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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Quem der ao trabalho de percorrer, quadra por quadra, rua por rua ao longo de todo a vastidão do chamado Plano Piloto, de Norte a Sul, em busca de espaços voltados as atividades artísticas ou estabelecimentos comerciais especializados na venda e promoção de produtos de arte, poderá constatar desiludido, que a capital do país é hoje um imenso e inóspito deserto, desprovido de vida inteligente.
Com exceção de uns raros pontos com essa finalidade, como é caso do subutilizado Espaço Cultural da 508 Sul ou a Casa da Cultura na Asa Norte, quase nada que lembre produção artística é visto nas redondezas de Brasília. Por onde quer que se olhe, não há sinais de livrarias, bibliotecas, teatros, escolas de arte, de dança, de pintura, escultura. Nada de nada. Para um turista que venha de lugares, onde as artes integram o cotidiano dos habitantes e estão presentes em toda a parte, essa ausência e aridez cultural chama a atenção e acaba revelando muito sobre o grau de cultura dessa população.
Viver, ou pior, acostumar-se à uma cidade, onde a exceção dos monumentos arquitetônicos do modernismo, nada mais lembra a pulsação de vida e de criação de seus moradores, que só a arte e a cultura proporcionam e revelam é como estar num terreno baldio, desprovido de alma e engenho humano.
Outra sensação estranha que se observa, com esse vazio e com esse exílio das artes em plena capital do Brasil, é que em cada recanto dos espaços urbanos em que esse vácuo foi criado, ali mesmo, abriu-se mais uma área e mais uma oportunidade para que a degradação da cidade aconteça. Só a vibração humana, trazida pela arte, pode salvar uma cidade de sua decadência. Se formos hoje fazer um apanhado sobre que tipo de atividade e de estabelecimentos são mais presentes hoje ao longo de todo o Plano Piloto, veremos que os bares e as farmácias são as atividades que mais estão presentes nas centenas de ruas de comércio.
Para quem observa esse fenômeno de longe, fica a falsa sensação de que as centenas de milhares de moradores que vivem nesses locais, adoecem nos bares, pelo consumo exagerado de bebidas alcóolicas e daí passam a frequentar as farmácias em busca de remédios e curas para esses males. Depois desses estabelecimentos, aparecem em seguida as casas lotéricas, que também mostram outro perfil humano dessa cidade. A impressão, nesse caso, notada por um forasteiro acidental, é que a população dessas áreas, dispendem o que possuem em recursos, consumindo bebidas e remédios em excesso e depois buscam compensar esses gastos, na vã tentativa de recuperá-los nessas casas de apostas e de azar.
Outra incidência, quase endêmica, observada nessa cidade, onde as artes e o entretenimento cultural e sadio foram transformados em poeira vermelha é a de igrejas e templos para todo o tipo de fé ou de esperança no além. Para esses mesmos observadores ocasionais e assustados com que notam é que, depois de adoecidos pelo consumo de álcool, desenganados pelas farmácias e desiludidos pelas casas de apostas lotéricas, os moradores desse deserto, buscam agora, como derradeiro recurso, a salvação de suas almas, já que o corpo e a matéria foram corroídos pelo consumo de bebidas. Restaria então, como tentativa última desses habitantes da cidade deserto, buscar o consolo da alma, de preferência num mundo além, sobre as nuvens, onde ao menos se possa ouvir os sons celestiais uma harpa, tangida por um anjo solitário e igualmente melancólico.
A frase que foi pronunciada:
“A cidade como centro onde, em qualquer dia do ano, pode haver um novo encontro com um novo talento, uma mente perspicaz ou um especialista talentoso – isto é essencial para a vida de um país. Para desempenhar este papel nas nossas vidas, uma cidade deve ter uma alma – uma universidade, uma grande escola de arte ou música, uma catedral ou uma grande mesquita ou templo, um grande laboratório ou centro científico, bem como bibliotecas, museus e galerias que unir passado e presente. Uma cidade deve ser um lugar onde grupos de mulheres e homens procuram e desenvolvem as coisas mais elevadas que conhecem.”
