Das páginas para a terra

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: reprodução/institutoterra.org

 

Das Organizações Não-Governamentais (ONGs) que têm trabalhado para livrar o planeta e sua imensa população de uma destruição que parece cada vez mais iminente, sem dúvida alguma, o Instituto Terra, criado e gerido pelo renomado fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia, há mais de duas décadas, é um exemplo para o mundo e principalmente para nosso país, acometido pelo flagelo dos desmatamentos e dos megaincêndios contínuos. Depois de ter plantando mais de 2,3 milhões de árvores e, com isso, recuperado mais de 2 mil nascentes no degradado Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, o Instituto Terra dará início agora a uma ampla e audaciosa campanha visando recuperar o Bioma Mata Atlântica.

Trata-se de um desafio e tanto, mas que, em mãos do casal Lélia Deluiz e Sebastião Salgado, tem tudo para ser um sucesso, não só pelo chamamento que esse tipo de iniciativa consegue hoje junto a população mais esclarecida sobre esse assunto, mas, sobretudo, pela necessidade premente de ver semeado no Brasil o processo de restauração florestal. A ideia não é nova no mundo, mas é sempre bem-vinda e necessária em qualquer tempo e lugar por onde tenham passado homens com sua sede permanente por riquezas. Quem, por acaso, tenha lido o livro de Jean Giono (1895-1970), “O homem que plantava árvores”, de 1953, por certo, teve se deparado com a frase: “…os homens poderiam ser tão eficazes como Deus em algo mais que a destruição.” Com isso, o autor quis dizer que os homens poderiam, se assim dispusessem, imitar o Criador, erguendo e cuidando de todas as formas de vida sobre a Terra, e não destruindo e reduzindo a cinzas como faz a morte, ao deixar escombros e aridez por onde passa.

A observação de Jean veio a propósito da incansável atividade de Elzéard Bouffier, o personagem principal, que, durante a maior chacina de nossa história, representada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), continuava, dia após dia, plantando carvalhos numa região agreste dos Baixos Alpes Franceses, já abandonada pela população local, devido o desmatamento secular promovido pelos carvoeiros naquela região. O contraste entre quem cuidava de recuperar a vida da região e o morticínio irracional da Guerra de 14/18 é flagrante e mostra, de forma crua, como os homens podem, ao mesmo tempo, abandonar de lado a vida em sua plenitude e seguir os passos da morte, mesmo sabendo dos resultados dessa opção. O texto, que chegou ao Brasil em forma de desenho animado há poucos anos, sendo posteriormente publicado em livro, parece cada vez mais atual, justamente por mostrar a capacidade do ser humano em mudar o mundo ao seu redor, tanto para o bem quanto para o mal. Nesses tempos em que o nosso planeta experimenta, por meio do fenômeno do aquecimento global, o que talvez seja o seu maior desafio de todos os tempos, e que pode por um fim à existência da própria espécie humana na Terra, nada mais hodierno e premonitório do que as mensagens contidas nesse texto escrito ainda no século passado.

Buscar o exato significado para as árvores, num tempo em que ainda se acredita não existir nenhum, é uma tarefa e um desafio que pode nos colocar hoje entre permanecer por essas paragens ou ter que sair de fininho para outros mundos para não perecer. O desafio gigante que, na obra, é realizado por um só homem durante mais de 30 anos em que plantou naquela região milhões de árvores, pode ser uma das respostas para esse dilema da atualidade. Embora pareça uma tarefa impossível, essa de recuperar o planeta da degradação imposta pelas consequências da Revolução Industrial em sua ânsia por adquirir matérias-primas, o livro mostra que bastou a persistência de apenas um indivíduo para mudar a realidade local. “Um único homem, reduzido a seus recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto em uma terra de Canaã”, diz o autor.

O que conhecemos hoje através da palavra muito em moda como resiliência, que é capacidade de resistir e se adaptar às mudanças, tanto pode ser aplicada ao homem como à própria natureza, desde que lhes sejam ofertados a oportunidade. A esse fenômeno, que muitos classificam como um sinal e uma semente da própria vida, é que pode estar a redenção ou não da humanidade. Obviamente que os exemplos a seguir não devem se resumir a uma obra de ficção. Mas pode nela se inspirar para promover as mudanças necessárias e urgentes que o momento exige. Toda grande obra pode ter seu início apenas movida pela inspiração trazida pelos belos exemplos, sejam eles reais ou não. O primeiro passo é o das ideias, dado ainda no mundo abstrato dos projetos mentais. Pode vir a ser realidade concreta, pelo esforço físico, o que é uma mera consequência da capacidade de pensar. Nesse caso pensar num mundo em que a vida seja ainda uma possibilidade real e que valha a pena. Da África, talvez o continente mais economicamente sofrido e espoliado na história da humanidade, vem um dos muitos e bons exemplos que precisamos para nossa salvação futura. Na Etiópia, um dos países mais populosos e pobres daquele continente, o governo empreendeu uma jornada em que, em apenas 12 horas, uma força-tarefa, atuando em mais de mil áreas daquele país, conseguiu a façanha de plantar mais de 350 milhões de árvores. Um recorde mundial. Também a Índia, castigada pelos desflorestamentos, vem empreendendo um grande esforço para recuperar, ao menos, parte de suas florestas. Na última empreitada, 800 mil voluntários plantaram mais de 50 milhões de árvores em 2016 e prossegue plantando. Na China, parte ociosa do que seria o maior exército do planeta tem sido deslocada para a mesma tarefa no norte do país. São mais de 60 mil soldados empenhados nessa tarefa. Os fuzis cedem lugar as ferramentas agrícolas. A intenção do governo é criar uma nova floresta na região de Hebei, numa área de mais de 84 mil quilômetros quadrados. Para todo o País, a meta é atingir uma cobertura de mais de 23% daquele grande continente até o final deste ano.

