O descaso em forma de violência

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Charge do Duke

 

Repensar a democracia no Brasil, suas virtudes e vícios, talvez seja o principal desafio a ser enfrentado em nosso tempo por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, desejam o bem do país, a pacificação da nação e, sobretudo, um futuro menos distópico para as próximas gerações.

De fato, pelo que temos assistido até aqui, não há, por parte do Estado, nem vontade, nem iniciativas que busquem um verdadeiro projeto para o Brasil. Talvez, por isso, o tão sonhado país do futuro vai, como em outras ocasiões, sendo postergado. Afinal, pensar o país fora da bolha política e em total sintonia, como deseja a maioria da população, virou uma espécie de ultraje aos que desejam a manutenção do status quo. Nem mesmo nas universidades, berços do pensamento, observa-se iniciativas sinceras devotadas a pensar o Brasil. Permanecemos naquele limbo de dúvidas, com a única certeza de que existe um projeto para o país que aponta sempre para o atraso e o descaso.

A perversidade herdada de tantos séculos de escravidão e exploração do homem pelo homem moldou entre nós uma classe dominante e política insensível a questões como as desigualdades. Uma elite incapaz de se situar dentro do Brasil real. Observe, como exemplo desse desdém pelo país, a reunião entre os governadores e o atual presidente para tratar de um plano de segurança, a fim conter, segundo o governo, o avanço contínuo do crime organizado sobre a estrutura do Estado. Se houvesse, de fato, um projeto para o Brasil, esse teria começado lá atrás, quando problemas dessa natureza estavam apenas dando seus primeiros passos.

Há décadas, o educador Darcy Ribeiro alertava para o crescimento desse problema: “Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.” De lá para cá, a situação da violência em nosso país foi num crescendo tal que, hoje, o governo busca soluções milagrosas e ainda enviesadas de ideologias para resolver um problema que parece ter crescido para além das possibilidades de o Estado resolver.

Talvez tenhamos, nos últimos anos, mais presos nas celas que existem ou construído mais presídios do que universidades e escolas. Isso é uma anomalia que não tem fim. Estamos fadados a correr eternamente atrás do rabo, como um cão endoidecido, consertando a fechadura depois de ter a porta arrancada. Reuniões como a ocorrida nesta semana no Palácio do Planalto mostram que, além das pantomimas habituais, o cerne do problema escapa das mãos dos políticos, como areia fina.

Ao mesmo tempo em que presídios de segurança máxima são erguidos, o Estado, pelas mãos de seus magistrados, libera o uso das drogas, um dos principais insumos para mover a máquina do crime organizado. Boa parte de nossas metrópoles ostenta hoje periferias que são áreas controladas por uma criminalidade fortemente armada e que não aceita a intromissão do Estado. Nessas periferias onde mandam as quadrilhas, as escolas foram transformadas em zonas de alto risco para os professores, com o tráfico de drogas correndo solto e todo o tipo de violência.

Ciente dessa questão, muitos governadores buscaram, no modelo de escolas militares, uma solução exitosa para fazer com que esses estabelecimentos funcionassem com um mínimo de eficácia. Educação não se faz sem um mínimo de disciplina. Muitas mães de alunos aprovaram o modelo, mas o Estado, por questões ideológicas, achou por bem pôr um fim nessas escolas, sem ouvir os contribuintes, retornando ao modelo antigo no qual os alunos mandam. E pensar que existe país pelo mundo que transforma antigos presídios em escolas ou hospitais, por absoluta falta de meliantes para prender. Acreditar que a maioria dos políticos resolverá o problema de violência em nosso país é persistir na ilusão. O descaso é também uma forma de violência e uma derrota para todos. Diante de uma situação que tomou proporções continentais, o que temos que fazer agora é buscar meios para que, num futuro breve, não tenhamos que negociar diretamente com uma espécie de Estado paralelo governado por facções do crime.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“A escola é uma prisão onde se aprende a ser livre”
Quintino Cunha

 

Errei
Na última quinta-feira (31/10), cometi dois erros. O primeiro é referente ao número de mortos no rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que foram 19 no total. O outro é referente a Fundação Renova, que continua ativa, e não extinta como diz no texto. Veja mais detalhes do assunto a seguir.

–> Conforme previsto no acordo de repactuação, a transferência das iniciativas executadas pela Fundação Renova para a Samarco será feita de forma gradual e planejada em até doze meses, com aproveitamento do conhecimento das equipes da Fundação. As ações realizadas pela Fundação Renova, que passam a ser obrigação de fazer da Samarco no âmbito da repactuação, seguirão em andamento.

A Fundação Renova informa que até setembro de 2024 foram destinados R$ 38,2 bilhões às ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 15,05 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,99 bilhões em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando R$ 18,04 bilhões em 447,2 mil acordos. Ações integradas de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento estão acontecendo ao longo da bacia e visam à melhoria da qualidade da água.

Att,

Assessoria de Comunicação
imprensa@fundacaorenova.org
www.fundacaorenova.org

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A Fundação Renova preza pela qualidade de vida e incentiva a realização das atividades dentro do horário de trabalho. Por isso, se você receber mensagens fora do expediente, sinta-se à vontade para responder quando voltar as suas atividades. . AVISO – Esta mensagem contém informação para uso exclusivo do nome endereçado acima. Ela pode ser reservada, confidencial ou altamente confidencial. Se você recebeu esta mensagem por engano, comunicamos que a disseminação, distribuição, cópia, revisão ou outro uso desta mensagem, incluindo anexos, é proibida. Favor avisar-nos retornando este e-mail e destruindo esta mensagem, incluindo anexos. NOTICE – This message is intended only for the use of the addressee(s) named herein. It may be reserved, confidential or highly confidential. Unauthorized review, dissemination, distribution, copying or other use of this message, including all attachments, is prohibited and may be unlawful. If you have received this message in error, please notify us immediately by return e-mail and destroy this message and all copies, including attachments.”
Fundação Renova – Documento Publico

 

Portas abertas
Centenas de pessoas de Goiás e Brasília com o sobrenome Chaves articulam um grande encontro para os próximos meses.

Foto: picapauentalhes.com

 

Inovação
Abertas as inscrições pela Biolab, até 15 de novembro, para startups com soluções inovadoras para a saúde. É uma grande oportunidade para as universidades com pesquisas de ponta que têm a oferecer propostas efetivas desde o papel da IA e novas oportunidades na jornada médica, soluções em softwares para otimização do desenvolvimento. No blog do Ari Cunha, o assunto com detalhes.

