Respeitável público

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Wal/Pixabay/Reprodução

 

Quando, no passado, diziam que os brasileiros viviam na corda bamba, tamanho eram os desafios que enfrentavam no dia a dia para sobreviverem, havia nessa afirmação algo muito além de uma simples imagem sem sentido. O que a frase escondia nas suas entrelinhas era uma realidade do tipo mambembe, experimentada há séculos por muitos brasileiros. De fato, o que se observava eram os desamparados, travestidos em atores por pura necessidade. No fundo, essa corda bamba, de um arriscado malabarismo diário, era uma imagem fiel vinda de um inconsciente coletivo, que se perde no tempo, algo retido na memória do povo, que agrupava, num mesmo conjunto, pessoas comuns e atores de uma espécie de circo permanente.

Todos eles, invariavelmente, inseridos na luta pela vida. Gente comum das periferias, que acorriam para o centro das cidades, representado seus personagens e apresentando seus produtos e aptidões para uma plateia sempre apressada e indiferente ao mundo em redor. Foi assim no passado e é assim no presente. O país dos excluídos pouco ou nada mudou, desde 1500. Hoje, o palco desses atores está espalhado por todas as esquinas e sinais de trânsito desse imenso Brasil. Basta a luz vermelha brilhar, interrompendo o trânsito pesado, para eles imediatamente entrarem em cena.

A crise econômica e social deflagrada pela longa pandemia fez eclodir, em cada ponto nevrálgico de nossas cidades, as encenações desses instantâneos de rua. Ali, naquele pedaço urbano que é de todos e de ninguém, pessoas cuspindo fogo pela boca, equilibristas em cordas bambas ou em altos monociclos, fazendo seus malabares complicados e ensaiados, são vistos, ao lado de palhaços, músicos e de muitos vendedores de guloseimas, água, pipoca, ou seja, tudo aquilo que um dia existiu nos circos de verdade. É a arte transmutada no ofício da sobrevivência. Era assim também nos circos de outrora. Bastava dar uma olhada, displicente ao redor, por detrás da lona, nos bastidores do espetáculo, para conferir e imaginar as reais agruras vividas pelos atores para defender o alimento de cada dia.

Hoje, do antigo circo, restou apenas a multidão de atores, engrossada pela gente comum que passou a enxergar nesses “espetáculos”, a céu aberto, mais uma forma de também salvar o dia. É o grande circo Brasil, formado ainda por uma legião de milhões de pequenos atores, ainda crianças, vítimas da exploração do trabalho infantil. Apresentando-se, diariamente, nas esquinas e nos semáforos ou até em praças transformadas em camarins, esses atores menores continuam invisíveis aos olhos de uma sociedade que olha e não vê, escuta e não ouve, toca e não sente. São brasileiros vivendo, literalmente, hoje, na corda bamba. Equilibrando-se no fio da navalha, fazendo malabares com tostões escassos. Ilusionistas, fazendo desaparecer como mágica, e diante de todos, restos de sanduíche ou sobras de marmitas.

Respeitável público – diz a voz do além –, eis aqui de volta o grande circo Brasil, um circo que nunca daqui saiu, apresentando agora, nesta pandemia, o fantástico homem faquir, que nunca fez uma refeição condigna, ladeado por pequenos atores, cuja infância, fragilizada e sem direitos, mostra, como em nenhum outro espetáculo, o fantástico mundo da nossa desigualdade social.

Venham ver também as fabulosas gêmeas seviciadas, desde bebês, a cantar suas melodias mudas… venham assistir também um país inteiro que tornou possível a existência desse circo..”

A frase que foi pronunciada:

Tornei-me quase como o rei Midas, exceto que tudo não se transforma em ouro, mas em um circo.”

Albert Einstein

Albert Einsten. Foto: Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

Inconcebível

Impressionante a morosidade das obras na reconstrução da casca de ovo que servirá de asfalto entre o Lago Norte e Varjão. Já se passaram meses e o local continua interditado, atrapalhando o fluxo do trânsito.

Imprensa

Sempre em sintonia com a comunidade, Casa Thomas Jefferson e EducaMídia promovem, nos dias 17 e 24 de junho, discussões sobre a importância do trabalho jornalístico e como ele pode beneficiar até mesmo o desempenho de estudantes do Ensino Médio. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas. Veja mais sobre o assunto a seguir.

Casa Thomas Jefferson e EducaMídia promovem, nos dias 17 e 24 de junho, discussões sobre a importância do trabalho jornalístico e como ele pode beneficiar até mesmo o desempenho de estudantes do Ensino Médio

O trabalho da imprensa é fundamental em qualquer país democrático. O jornalismo livre e independente combate a desinformação, expõe injustiças e desnuda a corrupção. Pode até mesmo salvar vidas. Mas o jornalismo clássico, aquele feito apenas pelas redações de grandes jornais, mudou drasticamente. A internet e, principalmente, a popularização dos smartphones alteraram sobremaneira a relação das pessoas com a informação, possibilitando a fusão dos papéis de consumidor e produtor de conteúdos.

