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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Coincidência, que o lexicon traduz como ocupação do mesmo espaço, ou identidade e simultaneidade de dois ou mais fatos, ocorre com certa frequência na vida de todos e muitas vezes passam despercebidas por sua pouca importância. Quando as coincidências deixam de ter esse caráter natural e corriqueiro e passam a se constituir num processo, que, por suas consequências desastrosas, afetam a vida de todos, é necessário parar para analisar melhor essa ligação entre uma coisa e outra, até para evitar que essas simultaneidades de fatos persistam.
É o caso aqui do retorno dos atos de guerra, que o crime organizado vem abertamente perpetrando na capital do Rio Grande do Norte, Natal, levando o pânico à população e mostrando o alto grau de inoperância dos governos estadual e federal nesse caso.
No final de julho de 2006, o crime organizado, já tinha repetido a dose, com diversos ataques, a prédios públicos, escolas, carros particulares, agência bancárias e pontos turísticos, inclusive metralhando delegacias, tudo como retaliação à instalação de bloqueadores de celulares nos presídios. Mais tarde, em 2016, o crime organizado impôs toque de recolher na Grande São Paulo, cometendo 63 atentados simultâneos e coordenados em apenas 24 horas em diferentes pontos da capital, obrigando a população a ficar trancafiada em casa, com medo dessa guerra urbana. Com isso, conseguiu a proeza de paralisar ou provocar uma espécie de lockdown na maior e mais rica cidade de toda a América Latina. Não é pouca coisa.
Essas e outras ações criminosas demonstram que o poder de fogo e mesmo a estrutura de guerrilha urbana desses bandos é hoje uma realidade. Não é preciso lembrar que, ainda este ano, na Grande Vitória, no estado do Espírito Santo, o crime organizado protagonizou também uma série de atentados por toda a capital, repetindo o que já fizera anos antes por vários dias seguidos.
Fatos são fatos e não há nada que possa ser feito para afrontá-los, sem incorrer com isso no desvirtuamento da verdade. O anúncio da vitória eleitoral do atual presidente foi comemorado, como diversas imagens mostram, com um grande foguetório em alguns dos maiores presídios do país. Somente esse fato, por seu poder documental e comprobatório, demonstra que existe sim o que foi registrado em escuta de que “nos governos de esquerda (PT) havia um diálogo cabuloso” entre as facções do crime e o Governo Federal. Que raios de diálogo cabuloso seria esse? Como diálogo pressupõe sempre participação de duas ou mais pessoas conversando ou trocando mensagens, com quem, dentro do governo, esses criminosos estariam negociando? E o que estariam negociando? São questões que, por sua “delicadeza” o grande público jamais saberá.
Coincidência ou não, o fato é que esses atentados de grande porte têm ocorrido, em sua grande maioria, quando é a esquerda que está sentada no terceiro andar do Palácio do Planalto. Esse fato tem ocorrido também com as invasões de terra, deflagradas quando o país está sob administração federal das esquerdas.
A visita ocorrida agora, do ministro da justiça e segurança pública, ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, uma região sabidamente controlada pelo crime organizado, onde político de direita não entra e onde a polícia só consegue fazer incursões dentro dos chamados caveirões, blindados à prova de bala de fuzil, traz um significado ruim a reforçar a ideia desse diálogo cabuloso.
Sem qualquer escolta, o ministro foi, segundo informe oficial, reunir-se com “lideranças comunitárias” daquela região. O fato aqui é que nenhuma liderança comunitária naquela localidade se estabelece sem a benção do crime organizado. Alguns políticos da oposição, desconfiados desse encontro, já protocolaram requerimento para a convocação do ministro para dar explicações, em que esclareça como pode ele adentrar naquela favela sem seguranças, a bordo de dois carros pretos oficiais, com a maior tranquilidade, como se estivesse visitando a vó querida que mora no subúrbio.
Há coincidência demais no fato dessa visita ocorrer quando Natal está sitiada pelo crime organizado e quando as forças de segurança estão em alerta para a ocorrência desses atentados em outros estados. De fato, a população não conhece nem uma vírgula sequer do que foi tratado nesse encontro. O que se estabeleceu foi um clima de insegurança total no ar.
Perto do que aconteceu em Brasília em 08 de janeiro, com toda essa história mal explicada de golpe, a pergunta que fica é: não seriam esses atentados do crime organizado um verdadeiro golpe de Estado, criando álibis e narrativas para um pretenso fechamento político? Por que as autoridades não reagiram, ainda dentro dos presídios, para impedir que esses atentados fossem para as ruas? Por que não querem a CPI do dia 08? Alguém pode explicar?
A frase que foi pronunciada:
“Você nem pode imaginar a que ponto uma pessoa pode se afundar na mentira!”
Fyodor Dostoevsky, em Crime e Castigo
Evasão Escolar
Vejam, no link BUSCA ATIVA ESCOLAR, a íntegra do guia “Papel das organizações da sociedade civil no enfrentamento da exclusão escolar”, desenvolvido pelo UNICEF, Undime e Itaú Social. É importante que as Comissões de Educação do Senado e da Câmara conheçam o teor de quem apoia a atuação das organizações sociais e o poder público para a superação dos índices de abandono e evasão escolar, aprofundada durante a pandemia da Covid-19.