 

História de Brasília
“Na Universidade de Brasília, um tapeceiro chegou para cobrir a parede. O mestre de obras disse que a parede não havia sido levantada. Sente aí e espere um pouco.” (Publicada em 21/41962)

Cérebros distantes

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Ilustração: Cemile Bingol/Getty

 

Num mundo em que as tecnologias e as ciências se converteram no mais importante capital de um país, fica evidente que quanto mais desenvolvida for uma nação, mais e mais cientistas e pesquisadores ela necessita para manter alto seu padrão de desenvolvimento humano.

Só para se ter uma ideia da importância das ciências para o desenvolvimento de um país, os Estados Unidos investiram aproximadamente R$ 500 bilhões em pesquisas no ano de 2021 e vêm aumentando gradativamente esses valores a cada ano. Lá, a maioria das centenas de universidades investem em pesquisa, pois sabem que esse é o modelo de ensino que mais atrai investimentos, além, é claro, de conferir prestígio a essas instituições.

O governo federal americano investe pesado em pesquisas acadêmicas por meio de agências como o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Departamento de Defesa; Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço; Departamento de Energia; e o Departamento de Agricultura. Os governos estaduais também investem em pesquisas, bem como os fundos próprios das instituições, organizações sem fins lucrativos ou apoiadores privados entre outros negócios. Esses investimentos em pesquisas são avaliados de forma séria e servem para medir o grau de atividade de pesquisa de uma universidade. Essas instituições são avaliadas ainda por indicadores como publicações, citações, comercialização de descobertas, além de prêmios acadêmicos recebidos. Apenas no ano de 2022, 21 universidades ultrapassaram a marca de U$ 1 bilhão em pesquisas e desenvolvimento. Somente a Universidade de Johns Hopkins investiu U$ 3,18 bilhões em pesquisas e desenvolvimento.

Com relação ao Brasil, no mesmo ano de 2021, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, foram investidos em pesquisa algo como 1,2% do PIB, mas esse valor vem diminuindo ano a ano. Também o setor empresarial, que no passado chegou a investir grandes somas em pesquisas, passou a reduzir esse tipo de investimento, em decorrência das más condições econômicas do país, agravada pela elevação sem precedentes da carga tributária e de outros encargos.

O Brasil segue na contramão dos países desenvolvidos quando o assunto é investimento em pesquisas. Não por outra razão, os cientistas e pesquisadores brasileiros, assim que alcançam um patamar de conhecimento respeitável, tratam logo de sair do país em busca de outras instituições e empresas estrangeiras, dispostas a bancar, o quanto for, por pesquisas que levem a descobertas valiosas. O fato é que, sem dinheiro, não há ciência, nem coisa alguma. A cada novo corte nos gastos do governo, as áreas das ciências e educação são as mais penalizadas. Desde sempre, nosso país assiste calado a uma verdadeira diáspora científica, com milhares de pesquisadores abandonando o Brasil, quer por vontade própria, quer por motivo de convite de empresas e universidades interessadas em seus trabalhos. Em termos de financiamento em pesquisa, não há como competir com países como os Estados Unidos, Alemanha ou China. Por outro lado, também não existe, por parte do governo, uma crença ou convicção sedimentada na importância das pesquisas para o progresso do país.

No último mês de julho, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), por pressão dos próprios acadêmicos do país, anunciou que fará a abertura de um processo de seleção para o Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil. Pelo edital do Programa haverá a escolha de até mil projetos de pesquisadores que trabalham hoje no exterior e que, porventura, desejam retornar ao Brasil. A ideia é oferecer uma bolsa mensal, mais verbas para pesquisa, viagens e outros benefícios, como contratação de plano de saúde para a família e previdência.

Um dos empecilhos, além do dinheiro oferecido lá fora, é que as ciências hoje experimentam um novo modelo, em que a mobilidade é parte integrante da própria ciência, já que os pesquisadores precisam trocar informações, conhecer novos métodos de pesquisa, novos equipamentos e um mundo de outros meios para a realização de pesquisas.

Atualmente, há aproximadamente 1.200 pesquisadores brasileiros espalhados por cerca de 42 países, embora o número exato de cientistas que deixaram o Brasil ainda seja desconhecido e pode ser ainda muito maior. A fuga de cérebros em nosso país é antiga e persiste ainda hoje, sendo um indicativo de que estamos distantes ainda do ideal de pesquisa e portanto do ideal de desenvolvimento.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O mercado de ações está cheio de indivíduos que sabem o preço de tudo, mas o valor de nada.”

Philip Fisher

Philip Fisher. Foto: reprodução da internet

 

Desrespeito

O marketing agressivo das operadoras de celular não permite que o cliente manifeste sua vontade. Até permite. Mas não há treinamento para aceitá-la. Depois de responder que não há interesse na promoção, é apresentada outra oferta. A seguir uma negativa e outra promoção. E a conversa se desenrola presa em um script lido por alguém desprovido de respeito e empatia. Os idosos são os que mais sofrem.

Charge do Miozzy

 

História de Brasília

Em vista dos últimos acontecimentos o prefeito Sette Câmara mandará publicar no “Diário Oficial” todos os pagamentos efetuados pela Novacap. A Comissão entrará em funcionamento imediatamente não se sabendo, entretanto, do afastamento ou não do dr. Laranja Filho. (Publicada em 18.04.1962)

Adultos mirins

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Ilustração: Gorka Olmo (brasil.elpais.com)

Um fenômeno dos tempos atuais que tem chamado muito a atenção de psicólogos e mesmo de áreas ligadas à antropologia e à sociologia tem deixado em estado de choque não apenas os pais, mas também muitos setores da sociedade e, sobretudo, dentro do governo e da política. Trata-se da chamada síndrome do imperador.

Diagnosticada nos fins do século 20 por psiquiatras europeus e que, em sua origem, foi observada apenas no comportamento voluntarioso de certas crianças dentro do círculo familiar, essa síndrome decorre, basicamente, do comportamento narcísico dos pais que, por meio de uma postura “neurótica” e, de certa forma, doentia, passam a acreditar na ideia de que têm a obrigação de fazer seus filhos felizes a qualquer custo. Com isso, constroem um mundo em torno da criança em que a frustração ou quaisquer tipos de obstáculos da vida desaparecem como por um passe de mágica. Dessa maneira, os pais vão dando vida aos pequenos tiranos, impedidos de crescer e de sentir as múltiplas contrariedades reais apresentadas pela vida.

Esses pequeninos não são capazes de esperar, criar, negociar, ceder ou se frustrar. Da família, que é a célula da sociedade, esses “adultos mirins” saem e vêm compor muitos setores da vida adulta, inclusive dentro do Estado e do governo. E é aí que o perigo mora. É verdade que ainda são muito incipientes as pesquisas que indicam, dentro de parâmetros científicos, que essas e outras características dessa síndrome estão presentes em indivíduos com relevantes cargos ou funções dentro dos governos. Não só no Brasil, mas em muitos outros países na atualidade.

