Ele vive, Ele reina

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Reprodução / @Olympics

 

Uma das questões prostradas diante de todos nós nesses tumultuados tempos atuais nos conduz a buscar razões que nos leve a entender o porquê tem reacendido em todo o mundo, inclusive no Brasil, a velha e odiosa perseguição aos cristãos. Que fatores teriam levado ao retorno dessa verdadeira cristofobia em pleno século 21? Estaríamos voltando no tempo, até ao Império Romano do século 27 a.C, quando muitos césares fizeram dos cristãos inimigos públicos declarados?

De certa forma, elencando as possíveis razões para esse renascimento xenófobo aos cristãos, verificamos que, tanto no Império Romano quanto na atualidade, os cristãos são, novamente, tomados como uma espécie de “bode expiatório” conveniente, justamente pela universalidade de uma doutrina que foi capaz, como nenhuma outra, de unir a ética humana à espiritualidade e à luz divina, libertando os homens de uma caverna em que se encontram acorrentados à sombra da ignorância e do medo.

Tomando a doutrina em seu estado puro e sem as limitações e os tabus impostos pelas religiões que se seguiram após a crucificação de Jesus Cristo, observamos que, passados os 20 séculos daqueles episódios, o discurso do profeta não foi corroído pelo tempo e se encontra tão vivo quanto sempre foi.

Se esse discurso incomodava em eras passadas, a ponto de levar milhões de seus seguidores à morte, incomoda muito mais hoje em dia, quando se verifica que boa parte da humanidade atual continua imersa em um processo involutivo, entorpecida por um materialismo, indo em marcha à ré rumo à autodestruição da espécie e do planeta.

Entre 2021 e 2022, 5.621 cristãos foram mortos em todo o mundo, 4.542 foram presos e 5.259, sequestrados, segundo Relatório da World Watch List. Hoje, um em cada sete cristãos sofre perseguição e discriminação. Trata-se de um morticínio que é ignorado pela grande mídia. Praticamente uma igreja é vilipendiada, queimada ou profanada por dia em diversas partes do mundo.

Nas últimas três décadas, tem aumentado sensivelmente a violência contra cristãos. Razões e motivos dessas perseguições podem estar na intolerância religiosa, que cresce a cada dia; e nos conflitos políticos e sociais, com a busca implacável aos membros da igreja, como ocorre abertamente na Nicarágua e em Cuba. Também fatores como o fanatismo e o radicalismo contribuem para a perseguição aos cristãos.

Na realidade, aqueles que buscam destruir os cristãos querem, antes de mais nada, destruir Deus e a sua obra. No Brasil e nos países em que a esquerda governa, os cristãos são equiparados a grupos conservadores, e, portanto, tachados de direitistas, pois se mostram contra práticas como o aborto, a legalização de drogas, a sexualização de crianças e adolescentes, a corrupção, a destruição das famílias, o materialismo e tudo o que distancia os homens da ética humana.

Desde sempre, o cristianismo foi visto como uma ameaça ao status quo e a toda a ideia que visa alienar os homens, transformando-os em marionetes nas mãos de poderosos. Não por outro motivo, os tiranos em toda a parte e em todo o lugar ao longo da história humana buscaram calar os cristãos, pois sempre os viram como elementos subversivos e revolucionários, capazes de se oporem corajosamente às opressões políticas e sociais do momento. É como diz em Coríntios 1:27-29: “Deus escolheu as coisas loucas para confundir os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir os fortes”.

Nesse ponto, uma reflexão se faz necessária: seguindo o que acreditava Tertuliano (160-220 d.C), o sangue dos mártires é a semente dos cristãos — ou seja, quanto mais perseguem a igreja e os cristãos, mais eles crescem por toda a parte. “O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé, designa um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um ato de fortaleza. “Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus” (Santo Inácio de Antioquia, Epístola ad Romanos, 4, 1: SC 10bis).

 

 

A frase que foi pronunciada:
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que vosso fruto permaneça…” (Jo 15 16).
Jesus Cristo

A Última Ceia – Leonardo Da Vinci

 

Bronze
Foi a pesquisa Cirium, consultoria internacional, que deu, ao Aeroporto de Brasília, o título de terceiro aeroporto mais pontual do mundo. Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Osaka, no Japão, ocuparam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares.