Para discutir esse e outros temas, a Casa Thomas Jefferson e o Programa de Educação Midiática (EducaMídia) do Instituto Palavra Aberta promovem a oficina virtual interativa e gratuita Jornalismo e Liberdade de Imprensa, nos dias 17 e 24 de junho – das 16h às 18h em cada dia. Os participantes que tiverem presença nos dois encontros e concluírem as atividades do curso receberão certificado emitido pela Casa Thomas Jefferson.

Nos dois dias de oficina, voltada para estudantes do Ensino Médio, vamos entender, com muita interatividade, como o método seguido por repórteres para encontrar e confirmar informações é muito útil em vários momentos da nossa vida — independentemente da profissão que escolhemos.

Jornalistas investigam, entrevistam, confrontam e analisam informações, fazem perguntas que incomodam e, então, produzem reportagens sobre os mais diversos assuntos. Muitas vezes, são eles que revelam situações ou problemas que, sem o trabalho da imprensa, ficariam escondidos do olhar público. Essa função de fiscalizar e cobrar é muito importante em uma democracia.

Mas também sabemos que, hoje, todos nós somos um pouco jornalistas. Imagine se você está andando pela rua e flagra uma situação de violência? Ou presencia algum tipo de injustiça? Se tiver um celular em mãos, você pode documentar a cena e, com as redes sociais, publicar o que aconteceu. Esse tipo de participação pode ampliar a cobertura do fato que está sendo feita pelos jornalistas profissionais e até dar mais autenticidade ao que é noticiado. 

É o chamado jornalismo cidadão, que traz muitas oportunidades, mas também alguns desafios.

Vamos conversar sobre estes e vários outros assuntos relacionados ao jornalismo e à liberdade de imprensa. E você vai descobrir como até mesmo suas pesquisas escolares e projetos de investigação e construção de conhecimento poderão se beneficiar com a postura jornalística.

 

Serviço

Oficina Virtual Interativa 

Jornalismo e Liberdade de Imprensa

Data: dias 17 e 24 de junho, das 16h às 18h

Público: estudantes do Ensino Médio

Vagas limitadas

Evento gratuito

Inscrições: Eventbrite


INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

TEL: 61.98454-2063 / 61.99648-0448

EIXOS COMUNICAÇÃO INTEGRADA

E-MAIL: contato@eixoscomunicacao.com

www.eixoscomunicacao.com.br 

Animais

Corre, pelo WhatsApp, um número que não corresponde ao serviço anunciado. Trata-se de um 0800 para comunicação de maus tratos a animais. Em Brasília, os contatos para a denúncia contra maus tratos são: 162 ou pelo site www.ouv.df.gov.br. O relato é encaminhado ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ou à Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e À Ordem Urbanística (Dema), conforme o teor da denúncia, para apurar e tomar as providências cabíveis.

História de Brasília

Acaba de ser demitido do Banco do Nordeste, o sr. Alencar Araripe. Para substituí-lo, foi nomeado o sr. Raul Barbosa, que havia exercido essa função anteriormente, com aprumo, sabedoria e respeito. (Publicado em 02.02.1962)

Que venham os touros

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Foto: DF Legal/Divulgação

 

Ao mesmo tempo em que o Governo do Distrito Federal anuncia, de forma até tímida, a lista contendo as novas medidas de flexibilização das medidas restritivas, a capital assume a liderança como a de maior taxa de mortes por Covid-19 do país. Trata-se de uma posição que, até o momento, não foi oficialmente assumida pelas autoridades de saúde do governo local, mas que caminha para essa possibilidade.

A questão com essa triste estatística é que o Distrito Federal, ao contrário do que acontece em muitos estados brasileiros, é a unidade da federação que, historicamente, mais recebe pacientes encaminhados por outras regiões do entorno e até de outros estados, o que altera, sensivelmente, esses dados. Para a Secretaria de Saúde, o cálculo de mortalidade leva em conta, tradicionalmente, apenas o número de residentes locais, dividido pela população total da região em análise, o que reduziria o número de óbitos de forma visível.

Para as autoridades, o que está havendo é uma discrepância entre o número absoluto de óbitos locais contra óbitos de residentes. Citar números e outras estatísticas e porcentuais, numa época em que esses valores sofrem variações diárias significativas, nada acrescentaria ao fato de que a maior taxa de óbitos por Covid-19, na capital, já resultou num número de mortes que ainda oscila para cima e já ceifou a vida de mais de 3.100 brasileiros com residência em nosso pequeno quadrilátero.

Tão grave quanto esses números funestos, e jamais observados em tempo algum, é o fato de que, mesmo sob a sombra e as ameaças constantes da morte, a maioria dos brasilienses são obrigados, pelas circunstâncias adversas, a enfrentar todos esses riscos onipresentes para não morrerem com a pior de todas as pragas que é a fome. Se, até pouco tempo, os riscos para os que saíam para trabalhar eram a violência diária dos assaltos e do trânsito, hoje, somados a essas realidades de cidade grande, todos têm que enfrentar os riscos dessa virose pandêmica.

De fato, para os que aqui permanecem com saúde e disposição, há ainda outros desafios que necessitam ser enfrentados no dia a dia, como a permanência dos empregos e da renda. Não fossem esses cidadãos que enfrentam de frente essas batalhas cotidianas, muitos produtos, nas prateleiras dos supermercados, simplesmente, teriam desaparecido de vista. Tão preocupante quanto essa doença, que vamos conhecendo melhor com o tempo, e cuja a vacina definitiva já desponta no horizonte, preocupa-nos a situação da economia, não só do país e do mundo, mas da própria capital. Como não poderia ser diferente, dados recentes, levantados pelo Boletim de Conjuntura Econômica do DF, apontam que na capital do país, embora registre índices negativos menores que outras regiões, a Covid-19 tem feito estragos também na economia local, principalmente no segundo trimestre deste ano.