Ocorre, no entanto, que esse comportamento exótico tem sido observado com frequência cada vez maior nas atitudes e mesmo na condução de assuntos de grande importância para toda a sociedade, e não raro culminam em atitudes que deixam transparecer sinais de que se tratam de adultos com comportamento infantil e birrento, que não admitem contestações, são intransigentes e não cedem a argumentos mesmo quando estão diante de fatos indiscutíveis.

Em alguns casos, quando alçados a posições em que lhes permitem confeccionar ou executar leis, não se intimidam em criá-las ou impô-las, visando, objetivamente, dar proeminência a si e aos seus grupos de apoio.

Tem sido cada vez mais comum associar o comportamento de certos políticos com a síndrome do imperador. Um apanhado mais atento na biografia de algumas dessas destacadas autoridades da atualidade revela que muitas dessas lideranças que estão conduzindo os destinos de nações inteiras apresentavam, desde a infância, características fortes e marcantes que compõem o perfil do indivíduo com a síndrome do imperador.

Isso é um problema evidente dentro do mundo político, embora se saiba, desde a fundação do Estado, que o poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce não apenas a força física, mas as vontades e os humores dos mandatários.

Não é por outro motivo que muitas prioridades da sociedade passam a ser subordinadas às prioridades do grupo dominante e intransigente. Assim é que esses “imperadores” começam a reivindicar também o monopólio da força, dentro de princípios de relações antagônicas que reduzem o Estado ao choque de amigos contra inimigos, como num jogo de disputa infantil. A política para esses novos imperadores se resume a uma guerra constante.

Com isso, a própria atividade política perde seu mais alto e maduro objetivo: o espírito republicano. O pior é que a ausência de um comportamento equilibrado passa a ter influência negativa sobre a sociedade, já que a ética da vida pessoal passa a se estender à ética do Estado. De fato, parece que estamos vivendo em um mundo cada vez mais infantilizado, e isso é perigoso, já que o bem comum passa a ficar em segundo plano, prevalecendo tão somente o desejo do poder desses imperadores modernos.

 

A frase que foi pronunciada:
“Leitura, antes de mais nada, é estímulo, é exemplo.”
Ruth Rocha

Ruth Rocha. Foto: moderna.com

 

Estranho
Incompreensível que uma ambulância com placa que não seja do DF seja multada por usar a via BRT. Ambulância leva pacientes de emergência. É preciso revisar esse estatuto.

 

Condenação
Está a caminho da Presidência, um texto de projeto de lei que condena o agressor sexual a pagar um ressarcimento à vítima, como parte da condenação. O texto passou pela Câmara dos Deputados, segue para o Senado e a última instância para análise é a Presidência da República.

 

História de Brasília
Não possuírem, até hoje, sequer um lugar comum para morar, é um absurdo. Não há apartamentos, e aqui está uma sugestão para o Cel. Dagoberto. Há diversos prédios particulares construídos, prontos, e que não foram vendidos. Por que não adquirir esses apartamentos de particulares e alugar aos funcionários? (Publicado em 10/4/1962)

Grande cemitério

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Foto: Reprodução

 

         Em vídeo de grande repercussão, que circula nesse momento pela Internet, é apresentado, ao distinto público brasileiro, uma pequena mostra da dura e perigosa realidade vivida hoje por milhares de professores em todo o país, dentro das salas de aula.

         Filmado pelos próprios alunos, na Escola Estadual Carlos Alberto de Oliveira, em Assis, o vídeo flagra a fúria e o descontrole de um adolescente de 15 anos contra o professor de Biologia de 58 anos, em cenas ocorridas nessa terça-feira, 10 de abril. Por muito pouco, o aluno agressor não parte para as vias de fato. Mas de dedo em riste na cara do mestre, o estudante ameaça o docente, joga objetos em sua direção, retira bruscamente sua cadeira por trás, joga sua mesa e seus objetos no chão, tudo numa onda de selvageria, que é apoiada pelo resto da turma aos gritos, incentivando ainda mais as cenas lamentáveis.

         O professor não reage em instante algum, limitando sua ação em pedir que o aluno se retire de sala. É visível o constrangimento e mesmo o medo do professor diante de um aluno descontrolado e violento, que, caso estivesse armado – o que seria hoje muito provável -, não hesitaria em ferir ou mesmo matar o profissional por motivo injusto e fútil.

         As cenas de barbárie, lógico, correram o mundo, oferecendo um pequeno close do nosso cotidiano dentro das escolas e que muito pouco difere da vida real fora das escolas. Para as autoridades que deveriam agir de imediato e com firmeza, restou a nota que diz: “o importante é trabalharmos uma visão holística, a qual envolve um olhar sobre todas as dimensões do indivíduo (desejo, crenças, sentimentos e afetividade) em conjunto com a comunidade escolar de forma que cada uma exerça seu papel a favor do bem comum.”

         A visão “holística” aqui, no tempo em que havia civilidade, era chamar os pais, depois de fazer um boletim de ocorrência na delegacia e depois de desligar o aluno da escola. Não se trata de um problema novo ou inusitado, mas demonstra, isso sim, um avanço, cada vez maior, da violência dentro de nossas escolas, contaminando, como um todo, as instituições de ensino e tornando a outrora respeitada profissão de docente em uma atividade insalubre e de grande risco de morte. Atos sem consequências.

          Não será exagero se, mais adiante, não forem exigidos, por parte desses profissionais, acréscimo salarial por conta da extrema periculosidade da função. Ninguém precisa ser especialista em educação, psicologia, pedagogia e outras disciplinas voltadas ao ensino para saber que esse avanço paulatino da permissividade e violência dentro das escolas decorre, antes de tudo, de um desequilíbrio flagrante entre deveres e direitos, sendo aqui, nesse caso específico e em outros já registrados, a ausência ou mesmo a falta de punição adequada e correspondente ao nível de agressão.

         Em alguns países, essas cenas terminariam com o aluno sendo algemado conduzido a algum centro de reeducação de menores, à disposição da Justiça. Por aqui, a frequência com que esses casos vêm ocorrendo mostra bem que a impunidade é, em última análise, também, o motor propulsor desses atentados. É justamente a impunidade e a leniência das leis que estimulam os crimes, começando pelos pequenos delitos e tendo como desfecho os crimes de mortes e de chacinas de inocentes. Somos, nesse caso e em outros, compartícipes desses atentados, dentro e fora de casa, quando toleramos comportamento longe daquilo que seria minimamente civilizado.

