria Claude Lévi-Strauss.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os médicos de fora não poderem usar o Hospital Distrital é errado. Não se compreende em cidades como Rio e S. Paulo, onde isto ocorre, mas em Brasília, onde há apenas um hospital, é um direito. (Publicado em 10.11.1961)
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Para um país continental como o nosso, onde aproximadamente 70 milhões de brasileiros estão vivendo em áreas sem a presença de fontes de informação como jornais e sites de notícias, a questão do controle de empresas estratégicas por pouco grupos é nociva e acaba criando distorções, inclusive na própria qualidade de nossa democracia.
Trata-se de um assunto que nenhum governo, desde a redemocratização, quis levar adiante por diversas razões, sendo a mais relevante o fato de que existe, entre nós, uma estreitíssima relação de interesses entre as autoridades políticas e esses grupos oligopolistas. Ambos vivem numa espécie de simbiose mútua.
Ao deserto de notícias espalhadas por vastas áreas do interior do país, se somam parte do controle das mídias nas mãos de políticos e afilhados desses, complicando ainda mais um ambiente que ultimamente passou a ser invadido também por uma enxurrada de notícias falsas ou caluniosas.
Um marco legal eficiente e moderno, que poderia pôr fim a essas sérias distorções, virá somente quando as autoridades que podem tratar do assunto se puserem em campo.
Para um país onde as leis são facilmente burladas, inclusive com gente capacitada para reescrevê-las ou eliminá-las, o poder do dinheiro, nesse caso, o dinheiro fácil arrecadado aos milhões diariamente, serve também para ampliar o controle desses monopólios das mídias de imprensa. Nesse sentido, o problema do controle da mídia, por poderosos daqui da Terra, ganha mais um aliado, dessa vez vindo diretamente do céu.
Diz a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.” Mais adiante, em seu parágrafo 5º, completa: “Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.”
Basta, no entanto, uma observação ligeira sobre essa questão para se certificar que apenas cinco grupos empresariais, dominados por suas respectivas famílias, controlam mais de 50% de todos os maiores veículos de comunicação do país, numa clara afronta ao que dispõe a lei. Isso se não forem verificadas a chamada propriedade cruzada, quando um mesmo grupo passa a controlar outras mídias por meio de laranjas e de outros meios. Situação como essa ganha ainda maior gravidade quando se verifica que, pelos mecanismos existentes hoje para a concessão de emissores de rádios e de televisão, muitos políticos ou pessoas por eles designadas passam a controlar essas mídias, numa demonstração clara de que ainda falta um longo caminho a percorrer até que os brasileiros tenham de fato veículos de comunicação que sejam verdadeiramente plurais, do ponto de vista de opinião, ao menos respeitem o que manda a Constituição.
Os monopólios e oligopólios formados em torno dessas empresas, que são uma concessão pública, por falta de legislação específica, são ampliadas ainda com o controle desses grupos sobre outras mídias, como portais de internet, jornais, revistas impressas. Mesmo com a famigerada tentativa de se impor ao país uma tal regulamentação da mídia, conforme queriam os governos petistas, e que não foi adiante por pouco.
A frase que foi pronunciada:
“Só o real é contraditório.”
Assis Chateaubriand, jornalista, empresário, mecenas e político.
Dupla personalidade
Basta ver o que aconteceu com a notícia do jornal El Pais sobre o presidente Bolsonaro em Davos, para compreender como anda a imprensa de hoje. O periódico espanhol traz a notícia em duas versões: uma elogiando o presidente, na versão espanhola e outra criticando, na versão em português. É para deixar o leitor perdido?
Link para o El País internacional: Bolsonaro anima a los ejecutivos de Davos a invertir en el nuevo Brasil
Link para o El País nacional: O breve discurso de Bolsonaro decepciona em Davos
Coragem
Com a pergunta: “Você conseguiria identificar o Assédio Moral no seu trabalho?” O Senado Federal vem fazendo uma campanha maciça para esclarecer aos diretores, funcionários e também senadores como se constrói esse monstro no ambiente funcional.