O fechamento de comércios de variados ramos de atividade segue em alta, assim como o número de falências. A economia encolheu 4,2% no segundo trimestre. O chamado Índice de Desempenho Econômico (Idecon) também recuou esse ano, atingindo o menor patamar desde 2015.

Um giro pela cidade mostra bem o grande número de estabelecimentos fechados, de salas e lojas vazias, com anúncios nas vidraças para aluguel ou venda, assim como uma grande quantidade de atividades que sumiram de vista. Mesmo assim, alguns economistas dizem que o DF, diante do que vem acontecendo no resto do Brasil, é a unidade da federação que menos tem sofrido com a pandemia. Os números anunciam o que pode ser um dos maiores efeitos negativos dessa pandemia, com a retração histórica do Produto Interno Bruto, que deve ser o menor desde o início do século passado.

Na verdade, não fosse a renda do funcionalismo público, a queda na renda e na economia da capital teria acompanhado o que acontece em outras regiões. Há ainda muita repercussão dessa pandemia que virá pela frente e que nem conhecemos ainda. Mas que venham os touros.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É estranho, -mas verdade; pois a verdade é sempre estranha;/Mais estranho que a ficção: se pudesse ser contado,/quanto os romances ganhariam com a troca!/Quão diferente o mundo veria os homens! ”

George Gordon Byron, poeta inglês, em Don Juan

Imagem: Byron, 1813, por Phillips

 

Wally

Praias lotadas, piscinão de Brasília lotado, festas nos fins de semana cheias de gente até a madrugada. Mas o perigo está só onde o presidente Bolsonaro estiver. Muito estranho…

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 15.mar.2020

 

Eleitores

Senador Randolfe Rodrigues apoiou a ideia do senador Reguffe, que elaborou a PEC 8/2016. Essa Proposta de Emenda à Constituição sugere que as pautas do Senado e da Câmara sejam trancadas quando algum projeto de iniciativa popular não for analisado em até 45 dias. Em março de 2010, a PEC foi retirada da pauta e, até hoje, aguarda inclusão na Ordem do Dia.

Senador Randolfe Rodrigues. Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal

 

Passeio

Veja, a seguir, que beleza a capela São Francisco de Assis, no Gama. Já abriram as inscrições para casamentos em 2021. Esse é um dos lugares prediletos dos motociclistas para assistirem a missa. Volta e meia, acontece a procissão sob duas rodas até lá.

Foto: comunidade.casamentos.com

 

Escassez

Em média, nove litros de leite materno são distribuídos para alguns hospitais do DF. Na pandemia, esse número diminuiu preocupando principalmente Ana Cláudia Barros, chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib, onde a demanda é maior.

Foto: saude.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um dia não está, outro dia está no Rio, outro dia está ocupado, e assim por diante. Nem pró, nem contra, falou o Ministro mais elegante. (Publicado em 17/01/1962)

Depois da primeira tormenta

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Política

 

Passada a crise de pandemia, em tempo ainda incerto no futuro, o  que se sabe é que todo esforço possível terá que ser realizado para que uma crise econômica, de proporções magníficas, não leve o país a um estado terminal, capaz de transformar as agruras de uma quarentena, em um saudoso sonho de verão.

Pelo o que se tem visto até agora, e pela afoiteza com que políticos de todas as matizes ideológicas têm se atirado sobre os recursos públicos, em nome de uma falsa salvação nacional, é óbvio que o esforço feito pela equipe econômica, desde a posse do presidente Bolsonaro até o final do primeiro trimestre desse ano, está sendo irremediavelmente escoado pelo ralo da incúria. Não só regressamos ao ponto de partida em janeiro de 2019, como podemos estar indo mais além, recuando a um passado de recessão e depressão econômica que acreditávamos ter deixado para trás em 2014.

Não que se descarte a importância de ações e de um conjunto de projetos voltados para o momento de urgência social. Todos os países, que estão experimentando essa crise de saúde pública, estão adotando as mesmas medidas emergenciais, garantindo renda e outros benefícios às suas populações. Nesses países, todos os esforços vêm sendo feito dentro de objetivos que visam assegurar não só a sobrevivência dos indivíduos nesses meses difíceis, mas, sobretudo, para garantir que dignidade e outros valores humanos de suas sociedades não sejam abalados pelos efeitos da pandemia de longa duração.