         Muitos desses menores, verdadeiros infratores em potencial, são preparados ainda dentro dos lares e depois enviados para as escolas, na ilusão de que irão ser civilizados nesses ambientes externos. O que o país assiste, de mãos e atitudes amarradas, é a formação de uma grande legião de menores totalmente sem freios e sem leis, largados pelados de éticas, em meio a uma sociedade que parece acordar apenas naqueles momentos de grande comoção, quando delinquentes entram com machados em escolas e deixam um rio de sangue.

         Depois disso, passado o susto e comoção, voltamos sonolentos para nosso berço esplêndido, à espera de que outro susto venha nos perturbar a paz nesse grande cemitério chamado Brasil.

 

 A frase que foi pronunciada:

“O que educa é corrigir o erro na base da consequência. É corrigindo o erro que se aprende.”

Içami Tiba, foi médico e psiquiatra

Içami Tiba. Foto: Arquivo Pessoal

 

Há controvérsias

Na discussão alterada dos deputados em Comissão, onde participava Flávio Dino, uma coisa ficou clara. Os dados da violência no país não batem nem com o Ipea, nem com o monitor da violência do G1. Veja, a seguir, os indicadores da época.

 

História de Brasília

No Setor Comercial Residencial à altura das casas da Fundação, uma máquina estava fazendo movimento de terra, e, por isto, foi preciso retirar  as árvores plantadas outro dia. Terminado o trabalho, quem arrancou as árvores não plantou, novamente, como seria lógico. (Publicada em 18.03.1962)

Educação, livros e Internet

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Foto: bbc.com

Mudanças radicais já afetam o alicerce pedagógico e didático. A começar pela distância entre professor e aluno, no que tange à tecnologia. Nos últimos anos ficou patente que escolas públicas de qualidade, seguindo não o modelo de empresas do Estado, são criadas apenas para atender às demandas fisiológicas de seguidos governos, e não voltadas para uma missão de longo prazo em prol da educação.

Não se trata da constituição de mais uma empresa estatal obsoleta e dispendiosa, nos moldes do que já existe, mas de um conjunto de instituições voltadas, exclusivamente, para dar suporte ao ensino público de qualidade, num país, que todos sabemos, continental e com desigualdades enormes. Ocorre que, para atingir esse fim, não se pode, de modo algum, prescindir de tecnologia, além dos livros e, principalmente, do acesso a livros e edições de alto nível, englobando o que a literatura nacional e a mundial têm produzido de melhor.

Obviamente que, para uma tarefa tão gigantesca, essa nova instituição deveria reunir, em torno de si, um corpo formado por intelectuais da área de educação de reconhecida expertise, além de, educadores, empresários do ramo da editoração, escritores, professores, técnicos em TI e outros profissionais dedicados a um só objetivo: aplainar os caminhos para que todos os brasileiros entrem em contato e se aproximem cada vez mais da realidade.

Por certo, esse seria projeto de longo prazo, já que reverter esse quadro é uma realidade indiscutível. Ocorre também que, nos diversos certames onde a qualidade de nosso ensino, de forma geral, é posta à prova, o denominador comum que sempre surge indica que, por falta de uma maior familiaridade com a leitura, nossos alunos não sabem interpretar um texto simples ou indicar, com clareza, que assunto é ali abordado. A falta de hábito e de exemplos em casa cooperam para os tristes indicadores. Inegável também é que enquanto a educação se desenvolve cada vez mais mundo à fora, na nossa América, a escola ainda é a melhor opção para encher a barriga.

A internet e os livros (digitais ou não) são os degraus necessários para que a juventude brasileira acompanhe o progresso e a realidade mundial. Em países livres, os jovens são pensantes. Quando se vislumbra o tempo enorme que levaria para a educação brasileira ser reconhecida pela qualidade, surge o antropólogo Claude Levi-Strauss, em sua obra “Triste Trópicos”, de 1955, onde chegou a notar que estávamos destinados a passar da barbárie à decadência, sem, ao menos, conhecer a civilização.

É desse salto no escuro que temos que nos precaver, precisamos criar bases sólidas para adentrarmos o futuro com segurança, ainda mais quando verificamos a imensa disparidade existente hoje entre alunos com acesso efetivo a redes de informática e uma imensa maioria formada por brasileiros off-line ou fora das redes.

O fechamento de escolas, teatros, bibliotecas, museus, galerias, livrarias e outros diversos centros de cultura, fenômeno que já vinha sendo observado antes da pandemia, apontava para uma situação calamitosa que estava por vir. Esse desmanche das culturas se acentuou ainda mais, empobrecendo a vida em cidades e forçando-nos a uma espécie de regresso ao tempo da barbárie. Temos que evitar esse retorno no tempo, dando, às novas gerações, o caminho das pedras escondido nos livros e os mapas do tesouro por traz das redes de conexão.

 

A frase que foi pronunciada:

“Se as crianças podem se envolver muito com os videogames, há uma maneira de elas também se envolverem muito com a educação.”  

Elon Musk

Foto: EFE/EPA/GEORGE NIKITIN

 

Boa ideia

Professora Vivian Nogueira embarca na carreta-escola para aulas de gastronomia. São 900 vagas para profissionalização com o curso que começa nesta segunda e vai até o dia 20, totalmente gratuito. Pizza, salgadinhos, confeitaria e áreas de gerenciamento de pessoas, empreendimentos e até mídias sociais. Começa na Ceilândia, mas há a modalidade online para quem quiser participar. Veja os detalhes no link https://escolamoveldegastronomia.com.br/.

 

Política genocida

Vendo aqueles índios em situação de penúria, veio uma imagem publicada pela revista Istoé de 2007, que mostrava o antes e depois de uma criança desnutrida quando passou a consumir a Multimistura, que salvou muitas crianças da desnutrição, no Brasil e em outros países. O feito é da Dra. Clara Brandão, médica e nutróloga, formada pela Universidade de São
Paulo (USP), que tem especialização em pediatria e nutrologia. Segundo a revista, a médica foi trocada por enlatados da Nestlé e Procter & Gamble. À época, a médica declarou que essa troca era uma política genocida.

 

História de Brasília

Indústria chama indústria. Com a Disbrave construindo uma oficina de automóveis na W-2, em frente, numa invasão, já existe um barraco onde está instalada uma subsidiária de auto capa. (Publicada em 15.03.1962)

Vida digna pela paz, educação e trabalho

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Maternidade bombardeada na Ucrânia. Foto: MFA Ucrânia / Twitter

 

         Novos tempos se aproximam, enquanto crises se aprofundam de todos os lados. Um mundo mais imediatista, onde guerras se instalam com diferentes tipos de armas. Quando a humanidade, por suas escolhas, vê-se, mais um vez em sua história, imersa nos campos áridos da disputa e da luta fratricida, é sempre necessário e vital buscar, nas pausas da reflexão, a luz e a sabedoria daqueles que, por sua experiência e bom senso, podem indicar os caminhos de volta à vida.

