Envolvimento na educação dos filhos é fundamental

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Charge: g1.globo.com

 

Vamos ver como tudo fica depois da pandemia. Mas, se há um tempo para mudar, esse tempo é agora. Enquanto persistirmos em nosso modelo de escola pública, baseado na excessiva centralização de decisões, todos os anos seremos forçados a ouvir notícias de que alguns estabelecimentos de ensino, por falta de previsões adequadas, ainda se encontram em processo de reforma física das instalações. Com isso, algumas escolas simplesmente não podem dar início ao ano letivo.

Não se conhecem ainda as razões que levaram a Secretaria de Educação a abandonar o modelo de fábrica de escolas que ajudava tanto na construção e reforma de escolas e que, de certa maneira, economizava na logística para manter essas unidades de ensino em boas condições de funcionamento. Por outro lado, é preciso que a manutenção e conservação das escolas sejam também tarefas obrigatórias aos estudantes e aos seus responsáveis diretos.

No Japão, um país rico e que poderia se dar ao luxo de chamar apenas para si a tarefa de cuidar das escolas, faz questão de que seus estabelecimentos de ensino sejam cuidados pelos próprios alunos, que se encarregam de tudo: da limpeza ao conserto das instalações. Essa tarefa poderia muito bem ser incluída dentro das disciplinas obrigatórias, fazendo com que os alunos e seus responsáveis ficassem diretamente envolvidos com a tarefa de manutenção e conservação das áreas físicas.

Essa simples tarefa de responsabilização de todos no cuidado com as escolas é capaz de semear, nos jovens e na comunidade, de uma forma geral, o sentimento de pertencimento e de carinho, fazendo com que todos sejam igualmente responsáveis materiais por suas escolas. Quem cuida, não depreda. Essa é uma lição que os jovens, com certeza, irão levar para toda a vida.

É preciso reacender o sentimento dentro das escolas de civilidade, acabando com o paternalismo tolo e infantil de que tudo necessita ser feito apenas pelo governo. Quando uma escola é depredada, toda a comunidade é atingida e aviltada igualmente. Sem cultivar essa ideia de que a comunidade é dona de seus destinos, continuaremos correndo em círculos, sem ir a lugar nenhum.

Educadores estão convencidos, hoje, de que a educação, concebida lá atrás e que visava a preparação de pessoas como força de trabalho, obedientes e mecanizadas, não mais tem lugar na atualidade e que educação, como forma de seleção empresarial, está com os dias contados, pelo menos nos países que já compreenderam a importância de trazer, ao conhecimento, aspectos essenciais a todos os seres humanos como é o caso da compaixão e da bondade. Obviamente que, no caso brasileiro, onde a educação vive ainda com carências básicas, como teto para cobrir escolas, carteiras para os alunos sentarem, banheiros e outras necessidades primárias, trabalhar nesse período de isolamento social não tem sido fácil para os que foram obrigados a entrar na seara eletrônica.

Pesquisas atuais nas bases neurais da emoção, que têm como centro novos modelos para o florescimento humano, são o que existe de mais promissor nas áreas de educação em alguns lugares do mundo, e anunciam uma nova revolução nos métodos de ensino.

Esse tema é, para muitos, o caminho mais prático e seguro para mudar o mundo futuro, livrando os seres humanos da escravidão política, militar, religiosa, libertando os espíritos do fanatismo, do materialismo, revivendo o humano adormecido em cada um. Trata-se de uma tarefa e tanto!

É preciso cultivar em nossos jovens, desde cedo, a mentalidade de que os verdadeiros proprietários das escolas são aqueles que usufruem dela, seja ontem, hoje ou amanhã. Para tanto, é preciso tirá-los da zona de conforto, dar-lhes vassoura, enxadas, pinceis, panos e outras ferramentas de trabalhos e convocá-los a pôr as mãos à obra.

Realizar mutirões nos fins de semana, envolvendo toda a comunidade para cuidar das escolas. Mostrar quão dignificante é o trabalho de manter nossos espaços de vida social comum. É preciso incutir nos mais moços que a escola é, para muitos, seu segundo lar e precisa, pois, ser bem cuidada e preservada. Não pode haver vida social onde imperam o egoísmo e a negligência.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.”

Jean Piaget, psicólogo

Foto: Jean Piaget in Ann Arbor

 

Proatividade

Motoqueiros ultrapassam os carros nas tesourinhas pela direita, tiram o escapamento para aumentar o barulho, entram na contramão das comerciais para fazer a volta, andam pelas calçadas, ultrapassam sinal vermelho onde não há pardal. Carros começam a acelerar nas faixas de pedestre. Alguma coisa precisa ser feita antes que seja tarde.