Informar
O primeiro passo é o conhecimento. Assim o corpo funcional estará preparado para enfrentar o Assédio Moral. O assunto veio à tona com a morte recente de um funcionário público, que não tem família por perto e poucos amigos. No local de trabalho, há registros da pressão que sofria, perseguições e repetição deliberada de situações humilhantes.
Mudanças
Uma reforma no serviço público brasileiro se faz necessária nesse sentido. Desde o que é noticiado como foram dezenas de casos no Itamaraty, ou do funcionário que baixou as calças na antiga sede do GDF, ou da frase “eu contrato até uma melancia, se quiser”, vale à pena a administração pública repensar em uma política de gestão no que se refere ao Assédio Moral.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Atitude criminosa, que causou sérios danos a um carro, que à noite, procurava atingir a pista do Hospital Distrital. Até o momento, não foi feita a sinalização, e o carro danificado é o de chapa RJ 9-9765. (Publicado em 09.11.1961)
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Ao assinar, nesta terça-feira, o decreto que flexibiliza a posse de armas, conforme promessa de campanha, o presidente Bolsonaro deu, além de um tiro certeiro no Estatuto do Desarmamento, um largo passo no escuro que pode render efeitos inesperados ao seu próprio governo.
De saída, atendeu prontamente os anseios da chamada Bancada da Bala, da qual era um dos entusiastas. Por tabela, favoreceu a indústria do armamento. Com o mesmo tiro pode ter abatido também parte dos defensores dos Direitos Humanos que acredita na equação: menos armas, menos violência e mortes. Com isso, pode ter aliviado ainda parte das responsabilidades dos serviços públicos de segurança, delegando nacos dessa função constitucional à própria população.
De fato, ainda é cedo para medir, com exatidão, os efeitos desse decreto, particularmente em relação aos elevados índices de violências experimentados pelo país nesses últimos anos. No entanto, um fato preliminar nessa medida pode ser destacado antecipadamente: sem o devido preparo para manusear uma arma, qualquer cidadão estará correndo maior risco com sua utilização e, ainda por cima, servindo de atravessador involuntário desse produto para a marginalidade. Por isso, junto com as regras, vieram várias condições para o cidadão comum ter uma arma em casa. Desde a capacitação aos inúmeros documentos exigidos.
Na equação da violência urbana, as armas de fogo são o destaque principal e com isso, potencializam a própria violência. A facilitação desse produto, num país onde mais de 64 mil pessoas são assassinadas a cada ano de forma violenta, não parece, pelo menos à primeira vista, que seja uma medida racional.
Iniciativa dessa natureza pode ainda aumentar os riscos justamente para as populações mais vulneráveis como negros, pobres e jovens. Pesquisas recentes mostram que 61% da população defende a proibição de armas de fogo por representar uma ameaça à vida de outras pessoas, principalmente dos inocentes. Registre-se ainda que em 2016 houve, em todo o país, 11.500 casos de suicídios. Esse dado, segundo os especialistas, pode aumentar com a facilitação da posse de armas.
Para a psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio de São Paulo, “Como o suicídio costuma ser um ato impulsivo, o método estando à mão contribui. E é um método mais letal, a capacidade de sobreviver é menor e, quando a pessoa sobrevive, as sequelas são mais graves.”
Embora não seja comum em nosso país o uso de arma de fogo para cometer suicídio, o fato é que esse é um instrumento a mais não só para tirar a própria vida, mas até a vida de outrem. É notório que, após o Estatuto do Desarmamento, os índices de violência aumentaram. Mas isso não decorre diretamente da proibição de mortes, mas da leniência do Estado no combate à corrupção, sobretudo por parte da justiça que prefere não punir com severidade esses casos.