         É em encruzilhadas e abismos, como agora se anunciam no Leste da Europa, que, mais do que nunca, é preciso convocar a presença dos verdadeiros construtores de pontes, a restabelecer laços e vínculos perdidos. “É na viagem que fiz à Romênia e à Eslováquia, quando passava pelas aldeias havia pessoas que me cumprimentavam, rapazes, garotas, jovens casais, homens jovens, mulheres jovens, mas de uma certa idade só havia mulheres; quase não havia homens idosos: a guerra! Tudo isso é muito duro. Acredito que temos que reagir, a guerra é terrível. E temos que fazer algo novo sobre esse fracasso, encontrar uma lição de vida nisso,” disse o papa Francisco à Delegação do Instituto de Estudos Internacionais de Salamanca (Espanha), na quinta-feira, 26 de janeiro de 2023.

         Nesse momento, a Educação parece ganhar uma dimensão toda especial e urgente, uma vez que se observa que, é justamente por se afastar de uma educação que induza à fraternidade e à partilha que, mais uma vez, ouve-se falar em guerras e destruições.

         A educação, nos moldes em que ela é ativamente desenvolvida em vários países do globo, estimula, sobremaneira, o espírito da competição entre o alunado, para que sobreviva numa sociedade cada vez mais competitiva e excludente. Essa é a raiz da maioria das guerras.

         Para a educadora italiana, construtora de pontes, Maria Montessori (1870-1952), na educação estruturada para a competição, está o princípio da maioria das guerras que temos assistido ao longo da história humana. “A paz – dizia ela – não escraviza o homem, pelo contrário, ela o exalta. Não o humilha, muito ao contrário, ela o torna consciente de seu poder no universo. E porque está baseada na natureza humana, ela é um princípio universal e constante que vale para todo ser humano.”

         É esse princípio que deve ser nosso guia na elaboração de uma ciência da paz e na educação dos homens para a paz. Tivessem os generais e políticos que hoje estão envolvidos direta e indiretamente nesse conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia recebido, em tempo de escola, uma educação próxima daqueles conceitos Montessorianos, por certo, não estaríamos assistindo agora ao espetáculo horrendo da dança da morte nos campos de batalha.

         O que os soldados fazem agora nas frentes de batalha, a mando de seus superiores, é repetir o modelo de competição que recebiam em suas escolas. Com uma diferença: agora os jogos e as disputas saíram das salas de aula e estão sendo praticadas de arma em punho, numa autêntica caça humana.

         Sempre que possível, é preciso aprofundar o tema educação, incentivando a reflexão pelo pacto Educativo Global, conforme convocado pelo próprio Papa. Entre os objetivos, estão: Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia. Verificar o impacto das políticas públicas na educação. Identificar valores e referências em vista de uma educação humanizadora na perspectiva da solidariedade. Pensar o papel da família, da comunidade e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino. Incentivar propostas educativas que promovam a dignidade humana, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, pelo trabalho.

 

A frase que foi pronunciada:

“Não há necessidade de provar que a educação é o maior bem para o homem. Sem educação, as pessoas são rudes, pobres e infelizes.”

Chernyshevsky

Nikolay Gavrilovich Chernyshevsky. Imagem: domínio público

 

Água

Em tempos de chuva é que se vê a qualidade das obras da cidade. Algumas se destacam pelo serviço bem feito com material consistente. É preciso mais atenção na contratação de empresas de terraplanagem e pavimentação asfáltica. As reclamações estão por todos os lados.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

 

Marimbondos e abelhas

Momento de discussão de preservação de flora e fauna merece um tempo de reflexão. O Corpo de Bombeiros não é capacitado pra o tratamento de invasão de abelhas. Por isso, quando é chamado, o protocolo é exterminar. É hora de a Embrapa disponibilizar um ramal para chamados de urgência quando for preciso tratar de marimbondos e abelhas.

Foto: Reprodução/CBMDF

 

História de Brasília

Os fiscais da NOVACAP, aproveitando a expulsão dos que estavam em situação irregular, vivem, agora, pressionando os que ficaram, e o suborno é um fato. É comum um fiscal chegar a um comerciante, insinuar-se o dono de tudo, fazer “compras” e não pagar. (Publicada em 15.03.1962)

Só a educação pode salvar o país da corrupção

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Charge: ciceroart.blogspot.com

 

         Sempre se ouvia do filósofo de Mondubim: “Ladrão de tostão é também ladrão de milhão”, ou “Ladrão endinheirado não morre enforcado”. Em homilia famosa, intitulada “Sermão do Bom Ladrão”, Padre Antônio Vieira já alertava, no século XVII, para esse problema que, de alguma forma, encontraria, no Brasil Colônia, um paraíso para seu pleno desenvolvimento: “os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com mancha, já com forças roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor nem perigo: os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.”

         Foi a partir do estabelecimento do marco civilizatório por essas bandas, em pleno período colonial, que a miscigenação das raças e etnias, necessárias para o processo de colonização dessas vastas porções de terras no novo mundo, associadas a um tipo específico de exploração intensa das riquezas, feitas por mãos escravas, num tempo em que leis e direitos só beneficiavam as classes dominantes, que a corrupção encontrou terreno fértil para prosperar.

         Da formação original do Brasil até o nosso tempo, não há período algum onde essa praga não tenha fincado suas unhas. Acreditem: há mais de cinco séculos, essa terra tem sido saqueada sem descanso. Espantoso é notar que o país tenha sobrevivido a essa rapinagem sistemática por tanto tempo, e mesmo no século XXI, quando veio à tona o maior e mais volumoso caso de corrupção de todos os tempos, ainda se avistam, pelas classes políticas, mais e mais recursos públicos que podem ser saqueados sem cerimônia, sob o olhar complacente dos tribunais.

          A solução para esse mal histórico poderia encontrar alguma saída mais segura e duradoura através de um processo intenso de educação de qualidade para todos. Haveria alguma relação visível entre o modelo de educação pública seguido pelo Brasil nos últimos tempos e o alto grau de comprometimento das grandes empresas nacionais em práticas de corrupção, mostrado pelas investigações correntes do tipo Lava Jato?

         Se, à primeira vista, estas questões parecem dissociadas umas das outras, observadas mais de perto, o que se verifica, contudo, é que, na origem dos modelos do comportamento reprováveis seguidos pelas empresas e por  suas lideranças, acham-se enraizados, também, posturas e arquétipos herdados lá trás, ainda nos primeiros anos de escola. Não que o modelo de educação tenha contribuído, de forma ativa para formar cidadãos insensíveis às boas práticas. Mas o modelo de educação, seguido em nossas escolas, de alguma forma tem sido, para usar uma expressão corrente, leniente nos assuntos relativos à formação ética, deixados de lado e suplantados por outros aspectos de natureza mais informativos.