Margaret Mead
Absurdo
Continuam, impunemente, os estelionatários com a retaguarda de bancos e telefônicas. Até recado na caixa eletrônica com opções de retornar para o número dos golpistas as quadrilhas encontraram suporte para atacar. “Recado importante. O seu banco (diz o nome do banco) adverte que houve uma tentativa de compra no Magazine Luiza de R$2.760. Para confirmar digite 1. Se não foi você, digite 2″. E daí para frente, atendentes bem articulados vão levando os desavisados para uma grande enrascada. A melhor saída é ter um gerente de confiança e qualquer dúvida ligar para ele.
História de Brasília
A cadeira de “Princípios de Administração” da Universidade de Brasília será entregue ao sr. Felinio Epitácio Maia, que ministrará quarenta aulas, a partir de maio próximo. (Publicada em 06.04.1962)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Nenhum elemento é mais indicativo do estágio evolutivo de uma sociedade do que sua produção artística. Para alguns antropólogos, inclusive, a capacidade de um indivíduo produzir arte testemunha, de forma inequívoca, sua racionalidade na busca de interpretação do mundo ao seu redor sendo, portanto, o fator que mais o distingue dos demais animais.
Mesmo num país como o nosso, envolto ainda em questões primárias, como a luta diária pela sobrevivência, a produção de arte de qualidade sempre foi uma constante, independente do mercado e dos incentivos vacilantes desse ou daquele governo. Por sua força ontológica, a arte sobrevive às crises, aos governos, aos mercados e aos próprios indivíduos, adquirindo vida própria, independente do meio.
Mas se a arte, por sua natureza extra-humana, pode prescindir de tantos fatores para continuar a existir, ela praticamente sucumbe quando certos indivíduos, dotados de uma força única e sobrenatural, saem de cena. Agindo lado a lado com os artistas, é graças à dinâmica e ao ânimo incansável desses mecenas e agitadores culturais que as sementes da arte são lançadas em terreno fértil.
Brasília, que, desde a sua construção, soube unir arte e arquitetura, criando monumentos que dignificam a todos e que são objetos de admiração em todo o mundo, por esses atalhos imprevistos da história, deixou de lado o sonho de seus idealizadores de fincar aqui uma capital voltada para a elevação cultural de nosso povo. Talvez por isso mesmo, passados mais de meio século, Brasília ainda permaneça às margens do eixo artístico formado por Rio de Janeiro e São Paulo.
Ainda assim, em meio à um ambiente que, para muitos, sempre pareceu hostil a produção artística, é de se destacar o papel pioneiro e fecundo desses verdadeiros e abnegados incentivadores culturais, que, agindo sob inspiração divina, impeliram diversos artistas e projetos coletivos de arte, dedicando tempo precioso de suas vidas no apoio a arte do criar arte.
Desses raros mecenas, como Lúcia Garófalo e Celina Kauffmann, que sem dúvida nenhuma, deixaram grande legado de serviços para as artes e principalmente para os artistas locais, o nome de Flavita Boeckel aparece também em luzes douradas e, por certo deverá permanecer para sempre na memória de todos que conheceram sua pessoa e seu trabalho em prol da arte e da cultura do Distrito Federal.
Considerada por muitos como uma verdadeira madrinha das artes, Flavita se tornou referência para várias gerações de artistas e artesãos. A saída de cena agora, dessa artista sensível e dedicada, deixa em suspense e em profunda tristeza uma legião imensa de artistas, que pressentem ter perdido um raro farol a iluminar nossa cidade. Ao menos, fica, com o presente para todos o seu exemplo de vida e as sementes que plantou aqui no cerrado.
A frase que foi pronunciada:
“Essa greve dos caminhoneiros me fez abrir os olhos.”