Nos Estados Unidos, onde as penalidades para crimes são bem mais rigorosas e imediatas que no Brasil, a facilidade para a obtenção de armas tem sido cada vez mais trabalhosa, dado o aumento assustador dos casos de tiroteios e atentados, onde a maioria das mortes são invariavelmente pessoas inocentes e desarmadas. O passo no escuro dado pelo governo, com essa medida, bem no início do mandato, põe toda a nação em alerta.
A frase que foi pronunciada:
“Cesare Battisti fugiu pelas nossas fronteiras… vazou a autorização da extradição? Ou nossas fronteiras estão desguarnecidas?”
Renato Mendes Prestes, leitor do CB
Kit higiene
Ana Alice Vieira está arrecadando kits de higiene para doar ao HRAN. São muitos pacientes e familiares sem condições financeiras. Até kits distribuídos em hotéis e hospitais particulares servem. As doações podem ser feitas no próprio HRAN, no bazar dos voluntários.
Última hora
Divulgada a notícia de que o Tribunal de Justiça do Paraná terá 60 dias para estabelecer um plano de estatização de 172 cartórios privados no Estado. Com a derrubada da liminar pelo STF, a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2009, volta a ser aplicada e todas as nomeações de serventuários após 1988 estão prejudicadas.
Ao trabalho
Prefeitura do Lago Norte começou a se mobilizar para discutir assuntos como a orla livre, revisão da Luos pelo novo governo e o papel da prefeitura com a nova administração do Lago Norte.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Para os deputados amigos de Brasília: Estão na Câmara, aguardando parecer e votação, o orçamento do Distrito Federal, o substitutivo ao Código Tributário, mensagem presidencial estruturando a prefeitura, mensagem presidencial isentando de imposto de renda as construções para fins de aluguel, e mensagem presidencial, pedindo suplementação de verbas. (Publicado em 08.11.1961)
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Com a nomeação ocorrida agora do general Maynard Marques de Santa Rosa para a chefia da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo Jair Bolsonaro, torna-se oportuno, por sua importância para a compreensão da História brasileira recente, uma análise do texto escrito por ele em janeiro de 2018 em que tece comentários sobre a crise econômica, política e social que parece ter tirado o país dos trilhos.
Como pensador arguto da cena brasileira, o General Maynard já havia protagonizado um incidente quando, em 2010, no auge da popularidade do governo Lula e do petismo, pôs o dedo na ferida ao criticar, de forma enérgica, o encaminhamento dado a Comissão da Verdade, principal projeto daquele governo, dizendo o que muitos gostariam de ter dito naquela ocasião, mas que por medo ou oportunismo, deixaram passar batido. Naquela oportunidade, o general Maynard considerou que a Comissão da Verdade tinha se transformado, na verdade, na Comissão da Calúnia e que entregar os trabalhos dessa complexidade em mãos daqueles membros equivalia a “confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa”.
Na sua avaliação feita em 2010, a referida Comissão era composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime para alcançar o poder. Entendia o general que tecer um documento daquela importância e sensibilidade com base em opiniões ideológicas, dogmáticas e fanáticas seria mais perigoso para a busca da verdade do que a qualquer mentira.
Já no documento intitulado Esquizofrenia social, o general Maynard voltou à carga criticando um país que, ao seu ver, foi tomado pela corrupção, pela violência e pela impunidade e em que, num momento tão crucial de sua história, se viu com escassez de lideranças políticas capazes de dar um novo rumo à nação. Nesse documento, o general Maynard culpava os políticos, sobretudo aqueles que, uma vez eleitos, deixavam suas funções para ocupar cargos no Executivo, aumentando e alimentando com isso o poder do nefasto presidencialismo de coalizão. “Senador ou deputado, ao aceitarem cargo no Executivo, deveriam perder o mandato legislativo, em favor do princípio da independência dos poderes”, ponderou Maynard, para quem eram os próprios políticos os responsáveis diretos pela crise de credibilidade que havia contaminado as instituições do país.