         Em outras palavras, nossas escolas têm dado relevo e ênfase apenas aos conteúdos, relacionados na grade curricular, relegando, a segundíssimo plano, a parte formativa relacionada diretamente ao comportamento humano e baseado nos princípios da ética e das boas práticas. Ensinam matemática, mas fecham os olhos para os deslizes de comportamento dos alunos no dia a dia, e ainda acabam por estimular estas más condutas, ao não exercerem, de fato, a autoridade e a disciplina, assuntos que, nos dias correntes, transforam-se em verdadeiros tabus. A falsa crença de que liberdade sem limites serve aos propósitos de uma escola moderna, tem mostrado seus resultados. O crepúsculo paulatino da autoridade do professor, como indutor principal do processo educativo, acabou por ceder lugar a um modelo de escola onde os alunos passaram a ser considerados soberanos e únicos atores de seus destinos. A partir desse ponto, já se prenunciavam tempos difíceis à frente. As revelações trazidas à tona pela sequência de  investigações da polícia e do Ministério Público e, posteriormente, a implementação com a  Lei Anticorrupção de 2014, estão forçando agora as empresas brasileiras a se ajustarem a um novo tempo, onde a  transparência e as boas práticas, não só nas relações humanas, mas inclusive com o próprio meio ambiente, são elementos fundamentais para se manterem vivas no mercado.

         Essa adoção tardia do modelo de Compliance nas empresas, obrigando-as a agir em conformidade com as normas da ética e da transparência, reflete o descaso com que nosso sistema de educação e ensino tem tratado do assunto. É possível que o corrupto de hoje, flagrado e algemado pelas autoridades, exposto a humilhação pública, tenha sido outrora um bom aluno em matemática ou biologia. Mas é quase impossível que tenha sido educado para respeitar o próximo e o que pertence a cada um. O que operações como a Lava Jato demonstraram na prática é que nossas elites dirigentes, e todos aqueles que se vêm hoje implicados em rumorosos casos de corrupção, podem ter frequentado escolas de ponta, mas não aprenderam nada, não esqueceram nada.

         Mesmo que se acredite que a formação histórica e atípica do Brasil tenha favorecido a germinação das sementes da corrupção, o fato é que, ao longo de sua evolução, jamais houve um esforço sincero, vindo de cima da pirâmide social, capaz de colaborar para o fim dessa prática.

A frase que foi pronunciada:

“Nenhuma das principais questões que a humanidade enfrenta será resolvida sem acesso à informação.”

Christophe Deloire

Christophe Deloire. Foto: Damien Grenon / behance.net

 

História de Brasília

Como novas escolas não foram construidas, e como a necessidade de maior número de maior número de classes é evidente, as autoridades cegaram à conclusão de que o melhor aproveitamento de salas e de professôres seria solução. (Publicada em 13.03.1962)

Re Evoluções

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Imagem: Envato Elements

 

             Nada como uma crise de grandes proporções, como a estabelecida pela pandemia mundial de Covid-19, para provocar uma série de reviravoltas nas relações sociais, econômicas e políticas, virando tudo de cabeça para baixo, decretando o fim de um ciclo e anunciando o começo de um outro. Há muito se sabe que, incrustada na palavra crise, está também o termo criar, e é isso que parece estar acontecendo não só em nosso país, como no restante do mundo.

             É nessa eterna dualidade, entre perecer e sobreviver, que a humanidade vem se debatendo, inventando novas estratégias para driblar as ameaças à sua existência, num planeta aparentemente indiferente ao destino das espécies. Nesse contexto, a pandemia passou a exigir, além dos novos modelos de comportamentos e maneiras de encarar o mundo, alguns outros ajustes no modo como são produzidos certos bens econômicos, com influência direta no funcionamento do terceiro setor da economia, incorporando inovações que podem ser observadas agora pela introdução dos chamados home office e o home schooling, no dia a dia das pessoas.

             O que parecia ser impossível, até três anos atrás, hoje vai se mostrando uma realidade que veio para ficar, com milhões de pessoas, em todo mundo, cumprindo jornadas de trabalho, sem sair de casa, evitando deslocamentos desnecessários, reduzindo custos com combustível, luz, água e uma infinidade de outros insumos que os antigos locais de trabalho exigiam para o cumprimento de metas.

            O home office é hoje um fator positivo dentro do conceito de poupança de energia e de aumento de produtividade, demonstrando, mais uma vez, que toda grande crise é capaz de fazer aflorar, cedo ou tarde, novas e benéficas estratégias para todos. Como toda grande revolução, e diante do conhecimento de que o ser humano se mostra sempre avesso a mudanças ou a sair de sua zona de conforto, o home office, embora ainda gere polêmicas,  tem se mostrado eficaz, bastando alguns ajustes aqui e ali na legislação, de modo a tornar, esse, um caminho sem volta.

            Se o home office vai, a cada dia, tornando-se um modelo consensual, o mesmo não se pode dizer de seu coirmão o homeschooling ou a educação domiciliar. A prática, mesmo já tendo sido aprovada na Câmara dos Deputados, ainda gera polêmicas entre educadores e políticos, principalmente com relação ao desenvolvimento do que seria uma educação voltada para a integração e socialização dos indivíduos. Essa é, de fato, uma longa e importante discussão, mas que em nada irá modificar sua prática, já que o apoio de parcela significativa da população ao novo modelo é hoje impressionante.

            Surpreende é que, mesmo sendo o ministério da Educação a pasta que conta hoje com um dos maiores orçamentos da história, algo em torno de R$ 140 bilhões, não tenha sido capaz de fazer da escola pública uma vitrine e um exemplo de excelência a atrair alunos e a empolgar os pais. Pelo contrário, o que se vê é o afastamento, cada vez maior, daquelas famílias que enxergam, na escola pública, um perigo tanto para a formação de suas crianças como um risco de vida.

            Vídeos que correm na Internet mostram a decadência e o descontrole que parece ter tomado conta de nossas escolas, com alunos se drogando dentro de salas de aula, agredindo professores e quebrando cadeiras e mesas, que são jogadas contra as paredes, tudo num ambiente que parece ter decretado o fim desse modelo.

            Não há autoridade capaz de frear esses alunos. Até mesmo as escolas com gestões partilhadas com militares, o que em si já é um sinal dos tempos nebulosos em que vivemos, pouco têm dado conta do recado, sem recorrer a violência e outros métodos anti-didáticos.