Foto: correiobraziliense.com

 

Remédio

Corre pelas Mídias Sociais a seguinte postagem: “Três vacinas que o Brasil precisa: prisão em 2ª instância, fim do foro privilegiado e auditoria nas eleições.”

Charge do Duke

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O general Delgado, que é a pedra no sapato da oposição portuguesa, chegou a São Paulo dizendo que comandou a revolução Beja, e disse que utilizou uma artimanha: o artifício de uma perna manca, que conseguiu através de um grão de milho no sapato. (Publicado em 19/01/1962)

 

O futuro da humanidade estará lastreado no saber e nas ciências

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Foto: Alex de Jesus

 

É preciso entender a complexidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), dentro do que muitos reconhecem como uma crise tributária do país e que há muito tempo reclama por reforma. Sem uma reforma tributária racional, moderna e eficaz, o Fundeb não conseguirá deslanchar do modo idealizado e proposto pelos especialistas em educação.

Com a aprovação pela Câmara dos Deputados do texto base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o novo Fundeb, projeto que o governo não desejava que fosse aprovado, já que aumentava a participação da União de 10% para 12,5%, o Fundo não só foi aprovado, como será ampliado, gradativamente, até 2026, podendo chegar a 23% naquele ano, sendo ainda incorporado à Carta Magna como instrumento perene em favor do ensino público.

Com essa aprovação, muitos políticos e técnicos envolvidos na discussão acreditam que haverá um aprimoramento na igualdade de direitos e acesso a uma educação de melhor qualidade. Para educadores, verdadeiramente envolvidos na causa, esses recursos destinados pelo conjunto da sociedade brasileira em prol do ensino básico não são, como considera o governo, um gasto, mas investimentos no futuro do país. Nação alguma alcançou o estágio de pleno desenvolvimento, sem primeiro empreender grande soma de esforços e recursos em educação de sua gente.

Nesse nosso caso particular, o governo foi derrotado nas votações, por entre outras propostas ruins, almejar que o dinheiro do Fundeb fosse usado politicamente para complementar programa de transferência de renda social, tudo isso em pleno ano eleitoral, o que traria vantagens indevidas ao atual presidente e ao seu grupo de apoio.

Mesmo o uso desses recursos para pagamento de aposentadorias e pensões de professores, como chegou a cogitar o governo, foi descartada, depois de pressões vindas de todos os lados. Com a aprovação na Câmara Baixa do novo Fundeb, fica incluído, entre os dispositivos fixos da Constituição, artigo prevendo que a qualidade mínima na educação de base fica atrelada à questões claras e objetivas como o custo aluno qualidade, chamado de CAQ e que será definido justamente com base nesses novos critérios.

Sintomático em toda essa discussão, que se arrasta por anos, é que o MEC, ou seja, a pasta ligada diretamente à questão da educação, sequer apresentou propostas dignas de nota, ou mesmo liderou discussões sobre tão importante tema, se ocupando na substituição constante de ministros. Com isso, e para o bem do Brasil, o governo foi imprensado por uma avalanche de 499 votos a favor do novo Fundeb, contra 7 deputados, a ala mais aguerrida do bolsonarismo.

Depois dessa vitória, os educadores têm um longo caminho pela frente, que é a transformação desses recursos em escolas que sejam modelos em ensino e educação, capazes de tirar, de vez, o Brasil, do subdesenvolvimento e dos derradeiros lugares na maioria das avaliações internacionais que medem a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos. Mesmo aqueles que pouco entendem sobre o tema reconhecem que no século XXI, a educação será, sem dúvida o principal referencial de riqueza de uma nação.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.”

François-René de Chateaubriand, escritor, ensaísta, diplomata e político francês

François-René de Chateaubriand. Imagem: wikipedia.org

 

Estatuto

Atendimento prioritário integral à saúde, direito à habitação, à educação e ao trabalho. Essas são as garantias do Estatuto da Pessoa com Deficiência do DF, de autoria do deputado distrital Iolando Almeida, aprovado e publicado.

Deputado distrital Iolando Almeida. Foto: Assessoria

 

Infelizmente

O laboratório, situado no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic, conta com a instalação da tecnologia 5G, 100 vezes mais rápida. A transparência, elemento tão caro e vital às verdadeiras democracias ocidentais, precisa, mais uma vez, mostrar a todos, o caminho completo, em baixa velocidade, sobre a segurança e privacidade dos cidadãos com a implantação dessa tecnologia.