Para ele, de nada adiantaria, àquela altura, mudar o sistema de presidencialista para parlamentarista, delegando mais poderes justamente àqueles que menos credibilidade detinham e que eram a causa principal de toda a crise política experimentada naquela ocasião. O Congresso parecia estar envolto numa espécie de redoma psicológica, que tornava os parlamentares “insensíveis ao sofrimento da população refletido no índice macabro de 60 mil homicídios ao ano, que supera o total de baixas somadas na Síria e no Afeganistão.” Para Maynard, os códigos vigentes no País estavam defasados e uma explicação para esse imobilismo era justamente a alienação ideológica.
Com relação à crise econômica e ao desemprego de mais de 14 milhões de brasileiros, o general lembrava, naquele documento, que esse descalabro não chegava a comover também as corporações dos poderes públicos, que com seus supersalários, que transcendem os limites legais, pareciam imitar as mesmas elites insensíveis e distantes que governavam a França às vésperas da Revolução de 1789.
São dois documentos curtos, mas que tocam no cerne dos problemas.
A frase que foi pronunciada:
“A maior felicidade é o fundamento da moral e da legislação.”
Jeremy Bentham, filósofo e jurista inglês (1748-1832)
Prevenção
Antes que seja tarde é melhor proibir espumas para o Carnaval. O produto é altamente inflamável e a alegria que causa é insignificante frente ao estrago que pode resultar se for misturado com qualquer faísca. Aliás, a inutilidade e o perigo desse produto seriam o suficiente para impedir a comercialização.
Pausa longa
Já são 6 anos sem o Teatro Nacional Claudio Santoro. Como capital do país, é uma vergonha não se ter de volta a sala de concertos. Chama a atenção o descaso com a arte nesse país. Inclusive dos músicos e moradores da cidade, que protestam muito pouco.
Comércio
Um empreendedor que se sujeita a todas as burocracias para ter um comércio não deveria se furtar das vendas por falta de troco. As lanchonetes do Senac são um exemplo. Se não for pagar com cartão, pode ser que não consiga ter o que quer.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Pronto, dr. Wilson Aguiar. Dentro de seis meses, o pedestre terá, em Brasília as calçadas que você tanto reclamou. (Publicado em 08.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Com mais de 730 mil presos, o Brasil possui a terceira maior população carcerária do planeta e o que é pior, esse número não para de crescer. Existe ainda um outro complicador nesse quadro representado pelo grande número de pessoas condenadas e prontas para ser detidas, mas que, por problemas em sua localização ou mesmo pela falta de vagas nos presídios, ainda se encontram em liberdade.
Fossem resolvidas todas essas pendências, o número de presos no país poderia ultrapassar, com facilidade, a casa do milhão. Trata-se de um dado preocupante e que necessita de uma solução urgente, que comece justamente por dentro dessas instituições, sanando suas muitas deficiências.
Na questão da restrição de liberdade, talvez a maior de todas as penalidades impostas ao ser humano, exceto a pena capital, a permanência de presos dentro dessas instituições penitenciárias tem como objetivos, além do cumprimento das leis e reparação do dano causado à sociedade, oferecer ao detento todas as possibilidades legais para que ele possa ser reinserido no seio social e, com isso, readquirir sua condição de cidadão, útil para a comunidade.
Ocorre que, no Brasil do jeitinho, essa reinserção social do aprisionado foi transformada numa espécie de cadeia semiaberta, onde facilidades e condições amenas foram tomando lugar de ações corretivas e pedagógicas. Com isso, a implementação de visitas íntimas ou levando e trazendo mensagens para muitos criminosos, além dos seguidos saidões ao longo do ano, permitiram a muitos presos viver em condições até melhores do que muita gente em liberdade.