Por aqui, a falta de uma base política dentro do Congresso tem servido para que os políticos, contrariados com a pouca atenção dada pelo governo aos seus pleitos e interesses próprios, dificultem a adoção de medidas urgentes e razoáveis. Para essa turma, que faz oposição mesmo em meio a uma pandemia mortal, todo esforço vale para desmontar o que vinha sendo realizado pela equipe econômica até aqui para colocar em ordem as finanças públicas. Nesse intento niilista, o que uma parte das bancadas temáticas almeja é enfraquecer o governo e não resolver problemas sociais imediatos. Uma outra banda tem se empenhado em ampliar, ao máximo, a ajuda emergencial, não com objetivos puramente humanitários, mas com vistas a fortalecer suas bases políticas nos estados, repassando aos governadores e prefeitos os bilhões de reais restantes existentes ainda nos cofres públicos. Como o horizonte desses profetas do caos é sempre delimitado pelas próximas eleições, o passivo dessas montanhas de dinheiro que estão saindo do planalto central para todas as unidades da federação, deverá ser coberta pela população logo depois que a primeira tormenta passar.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ao homem que ama a sua pátria, insensato na opinião de alguns filósofos, apraz mais, quando o Estado periga soçobrar até o último alento entre naufrágios e tempestades públicas, embora não o obrigue nenhuma lei, do que viver regaladamente no cúmulo da tranquilidade e do repouso.”

Cícero, 106–43 a.C. foi um advogado, político, escritor, orador e filósofo da República Romana

Escultura de Cícero por Karl Sterrer, no Parlamento Austríaco (wikipedia.org)

 

Brasileira

Um artigo da doutora Elanara Neve publicado no conceituado British Medical Jounal sugere a troca de protocolo no atendimento a pacientes com Covid-19. Verificando a trombose nos pulmões dos pacientes que não resistiram ao tratamento, teve a ideia de experimentar anticoagulantes. Deu certo! Dos 27 pacientes tratados nenhum faleceu, só dois permanecem hospitalizados; os outros estão completamente curados. A medicação é de baixo custo, podendo ser adotada pelo SUS. Não será necessário adquirir equipamentos caros para a cura do Covid-19

Foto: divulgação (em.com)

 

Economia

Câmara dos Deputados divulga erros da PEC 10//2020 que podem induzir deputados a erro. Veja, no link CÂMARA DIVULGA ERROS DA PEC 10/2020, detalhes desse orçamento de “guerra” esmiuçados por Maria Lucia Fattorelli.

Logo: auditoriacidada.org.br

 

Denúncia

Reclamações de consumidores enganados por empresas de empréstimos e financiamentos precisam ser monitoradas pelo sistema financeiro. O melhor seria um disque denúncia para que principalmente idosos tenham um canal para orientação e reclamação. Há de tudo nesse meio. Desde posse de mailing por amigos gerentes até orientação para atendentes omitirem dados do contrato. Basta ver no Reclame Aqui.

Foto: Getty

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um funcionário da Rede Ferroviária Federal, que ninguém sabe o nome, foi à França e os Estados Unidos, a serviço. Recebeu, entretanto, uma passagem com este itinerário: Rio –Lisboa, Madri, Paris, Bruxelas, Londres, Amsterdã, Hamburgo, Copenhague, Estocolmo, Helsink, Leningrado, Moscou, Varsóvia, Praga. Viena, Atenas, Roma, Milão, Zurique, Stutgart, Frankfurt, Dusseldorf, Berlim, Tóquio, Honolulu, Los Angeles, Denver, S. Paul, Nova York, Montreal, Otawa e Rio. (Publicado em 05/01/1962)

Vem aí a Covidão

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Parece que, entre nós, a história volta a insistir, repetindo-se como uma farsa grotesca. Como aconteceu em junho de 2005, no qual foi preciso um alerta vindo do ex-deputado e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, para que o país acordasse para mais um crime de corrupção previamente anunciado e já com certidão de nascimento, nome dos pais e um nome de batismo bem apropriado: Covidão.

Em longa entrevista concedida nessa segunda-feira (20) aos jornalistas dos Pingos Nos Is, da Rádio Jovem Pan, o ex-parlamentar e peça chave no mega escândalo do mensalão e que, na oportunidade, quase levou o ex-presidente Lula ao impeachment, deflagrando uma das maiores crises políticas de todos os tempos, voltou a público para revelar novas armações em andamento.

São, de fato, informações bombásticas, colhidas nos bastidores por uma das mais descoladas raposas políticas e que acompanha de perto, e como protagonista, toda a cena nacional desde os primeiros anos da redemocratização do país. O que mais uma vez Roberto Jefferson tem a revelar, à semelhança do que ocorreu no passado, nenhum órgão de fiscalização e controle do Estado, mesmo a Polícia Federal, parecem ter percebido.

De novo o epicentro desse escândalo, segundo ele, está sendo detectado no seio do Congresso Nacional, envolvendo os mesmos personagens do passado ou seus atuais descendentes e representantes. Segundo o dirigente do PTB, dessa vez os desvios de dinheiro têm como fonte o projeto aprovado por 431 votos contra 70, em votação eletrônica e feita à distância, que autoriza, em nome do socorro emergencial para o combate ao coronavírus, que estados e municípios gastem, sem maiores burocracias, o equivalente a R$ 100 bilhões.

Para Jefferson, trata-se de mais um crime de corrupção que começou agora a ganhar seus primeiros contornos sob a coordenação direta do presidente da Câmara e do chamado Centrão. Para ele, essa montanha de dinheiro vai ser, em grande parte, desviada para as eleições municipais desse ano ou para as próximas.