História de Brasília
Mais uma contra o povo, apresentada pela ponte Rio-Brasília. Se uma pessoa desejar interromper o percurso em Belo Horizonte, a passagem para o Rio ficará em Cr$ 9.300,00, enquanto que o Viscount cobrava Cr$ 8.700,00. (Publicada em 17.03.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO
Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960
Com Circe Cunha e Mamfil
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Segundo fontes da inteligência da Polícia Civil, desde 2001, grupos diversos do crime organizado, cujas principais lideranças se encontram presas em várias penitenciárias espalhados pelo país, tentam se fixar no Distrito Federal e a partir daqui, estabelecer uma importante base de comando e controle uniforme em todo o território nacional.
Das unidades da federação, o Distrito Federal é a única região que, por enquanto, não está sob o domínio dos diversos grupos que há anos agem no Brasil, principalmente a partir do Rio de Janeiro e de São Paulo, suas áreas de origem. Para os chefões dessas organizações não se pode conceber que apesar de ultrapassarem muitas fronteiras no Sul do continente, ainda não tenham um importante núcleo fixado na capital.
A Polícia também conhece esse desejo estratégico e secreto dessas organizações e há anos vem empreendendo operações visando desarticular a instalação dessas facções no Distrito Federal. Operações mais recentes como a Tabuleiro, Palestina, Legião, Prólogo e Hydra, provam o intento dos criminosos.
A questão é complicada e requer uma vigilância constante, não só dentro dos presídios superlotados, onde essas facções recrutam mão de obra a cada instante, mas também fora das cadeias onde os criminosos montam uma rede de associados e de assistidos, para continuar se expandindo. O trânsito intenso de visitantes nesses estabelecimentos é outra fonte de preocupação para os agentes da lei. Levando e trazendo informações essas visitas, sejam de parentes ou mesmo advogados, ajudam a manter um corredor livre entre os estão detidos e aqueles que estão nas ruas, criando um canal constante de informação e em alguns casos abastecendo os próprios criminosos.
Com isso, tem aumentado as prisões de advogados, alguns, inclusive com missões muito específicas delegadas pelos chefões dessas facções e que nada tem a ver com a função de defensoria desses marginais.
Ontem, dez Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaecos) do Ministério Público Brasileiro, deflagram múltiplas operações contra integrantes de facções criminosas em 15 estados e também no Distrito Federal. De acordo com o Ministério Público do DF, a operação foi coordenada pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do MPDFT (Nupri) com apoio do Gaeco local e da Polícia Civil do DF.
Na ação foram cumpridos vários mandatos de prisão e de apreensão contra integrantes desses grupos, em diversas regiões do Entorno da capital, o que deixa patente a intenção de se estabelecerem definitivamente no Distrito Federal. É uma obsessão constante desses criminosos para expandir seus negócios.
É sabido que essas facções buscam também se infiltrar no legislativo federal, por meio de financiamento a candidatos ligados à essas organizações. Com o dinheiro, a logística e poder de convencimento que possuem, essas organizações imaginam que mais dia menos dia chegam para ficar na capital. A única garantia da sociedade de que esse dia jamais chegará, é dada pela atuação diuturna dos grupos de combate ao crime organizado.
A frase que foi pronunciada:
“Não dá para pedir desculpas porque o PT chegou no segundo turno.”
Gleisi Hoffmann
Presos
Estelionatários que agiam com idosos em caixas eletrônicos de bancos foram presos. Sempre oferecendo ajuda, ou roubavam os dados, terminavam as operações depois de despistar o cliente, ou até usavam aparelhos que clonavam os cartões. O major Michello Bueno, porta-voz da PMDF contou que foram meses para descobrir, com o apoio dos bancos, o modus operandi.
Impossível
Crateras espalhadas pelo Plano Piloto e Regiões Administrativas mostram a baixa qualidade do asfalto nas vias da capital. Apesar de impostos e pardais para todos os lados, o governo não faz a parte dele e o motorista fica com o prejuízo.
Muda já
Errado o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Ministério Público do Trabalho. Os profissionais que fazem a coleta de lixo pendurados em caminhões têm 100% de risco de perder a vida ou ter a saúde comprometida. Faça sol, faça chuva ou lua, estão sempre sem segurança, com o corpo todo de fora dos caminhões, respirando os detritos diretamente colocados à frente. É um absurdo que os lixeiros trabalhem nessas condições diante dos nossos olhos.
Nome
Foi Carlos Penna Brescianini quem estruturou a implantação do ramal Ceilândia do Metrô-DF, entre 2006 e 2008. É um bom nome para o governador Ibaneis. Técnico e independente.
Final feliz
Dessa vez, depois de o cliente respirar fundo ao atender uma ligação da Claro, resolveu ouvir a pobre atendente, que até ali havia sido evitada. Era uma promoção para quem tinha Claro Conta. Um telefone de R$800 estava custando R$260. Era verdade e por enquanto todos vivem felizes nessa história.
Uma pena
Começa a cair a qualidade da Feira do Paranoá. Sujeira por toda parte, carnes de porco com os animais à vista, peixes e frangos expostos de maneira perigosíssima para a saúde.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os transportes estão deficientes e precários. São ônibus novos, mas já estão se acabando. Os motoristas ainda não têm uniforme, e os trocadores não têm educação. As exceções são poucas. O povo passa mais de meia hora esperando, toda a vez que quer tomar um coletivo. (Publicado em 07.11.1961)