Píer Sul do Aeroporto Internacional de Brasília. Foto: bsb.aero

 

História de Brasília
Demonstrando visível má-fé para com Brasília e má vontade para com o trabalho dos técnicos, o sr. Maurício Jopert, apesar dos desmentidos, foi à tribuna da Câmara falar sobre o cadáver no reservatório d’água de Brasília. (Publicada em 15/4/1962)

O estandarte da igreja

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À MARGEM Muçulmanos rezam em uma rua de Paris: governo francês não conseguiu promover uma integração efetiva. Foto: istoe.com

 

Em tempos de mudanças radicais e aceleradas pela expansão das redes sociais, fica cada vez mais evidente que quem não seguir a corrente de ventos que sopra sobre a humanidade, corre o risco de ficar preso na calmaria aparente ou ser engolido. De outra forma, em sentido contrário, existem aqueles que buscam nas fontes do passado as âncoras necessárias para fundear suas naus novamente nas águas cristalinas da sensatez e seguir adiante.

Há sempre escolhas a serem feitas. Veja, por exemplo, o caso espetacular que ocorre neste momento no continente europeu, onde grandes levas de jovens e até de pessoas maduras estão retornando à Igreja Cristã, buscando mais do que abrigo para espíritos conturbados. Uma espécie de fortaleza, onde reunir forças para fazer frente à expansão ameaçadora do islamismo sobre a civilização do Velho Mundo.

O caso aqui é de busca de uma bandeira capaz não só de reacender a fé perdida, mas também reavivar o ânimo necessário e correto para dar uma resposta adequada a uma invasão que se mostrou não ser, nem de longe, pacífica e harmoniosa. Para aqueles que buscam agora a bandeira com a cruz cristã, fica claro que o imenso esforço feito no passado para salvar a cultura ocidental teve a igreja como seu ponto de partida.

Mas passados tantos séculos daquela epopeia, cheia de acertos e erros, é preciso notar que o mundo agora, superpopuloso e atormentado pelas revoluções atmosféricas, é outro, talvez até mais hostil e incerto do que no passado. A começar pelas incertezas que parecem dominar o futuro do próprio Cristianismo. Estaria hoje a Igreja Ocidental como um todo à altura dos urgentes desafios e prioridades atuais? Eis, aqui, uma questão preliminar e que poderá, ou não, reacender o ânimo dos cristãos para salvaguardar seus espaços e sua cultura ameaçados.

Se tomarmos a força atual da Igreja apenas pela excessiva exposição midiática dessa instituição, há essa sensação, um tanto falsa, de que ela ainda está no patamar da supremacia que importa ao Ocidente. Refazer a antiga fortaleza da fé e das espadas é necessário mais do que nunca. Mas isso não se dará por meio das mídias, que parecem contaminar com seus signos a verdadeira e original mensagem cristã. A excessiva exposição midiática é tudo o que a Igreja não necessita para voltar ao antigo protagonismo.

É no silêncio e no mistério que a igreja adquire seu poder espiritual e secular. O lema “ora e labora”, tão necessário e urgente no passado, parece ter sido substituído por uma espécie de “labora a mídia”. Também os maus ventos, vindos do mundo secular e material, introduzindo ideologias políticas e populistas na prática diária da igreja, prejudicam e ameaçam solapar o alicerce de Pedro.

Mais do que monumentos e oratórias, a Igreja precisa voltar a ser socialmente significante, abrindo suas portas aos necessitados, dando e recebendo afeição pela criação. Não existe Igreja alguma digna desse nome de portas fechadas e de costas para o mundo, seja durante epidemias, calamidades públicas, como as atuais enchentes no Sul do país, seja no que for. Muito menos podem existir igrejas permanentemente cercadas e gradeadas ou que funcionem apenas em obediência aos ritos do clericalismo.

Mesmo o papa, por diversas vezes, tendo afirmado que o clericalismo é uma perversão, sendo criado por uma elite de leigos na igreja. “Não é o pastor que deve dizer ao leigo o que ele deve fazer e dizer, ele o sabe tanto ou melhor do que nós”, disse o papa, para quem o clericalismo é um fenômeno que está apagando, pouco a pouco, o fogo profético de que toda a Igreja é chamada a dar testemunho.

Ditado antigo diz que o que mais afasta o fiel das igrejas é o convívio com padres e bispos alheios às aflições do mundo, incapazes de olhar e se colocar no lugar daquele que ali está na sua frente. É por aí que deve começar a mudança capaz de fazer reviver a Igreja como trincheira para salvar as almas e, sobretudo, a cultura ocidental onde ela se assenta.

Vejam que, no seu esforço diplomático em favor do fortalecimento do ecumenismo — um sonho que o Islã despreza —, o papa tem viajado por terras onde o Islamismo é a única crença aceita. No entanto, todo esse louvável empenho tem sido em vão, com os líderes religiosos mulçumanos criticando e mesmo zombando do chefe da Igreja Cristã. O ecumenismo encontrou na Jihad seu principal inimigo.