Dessa vez, alerta, será o escândalo do Covidão-19. De fato, alguns indícios já vêm sendo revelados em algumas unidades da federação como no Rio de Janeiro, Ceará, Salvador e outros lugares, com a compra superfaturada de hospitais de campanha e outros insumos necessários para o combate ao coronavírus, repetindo o mesmo modelo de crime já conhecido há décadas e que, ao fim ao cabo, acabam em processos infindos, jogados para as últimas instâncias, onde se localiza o paraíso da impunidade geral e irrestrita.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não a ciência, mas a caridade transformou o mundo em algumas épocas; somente poucas pessoas passaram à história por causa da ciência; mas todos poderão ficar eternos, símbolo de eternidade da vida, em que a morte é só uma etapa, uma metamorfose para uma ascensão maior, se dedicarem-se ao bem.”

Giuseppe Moscati, médico, canonizado pelo papa João Paulo II.

Giuseppe Moscati (santosebeatoscatolicos.com)

 

Novidade

Santa Catarina é o primeiro Estado da Federação a adotar homeopatia como ferramenta na luta contra a pandemia. Por meio da Associação Médica Homeopática de Santa Catarina, em parceria com a ABFH (com a representante, Karen Denez), o documento de Diretrizes Clínicas para Uso da Homeopatia na Prevenção e Tratamento da COVID-19 foi concluído. O projeto foi iniciado no Estado, para dar suporte ao desejo do Governo catarinense em adotar homeopatia, em caráter complementar, no enfrentamento da pandemia da COVID-19.

Leia mais em: A Homeopatia e o COVID 19

 

Mais ou menos

Tanto tempo para a reforma nas passagens das quadras 100 para 200 e o asfalto sem nenhuma qualidade. Por outro lado, vamos torcer para em dias de chuva forte haver escoamento pluvial.

(Vídeo publicado em 20 de março de 2019, no canal da TV Entorno, no Youtube)

 

Sem fome

Veja no link o resultado do Movimento Maria Claudia pela Paz, que entregou para a Ascap (Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua).

Entre integrantes da Ascap, Roosevelt, do Movimento Maria Cláudia pela Paz, entregou 20 cestas de alimentos para doação

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A diferença do Distrito Federal para Goiânia é um estímulo ao comércio da capital de Goiás. Para que possamos recomendar a todos que façam suas compras em Brasília, é preciso, também, que o comércio entenda que está explorando. Os casos que reúnem maiores reclamações são os das farmácias e casas de utilidades doméstica. (Publicado em 05/01/1962)

Entre o remédio e o veneno

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Gráfico: Previsões para 2020 — Foto: Economia G1

 

Aos poucos, o noticiário vai abrindo espaços para os efeitos trazidos pelo processo de quarentena sobre a economia. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. Aos poucos também, a pandemia vai cedendo lugar às análises de economia. Na batalha final entre os gráficos da vida e da economia, a orientação das curvas prossegue ainda em sentidos contrários. À medida que sobem os índices de internados e mortos em decorrência da virose, decaem os números na economia, indicando aquilo que alguns temiam como uma premonição.

Em algum ponto do tempo e espaço, a performance dessas linhas irá se cruzar mais uma vez. No primeiro cruzamento, a linha de infectados, que subia, interceptou a linha da economia que declinava. Num segundo momento essas linhas farão o caminho inverso, com o declínio no número de mortos e uma escalada nos índices econômicos, mas isso, preveem os mais otimistas, acontecerá somente a partir do final do segundo semestre de 2021. Até lá, o que se projeta é uma recessão mundial, que para dizer o mínimo, será inesquecível, como foi a de 1929, que antecedeu e acelerou todo o processo que culminou com a Segunda Grande Guerra. Muita gente que considera uma afronta trazer para o debate dois assuntos aparentemente díspares, no que seria um desrespeito à vida humana, se esquecem que sem a saúde da economia, as possibilidades de uma existência minimamente digna são desprezíveis ou inexistentes.

A piorar uma situação vindoura nos números da economia, é preciso lembrar ainda, que bem antes do alastramento do vírus pelo mundo, muitos analistas, que se dedicam a estudar a saúde da economia mundial, já alertavam para uma imensa bolha que se formava, por conta do desencontro imenso entre o lastro real das moedas, versus um sistema financeiro que parecia estar negociando com riquezas abstratas e virtuais.

Um desses indicadores de uma economia de fantasia seria representado pelo o que os economistas chamam de índice de volatilidade. A questão nesse caso específico é que praticamente todas as economias mundiais, com exceção da chinesa, parecem compartilhar o mesmo destino de paralisação das máquinas de produção, o que coloca uma boa parte do planeta num mesmo patamar deficitário ou de pobreza.

Sobre essa questão, somente um rearranjo em âmbito mundial poderá abrir caminhos para uma melhora nas economias nacionais. Esse é também um problema que nos remete ao passado imediato que muitos querem hoje ver esquecido. Trata-se da globalização das economias e seus efeitos nefastos às economias nacionais, principalmente no que diz respeito a questões de soberania, dependência e outros quesitos, que bem ou mal nos conduziram até aqui, nessa quarentena forçada e que poderá ser, ao mesmo tempo um remédio para a pandemia, e um veneno para o futuro de nossas vidas.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Cada povo tem na sequencia histórica a sua função, no vario e grande drama da civilização o seu papel. Uns em cada momento na evolução da humanidade são protagonistas e heróis a outros cabem, no complemento e execução da obra comum, ofícios mais modestos, mas não menos necessárias atribuições. É o princípio harmônico e fecundo da divisão do trabalho aplicado à cooperação mútua das nações, no empenho de fundir e aperfeiçoar a civilização no decurso das idades. E deste modo a noção da pátria individual se esconde na penumbra da humanidade.”