Antonio Salles, reorganizando a vida para usar a bicicleta, o transporte coletivo, cuidar da saúde e economizar muito.
Nas alturas
Os supermercados e os postos de gasolina foram os maiores exemplos de ganância durante a crise. Os preços subiram absurdamente como prova da falta de patriotismo. No Big Box, a mesma compra teve um aumento de pelo menos 13% de carona na paralisação dos caminhões. A gasolina, todos sabem e sentiram. Teve quem cobrasse até R$ 9,00 o litro.
Acordo
Palavra de ministro. Eduardo Guardia, da Fazenda, teve a fala registrada pelo pessoal da taquigrafia do Senado. Está garantido que para atender as demandas dos caminhoneiros não será necessário aumento de tributação. A compensação virá de cortes e reduções em incentivos a setores específicos. Na verdade, não foi possível esclarecer que setores são esses para evitar novas revoltas.
Nutricoaching
Assessorada pela Pró Ativa, a Nutricoaching distribuiu um release bem interessante. Deu todas as dicas para curtir as festas juninas sem exagerar nas calorias. Veja o release no blog do Ari Cunha e experimente executar as receitas. Flávio Resende e Dayanne Holanda são os responsáveis pelo texto.
Festa Junina não pode ser saudável? É mentira!
NutriCoaching prepara algumas dicas para você não deixar de curtir uma das celebrações mais aguardadas do ano pelos brasileiros, mas de forma saudável e sem culpa depois
Brasília, 30 de maio de 2018 – O frio chegou para o brasiliense e com ele teve início também a temporada de festas juninas, época aguardada por muitos não só pela animação das quadrilhas de dança, mas, sobretudo, pelas típicas iguarias deste período do ano. Mas e a dieta, como fica? Para a nutricionista da NutriCoaching, Enaile Arrais, devemos evitar os alimentos muito gordurosos e, principalmente, vários ao mesmo tempo, como por exemplo o pastel, os bolos, o cachorro quente (pela presença do embutido salsicha e molhos prontos ricos em sódio e glutamato monossódico), sem contar o excesso de doces, canjica e curau de milho.
Segundo a especialista, há qualidade nutricional em alguns alimentos típicos, como os caldos, churrasquinhos, quentão, milho assado ou cozido, arroz carreteiro e o baião de dois. “Mas o ideal mesmo é que o consumo de calorias não ultrapasse 700 kcal”, afirma.
Dez recomendações da NutriCoaching
para o período de festas juninas:
A época de festas juninas é divertida e reúne toda a família e amigos. É um momento de descontração, que muitos esperam o ano todo para degustar os saborosos pratos típicos. Por isso, não há necessidade de privação do consumo, mas, sim, de equilíbrio e bom senso nas escolhas. Confira as dez dicas que preparamos para vocês:
1- Evite consumir dois ou mais pratos típicos muito calóricos na mesma festa, como pastel e cachorro quente, por exemplo;
2- Balanceie as escolhas alimentares nas festas, como: caldo e pastel ou churrasquinho e baião de dois
3- Caso queira ingerir e experimentar uma sobremesa típica das festas, escolha uma entre as diversas opções presentes: bolo, doce caseiro (cocada, pé de moleque, doce de frutas), chocolate quente, maçã do amor, canjica, pamonha doce;
4- Opte por ingerir somente um tipo de bebida após ou antes das comidas, assim o consumo calórico não se elevará tanto;
5- Procure não ir a todas as festas. Escolha algumas para ir. Assim, você evita o alto consumo dessas comidas típicas calóricas;
6- Ao escolher a ingestão do cachorro quente, prefira na chapa, para evitar os molhos prontos muitas vezes utilizados nesta opção de preparo;
7- Quando comemos pouco, podemos comer de tudo um pouco e o efeito não será tão prejudicial. Portanto, cuidado na quantidade das porções;
8- Caso queira experimentar de tudo um pouco, compre e leve para casa e consuma nos dias seguintes e em outros horários;
9- No caso das crianças, cabe aos pais o controle do que ela irá ingerir nas festas. Então, desenvolva um limite de consumo para também apenas uma refeição doce, caso ela queira;
10- Última dica muito importante! Não vá com muita fome para as festas. Assim, o estrago será maior. Procure fazer um lanche da tarde rico em fibras (frutas, proteínas e cereais). Dessa forma, a fome no período noturno estará mais controlada.