A essas regalias foram acrescidos os chamados auxílio-reclusão, que é pago aos dependentes dos presos. Note-se, no entanto, que esse benefício não é estendido aos filhos das vítimas, numa clara demonstração de justiça à moda brasileira. Para alguns estudiosos do problema, essas foram algumas das medidas paliativas adotada pelas autoridades para contornar e amenizar a situação de total precariedade da maioria das cadeias brasileiras.
Ocorre que a adoção dessas medidas, para alguns muito justas por seu caráter compensatório, nem de longe têm servido para minorar os problemas com a enorme população carcerária e seus custos econômicos para sociedade, como tem contribuído, de forma sensível para o aumento da violência no país.
A frase que foi pronunciada:
“A exageração degenera os sentimentos, desvirtua os fatos, desfigura a verdade.”
Joaquim Manoel de Macedo
Só para compartilhar
São tantas as expressões ditas por Ari Cunha, que a família criou um grupo para que todos pudessem postar as frases ditas no dia-a-dia pelo nosso filósofo de Mondubim feito em casa. Veja algumas no blog do Ari Cunha.
Caravana
Quilombos do Brasil receberão a caravana do Grupo Cultural e Social Grito da Liberdade com o espetáculo “Quilombo da liberdade, origens” e oficinas de capoeira para os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Educação
A montagem aborda aspectos da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. O intuito é que, a partir do espetáculo, haja uma reflexão sobre a condição do negro na época da colonização e na de hoje, e o papel desse povo na formação da identidade brasileira.
Visitas
A primeira comunidade a ser visitada é perto de Brasília. A Comunidade Quilombola Kalunga, de Cavalcante – GO. O projeto ficará por lá nos dias 16, 17 e 20 desse mês. Daí em diante, o grupo segue para a Comunidade Quilombola Tia Eva, em Campo Grande – MS, e depois em Mato Grosso, onde se apresenta no Museu da Imagem e Som de Cuiabá e na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento.
Programação das apresentações
Goiás
16, 17 e 20/01 – 17h
Local: Comunidade Quilombola Kalunga
Cavalcante – GO
Mato Grosso do Sul
4, 5 e 6/2 – 17h
Local: Comunidade Quilombola Tia Eva
Campo Grande – MS
Mato Grosso
9/2 – 17h
Museu da Imagem e Som de Cuiabá (MT)
10/2 – 17h, Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento – MT
Saúde
“Diabetes não tira férias! Desafios da insulinização aumentam no período. Adolescentes estão entre os que mais têm dificuldade.” A Sociedade Brasileira de Diabetes, associada à International Diabetes Federation (IDF), chama a atenção para a dificuldade do diabético em manter uma dieta rica, variada e saudável durante as férias.
Em vão?
A oferta de sódio e açúcar nos alimentos no Brasil precisa ser reavaliada com a máxima urgência. Os índices são altíssimos, muito além do que sugere a Organização Mundial de Saúde. Ano passado, o governo fez um acordo para reduzir até 62% do açúcar em biscoitos e em mais de mil produtos. Mas até agora não há efeito prático para essa parceria com as indústrias.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O presidente da Novacap, dr. Laranja Filho, assinou, ontem, contrato com diversas firmas, para a construção de mais de cem quilômetros de meio fio, e quase igual quantidade, de calçadas nas avenidas e superquadras. (Publicado em 08.11.1961)
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É sabido que em datas que coincidem com os saidões de presos aumentam as ocorrências de crimes. Também é notório que muitos casos de crimes, como os recentes episódios de ataques ocorridos agora no Ceará e em outros estados, as ordens para essas ações têm partido diretamente de dentro dos presídios pelos chefes dessas organizações que estão presos e que por sua periculosidade deveriam estar incomunicáveis com o mundo exterior. Nesse sentido, o problema carcerário no país, ao invés de ajudar na diminuição da violência e dos crimes, tem contribuído, à sua maneira, para o aumento desses fenômenos. Com isso, chegamos a um ponto em que criminosos deixaram de temer à justiça e passaram a intimidar todos aqueles que querem impor a ordem.