São esforços pontuais, mas que podem fazer a diferença num futuro não muito distante. Cientistas acreditam que, pelo estágio atual de degradação do planeta, será preciso, ao menos, o plantio de mais de 1,2 trilhão de novas árvores, apenas para arrefecer a Terra e livrá-la dos efeitos maléficos do aquecimento global, que já está atuando entre nós. A situação, que é bem do conhecimento dos técnicos das Nações Unidas, tem estimulado ações dessa Organização, com vistas a um projeto, já em andamento, cuja a meta é plantar 4 bilhões de novas árvores nos próximos anos.

Por todo o mundo, projetos semelhantes estão em andamento, uns ambiciosos e outros mais modestos, mas já são de grande valia em seu conjunto. De todos os projetos de plantio de árvores pelo planeta, nenhum é mais ambicioso do que o vem sendo erguido nas bordas do grande deserto do Saara, também na África. Em nenhum lugar do planeta as mudanças climáticas são mais impactantes do que as que ocorrem nos países margeados por esse grande deserto. O deserto vem aumentando de área num ritmo assustador nos últimos anos. Com ele vem o clima cada vez mais inóspito à vida. Com temperaturas que ficam numa média próxima aos 50 graus centígrados.

Com esse fenômeno, vem também a escassez de água, cada vez mais assustadora e já motivo de conflitos permanentes na região. Financiado pelo Banco Mundial, a União Europeia e as Nações Unidas, projeto unindo vários países locais visa erguer uma gigantesca barreira verde de árvores, que cobrirá uma área de mais de 8 mil quilômetros, atravessando todo o continente africano na parte sul do deserto do Saara, formando uma enorme muralha para conter o avanço da areia. A meta é erguer essa Grande Muralha Verde até 2030, cobrindo com reflorestamento uma área de 247 milhões de acres ou aproximadamente 100 milhões de hectares.

A frase que foi pronunciada:

Vivemos numa época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo.”

Francis Bacon (1521- 1626), político, filósofo, cientista, ensaísta inglês.

 

Francis Bacon. Foto: oglobo.globo.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Felizmente isto aconteceu em Brasília, onde o conserto durará poucos dias. Se fosse outro Estado, até que a equipe de engenheiros discutisse quem tinha a culpa, o povo seria sempre o prejudicado. Aqui, não. Na próxima semana você transitará pelo mesmo local. (Publicado em 27/01/1962)

A eficácia da criação

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Recebi, muitos anos atrás, de Helival Rios, um link, da sociedade Canadá, de um filmete contando a história “O homem que plantava árvores”. Quem já leu o livro de Jean Giono (1895-1970), com o mesmo título publicado em 1953, deparou-se com a frase: “…os homens poderiam ser tão eficazes como Deus em algo mais que a destruição.” Com isso, o autor quis dizer que os homens poderiam, se assim dispusessem, imitar o Criador, erguendo e cuidando de todas as formas de vida sobre a Terra, e não destruindo e reduzindo a cinzas como faz a morte, ao deixar escombros e aridez por onde passa.

A observação de Jean veio a propósito da incansável atividade de Elzéard Bouffier, o personagem principal, que, durante a maior chacina de nossa história, representada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), continuava, dia após dia, plantando carvalhos numa região agreste dos Baixos Alpes franceses, já abandonada pela população local, devido ao desmatamento secular promovido pelos carvoeiros naquela região.

O contraste, entre quem cuidava de recuperar a vida da região e o morticínio irracional da Guerra de 14/18, é flagrante e mostra, de forma crua, como os homens podem, ao mesmo tempo, abandonar de lado a vida em sua plenitude e seguir os passos da morte, mesmo sabendo dos resultados dessa opção.

O texto, que chegou ao Brasil num curta metragem, foi publicado em livro, e parece cada vez mais atual, justamente por mostrar a capacidade do ser humano em mudar o mundo ao seu redor, tanto para o bem, quanto para o mal. Nesses tempos, em que o nosso planeta experimenta, por meio do fenômeno do aquecimento global, o que talvez seja o seu maior desafio de todos os tempos, e que pode pôr um fim à existência da própria espécie humana na Terra, nada mais hodierno e premonitório do que as mensagens contidas nesse texto escrito ainda no século passado.