Latino Coelho, general do exército português. Lisboa, 1825-1891

Imagem: wikipedia.org

 

Livro

Lançado, em tempos de coronavírus, o livro com áudios on-line “Solfejo Racional – O método completo e definitivo do professor Bohumil Med. Detalhes a seguir.

 

Pauta

No Brasil e no mundo, o turismo é um dos setores vitimados pelo Covid-19. Mas o visitante que precisou adiar a viagem pela comemoração do aniversário de Brasília pode, por enquanto, visitar virtualmente as instalações do Congresso Nacional, com seu acervo cultural e histórico distribuído por salões, corredores e gabinetes. Basta acessar a visita virtual por meio do site Visitas Virtuais. Ali são mostrados todos os espaços que fazem parte das tradicionais visitas guiadas.

Foto: congressonacional.leg

 

Aplausos para a cidade

Bruno Mello, apresentador da CBN abriu uma campanha muito carinhosa para o aniversário de Brasília. Ele sugere o maior aplauso do mundo, no aniversário da cidade. No dia 21 de abril às 19h, pare aonde estiver e bata palmas para a cidade que acolheu você.

Cartaz divulgado no perfil oficial do jornalista Bruno Mello no Instagran

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há, entretanto, uma solução, e esta está contida numa exposição de motivos feita pelo sr. Felinto Epitácio Maia, ao então presidente Jânio Quadros, para a construção de casas num plano de quatro anos. (Publicado em 05/01/1962)

Brasil informal

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Foto: jornalismo.iesb

 

Quem caminha costumeiramente pelo centro das capitais do país já pode verificar que, a cada dia que passa, aumenta o número de vendedores ambulantes comercializando todo o tipo de produto. Em cada canto da cidade, essa impressão é real e traduz um quadro de empobrecimento geral da população. Esse fenômeno demonstra que esse não é um problema local, mas resulta do encolhimento de renda geral de mais de 50% das famílias brasileiras. São, segundo demonstra estudo divulgado no final de outubro pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), mais de 104 milhões de pessoas vivendo com uma média de apenas R$ 413,00 mensal, ou menos da metade de um salário mínimo atual. O problema aumenta de proporção quando a mesma pesquisa informa que 5% da população brasileira, ou 10,4 milhões de pessoas, sobrevivem com R$ 51,00 ao mês. Por esses números, é possível saber que a renda desses mais pobres encolheu 3,8% desde 2017. Na contramão desse empobrecimento sistemático, o estudo mostra que a renda da população mais rica, estimada em 1% dos brasileiros, cresceu 8,2%, aumentando ainda mais o fosso entre ricos e pobres.

Esse desequilíbrio de renda, ou mais precisamente essa concentração de renda, é um dos indicadores que coloca o Brasil como um dos campeões mundiais em desigualdade e um dos fatores que inibe o crescimento horizontal e harmônico da economia. Num país em que os pobres vão ficando cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, a desigualdade assustadora acaba se transformando num entrave para um crescimento durável não só dos números da economia, mas adentram por outros fatores de ordem social e política.

Induzem instabilidades de toda a ordem, marginalizando parte significativa da população, retardando o progresso equânime, gerando o processo de favelização, da criminalidade e da violência, obrigando aqueles de maior renda a viverem enclausurados em condomínios superfortificados. Colocado entre os dez primeiros no ranking da desigualdade econômica em todo o mundo, o Brasil reflete exatamente esse cenário com suas cidades principais cercadas de favelas miseráveis por todos os lados, com alto índice de violência e agora invadidas por centenas de milhares de vendedores ambulantes e de pedintes, o que naturalmente contribui para tornar nossas metrópoles verdadeiras feiras ao ar livre, perigosas, sujas, malcuidadas e urbanamente incontroláveis.

A deterioração da qualidade de vida dos habitantes das grandes cidades brasileiras possui suas raízes justamente nesse desequilíbrio brutal de renda. Depois de longos períodos de recessão e estagnação da economia, esse cenário que já era caótico piorou. O aumento do desemprego, jogando no olho da rua mais quase 13 milhões de pessoas, vem contribuindo para o aumento da informalidade, destruindo assim a capacidade de o Estado recolher impostos que, em tese, serviriam para minorar essa situação, obrigando a economia a entrar num ciclo fechado onde a miséria acabando criando mais miséria.

Para se ter uma ideia das dimensões desse problema, os números indicam que 41,5% dos trabalhadores brasileiros vivem na informalidade, ou seja, seis em cada dez pessoas, vivem à margem, se virando por conta própria, num processo de descolamento total entre o cidadão e o Estado. Em qualquer outro país do planeta, esse mecanismo é a receita certa para um fracasso definitivo e incontornável a longo prazo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Enquanto algumas pessoas inspiram, outras conspiram!”