Foto: Albert Gea/Reuters

 

Alerta

Antes da pandemia, o preço do combustível chegava aos R$7 nos postos de gasolina. Durante a crise chegou a R$3.50. Vamos acompanhar a oscilação e torcer para que o consumidor não seja o responsável pela recuperação das finanças.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

 

Direto da Câmara

Na terça-feira, dia 28, 10h, pelo Yoututbe, a Câmara dos Deputados apresenta um evento virtual. A Frente Parlamentar em Defesa da Cruz Vermelha, presidida pelo Capitão cearense, Wagner, contará com a presença, por meio do aplicativo Zoom, do presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals, e da deputada Patricia Ferraz, que não está em exercício no cargo.

Foto: cruzvermelha.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está ficando bonita, a grama nas quadras da Fundação. Os moradores reclamam que não há passagens de um lado para outro. (Publicado em 13/01/1962)

Os humores e desejos inconfessáveis

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Foto: Natasha Montier/GERJ

 

Você não precisa ser um especialista no assunto da educação para compreender a necessidade e a importância para um país, com as dimensões e complexidades do Brasil, que um fundo de financiamento moderno e eficaz tem para a manutenção de uma imensa rede de ensino público. Obviamente, que não bastam recursos. É preciso muito mais. Mas, sem uma estrutura pensada e bem montada, como é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), nada se faz em matéria de educação, principalmente quando se sabe das enormes carências experimentadas, desde sempre, pelo ensino público, tanto por alunos, quanto por professores e outros profissionais.

Criado em 2007, o Fundeb, como o próprio nome diz, é formado por um conjunto de 27 fundos contábeis, financiado por estados, municípios, pelo Distrito Federal e pela União, por meio de receitas oriundas de impostos, transferência e outros tributos, formando um caixa que, somente para o exercício deste ano de 2020, movimentará algo em torno de R$ 173 bilhões.

Trata-se de uma soma considerável a ser destinada para manter e desenvolver todas as etapas da chamada Educação Básica, que incluem creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além desses investimentos, o dinheiro arrecadado pelo Fundeb vai para a valorização de professores, diretores, orientadores pedagógicos e funcionários desses estabelecimentos, servindo ainda para a formação continuada dos docentes, no transporte escolar, na aquisição de equipamentos e material didáticos para as escolas, além de ser usado na própria manutenção dessas instituições.

São recursos preciosos, sem os quais não haveria escolas públicas no país. Esses valores podem e devem ser fiscalizados pela sociedade, para evitar o que normalmente se vê e ouve acerca de desvios e outros descaminhos tomados por esse dinheiro. Esse controle pode ser feito através dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (CACS).

Para um país formado por 5.570 municípios, muitos deles sem sequer uma estrutura do tipo CACS, e com prefeitos vereadores e outros políticos, sem escrúpulos e de olho grande nesses recursos, fiscalizar a boa e correta aplicação desse valioso dinheiro público é providência mais que necessária, é urgente.

A transformação do Fundeb em um fundo permanente de financiamento da educação básica, trazendo-o para o corpo da Constituição como instrumento perene para o ensino público, é uma vitória da sociedade e uma certeza de que esse tema entre para o rol daquelas discussões suprapartidárias, isentas dos humores e dos desejos inconfessáveis desse e de outros políticos de plantão.

Um dos problemas verificados hoje com o Fundeb é que a valorização do magistério, conforme previsto em sua formulação original, fica um pouco de lado quando se observa que as parcelas desse Fundo, quando chegam lá na ponta dos municípios, já estão completamente comprometidas com o pagamento da folha salarial, sobrando pouco ou nenhum recurso para o que foi originalmente pensado.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Construíram hospitais de campanha ou hospitais para campanha?”

Dúvida que navega na internet

Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro

 

Cálculo

Na ponta do lápis, a pergunta é: quem mata mais? O covid-19 ou os desvios das verbas? O novo vírus ou as empresas fantasmas e as reais empresas que superfaturam em obras? Aliás, o que o mundo e a ONU fizeram até hoje para tirar da miséria milhões de pessoas? O ministro Barroso estava certo quando disse que “a corrupção favorece os piores. É a prevalência dos desonestos sobre os íntegros. Esse modelo não se sustenta indefinidamente. Só se o mal pudesse mais do que o bem. Mas, se fosse assim, nada valeria a pena.”