Buscar o exato significado para as árvores, num tempo em que ainda se acredita não existir nenhum, é uma tarefa e um desafio que pode nos colocar hoje entre permanecer por essas paragens ou ter que sair de fininho para outros mundos para não perecer. O desafio gigante que, na obra, é realizado por um só homem, durante mais de 30 anos em que plantou, naquela região, milhões de árvores, pode ser uma das respostas para esse dilema da atualidade.

Embora pareça uma tarefa impossível recuperar o planeta da degradação imposta pelas consequências da Revolução Industrial em sua ânsia por adquirir matérias-primas, o livro mostra que bastou a persistência de apenas um indivíduo para mudar a realidade local. “Um único homem, reduzido a seus recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto em uma terra de Canaã”, diz o autor.

O que conhecemos hoje por meio da palavra muito em moda: resiliência, que significa a capacidade de resistir e se adaptar às mudanças, tanto pode ser aplicada ao homem como à própria natureza, desde que lhes sejam ofertados a oportunidade. A esse fenômeno, que muitos classificam como um sinal e uma semente da própria vida, é que pode estar a redenção, ou não, da humanidade.

Obviamente que os exemplos a seguir não devem se resumir a uma obra de ficção. Mas podem nela se inspirar para promover as mudanças necessárias e urgentes que o momento exige. Toda grande obra pode ter seu início apenas movida pela inspiração trazida pelos belos exemplos, sejam eles reais ou não. O primeiro passo é o das ideias, dado ainda no mundo abstrato dos projetos mentais. Pode vir a ser realidade concreta, pelo esforço físico, o que é uma mera consequência da capacidade de pensar. Nesse caso, pensar num mundo em que a vida seja ainda uma possibilidade real e que valha a pena.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As árvores são poemas que a terra escreve sobre o firmamento. Derrubamos para transformá-las em papel registrando nosso vazio.”

Kahlil Gibran, ensaísta, poeta e pintor de origem libanesa

Kahlil Gibran. Foto: Al-Funoon, 1, No. 1 (April 1913)

 

Vítimas Unidas

Se os algozes têm a proteção da lei, as pessoas atacadas pela violência resolveram se unir formando o grupo Vítimas Unidas. Recebem ameaças constantemente, a ponto de terem pedido socorro à ministra Carmen Lúcia, quando presidia o STF.

 

Visto

Em parceria com o memorial JK, o Conselho Editorial do Senado lançou o segundo volume de “Memórias do Brasil”, com os discursos de JK feitos em 1957. O primeiro volume, lançado em 2019, trazia os discursos de 1956, primeiro ano do mandato presidencial de Juscelino. Veja, no blog do Ari Cunha, a transmissão da TV Senado aberta pelo senador Randolfe Rodrigues.

 

Lido

O assunto da abertura de hoje e de amanhã está coincidentemente tratado nas historinhas de Brasília publicadas em 1962, que podem ser lidas abaixo da coluna. A capital tinha um defensor: o titular Ari Cunha, que sempre procurou o que era melhor para a cidade.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Continuam fumando livremente, os cigarros ou charutos que bem entendem os passageiros da TCB. Efeito excelente vem surtindo a nossa campanha, par apadrinhamento das árvores da W-3. Afora as firmas já publicadas, aderiram à campanha a Mercearia Pirapora (6 árvores), Lourival Almeida, da Drogaria Juvenal, na Quadra 9, Floricultura Brasília, Bimbo – refeições rápidas, Vasp, Síntese, Arte e Decorações, da quadra 8. (Publicado em 16/01/1962)

Água mineral pede Socorro

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Foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press – 3/10/18

 

Aproveitando a “calmaria” que o isolamento prolongado impôs a todos, inclusive aqueles profissionais devotados à fiscalização e à proteção do meio ambiente do nosso país, a máquina de fabricar leis niilistas e de moer esperanças, localizada dentro do Palácio do Planalto, segue funcionando a todo o vapor, imprimido diretrizes que, em última análise, visam tão somente impor, sobre nosso riquíssimo e já castigado bioma, a concepção de riqueza e progresso tal como entendido no princípio do século XVIII, durante a Revolução Industrial.

Nesse quesito, trata-se de uma política absolutamente obscurantista, que parece culpar a natureza exuberante pelos descaminhos e desventuras tomados por parcela da população. Não se pode dizer, contudo, que a população tenha sido apanhada de surpresa. O sinal de fumaça, indicando que mudanças indesejada viriam a toque de caixa, foi feito, literalmente, pelo atual ministro desse meio ambiente, que a maioria lúcida desse país critica.