A guerra que Israel empreende para sobreviver ante os ataques terroristas parece ter jogado a última pá de cal no ecumenismo. O europeus, que a tudo assistem, entre aturdidos e temerosos, e veem seus territórios cercados pela intolerância dos imigrantes islâmicos, sabem que a saída para esse conflito anunciado reside numa espécie de ajuntamento em torno da Igreja Cristã, elevando essa fé à condição de estandarte e de trincheira contra a intolerância e o obscurantismo que ameaçam todo o Ocidente e tudo o que ele alberga de mais precioso que são a liberdade, a democracia e a fraternidade.

 

 

História de Brasília
O grande derrotado de hoje é o sr. Carlos Lacerda. Quando chegou dos Estados Unidos, procurou empanar a visita do presidente João Goulart, com a intervenção do TCB. A visita foi das mais proveitosas do mundo, e o governador da Guanabara passou, moralmente, na companhia do seu outrora aliado Jânio Quadros. (Publicada em 8/4/1962)

Enquanto dormimos

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À margem, Muçulmanos rezam em uma rua de Paris. Foto: istoe.com

 

Nesses oito meses de pandemia, em que parcela significativa da humanidade parece mergulhada numa espécie de hibernação compulsória e sem dia para terminar, não chega a causar surpresa o fato de que o mundo, possivelmente, emergirá dessa experiência inusitada e impactante. Não seremos os mesmos, seguramente, nem o mundo será o mesmo que estávamos acostumados a vivenciar.

As razões que nos conduzirão a esse “admirável mundo novo” estão sendo arquitetadas em detalhes, enquanto cuidamos de nos esconder em nossas casas. De fato, o noticiário tem mostrado que a roda do destino continua girando, provocando mudanças dentro e fora de nosso país. O lockdown, decretado nos países da Europa por ocasião da 2ª onda de contaminação do vírus, cuidou de fechar as poucas frestas de luz que pareciam decretar o início do fim da pandemia.

O inverno que se aproxima promete, segundo os cientistas, intensificar a ação do coronavírus. Com cidades importantes do velho continente, totalmente desertas e amedrontadas, com a recidiva da doença, a economia que ainda não tivera tempo de se refazer, provavelmente, voltará à estagnação, ameaçando o futuro de muitos.

É, em meio a esse caos estabelecido, que uma verdadeira onda de protestos e paralisações ameaçam varrer o que ainda resiste de cultura Ocidental. A França, outrora a mais representativa nação a propagar os valores da cultura ocidental com seus libelos de liberdade, igualdade e fraternidade e que deu impulso ao surgimento dos Estados contemporâneos, vem, particularmente, sofrendo uma erupção interna deflagrada justamente por aqueles a quem acolheu e deu abrigo e, em muitos casos, a cidadania plena.

As manifestações de populações muçulmanas, contra as tradições e a cultura locais, ameaçam não apenas a França que conhecemos através de Montesquieu, Balzac, Victor Hugo, Voltaire, Curie, Beauvoir, Sartre e uma infinidade de outros nomes ilustres, mas a França, berço de nossas tradições mais caras. As pressões que essas comunidades estrangeiras têm feito para, inclusive, substituir as leis seculares pela sharia ou a lei islâmica, com base no Alcorão, vêm aumentado seus ecos de forma assustadora.

Os relatos de agressões contra franceses se multiplicam a cada dia. Esse mesmo fervor irracional, baseado no mais arcaico radicalismo religioso, aos poucos, vai se espalhando por outros países, numa espécie de revival das Cruzadas que, do século XI ao XIII, opuseram cristãos e outros povos do Oriente, pela libertação da Terra Santa.

Trata-se aqui não exatamente de um mundo novo, nem tampouco admirável, mas que, aproveitando a inércia e o imobilismo impostos pela quarentena, aproveita as brechas para migrar entre as rachaduras expostas de nossa cultura. Não por acaso, dentro desse cenário de distopias, as igrejas cristãs vêm sofrendo uma série de ataques, com depredações de parte de nosso acervo sagrado, incêndios em templos, perseguições aos clérigos e aos crentes e todo um movimento, mais vivo do que nunca, que visa destruir alguns dos mais importantes baluartes de nossa cultura.