            Nas universidades públicas, o caos é o mesmo. Não bastasse esse ambiente distópico e que remete a uma verdadeira revolta estudantil contra o atual modelo de ensino em todos os níveis, preocupa também, aos pais, o aspecto de doutrinação política, ideológica e pedagógica a que são submetidos os alunos, com professores desprestigiados e revoltados contra o sistema, insuflando a revolta contra tudo e contra todos, inclusive contra a família e seus valores, taxados de conservadores, burgueses e opressores.

            Há, na realidade, toda uma metodologia gramsciana, erradamente apropriada de seu autor, para destruir, por dentro, toda a estrutura social vigente, incluindo nessa estratégia niilista, a família, os costumes, a religião e outros aspectos da vida como a conhecemos, de modo a atingir-se o caos e desses escombros fazer erguer o falso altar do “pai da pátria”, representado pelo grande guia que nada mais é do que o ditador comunista, a quem todos devem agradecer por libertá-los de um caos, por ele mesmo criado e do qual ninguém jamais sairá livre.

            O que muitas famílias têm buscado, até de modo desesperado, é se livrar desses escombros, que parece ter se transformado grande parte de nossas escolas públicas. Nesse ambiente de destruição por dentro, nem mesmo as escolas privadas têm escapado. Banheiros para alunos que não se enquadram dentro do conceito de homem ou mulher, ou a adoção de expressões inexistentes nos dicionários da língua portuguesa, com palavras como “todes”, mostram o grau de decadência que tomou conta das escolas, com o incentivo aberto para que meninos e meninas confundam até a que gênero pertençam.

            É o vale tudo e que pode ser resumido tanto na apropriação distorcida da obra pedagógica de Paulo Freire, como na imagem mostrando a cara de satisfação do ex-presidente Lula ao ver alunos nus beijando-se ou enfiando o dedo no ânus dos outros para uma plateia de “autoridades” que a tudo assistia, eufórica e babando como cachorros com hidrofobia.

A frase que foi pronunciada:

“Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandece-la pela decência e de construí-la pelo trabalho.”

Edson Queiroz

Edson Queiroz. Foto: unifor.br

 

Homenagem

Terça feira que vem, no dia 24, a Câmara dos Deputados vai homenagear os 50 anos da Fundação Edson Queiroz em sessão solene, às 10h. A fundação tem sido importante na comunidade cearense desde as áreas de ensino e pesquisa à arte, cultura e consciência social. Lenise Queiroz Rocha deu entrevista à Agência Câmara, onde declarou que “Por meio da Unifor, a fundação tem condições de levar seus programas e benefícios nessas áreas a diversos públicos, das mais diferentes classes sociais e faixas etárias. E uma vez que o Congresso Nacional é a Casa do Povo, não temos dúvida de que essa homenagem é um reconhecimento de toda a população cearense ao trabalho que começou há 50 anos, pelas mãos de meus pais, Edson e Yolanda Queiroz”.

Fundação Edson Queiroz. Foto: unifor.br

 

História de Brasília

Sobradinho, com 22 mil habitantes, possui apenas duas escolas primárias, e os alunos estão reivindicando, agora, a ampliação, e a construção de um ginásio. (Publicada em 01.03.1962)

Antes que seja tarde demais

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Foto: Reprodução/Vídeo

 

         Sejam quais forem os diagnósticos, de cunho didático e pedagógico, que venham a ser elaborados pela Secretaria de Educação, para traçar medidas que visem pôr um fim à onda de violência que grassa nas escolas públicas em todo o Distrito Federal e nos arredores sob sua jurisdição, um fato é inconteste e incontornável: a falta de uma disciplina rígida e decisiva que venha instituir o que poderia ser um modelo de “tolerância zero” às regras pré-estabelecidas. Sem essa premissa, quaisquer medidas brandas e sem coragem irão se tornar paliativos e unguentos do tipo ineficaz e falso. Mais uma vez a leitura invertida das leis promove essa algazarra nas instituições de ensino.

        As ocorrências policiais, inclusive com crimes mortes, ameaças e tentativas de assassinatos que a sociedade vem assistindo, dentro e nas portas dos colégios públicos, até de uma forma corriqueira nos noticiários, não podem ser toleradas em nome do que quer que seja, muito menos em nome da democracia e da liberdade. Há muito, já se sabe, que escola não é reformatório ou instituição para albergar menores infratores.

        Ou as autoridades entendem que as escolas públicas representam um portão de entrada para a vida em sociedade, ou estaremos permitindo, por nossa inanição, que menores e outros indivíduos adentrem o meio social para delinquir sem limites. Ou as escolas entendem essa missão, ou estaremos diante de um fenômeno que irá piorar uma situação de violência endêmica que já é presente em nossa sociedade e que tantos males têm causado ao nosso país.

        Há aqui um dilema que precisa ser resolvido com urgência: ou as autoridades da educação adotam medidas efetivas para afastar, com severidade, do convívio das escolas, essa minoria de malfeitores, que infesta os demais alunos, ou estaremos reféns, como é o caso da maioria das metrópoles brasileiras, onde a violência toma conta de tudo, enxugando gelo com cotonete.

        Campanhas pedagógicas e outras modalidades de prevenção brandas não surtem efeito, quando o assunto é a perda total da racionalidade e da humanidade. Delitos são delitos dentro e fora das escolas. Crimes, independente do ambiente onde ocorram, são crimes e devem ser encarados e punidos, com o mesmo rigor, independente do autor ser aluno, estudante, corpo discente ou o que quer que seja.

        Não se pode tolerar que criminosos ou aprendizes do crime convivam livres e soltos com outros alunos dentro das escolas. É preciso entender que a sociedade ou, mais precisamente, os contribuintes não podem mais arcar com a tremenda carga tributária, e que custos, cada vez mais elevados, sejam destinados ao ensino, quando se assiste que tipo de ensino e que tipo de escolas estamos bancando.

        A continuar nesse processo de decadência, que parece ter tomado conta do ensino público, com escolas se transformando em territórios livres e sem controle, para drogas, brigas, mortes e total desrespeito ao corpo docente, o passo seguinte será a introdução do modelo de administração militar em toda a rede. Por certo, essa seria uma medida extrema, mas estamos falando em situações extremas, semelhantes àquelas vistas em nossas penitenciárias. Com a campanha pelo fim das famílias, a coisa tende a piorar. Rastreie-se cada aluno delinquente e a origem será na falta de pai e mãe orientando, presente e estimulando a galgar por uma realidade melhor. Já repetia o filósofo de Mondubim: Se filho não precisasse de pai e mãe, nascia numa árvore e quando estivesse maduro cairia.