Um fato é inconteste: não pode haver melhora nessa questão, sem uma reformulação total no sistema carcerário do país. A começar pela imposição de um regime compulsório de trabalho diário para todos os presos, de modo que ele possa custear sua estadia nessas prisões, estimada hoje em R$ 2.500 mensais e para que ele possa ressarcir monetariamente suas vítimas.
Projetos nesse sentido tramitam a anos no Congresso sem uma solução à vista. O novo presidente eleito, Jair Bolsonaro, prometeu em campanha, corrigir esse problema que é hoje uma das maiores reivindicações de toda a sociedade e que, por sinal, levaram muitos eleitores a votar nele e em seu programa de governo.
A frase que foi pronunciada:
“Em um lugar onde não há atividades culturais, a violência vira espetáculo.”
Alguém sensato.
Rótulo
Está próxima a ser votada a proposta que retira o T dos rótulos com indicação de transgênicos. A Comissão da Agricultura e Meio Ambiente já aprovou a ideia. O argumento é que os alimentos geneticamente modificados são realidade e nenhuma pesquisa científica prova que os transgênicos fazem mal para a saúde. Depois de escolhido o relator, a proposta voltará a ser votada na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. O texto já passou por 4 comissões.
Novidade
Todos os prontuários em arquivos médicos em papel poderão ser destruídos ou devolvido aos interessados. Isso se a lei que cria regras para armazenamento eletrônico de prontuários médicos passar. A ideia é do senador Requião, que disse já ser uma prática comum em clínicas e hospitais com sistemas informatizados.
Ingresso
Coerente a proposta do ministro da Cidadania, Osmar Terra, em relação a artistas com pendências. Se não houve prestação de contas ou se não cumpriram o contrato, não é possível que se inscrevam em novos projetos. Outra mudança é que a capacidade de busca de financiamento para o projeto chegava até 60 milhões e agora vai passar para 10 milhões de reais. A contrapartida social aumentará, fazendo com que haja maior gratuidade dos espetáculos ou com parte da bilheteria distribuída para pessoas inscritas no cadastro único do governo federal.
Defesa do consumidor
Assentos reservados em viagens de avião não podem ser cobrados. O projeto do senador Reguffe depende da aprovação da Câmara dos Deputados para entrar em vigor. Por enquanto, a Avianca e a Latam foram multadas pelo Procon-RJ por não informar sobre a cobrança.
Caríssimo
Parece que dessa vez a terra prometida não chegou lá. A editora Canaã foi contratada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco para imprimir 4 mil exemplares de uma biografia de Miguel Arraes. Como o processo não passou por licitação, o valor de R$ 1,8 milhões, que já tinha sido empenhado, teve o pagamento suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado.
Maus presságios
É uma aberração o que estão fazendo nos pinheirais do Paranoá. Devastaram a área, não há ponte, não há fluxo possível para saída e entrada de carros, caso o governo leve adiante as obras. Não há água, nem energia suficientes para tanta gente. Foi uma luta dos moradores conseguir duplicar aquelas pistas da BR005 para dar maior segurança no trânsito. Mas com a superpopulação naquela área, sem o mínimo de planejamento, o desastre está anunciado. Só para lembrar, o estádio foi construído pela mesma construtora que pretende ocupar aquela área.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Seria evitada avalanche desenfreada de guias contra os turistas contra os passageiros incautos que descem dos aviões. (Publicado em 08.11.1961)
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“Arrependo-me de havê-los feito”, teria reconhecido o próprio Deus, ao ver no que havia se transformado o homem e a humanidade. Pelo menos é o que relata o Livro de Genêsis 6,6. De lá para cá, muitos dilúvios e guerras depois, com aniquilamentos em massa da espécie, um fato é inconteste: os homens se multiplicaram em número e em iniquidades. Não surpreende que o Criador tenha se arrependido desse feito, ainda mais quando, em seu Nome, são cometidos todos os tipos de vilezas.