Durante a fatídica reunião fechada de 22 de abril último, e que a justiça, pelos descalabros ali confessados, levou ao conhecimento da nação, o ministro Ricardo Salles declarava literalmente: “Então, para isso, precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação”. Para tanto, dizia o ministro, “o governo federal não precisa de Congresso, ainda mais nesse fuzuê.”

Declaração dessa gravidade, vinda de quem, em tese, deveria zelar pela preservação do meio ambiente, soa surreal, para dizer o mínimo. Não satisfeito com a sessão de bajulação e sabujismo explícito, Ricardo Salles ainda emendou sua falação com sugestões ao chefe: “Agora tem um monte de coisa que é só, parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar canetada sem parecer é cana (…) isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer”.

De lá para cá, o que parecia ser retórica de subalterno vai virando realidade. Regulamentações abrindo espaço para mineração e exploração de madeiras em terras indígenas, a permissão para exploração econômica em áreas da Mata Atlântica e outras estultices. O rol de medidas insensatas ao meio ambiente segue numa profusão que vai espantando não só ambientalistas daqui e do exterior, mas colocando o Brasil como pária num mundo que parece ter acordado para os efeitos do aquecimento mortal do planeta.

Uma das últimas medidas anunciadas por esse ministério para modernizar a área, dentro dos parâmetros de desenvolvimento do século XVIII, é o da privatização do Parque Nacional de Brasília-PNB, onde está localizada a idílica Água Mineral, transformando aquele patrimônio verde, e de inestimável valor a quem mora em Brasília, numa espécie de parque aquático, com infraestrutura de turismo e outros “avanços” ao gosto do atual governo.

Por certo, o atual titular da pasta do meio ambiente desconhece o fato de que nessa área de 42.300 hectares, que abriga espécies variadas de plantas e animais, está localizada também o segundo principal reservatório de água potável do Distrito Federal, que engloba a Barragem de Santa Maria, de importância vital para o futuro da capital e de seus habitantes.

Quem sabe algum empresário chinês enxergue a oportunidade ímpar dessa privatização e estabeleça naquele local um resort de luxo ou coisa do gênero, que demonstre, ao mundo, nosso total despreparo para cuidar de tão preciosa joia.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Mude o nome de Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para Instituto de Natação e Recreio Braço Forte e Mão Amiga General Médici. Mas não acabe com a Água Mineral, ou Parque Nacional, esse patrimônio dos moradores de Brasília.”

Dona Dita, pensando, ainda com esperança em reverter essa atrocidade
contra a população de Brasília.

 

Devagar com o andor

Quando ouvir falar em qualquer vacina, pense em Anvisa. Acontece que, apesar do alarde, o laboratório russo não pediu autorização da Agência de Vigilância Sanitária para registrar a vacina do Covid-19 no Brasil. A exemplo dos agrotóxicos, ou urnas eletrônicas, que são proibidos ou não queridos em outros países e aceitos por aqui, é preciso muita calma nessa hora. Parceria estratégica pode significar muita coisa.

Vídeo: divulgação da vacina russa remete à corrida espacial (reprodução: g1.globo.com)

 

Valorizar

Como cidade base na construção de Brasília, o Núcleo Bandeirante merece uma sinalização melhor. Inclusive com alusão à história da capital. Para quem conhece a cidade, todos os caminhos são claros. Mas quem quer visitar a “Cidade Livre”, pela primeira vez, fica decepcionado com a mesmice.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

 

Monitoramento zero

Nem parece tempo de pandemia. Quem quiser voltar à vida normal basta dar uma passadinha no piscinão do Lago Norte, num domingo ensolarado. Difícil ver alguém com máscara. Brincadeiras na água, churrasquinho,  barracas com cerveja gelada e muita alegria.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Figura de alta estima em Brasília, o sr. Vasco Viana de Andrade tem emprestado seu esforço e sua capacidade a todos os grandes empreendimentos de Brasília. Quando comandou a urbanização da cidade do Gama, foi classificado pelos nossos então Eros e Anteros como o Vasco da Gama. Agora, é o Anteros quem volta a falar, comigo, sobre o nosso Vasco, chamando0o de Vasco da Grama. (Publicado em 13/01/1962)

O futuro das próximas gerações passa pela preservação do meio ambiente

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Foto: Polícia Militar Ambiental/MS

 

Com uma área de aproximadamente 188 mil km², o Pantanal é considerado a maior área úmida continental do planeta. Esse magnífico bioma, um dos maiores patrimônios naturais do Brasil, ao lado da Amazônia e do próprio Cerrado, o Pantanal abriga cerca de 3,5 mil espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de peixes. Nesse verdadeiro paraíso úmido, encontram-se, ainda, diversas comunidades tradicionais formada por povos indígenas, que habitam a região há milênios, além de populações de quilombolas e outros povos locais, que concorrem para a formação de uma rica e preciosa cultura pantaneira. À semelhança da tragédia que vem se abatendo sobre a Amazônia, a imensa região do Pantanal também vem sofrendo, há anos, com a ação nefasta do agronegócio e de outros personagens que agem nessa região movidos apenas por interesses econômicos imediatos e a qualquer custo.