Informativo publicado na página anpr.org

 

Grande encontro

Os grupos de cantores da cidade estão em grande movimento com o encontro organizado pela Associação de Regentes de Coros. Programação ainda hoje e amanhã. Veja a seguir.

 

Interessante

Campanha norte americana corre em velocidade alta e busca por apoio. Veja, a seguir, um exemplo de e-mail enviada com pedido de doação.

–> De: Pete Buttigieg <feedback@act.democrats.org>
Date: sex., 24 de jul. de 2020 às 15:06
Subject: re: the fate of our nation

Friend —

I’m writing to you personally today to ask you to please contribute your first $7 to our party. Before I do that, I hope you’ll give me a moment to speak candidly about why your contribution at this particular moment is so important.

This election is a whole lot bigger than just one candidate. I’ve believed this since before I decided to run for president myself, and that remains true as I fight as hard as I can to elect Joe Biden as our next commander in chief. This election is about winning the era for our shared values, and ushering in a new chapter of progress for America. And I’m not exaggerating when I tell you the results of this election will echo for generations.

The future of our country rests, in no small measure, on whether we can successfully build the strong DNC it will take to defeat Trump and Trumpism by electing Democrats at every level. Now, with only 102 days until Election Day, we’re closing in on the last stage of the race. The funds and resources the DNC has on hand by the conclusion of this month will have a direct impact on our party’s final plan to get out the vote in our most competitive battlegrounds. That’s why I’m asking you today:

Will you make a $7 investment in our party? Democrats are rapidly finalizing their plans around staffing, technology, and advertising before the final stretch of campaigning in the fall, so any amount you can give today will make a tangible difference in what we’re able to accomplish together by November 3.

As we visualize what comes next for our country to move forward from this crisis, it’s clear that the future won’t look like the past. Nor should it. We urgently need to turn the page on the status quo by electing ambitious Democratic leaders who will propose the bold, transformative solutions our country needs.

Joe Biden understands that, which is why I couldn’t be prouder to support his fight to rebuild our nation into a more perfect, more equal union than it’s ever been. But the only way we can elect Democratic leaders who’ll invest in future generations is by building the strongest DNC in modern history. That can’t happen without your support today.

Donate $7 to the Democratic Party to elect Democrats at every level. It’ll take all of us chipping in what we can as often as possible if we have any chance at winning the White House, flipping the Senate, and winning Democratic seats across the country.

Together,

Pete

Pete Buttigieg

P.S. Now is our chance to work together to elect leaders at every level of government who will build a better, more inclusive future for this country and the next generation. But our chances of victory slip away with every moment we fail to take action. Please, donate $7 to the DNC to help elect Joe Biden and Democrats down the ballot.

 

Que coisa!

Em entrevista ao Valor, o historiador Carlos Malamud comentou sobre a dupla Bolsonaro-Araújo, sentenciando sobre a ideologização da política externa. “Isso só faz sentido se partimos do princípio de que todos aqueles que se encontram a mais de dez centímetros de Olavo de Carvalho são comunistas.”

Carlos Malamud. Foto: enap.gov

 

Sem alegria

Segundo a senadora Eliziane Gama, o Dia da Mulher Negra tem pouco a se comemorar. A data coincide com Dia Internacional de Luta da Mulher Negra da América Latina e do Caribe. Muitas ainda sofrem com a violência física e preconceitos.

Senadora Eliziane Pereira Gama Melo. Foto: senado.leg

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Venceram os motoristas dos carros oficiais da redondeza. Tiveram que fazer a cerca, para que eles não possam mais andar a 60 e 70 quilômetros na área de recreio das crianças. Um dia, quando formos um povo de melhor educação, a cerca deixará de existir, assim esperamos. (Publicado em 13/01/1962)

Clique aqui – A volta da paz e do amor

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Arte: pt.dreamstime.com

 

Com a popularização das noções de inteligência emocional e sua importância para o desenvolvimento integral do indivíduo, conceitos como bondade, empatia, gentileza, compaixão, ternura e mesmo amor, e outros do gênero, que antes ficavam restritos ao mundo da poesia e da ficção romântica, vêm ganhando adeptos em todo o planeta, não apenas entre as pessoas comuns, mas, sobretudo, entre aqueles que se dedicam aos estudos da neurociência. No atual quadro pandêmico, mensagens, vídeos e reuniões virtuais tentam manter o lado humano positivo em atividade.