Nesse agito de razia contra o Ocidente, nem mesmo as famílias escapam desses ventos loucos. A união de conceitos do Gramscismo com esses insurgentes vindos de longe ameaça essa que é a célula mater da nossa sociedade, por meio de conceitos esdrúxulos como incestos, poligamia, ideologia de gênero e outros conceitos panfletários que miram o fim de nossa civilização. Tudo isso, enquanto dormimos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Onde não há lei, não há liberdade.”

John Locke, filósofo inglês.

Retrato de John Locke, de Sr. Godfrey Kneller. Fonte: Coleção de Sr. Robert Walpole, Houghton Hall, 1779.

 

Notícia Boa

Félix, de 94 anos, e Irene. Casados por 65 anos. Ele passou 45 dias hospitalizado. Venceu o Covid e voltou para casa. Imagens do reencontro a seguir.

 

Acorde com essa

Dessa vez, na Farmácia de alto custo, a moça que atendia disse displicentemente: “Vai ter que voltar amanhã, as senhas acabaram. Ou fique aí até as 19h, quando minha chefe sair. Daí você fala com ela.” A senhora, vulnerável ao Coronavírus e com doença rara, baixou a cabeça, voltou para a Rodoviária para pegar outro ônibus para casa e chegar lá depois de 1h40 de viagem. No dia seguinte voltaria. Enquanto isso, dezenas de senhas não usadas estavam fechadas numa gaveta.

Foto: saude.df.gov

 

Alternativa

A ideia, já registrada nessa coluna, sobre ruas de comércio funcionando por 24h é uma alternativa para recuperar os estragos feitos na economia da cidade pelo Vírus Corona.

Restaurante fechado na quadra 405 Sul. Foto: Blog do Ari Cunha

 

Agência Brasil

Imagine acessar, gratuitamente, um banco de imagens sobre diversos temas, salvo desde 1964. O endereço na Internet para o acesso é Galeria de Fotos | Agência Brasil.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dois companheiros dos “Diários Associados” recebem hoje, o Mérito Santos Dumont, pelos relevantes serviços prestados ao Brasil, particularmente à sua aviação. (Publicado em 20/01/1962)

Desafios para este século

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Foto: jornaldocomercio.com

 

Como organismo vivo, a ampliar os mecanismos que conduzem e moldam cada indivíduo, a sociedade também parece apresentar suas múltiplas facetas psicológicas, carregando, em seu sentido coletivo, os mesmos traumas e outros problemas que desenham a personalidade de cada um de seus membros.

Talvez, essa característica seja o ingrediente que diferencia as nações, já que resultaria, ela mesma, do amálgama de seus indivíduos. Existem, de fato, uma consciência e uma psicologia coletiva, abordadas tanto por Durkheim (1858-1917) como por Karl Marx (1818-1883). Sob esse ponto de vista, é possível afirmar que, no cerne das grandes questões que parecem inquietar o mundo atual, estariam as mesmas características psicológicas que determinam as fases ou as diversas idades que experimentam cada indivíduo ao longo de sua existência.

Em outras palavras, seria como se a humanidade, nesse limiar do século XXI, estivesse deixando, para trás, o que seria sua fase de adolescência, ingressando, a duras penas e com grande relutância, na idade adulta, onde a realidade parece perder as cores da fantasia, apresentando o mundo como ele é: repleto de desafios e de responsabilidades.

Seria esse despertar para a maturidade mais traumático para as sociedades do que é para o indivíduo? Eis aí uma questão que caberá às atuais gerações decifrar, antes que maiores erupções sociais conduzam o mundo a um estado permanente de convulsões. Depois de deixar o próprio planeta quase exangue, depauperado em seus recursos naturais e em pleno estado de aquecimento global acelerado, os desafios apresentados à humanidade só podem ser, de fato, enfrentados caso ela consiga, definitivamente, adentrar para sua fase adulta, quitando os débitos deixados por séculos de incúria consumista e desenfreada do passado.

Quer queiramos ou não, o século XXI parece empurrar a humanidade para a encruzilhada onde ela terá que, por si própria, decidir que tipo de rumo seguir para garantir a perpetuação de vida sobre o planeta. Não é tarefa pequena, pois irá requerer maturidade muito maior que as gerações anteriores e só poderá ser levada, a bom termo, por pessoas e lideranças sérias e comprometidas com essa que é uma questão global e urgente.