Para esses atores da destruição, a vegetação, os animais e outros recursos naturais são muitas vezes considerados empecilhos ao “progresso”, devendo, portanto, ser retirados do caminho, tratorados ou queimados. O pior nessa tragédia é que nenhum governo, tanto do passado como da atualidade, nunca viu nada de mais com o que ocorre naquelas áreas remotas. Aproveitando os discursos, o que tem pregado o atual governo em desfavor das questões do meio ambiente, o Pantanal parece ter se tornado, do dia para noite, uma região de ninguém, onde o que vale é, justamente, o vale-tudo.

Com isso, essa região vem passando por sua mais profunda crise das últimas décadas. A seca, também recorde, contribui ainda mais para a destruição de todo esse delicado ecossistema, acendendo, como nunca, a preocupação de ambientalistas não só do Brasil, mas de todo o planeta. Além da seca que, a cada ano, torna-se mais severa, aumentaram ainda mais as queimadas e os desmatamentos.

No mesmo sentido, as fiscalizações foram sensivelmente abrandadas, com o desaparecimento de multas e de outras penalidades aos predadores da natureza. O governo, literalmente, fechou os olhos para o problema, assim como vem fazendo com a região amazônica. A atuação federal, nesses casos, só acontece por pressão internacional, principalmente quando investimentos e outros recursos econômicos estrangeiros ameaçam paralisação. Ou quando aumentam os boicotes a produtos brasileiros, como já vem acontecendo em larga escala mundo afora.

O que os cientistas têm alertado é que o descaso com a Amazônia afeta diretamente, também, o Pantanal, apesar da distância. O recorde de incêndios na Amazônia, em junho desse ano, acelerou e fez crescer, ainda mais, as queimadas no Pantanal. O desmatamento e as queimadas, tanto no Pantanal quanto na região amazônica, são fenômenos que acabam por afetar os chamados rios aéreos, com consequência direta na diminuição do regime de chuvas nessas regiões e em todas as outras, no país inteiro.

O processo lento e, de certa forma, programado de destruição desses dois magníficos biomas, únicos no planeta, trarão prejuízos irreversíveis ao Brasil e às futuras gerações, que poderão ser obrigadas a sobreviver em regiões agrestes e desérticas, sem água, sem vegetação, empobrecidas pela ação criminosa de grupos e pela inanição de governos, para quem o futuro sempre se esgota nas próximas eleições.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“No fundo do seu coração, o homem aspira a reencontrar a condição que tinha antes de possuir consciência. A história é meramente um desvio que ele toma para chegar lá.”
Emil Cioran foi um escritor e filósofo romeno radicado na França.

Photographer of Keyston agency/Getty Images before Rivarol Premium.

 

Consome dor

Com mais demanda, o número de reclamações aumenta em relação ao IFood. Demora na entrega do alimento, troca de encomendas, falta de comunicação sobre o endereço, fazendo o responsável pelo transporte não entregar a comida, e o envio de cupons de desconto no aplicativo sempre dá erro. Merece uma revisão dos restaurantes.

Foto: entregador.ifood.com

 

Há males

Constantemente, essa coluna expõe a opinião dos leitores sobre o tratamento sofrível que o comércio dispensa aos clientes. A situação na pandemia se reverteu. Quem conseguiu manter o emprego teve uma reciclagem forçada na escola Covid-19.

Foto: CB/D.A Press

 

Menos burocracia

Veio em boa hora a Portaria da Corregedoria do TJDFT – GC 67/2020, art. 2º. II. Cartórios facilitam o atendimento pelo próprio site, telefone ou e-mail.

Foto: brasiliadefato.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Leitor nos escreve pedindo que façamos uma sugestão ao TCB a efetivação da proibição de se fumar nos ônibus, defendendo os passageiros que ficam incomodados, e a empresa que tem seus bancos queimados. Conclui o missivista numa extrema coincidência de ponto de vista com a maioria da cidade ao dizer que “tudo será fácil agora, sr. Ari, enquanto não temos vereadores”. O recado final é para a Justiça, que deve conhecer a ponto de vista da cidade. (Publicado em 13/01/1962)

Persona non grata

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Foto: cartacapital.com

 

Embora esteja entre os dez países que mais têm contribuído para o aquecimento global, numa posição que varia entre o 6º e 7º colocado, o Brasil pouco ou nada tem feito para melhorar esse desprestigiado ranking. O pior: segundo os cientistas e outros ambientalistas que trabalham na análise de dados colhidos, em tempo real e em todas as partes do planeta, caso o Brasil prossiga nessa marcha da insensatez, voltando-se contra a maioria das recomendações feitas pelos mais prestigiosos centros de pesquisa do mundo, inevitavelmente acabará em rota de colisão com os países desenvolvidos. Com isso, estará comprometendo não apenas sua própria economia, exportadora de produtos in natura, mas, sobretudo, manchando para sempre sua reputação diante de um mundo que clama por bom senso em relação ao meio ambiente. Dessa forma, é preciso que o atual governo comece, desde já, a rever seus compromissos políticos assumidos com a poderosa ala do agronegócio, principalmente sua dependência em relação a uma parcela desse setor que enxerga nas florestas naturais, no Cerrado e em outros biomas apenas um meio de incrementarem os lucros com um agrobusiness do tipo predatório.

