Tag: #EscassezDeAlimentos
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
instagram.com/vistolidoeouvido
Segundo relatórios elaborados pelas Nações Unidas, a população mundial deverá atingir, ainda este ano, 8,2 bilhões, sendo que, nas próximas duas décadas, esse número atingirá a marca de 10,3 bilhões de pessoas. O que é certo nesses números é que é praticamente impossível calcular, com uma exatidão científica, o número de pessoas vivendo hoje no planeta. De toda a forma, o crescimento populacional no mundo já adentrou para um patamar de extrema preocupação.
As previsões, do lado dos cientistas, são as mais pessimistas possíveis. A estatística, um ramo respeitado da matemática e que é levado a sério por muitos países na hora de programar e organizar as economias, adianta que o futuro imediato reserva enormes desafios aos governos e aos próprios habitantes da Terra. O dilema é deixar livre, por questões éticas, o nascimento de crianças pelo mundo e enfrentar adiante o problema na escassez de recursos naturais, ou partir para um programa de redução populacional de forma preventiva, evitando, assim, modelos reativos, em que as providências poderão ser coercitivas.
A China e a Índia conhecem esse problema de perto e sabem como é difícil administrar seus países com um número tão alto de habitantes. O Brasil, cujo índice de crescimento populacional gira em torno de 0,41% ao ano, e onde a economia patina ano após anos, não pode, de maneira alguma, fazer cara de paisagem sobre essa realidade que avança de modo exponencial pelo planeta. Caso não enfrente o problema de forma séria com competência, correrá o risco de ter que aceitar levas e mais levas de imigrantes de outras partes do planeta, somando, a seus diversos problemas internos, outros elementos ainda mais perigosos.
Ocorre que nosso país só poderá se debruçar sobre questões como essa quando, internamente, os elementos responsáveis pelos embates políticos tiverem sido sanados. Somente países que resolveram questões básicas de desentendimentos políticos estão aptos a encarar o maior desafio hoje, que é colocado diante da humanidade. Entre nós, questões dessa natureza passam ao largo, pois ainda nos vemos atolados no be a bá dos grandes problemas mundiais. O que parece necessário para encarar essa e outras questões globais urgentes é que se estabeleça, no comando do país, indivíduos dotados daquela que é a maior qualidade de um governante: o dom da conciliação e do estabelecimento natural de pontes de entendimento entre todos os brasileiros.
Enquanto nos engalfinhamos em rusgas interesseiras de natureza ideológica, o mundo vai explodindo a nossa volta. Talvez, quando resolvermos nossas pendengas internas, o mundo que conhecemos já não exista mais e nada mais fará sentido. Há, de fato, uma estreita ligação entre política e questões prementes como o da superpopulação. Observem que, na relação dos 10 países mais populosos do planeta, o Brasil aparece na 7ª posição. Nesse campo, os desafios globais são imensos e, por isso mesmo, necessitam de soluções em conjunto, que abordem também questões de sustentabilidade.
O físico Heinz von Foerster, nascido em 1911, previu, em seus cálculos complexos, que o ano de 2026 seria de grande aflição para a humanidade. Também o matemático Thomas Malthus (1766-1834), lembrado hoje como o pai da demografia, previu, estatisticamente, que o aumento populacional geométrico não acompanharia o crescimento da produção de alimentos, o que resultaria, num dado momento, em crises de fome. Hoje em dia, os chamados neomalthusianos defendem o uso de métodos contraceptivos em massa, sobretudo nos países subdesenvolvidos como maneira de controlar o crescimento da população e de combate à pobreza. Existe ainda um estudo elaborado por Antoni van Leeuwenhoek, inventor do microscópio, em 1679, que previa o limite de população que o Planeta Terra poderia sustentar: seria de 13,4 bilhões de habitantes.
Para os que ainda não compreendem questões dessa natureza e torcem o nariz para estimativas, sobretudo as mais pessimistas, é preciso lembrar que o futuro é feito de pequenos pedaços do cotidiano atual. Se juntarmos as más perspectivas para o futuro com as ações de depredação do meio ambiente, com fenômenos como o aquecimento global, que já chegaram até nós, é melhor começar logo a preparar a cama… Ou a cova.