Receitinhas da NutriCoaching para
Festas Juninas mais saudáveis:
Para moderar no uso de ingredientes muito calóricos, usamos alimentos funcionais para trazer o sabor e o valor nutricional à cada receita. Confira:
CURAU DE MILHO FUNCIONAL
Ingredientes:
– 4 espigas de milho
– 500 ml de leite de coco
– 2/2 xícaras de chá de açúcar de coco
– Canela em pó à gosto
Modo de Preparo: Tire o milho das espigas, bata o milho com o leite e passe pela peneira duas vezes. Acrescente o açúcar e leve ao fogo médio mexendo até desgrudar do fundo da panela. Coloque em mini tigelas individuais e salpique canela em pó por cima.
CANJICA FIT E FUNCIONAL
Ingredientes:
– 500 gramas de milho para canjica
– 1 e 1/2 xícara de chá de água
– 2 paus de canela grandes
– 5 cravos da índia
– 5 xícaras de chá de leite de coco
– 1 e 1/2 xícara de chá de leite de coco em pó
– 1 xícara de chá de açúcar de coco
– 1 colher de sopa de manteiga ghee
– Coco fresco em lascas
Modo de Preparo: Deixe os grãos de milho de molho por 24h um dia antes do preparo da receita e jogue a água fora. Cozinhe-os de uma hora e meia a duas ou de 30 a 45 minutos em panela de pressão, junto com o cravo e a canela. Bata o leite, leite em pó e o açúcar. Quando os grãos estiverem macios, junte o batido de leite e a manteiga, deixando ferver enquanto mexe a mistura para não grudar no fundo. Ferva por aproximadamente 10 minutos e desligue o fogo. Deixe descansar por uma hora, salpique canela em pó, coco em lascas e sirva depois.
Sobre a NutriCoaching – Fundada em 2015, a Nutricoaching é uma empresa que trabalha com o conceito de Nutrição Comportamental e utiliza como uma de suas ferramentas o Coaching Nutricional. É certificada pela maior empresa de Coaching Nutricional do mundo, a Precision Nutrition. Sua proposta é melhorar a efetividade dos processos de emagrecimento de seus clientes, entregando resultados mais consistentes e perenes. Entre os serviços da empresa estão o Programa Nutricoaching, consulta nutricional, consulta de Medicina Preventiva e Endocrinologia, exame de bioimpedância, além do curso de Coaching Nutricional para Nutricionistas.
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Pano para manga
Roberto Requião não está para brincadeira. Disse em entrevista que já lançou sua candidatura para testar a base do MDB. Segundo o senador, 420 convencionais foram consultados. Desses, 200 responderam sendo que 80% foram favoráveis ao nome dele contra 20% de Henrique Meirelles.
Futuro
Agora faltam duass mudanças na cultura nacional. A primeira é o Brasil começar a desenvolver sérias estratégias que garantam a soberania nacional em relação à água. Sem gasolina é possível sobreviver. Já sem água… E a próxima vitória será quando o futebol e samba não tiverem mais a importância que têm. Assim, o povo brasileiro não será ludibriado enquanto se sente anestesiado.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Se de fato a Novacap pagou um bilhão e meio, no que não acreditamos, o dinheiro está sendo desviado de Brasília, pelas firmas empreiteiras. É que quando se pagava, outrora, meio bilhão, o movimento do comércio aumentava a olhos vistos. (Publicado em 21.10.1961)