Até mesmo a China que era considerada a grande vilã da poluição global vem, há alguns anos, implementando um enorme programa de regeneração ambiental, com a adoção de boas práticas nesse setor, de olho também na possibilidade de melhorar a saúde de sua população e principalmente sua reputação perante o mundo. É justamente essa característica ética, pouco avaliada entre nós que, hoje em dia, mais tem pesado na aceitação de parceiros comerciais. A chamada compliance ambiental está hoje em alta em todo o mundo e diz muito sobre a origem e as condições como determinada foram produzidas e postas à venda. Produtos impregnados de agrotóxicos, ou que derivam da derrubada de matas, ou que foram produzidos com mão-de-obra do tipo escrava ou infantil perdem mercados justamente nos países mais desenvolvidos, onde essas informações são fundamentais para sua aceitação.

As manifestações e protestos ocorridos hoje na sede da embaixada brasileira de Londres, quando centenas de pessoas lançaram tinta vermelha, simbolizando o sangue dos índios e pichando frases como “pare o ecocídio” e outras frases de forte conteúdo, têm se repetido em outras partes do mundo com cada vez mais frequência. O pouco caso que o governo brasileiro vem dando a esses fatos só faz aumentar os protestos e intensifica uma imagem de que o presidente Bolsonaro hoje vai se transformando numa espécie de vilão do meio ambiente.

Essa imagem prejudica não apenas os negócios do Brasil com o restante do mundo, mas, sobretudo, aumenta o descrédito do país como um parceiro confiável. A dedução é básica: quem não respeita seu próprio território da depredação e a sua população com o consumo de produtos contaminados ou produzidos com vistas apenas a enriquecer grandes latifundiários não pode ter, também, qualquer consideração com o restante do globo.

O desdém e a humilhação com que o presidente tem imposto a seu ministério do Exterior, que poderia ajudá-lo a melhorar sua imagem fora do Brasil, começa agora a apresentar seus frutos amargos. Bolsonaro vai a cada dia se tornando, por obra e vontade própria, numa persona non grata num mundo que mudou e que ele insiste em não enxergar.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A Terra é o que todos nós temos em comum.”

Wendell Berry, romanista e ativista ambiental norte americano

Foto: relevantmagazine.com

 

 

Urnas

Apenas para que fique registrado: nas urnas disponíveis nas últimas eleições, 73,7 milhões de pessoas, pouco mais de 50% do eleitorado, reclamavam da identificação biométrica. Geralmente os idosos, trabalhadores braçais e pessoas que suam muito nas mãos eram os que mais atrasavam a votação por problemas nas digitais.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

 

Novidades

Por falar em biometria, foi prometido pelo Conselho Nacional de Justiça que a Bahia e Alagoas adotariam um projeto piloto para implementar a biometria em presídios. A prática contribuiria para a identificação de todas as informações do interno e estimularia a criação do banco nacional digital para criminosos que sofrem processos de execução criminal.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

 

Suporte

É do senador Randolfe Rodrigues a ideia de criar um seguro para artesãos. Em caso de desemprego, receberiam um salário mínimo até conseguir se recolocar financeiramente.

Foto: senado.leg

 

 

Mistério

Estranhamente, o permanganato de potássio desapareceu das farmácias. Muitas fórmulas simples, eficientes e baratas não interessam mais aos laboratórios.

Foto: Reprodução da Internet

 

 

Nos detalhes

Em 10 dias, no dia 24, na Livraria Cultura do Casa Park, às 19h, será o lançamento do livro assinado por Bruno Ramalho “livra-me, poesia”. Sem maiúsculas, simplesmente porque é nas coisas simples, minúsculas, que a poesia nasce.

Print: explore.livrariacultura.com

 

 

Criação

Leda Watson celebra 50 Anos de Gravura, no espaço Cult PaulOOctavio, dia 17 às 10h30, entre a 208/209 Norte. Algumas de suas imagens parecem trazer o inconsciente veladamente.

Foto: facebook.com/paulooctavioconstrutora

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Tome o uísque nacional, que não dá dor de cabeça nem mal-estar. E mais: pedindo nacional, é mais barato. Pedindo estrangeiro, você paga mais caro, e toma mesmo é o nacional. (Publicado em 28/11/1961)

Quando o homem se afasta da natureza chega mais perto da morte

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Foto: Lalo de Almeida

 

Destruir 19 hectares a cada hora é um dado alarmante e expõe o Brasil à crítica unânime internacional, colocado como um país que, em pleno período de grandes mudanças climáticas, faz vista grossa e orelhas moucas aos alertas mundiais sobre a destruição do planeta.