Ernest Agyemang Yeboah, professor e escritor ganaense

Foto: Amazon

 

 

Crueldade

Enquanto a humanização se espalha pelos hospitais, escolas e empresas, o aeroporto de Brasília vislumbra o lucro mais do que qualquer coisa. É assim que as pessoas veem. Com a obra no estacionamento, os carros ficam longe do desembarque. Cardíacos, idosos, hipertensos não têm mais condições de aguardar um ente querido chegar de viagem. Além da distância, não há mais nenhuma cadeira no saguão do desembarque.

Foto: bsb.aero

 

 

Cães

Em sintonia com a iniciativa de diversos hospitais, clínicas, casas de idosos pelo mundo, que adotaram o contato com animais como parte da recuperação de seus internos, em Brasília, amanhã, na UDF, a psicóloga Maria Lima e a veterinária Vanessa Spagnolo proferirão palestra sobre os benefícios psicológicos e fisiológicos na interação com os cães.  Veja o cartaz do evento a seguir.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O comodismo das rodas amigas, das viagens internacionais, das conversas ao pé da orelha, do endeusamento dos que querem explorar, é que provoca o desgaste popular que todos os homens políticos temem. (Publicado em 03/12/1961)

Corrupção contamina a todos

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: gentedemidia.blogspot.com
Charge: gentedemidia.blogspot.com

    Numa listagem de 180 nações, elaborada pela Transparência Internacional no início desse ano, o Brasil aparece no nada honroso 97º lugar, misturado entre os países mais corruptos do planeta. A cada ano, nosso país vem caindo de posição, descendo a perigosa escada onde estão as mais problemáticas nações do globo.

        Diversas operações levadas a cabo pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, nesses últimos anos, têm tido o condão de mostrar, ao mesmo tempo, o quão profunda e entranhada é a corrupção no Estado brasileiro e o quanto temos ainda que avançar para deter essa praga que nos mantém presos a um passado de subdesenvolvimento eterno, caminhando na rabeira do mundo civilizado.

        Mas afinal, o que isso tem de importância? Perguntariam os cínicos, depois de apontar que somos ainda uma das dez maiores economias do planeta. Talvez não custe enfatizar ainda que o fenômeno da corrupção é hoje a principal causa, entre nós, das desigualdades sociais e dos péssimos serviços públicos que são prestados à população, induzindo ainda a violência exacerbada que tomou conta de nossas principais cidades, deteriorando as economias locais, afastando investidores, degradando o meio ambiente, desempregando e levando à marginalidade populações inteiras, roubando, acima de tudo, o futuro dos brasileiros.

         Se já não fossem poucos os malefícios gerados pela corrupção, o mais assustador é constatar que ela permeia praticamente todas as instituições e poderes do país e tem, na sua elite dirigente, os maiores exemplos negativos dessa prática, já tornada costumeira em todas as instâncias do governo.

           Embora não exista uma fórmula ou metodologia para medir, com exatidão, a corrupção de um país, é fato que, sentido na pele pela população e confirmado pelas inúmeras investigações, comprova uma clara correlação entre esses atos ilícitos e a prática corrente de atividades criminosas de todo o tipo, dentro e fora do governo.

           Mesmo se comparado a outros países desenvolvidos, no Brasil, o índice de corrupção aumenta ainda mais essa percepção geral de que o país caminha numa trajetória descendente; é justamente a falta de transparência. Nesse quesito, estamos na 80ª posição entre 137 nações, segundo o Fórum Econômico Mundial. No nosso caso específico, é patente que a corrupção tem arruinado, por séculos, qualquer chance de desenvolvimento econômico.

        De fato, o que parece agravar nosso caso, é que a medida em que vamos retrocedendo e, por conseguinte, ficando mais pobres, vamos ficando também mais abertos à corrupção, num ciclo sem fim e cujo o resultado final acaba por contaminar a própria população que passa a aderir a esse jogo sujo com naturalidade.

            Portanto, não seria demais salientar que a medida em que a corrupção vai corroendo a máquina do Estado por dentro, mais e mais essa ferrugem ética acaba por extrapolar, envolvendo toda a nação na mesma lama, tornando inviável o próprio Brasil.

A frase que foi pronunciada:

“Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam com a outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.”

Rui Barbosa

Charge: rafaelbrasilfilho.blogspot.com
Charge: rafaelbrasilfilho.blogspot.com

Dia especial

Muito carinho dos leitores, hoje, no aniversário do titular dessa coluna. Ari Cunha agradece, comovido, as manifestações dos amigos.

Ari Cunha com o presidente JK durante o 18º aniversário do Catetinho, em 1974 (foto: Arquivo CB/D.A Press).

Vôlei de praia

Brasília está pronta para receber a 3ª etapa do Circuito Brasileiro Challenger. Medalhistas olímpicos e novos talentos abrilhantarão o evento gratuito à população. Até domingo, no Parque da Cidade.

Imagem: facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol
Imagem: facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol

Mercado de trabalho

Passados cinco meses com o índice de empregados no mercado formal caindo vertiginosamente. Menos 661 postos de emprego.

Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

Babá

Por falar nisso, cumpridores das obrigações sociais dos empregados domésticos exigem mais qualidade e capacitação. Acrescente-se o desemprego e o resultado é: pedagogas, até com mestrado, procuram emprego de babá, recebendo muito mais do que paga uma escola, considerando uma classe com 20 crianças e uma casa com apenas 1 criança. Novos tempos.