        Há uma rebelião silenciosa na sociedade e dentro das escolas públicas que precisa ser contida, antes que seja tarde demais.

 

A frase que foi pronunciada:

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
Rubem Alves

Rubem Alves. Foto: Divulgação

Doação

Mais uma vez o hemocentro convoca doadores de sangue. Dessa vez a carência de B negativo e O negativo preocupa. O número de telefone disponível na Internet está sempre ocupado: 3327-4413. O hemocentro fica perto do Edifício de Clínicas na Asa Norte.

Emoção

Podcast Joga Solto abre o primeiro programa com o João José Viana, o Pipoca, atleta histórico do basquete. Com os estúdios em Brasília, a iniciativa é uma ferramenta importante para pesquisa e conhecimento do esporte na capital. Veja a seguir!

 

Personalidade

Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58, com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida.

Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, sentada no banco de trás. O local é o canteiro de obra da SQS 106. Foto: Cláudio Sant’Anna

História de Brasília

Diz o deputado Ernani Sátiro, que o garçom teria oferecido ao embaixador vinho do sul de Minas e teria, ainda, recebido do sr. Afonso Arinos, esta declaração: “não, quero do Rio rande, que manda mais…” (Publicada em 20.02.1962)

Educação sem competição

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Em tempos de crises profundas, quando a humanidade, por suas escolhas imediatistas, se vê, mais uma vez, em sua história, imersa nos campos áridos da disputa e da luta fratricida, é necessário e vital buscar, nas pausas da reflexão, a luz e a sabedoria daqueles que, por sua experiência e bom senso, podem indicar os caminhos de volta à vida.

É em encruzilhadas e abismos, como agora se anunciam no Leste da Europa, que se precisa convocar a presença dos verdadeiros construtores de pontes, para reestabelecer laços e vínculos perdidos. “Nunca, como agora”, diz um dos mais notáveis construtores de pontes da atualidade, o papa Francisco, “houve a necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes, e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.

Refere-se o pontífice precisamente à Campanha da Fraternidade de 2022, cujo lema é “Fraternidade e Educação”, e que, neste momento, parece ganhar uma dimensão toda especial e urgente. Observa-se que, justamente por se afastar de uma educação que induza a fraternidade e a partilha é que, mais uma vez, se ouve falar em guerras e destruições. A educação, nos moldes em que ela é ativamente desenvolvida em vários países do globo, e que estimula, sobremaneira, o espírito de concorrência entre o alunado, para que sobreviva numa sociedade cada vez mais competitiva e excludente, está na raiz da maioria das guerras.

Para a então educadora italiana e também construtora de pontes Maria Montessori (1870-1952), na educação estruturada para a competição, está o princípio da maioria das guerras a que temos assistido ao longo da história humana. A paz, dizia ela, não escraviza o homem, pelo contrário, ela o exalta. Não o humilha, muito ao contrário, ela o torna consciente de seu poder no universo. E porque está baseada na natureza humana, ela é um princípio universal e constante que vale para todo ser humano. É esse princípio que deve ser nosso guia na elaboração de uma ciência da paz e na educação dos homens para a paz.

Tivessem os generais e políticos que hoje estão envolvidos direta e indiretamente nesse conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia recebido, em tempo de escola, uma educação próxima daqueles conceitos montessorianos, por certo não estaríamos assistindo ao espetáculo horrendo da dança da morte nos campos de batalha.

O que os soldados fazem nas frentes de batalha, a mando de seus superiores, é repetir o modelo de competição que recebiam em suas escolas. Com uma diferença: agora, os jogos e as disputas saíram das salas de aula e estão sendo praticados de arma em punho, numa autêntica caçada humana.

A Campanha da Fraternidade deste ano Fraternidade e Edu cação, com o subtítulo “fala com sabedoria e ensina com amor”, foi retirada de Provérbios 31:26-31, e teve início na quarta-feira de cinzas. A proposta dos idealizadores, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) à frente, é aprofundar o tema educação, incentivando a reflexão pelo Pacto Educativo Global, conforme convocado pelo papa.

Entre os objetivos estão: analisar o contexto da educação na cultura atual e seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da palavra de Deus e da tradição cristã, em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do reino de Deus; pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral em escolas, universidades, centros comunitários e em outros espaços educativos, em especial os das instituições católicas de ensino; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:
“É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência.”
Maria Montessori

Maria Montessori. Foto: Wikimedia Commons

 

Expressão
Passeando no site da Embaixada da Alemanha, um internauta perguntou a razão de a instituição defender a Ucrânia e pagar pelo gás da Rússia. Foi bloqueado. Entrou com outra conta e perguntou se isso é saudade da DDR. Foi bloqueado novamente. Quem estava acompanhando viu tudo.

Foto: g7.news

 

Vagas
São raros os alunos do EJA que chegam animados para estudar. Ou o atrativo é o lanche, ou são os colegas que ficam fora da escola em reunião. O diploma é importante, mas como a reprovação é evitada pela direção, esse tipo de aula não tem validade. Basta imaginar uma instituição independente organizar uma prova e aplicar aos alunos que frequentam as aulas à noite. Seria um desastre.

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

 

Produção
Apoiados pela Emater, os produtores rurais iniciam as feiras de agricultura familiar, que funcionam em março no DF. Veja a lista de datas e locais a seguir.

Foto: Emater-DF

Feira Rural no Parque
Quando: dias 13 e 27 (domingos)
Horário: 8h às 14h
Local: Estacionamento 10 do Parque da Cidade (antigo pedalinho)

Feira Rural no CABV – Sobradinho
Quando: dias 8, 15, 22 e 29 (terças-feiras)
Horário: 17h às 21h
Local: Área multiúso do Condomínio Alto da Boa Vista

Feira Rural do Palácio do Planalto
Quando: dias 3, 10, 17, 24, 31 (quintas-feiras)
Horário: 10h às 15h
Local: Anexo IV da Presidência da República (próximo aos restaurantes)

Feira Rural de Multiprodutos do Barreiros
Quando: 4, 11, 18 e 25 de (sextas-feiras)
Horário: 16h às 21h
Local: DF-140, km 11, Núcleo Rural Barreiros (Jardim Botânico)

Feira Rural do Produtor da Vargem Bonita
Quando: dias 5, 13, 19 e 26 (sábados)
Horário: 7h às 15h
Local: Em frente ao comércio local, ao lado da quadra de futebol

*Com informações da Emater-DF

*Agência Brasília

 

História de Brasília
O Globo publica um comentário do “Republicain Lorrain”, de Metz, contra Brasília e termina por perguntar se valeu mesmo a pena empreender a construção colossal de Brasília. (Publicada em 18/02/1962)