O pior é que o número de multas por esses crimes ambientais vem caindo sensivelmente no mesmo período, o que reforça as suspeitas do poder de lobby desse setor que, aliado à extração ilegal de madeiras, está abrindo chagas imensas e definitivas na floresta. O problema também é que o atual presidente da República parece reforçar a tese daqueles que fazem pouco caso da preservação ambiental. Em entrevistas onde tem falado sobre o assunto, o presidente tem criticado, insistentemente, o que chama de “indústria das multas”, além de promover um amplo desmonte nos órgãos que combatem e controlam o desmatamento, como é o caso do fechamento do Departamento de Florestas e Combate ao Desmatamento que atuava no Ministério do Meio Ambiente, além de desprestigiar o trabalho do ICMBio e das unidades de conservação por todo o país.

Ao lado desse descaso com a biodiversidade do país, encarada como empecilho ao livre desenvolvimento do agronegócio, paralelamente, o que se tem verificado também é a liberação recorde e sem precedentes de novos agrotóxicos para esse setor, muitos dos quais, definitivamente, banidos da União Europeia e dos Estados Unidos.

O próprio Ministério da Agricultura informa que, num espaço de poucos meses, 197 novos registros de agrotóxicos foram liberados para uso no campo. Desses, mais de um quarto são proibidos nos países desenvolvidos e com legislações mais rigorosas. Para o governo, esse número maior se explica pelo fato de essa nova gestão estar priorizando aspectos mais racionais no trâmite desses produtos, como, por exemplo, o aumento da concorrência desses produtos no mercado e uma queda em seus preços para o consumidor.

Sobre esse ponto, algumas análises feitas nos itens dessa agroindústria do país têm revelado que nossa agricultura e pecuária estão hoje entre os produtos mais contaminados do planeta. Não é por outro motivo que carnes e grãos são, volta e meia, rejeitados pelo teor de veneno que apresentam. Os longos trâmites para a liberação desses venenos foram também encurtados de forma radical, o que não tem impedido que combinação de venenos, alguns, inclusive, de efeitos desconhecidos para o homem, passem a ser apresentados nas prateleiras dos mercados para os agricultores.

Ignorância e ganância. Desse binômio tem surgido, e em tempo célere, um tipo de agronegócio que não se intimida em jogar com a vida e com o futuro do país. Um exemplo claro dessa irresponsabilidade na liberação desses venenos é o glifosato. Considerado pela Organização Mundial de Saúde com um produto altamente cancerígeno, como ficou provado nos casos de Linfona Não-Hodgkin, e que é proibido na União Europeia e nos Estados Unidos, vem sendo largamente utilizado no Brasil, sob o consentimento da Agência de Vigilância Sanitária e outros órgãos do atual governo. Como resultado dessa incúria com relação a esses agrotóxicos, vem aumentando em todo o país os casos de intoxicação e de envenenamento.

De 2009 para cá, segundo o Ministério das Saúde, os casos de intoxicação passaram de 7. 000 para 14.664, ou mais do que o dobro, embora as autoridades estimem que esses casos sejam ainda maiores, já que muitos centros de saúde ou não reconhecem esses efeitos ou não notificam corretamente as autoridades. A situação tem chegado a tal ponto que, em comunicado assinado há pouco por todos os ex-ministros do meio ambiente do país, desde a criação da pasta em 1992, alertam para a política sistemática de desconstrução que vem sendo empreendida pelo atual governo com relação ao meio ambiente, com o desmantelamento dos principais organismos de proteção e fiscalização da nossa biodiversidade.

Para esses ministros, que trabalharam na área e conhecem a fundo a questão, o atual governo não possui, nem de longe, uma agenda ambiental minimamente séria e comprometida com as novas gerações de brasileiros. Essa preocupação também já chegou aos mercados internacionais, principalmente da União Europeia, que já estuda proibir produtos do agronegócio brasileiro que não possuam certificado reconhecido de produto que não afeta o meio ambiente. Medidas como essas poderão, no futuro, prejudicar os produtores nacionais e, quem sabe, obrigarem eles a refazerem seus modos de produção, de olho não apenas no lucro imediato, mas com vistas no amanhã.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Glifosato à sorte é perigo de morte”

Faixa no protesto do Porto, em Portugal

Foto: noticiasaominuto.com

 

 

Espalhe

Sabe aquela pessoa que fica na frente do banco, no estacionamento do seu trabalho ou no sinal, pedindo dinheiro, comida ou que você compre algo dela? Ela também merece atenção e dignidade. Nesse domingo, a loja de rua será dedicada a ela e outras pessoas que estejam passando por dificuldades. Trata-se de uma loja de rua, montada entre o Planetário e o Clube do Choro, que vai funcionar entre 9h e 13h. Quem nunca teve oportunidade de escolher roupas, sapatos, acessórios, brinquedos, por não ter dinheiro, terá no domingo a oportunidade de escolher o que quer. Quem você indicar também receberá alimento, terá o cabelo cortado. O ambiente é do bem.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Com a Câmara em recesso, não houve, ontem, o movimento de segunda-feira no aeroporto. As companhias fizeram voos nem sempre lotados, e o movimento na estação de passageiros era dos menores. (Publicado em 21.11.1961)