Em análise a acontecimentos históricos, sem o viés da credulidade cega, o fato é que ao longo de toda a existência das civilizações, os homens têm se utilizado da pretensa vontade divina para cometer crimes, ganhar fortunas e dominar reinos inteiros e subjugar os demais, sempre com o pretexto de cumprir ordens emanadas do céu.
Recorrer a esses subterfúgios celestes foi o meio encontrado por muitos governantes para justificar atos iníquos, dentro de uma lógica irracional e sobre humana. Foi assim no passado e tem sido assim agora em toda parte, inclusive no Brasil, onde membros da atual administração, inclusive o próprio presidente, vem invocando o nome de Deus, para justificar possíveis futuros atos de governo.
Por maior boa vontade que se queira ter sobre essas manifestações, a realidade é que, em todo o tempo e lugar, e a história está repleta desses exemplos, sempre que governantes invocam a vontade divina para realizar atos terrenos, essa associação nem sempre resultou em boa coisa. E isso se dá por razão simples, não existe em parte alguma procuração assinada pelo Criador, com firma reconhecida, outorgando, expressamente, poderes celestes a mandatários.
Por que se assim fosse, em seus Santos Nomes, estariam permitidos todos e quaisquer atos. Ensinamentos cristãos revelam que Deus fala por intermédios de profetas escolhidos e não por meio de governantes. Para aqueles crentes que entendem a Palavra e seguem seus preceitos, Deus se manifesta por seus próprios canais e não necessita de porta-vozes ou de ministros de Estado para esse feito.
Mesmo a população religiosa brasileira, por meio de seus diversos credos, inclusive de matriz africana, teme o amálgama entre fé e coisas do Estado. Basta seguir os que se aproveitaram das estruturas prontas das comunidades eclesiais de base. O que o povo brasileiro espera daqueles que compõe o governo é que professem a fé mais em ações do que em palavras. Porque “Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma”.
Nesse sentido, vale lembrar que o Estado é laico, justamente para abrigar em seu convívio todos os credos, sem distinção. A mistura entre religião e política, por maior boa vontade que se queira, nunca resultou em algo aceitável por todos. Mesmo para aqueles que se aproveitam do ateísmo, característico das esquerdas, para atacar governos passados, afirmando que Deus está de volta ao ceio da nação, agem de modo enviesado, pretendendo se apresentar como novos luminares da fé, prontos para catequizar os demais cidadãos, subjugando-os às suas crenças, que são postas acima das leis seculares. “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
A frase que foi pronunciada:
“A convivência pacífica entre as diferentes religiões é beneficiada pela laicidade do Estado, que, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade.”
Papa Francisco
Gratidão
Todos, da equipe, que participaram dos primeiros socorros do presidente Jair Bolsonaro foram convidados para a posse. Veja a foto no blog do Ari Cunha.
Lixo
Comércio, principalmente onde há restaurantes, passa a depositar lixo em locais próprios onde são reciclados. Plástico, papel, metal, vidro e restos de comida, que viram adubo. Tudo devidamente reaproveitado, alimentando a cadeia social, ambiental e econômica.
Rememorando
Quase a Medida Provisória 685, publicada há 3 anos, foi aprovada na íntegra. Mas retiraram do texto as partes que davam poder à Receita Federal de combater a elisão fiscal. Pagar menos impostos não quer dizer sonegação. Não fossem tantas as regras tributárias, os empreendedores teriam mais liberdade para crescer.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os blocos 8 e 9 da Coréia (IAPI) não têm esgotos, e, agora, o Departamento de Águas e Esgotos está cobrando, dos moradores, a taxa do serviço que ele não presta aos inquilinos. (Publicado em 08.11.1961)