Curso humanizado

Novamente, um policial agredindo gente trabalhadora. Nessa crise, não são os que lutam para sobreviver dignamente que merecem esse tipo de tratamento. O fato aconteceu novamente na Rodoviária do Entorno, no centro da capital. Com celulares, uma atitude dessa é imediatamente registrada por qualquer transeunte. Policiais estão com os nervos à flor da pele. Precisam de reciclagem!

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O primeiro passo para reestruturar, seria a unificação de todas as campanhas ligadas ao Ministério da Educação, para o combate ao analfabetismo, que dentro de cinco anos poderá ser reduzido ao mínimo, com a aplicação de recursos da ordem de 160 bilhões de cruzeiros. (Publicado em 26.10.1961)

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Velho, sim! Velhaco, nunca!

Segundo dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios (Pnad), divulgada em fevereiro, o desemprego atinge 25,9% da população brasileira. Nas faixas entre 25 e 39 anos, o percentual chega a 11,2%. Para os trabalhadores entre 40 e 59 anos, a taxa de desemprego é atualmente de 6,9%. Em números absolutos, o total de desempregados chega a 12,3 milhões de pessoas. A esse número se somam mais 12 milhões de pessoas que gostariam de trabalhar ou que têm jornada considerada insuficiente, o que os especialistas chamam de taxa de subocupação.

Em todo o país, as filas nas agências de empregos dobram as esquinas e expõem o lado mais cruel da recessão econômica. Nesse imenso contingente de brasileiros desesperados, chama particular atenção o caso dos idosos que, mesmo ocupando uma faixa menor de desempregados por razões óbvias, lutam com muito esforço para serem reintegrados ao mercado de trabalho.

O aumento na expectativa de vida das pessoas, não só no Brasil, mas em todo o mundo, agregou mais um problema a uma economia em processo lento de recuperação. Para a maioria dos trabalhadores idosos, principalmente para aqueles que já aprenderam que não dá para viver com dignidade com a aposentadoria de pouco mais de um salário mínimo, a situação ganha contornos de drama quando se sabe que muitos empregadores preferem contratar pessoas mais jovens. A saída para muitos é buscar renda alternativa em pequenos bicos diários.

Em países que já experimentam um envelhecimento significativo de parte da população, tem sido prática de sucesso a recontratação de pessoas mais idosas em diversas atividades. Mesmo empresários da iniciativa privada, em muitos ramos da economia, têm sido estimulados a contratar pessoas mais vividas. A experiência tem se mostrado rendosa para ambos. Nos tempos atuais, conta, cada vez mais para uma marca ou empresa, o trabalho que ela realiza, quer no âmbito social, quer em prol do meio ambiente. É um mundo em transformação profunda.

No Brasil, o governo prepara projeto de lei que criará Regime Especial para o Trabalhador Aposentado (Reta). A intenção é facilitar que aposentados, com mais de 60 anos, sejam contratados por hora, sem obrigação de recolher para a Previdência Social, o FGTS e outros encargos, mesmo aqueles referentes ao vínculo empregatício. A expectativa é promissora já que, nos próximos 10 anos, a estimativa é de que mais de 2 milhões de idosos entrem no mercado de trabalho. O contrato de trabalho para essa modalidade será bem mais flexível, com jornada de 25 horas semanais, feitos em dias alternados e outras inovações. A liberdade deverá ser a regra, promete o governo.

A frase que foi pronunciada

“A democracia pode cambalear quando entregue ao medo”.

Barack Obama

Memória

» Helena Nader, presidente da SBPC, e Mário Neto Borges, do CNPq, firmaram parceria pela reestruturação do Centro de Memória do CNPq. A importância do acervo merece o empenho dos cientistas.

Interessante

» Entra e sai ano, a notícia é a mesma. Grupos de batalha: oposição versus situação confabulam concentrados em traçar o planejamento estratégico para a disputa de quem consegue publicar o maior número de escândalos. A que ponto chegamos. O lado interessante dessa história toda é que quem ganha com essa briga é a opinião pública, que vai conhecendo cada vez mais os representantes eleitos.

Consequência

» Nem a mídia tem percebido o aumento exponencial da criminalidade no meio rural. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), preocupada com furto e roubo à mão armada, resolveu, por meio do Instituto CNA, disponibilizar um formulário para que as vítimas da violência descrevam o ocorrido. A partir daí, o próximo passo será a definição de estratégia para a solução do problema. Nós já registramos, aqui, a expansão do tráfico no campo.

Hermenêutica

» Por volta dos 7 anos, Elias Vidal Rosa teve uma aula que explicava o art. 6º da Constituição Federal. No pequeno teste ao fim da aula, Elias disse que a questão que descrevia o artigo estava errada. Ele conhece crianças que não estudam, a mãe dele já chorou de tanto esperar um médico para ele, cansou de ver crianças buscando comida no lixo, vê todos os dias meninos da sua idade largados na rua…. A professora está até hoje na diretoria para saber se considera como certa a resposta de Elias.

História de Brasília

Neste particular, como há poucos soldados do trânsito, os do Exército bem que podiam prestar sua cooperação, para que desse, também, mais força à campanha na qual está interessado o governo. (Publicado em 23/9/1961)