Avanço do desmatamento irá diminuir os lucros do agronegócio

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

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Charge da Bessinha

 

Climatologistas, ambientalistas e outros importantes nomes da Ciência do Meio Ambiente têm demonstrado sérias preocupações com a possibilidade de, no caso de vitória do candidato Jair Bolsonaro, o Brasil retroceder no combate ao desmatamento, com o afrouxamento total na legislação que ainda garante certa proteção aos sítios e áreas de preservação natural.

Para esses especialistas, caso se confirmem as declarações feitas durante a campanha pelo candidato favorito nas pesquisas, o Brasil estará não só rumando numa direção contrária ao restante do mundo desenvolvido, como poderá sofrer graves consequências que acabarão por afetar de modo drástico a própria economia baseada no agronegócio em larga escala.

Para esses ambientalistas, alguns de renome internacional, como é o caso do climatologista Carlos Nobre, membro das academias de Ciências do Brasil e dos Estados Unidos, ex-diretor do Capes e do Inpe, a possibilidade de o Brasil vir a deixar o Acordo de Paris, acarretará danos inclusive para a economia agrária nacional, já que a forte pressão mundial, existente hoje, tem feito com que muitos países passassem a orientar seus investimentos baseados no uso responsável do solo e na produção de energia renovável, o que tem obrigado muitos governos e empresas a boicotar produtos originários de áreas de desmatamento. A economia global, afirma Nobre, caminha para a produção responsável de alimentos.

 

A frase que foi pronunciada:

“O mundo sempre foi fake. Interpretável e editável.”

Werivelton da Rocha

Charge do Duke

Atenção escolas!

Dad Squarisi receberá alunos interessados em aprender a fazer uma redação nos moldes do ENEN. Um bate-papo que vai ajudar bastante. No auditório do Correio Braziliense, a partir das 9h da manhã, dessa quinta-feira, dia 25. Entrada franca.

Foto: correiobraziliense.com.br/dad

Leitora

Recebemos uma denúncia em relação à área em frente ao Edifício dos Correios, no Bloco A, SBN 1, 70002-900.  Um particular tomou a área, ergueu uma grande lona branca, ocupou 7 vagas de estacionamento prioritário, e está vendendo roupas.  Este empreendimento interditou a passagem de carros de uma das pistas nesta área de estacionamento, uma das mais tumultuados da cidade. E logo na frente de um prédio com uma das mais belas fachadas da cidade.

 

Gás

Está dando o que falar o projeto de construção do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. É como um pegue e pague. Em 2012 a Aneel não quis sub-rogar a conta CCC ao que não for efetivamente consumido. A dívida em gás natural já ultrapassou os R$ 5 bilhões e essas dívidas regulatórias geraram um passivo com a Petrobras de R$20 bilhões. Quem chamou a atenção para o assunto foi o senador Eduardo Braga. Anos atrás apareceu uma planilha com a suspeita de que verba desse gasoduto tivesse sido desviada para partidos e para funcionários da Petrobras.

Foto: Divulgação/Petrobras (g1.globo.com)

Petros

Cobranças adicionais ao fundo Petros estão deixando os associados impacientes. O assunto vai gerar uma audiência público.

 

Postalis

Por falar em Petros, Câmaras Municipais de 25 cidades enviaram ao Senado solicitação de apoio para novas legislações que minimizem os impactos sofridos por futuros e atuais aposentados desse fundo de pensão.

 

Agro

Projeto louvável do deputado Patrus Ananias que dará ao agricultor familiar a oportunidade de pleitear um selo para o rótulo dos produtos. Além disso, acesso menos burocratizado para crédito rural. Outra iniciativa será a parceria com o governo para estoques e merenda escolar.

Foto: agronegociointerior.com.br

Audiência pública

Parlamentares e população estão discutindo em audiência pública, na Câmara dos Deputados, a extensão da licença-maternidade para sete meses com estabilidade no emprego por esse período. O texto que originou a proposta (PL 6285/16) é do deputado Augusto de Carvalho e o novo projeto sugerido pela deputada Laura Carneiro.

 

CLDF

Com a relatoria da deputada Sandra Faraj, o projeto assinado pelo deputado Agaciel Maia dispõe sobre a proibição da pesca de cima de pontes, sobre lagos e represas no âmbito do Distrito Federal. É uma novidade polêmica.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda no Rio, o ministro presidente do Supremo pronunciou seu voto contra a mudança do seu Tribunal para Brasília. Foi vencido, mas foi, por força de sua função, quem executou a mudança para a Nova Capital. (Publicado em 02.11.1961)