A frase que foi pronunciada:
“O maior desenvolvimento na biologia reprodutiva é a pílula anticoncepcional. Ninguém nunca fala sobre isso, mas olhe para as consequências: demografia; envelhecimento da população; a população em declínio da Europa, Japão; imigração. É incrível.”
Gregório Stock
História de Brasília
O empreiteiro que está plantando grama na 105 está sendo sabotado. Agora, recebeu ordens para parar o serviço por falta de irrigação. Isto representará um prejuízo, porque haverá dispensa de pessoal, e, depois, um novo fichamento irá provocar mais demora. (Publicada em 27.04.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Para onde quer que o cidadão volte a cabeça, aparecerá um problema dos grandes que necessita ser resolvido o quanto antes. Afinal, estamos imersos até o pescoço em tempos de grandes desafios, interna e externamente. O mundo e o país, nestas duas décadas iniciais do século 21, mudaram como em nenhum outro período. Há claramente uma forte tensão do tipo planetária. Em parte, decorrente das mudanças climáticas, que vão se mostrando cada vez mais intensas, ameaçando a sobrevivência de nossa espécie.
Indiferente ao que ocorre, governos diversos parecem estar se preparando para a intensificação do que seria a inevitabilidade das guerras, com um possível alastramento de tensões em vários continentes. Tendo que suportar mais de 7 bilhões de habitantes, a Terra segue, segundo especialistas, rumo a um estado de exaustão de recursos naturais.
Em tempos assim, em que as bocas são muitas e os alimentos cada vez mais escassos e caros, os conflitos armados medram como erva daninha. Durante o longo período da história humana, crise de recursos e alimentos levaram a muitas guerras sangrentas.
Internamente, o Brasil tem que lidar com seriedade para impedir a todo custo a destruição contínua de nossos biomas e riquezas naturais. Mesmo com toda a importância que possa ter para a balança comercial do país e para a economia nacional, o agronegócio tem sua parcela de culpa na questão ambiental.
O Brasil já deveria ter aprendido as muitas lições do seu passado colonial, sobretudo com os processos de monoculturas cultivadas em vastíssimos latifúndios. Desses ciclos, pouco restou. Do mesmo modo, deveríamos ter assimilado as lições e experiências com as nefastas práticas da mineração, num tempo em que o país era perfurado de Norte a Sul em busca de ouro, pedras preciosas e outros minerais. Do período da mineração restaram enormes extensões de terras totalmente arrasadas e sem mais serventia. Nenhuma dessas lições foi de fato retida em nossa memória, o que resultou, obviamente, na repetição dos mesmos caminhos errados de outrora.
De alguma forma, retornamos ao período colonial, mudando apenas de metrópole. Continuamos no mesmo lugar do passado, como economia complementar e periférica. Trocamos Portugal pelo restante do planeta, mas, ainda assim, continuamos como colônia do mundo, abastecendo diversos países com produtos primários de pouco ou nenhum valor agregado. Para atingirmos essa pretensa excelência produtiva, tivemos que prosseguir com a destruição de nossas riquezas naturais. Não há cantos nesse país em que os desmatamentos, as queimadas e as enormes crateras no solo não se mostrem em quantidades. Do mesmo modo, é visível o desaparecimento de muitos cursos d’água, assoreados por nossa ganância.
Desse ponto de vista histórico, permanecemos correndo em círculo, repetindo os erros, mesmo conhecendo as consequências ruins de cada um deles. Os incêndios gigantescos que consumiram boa parte dos canaviais no estado de São Paulo e que ameaçaram sufocar todo o país resultam da substituição da policultura pelo cultivo da cana-de-açúcar em grandes latifúndios mecanizados.
A frase que foi pronunciada:
“Biocombustíveis, como o etanol, exigem enormes quantidades de terras cultiváveis e acabam substituindo plantações de alimentos ou áreas naturais selvagens, o que não é bom.”
Elon Musk
História de Brasília
Foi o que o dr. Laranja fêz, uma portaria com os mesmos nomes, estendendo as sindicâncias às administrações passadas. Pouco depois de saber disto, o dr. Paulo Nogueira comunicou-se pelo telefone com o dr. Laranja e pediu para que fosse sustado o seu ato, o que foi feito com relação à publicação no Diário Oficial, não sendo possível, entretanto, retirá-lo do Boletim da Companhia, que já estava rodando, sendo, depois, recolhido por ordem do presidente da Novacap. (Publicada em 17/4/1962)