Na área de educação, esses conceitos também têm despertado interesses e não seria exagero afirmar que, num futuro próximo, tais concepções poderão estar no núcleo de formação de muitas universidades. Foi seguindo um conselho dado, não por outro pesquisador, mas pelo próprio Dalai Lama, líder espiritual do Tibet, que Richard Davidson, PHD em neuropsicologia e pesquisador na área de neurociência afetiva, direcionou suas pesquisas em neurociências para os aspectos da gentileza, da ternura e da compaixão. Umas das coisas mais importantes que descobri sobre a gentileza e a ternura, diz o pesquisador, é que se pode treiná-los em qualquer idade.

Os estudos nos dizem que estimular a ternura, em crianças e adolescentes, melhora os resultados acadêmicos, o bem-estar emocional e a saúde geral. É possível, não apenas, reduzir sensivelmente os casos de bullying nas escolas, mas preparar o indivíduo no sentido de torná-lo mais solidário, compassivo, características fundamentais para as sociedades de um mundo superpopuloso e em vias de esgotamento de seus recursos naturais.

Ideias como essa encontram amparo também em muitas teses atuais de pedagogos que já alertaram para o perigo da precariedade da educação atual. Sem educação, dizem os atuais pedagogos, os homens matarão uns aos outros. Estudos atuais sobre o comportamento comprovam que a inteligência sem a bondade é cega e desajeitada. Para alguns cientistas mais radicais, a bondade é a forma mais aprimorada de inteligência, pois conduz o indivíduo à empatia com o mundo, com as pessoas e com os problemas que o cercam. Da mesma forma, alguns cientistas enxergam a indiferença para o mundo ao redor, como uma comprovação da falta de inteligência. Nesse sentido, não pode haver inteligência, da forma que se entende hoje, onde faltam bondade e compaixão. Conceitos dessa natureza são cada vez mais perseguidos pelas mais modernas escolas do mundo, pois essa é a principal tarefa de toda a boa escola e de uma família saudável.

Educadores estão convencidos, hoje, de que a educação, concebida lá atrás e que visava a preparação de pessoas como força de trabalho, obedientes e mecanizadas, não mais tem lugar na atualidade. Por outro lado, a educação como forma de seleção empresarial está com os dias contados, pelo menos nos países que já compreenderam a importância de trazer, ao conhecimento, aspectos essenciais a todos os seres humanos, como é o caso da compaixão e da bondade.

Para o educador Cláudio Naranjo, “quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo”. Obviamente que no caso brasileiro, onde a educação vive ainda com carências básicas, como teto para cobrir escolas, carteiras para os alunos sentarem, banheiros e outras necessidades primárias, conceitos como esse soam tão estranhos e bizarros como outros que pregam a escola sem partido.

Pesquisas nas bases neurais da emoção, que têm como centro novos modelos para o florescimento humano, são o que existe de mais promissor nas áreas de educação. Europa, América do Norte e outros lugares do mundo anunciam uma nova revolução nos métodos de ensino. Esse tema é, para muitos, o caminho mais prático e seguro para mudar o mundo futuro, livrando os seres humanos da escravidão política, militar, religiosa, libertando os espíritos do fanatismo, do materialismo, revivendo o humano que nasceu bom, adormecido em cada um. Trata-se de uma tarefa e tanto.

 

A frase que não foi pronunciada:

“Anarquia é a morte da liberdade.”

La Guerronnière, político francês (1816-1875)

La Guerronnière. Imagem: wikipedia.org

 

Teletrabalho

Mais de 800 trabalhadores entrevistados, para uma pesquisa da empresa de recrutamento e recursos humanos Robert Half, aponta que nove em cada 10 entrevistados gostariam que as empresas estimulassem o teletrabalho. 67% dos entrevistados afirmaram que o trabalho pode ser perfeitamente realizado de casa.

Foto: Shutterstock

 

Adaptação

Sobre a necessidade de mudanças, as reuniões foram o assunto mais citado. A vídeo conferência substitui a presença para discussão de assuntos do trabalho, disseram 77% dos entrevistados. “Os resultados da pesquisa mostram uma necessidade maior de flexibilização no mercado de trabalho”, afirma Maria Eduarda Silveira, gerente da Robert Half. “Muitos profissionais estão preocupados com a saúde e a segurança no ambiente de trabalho. Além disso, muitos possuem filhos, e não há uma data para que as escolas voltem a funcionar”, disse a gerente em entrevista.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já estão locados, as duas pistas de retorno do Eixo Monumental, na Esplanada dos Ministérios. Sei que já estão locadas, uma em frente ao Ministério das Relações Exteriores, e outra em frente ao Ministério da Guerra, com duas pistas de sete metros separadas por um canteiro. (Publicado em 09/01/1962)