É essa nova cultura, que só pode ser apreendia por via da consciência coletiva, que necessitam as sociedades para resolver esse grande quebra-cabeças que têm pela frente. O problema é que, quando ainda se assiste, por toda a Europa, os entreveros seculares envolvendo cristãos e muçulmanos, questão essa vinda de um passado longínquo de cruzadas, em que professores e fiéis são degolados em plena luz do dia, em nome de crenças religiosas e outros dogmas pueris, a luz vermelha apontando que a humanidade ainda insiste em viver sua infância se acende e, com isso, cresce o temor de que ainda não estamos devidamente preparados para esse século e seus enormes desafios.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“E quando dois grupos de crentes combaterem entre si, reconciliai-os, então. E se um grupo provocar outro, combatei o provocador, até que se cumpram os desígnios de Allah. Se, porém, se cumprirem (os desígnios), então reconciliai-os equitativamente e sede equânimes, porque Allah aprecia os equânimes.”  

Alcorão 49:9

Foto: islambr.com

 

Anatel

Bixby é um sistema incomum encontrado nas últimas gerações de telefones da Samsung. É estranho porque o dono do telefone sempre teve autonomia para escolher ou não pelo funcionamento dos assistentes da marca do aparelho. Mas, atualmente, o Bixby foi recriado sem a opção fácil e acessível de eliminá-lo. Caso a se pensar.

Imagem: samsung.com

 

A Hora do Mução

Quem quiser compreender porque é tão fácil enganar o nosso povo com promessas precisa assistir esse programa. Impulsionado por algum conhecido da vítima, que entrega o apelido odiado, ou mesmo brincando com trotes, é possível atestar a inocência e bondade das pessoas por esse país adentro. Rodrigo Vieira Emerenciano conhece essa essência. Mas a usa apenas pelo deleite de ver as pessoas irritadas ou humilhadas.

 

Ritmo calculado

Mais uma produção acadêmica do professor Bohumil Med. Com a provocação “O ritmo é exato ou não há ritmo”, Bohumil anuncia o lançamento do libvo de 220 páginas com 45 aulas. Veja, no blog do Ari Cunha, como adquiri-lo.

 

Personagem

Lá estava, em uma farmácia do Paranoá, seu Ataíde Pereira das Neves. De Papai Noel da cidade até cozinheiro do presidente JK. Vindo de Recife, em 1957, o pioneiro é homenageado por todos os lados.

 

Arte

Galeria no Pátio Brasil expõe trabalhos de artistas da cidade. Os trabalhos foram selecionados por Stella Lopes.

Desde sua inauguração, a PÁTIO GALERIA tem recebido exposições individuais de vários artistas, como as de AKIMI WATANABE, ALESSANDRA FRANÇA, CARLOS WOLFGRAM, DONIZETTI GARCIA, ERNESTO SOUZA, FERNANDO RABUJA, FRANCISCA NZENZE MEIRELES, LOURENÇO DE BEM, MALU PERLINGEIRO, MÁRCIA ROSA, MÁRCIO BORSÓI, MÔNICA CUNHA, PAULO MAURÍCIO, PERPE BRASIL, SALMA S. MANZANO, SANAGÊ CARDOSO, SOCORRO MOTA, SONNIA GUERRA, SOUZA, STELLA LOPES, THÉA SISSON e VLADIMIR CÂNDIDO.

Na PÁTIO GALERIA podem ser encontradas também gravuras de ATHOS
BULCÃO, CARIBÉ e MONICA BARKI, assim como pintura de ANTONIO POTEIRO e escultura de MANUEL ANDRADE.

A galeria trabalha, também, com reproduções em papel e em canvas (Fine Art),
fotografias, múltiplos, gravuras e aquarelas originais.
Os artistas interessados em ocupar os espaços expositivos devem enviar
portfólio e proposta para contato.patiogaleria2019@gmail.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Novos padrinhos para as árvores da W-3: J.J. Sabriá, que fez o primeiro jardim particular em sua quadra, Itabrás Utilidades Domésticas, Panair do Brasil e Vicente Ferrer Corrêa Lima. Continue telefonando para 2-2803 e adote uma árvore da W-3, se é que o senhor mora ou trabalha naquela avenida. (Publicado em 17/01/1962)

A galinha dialética

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Foto: Pablo Cozzaglio/ AFP

 

Todos os períodos históricos são, para fins didáticos, divididos em idades, tomando-se, por base, acontecimentos ou fatos marcantes que, de algum modo, serviram para mudar os rumos da própria história humana. Assim, temos, por exemplo, que a tão discutida Revolução Francesa de 1789, por seus efeitos transformadores sobre a sociedade, sobre a política e sobre a própria economia, alterou de forma significativa o status quo de boa parte do Ocidente, inaugurando o que ficou estabelecido como Idade Contemporânea.

É preciso entender ainda que essas alterações na organização dos Estados, por sua profundidade e racionalidade, são sentidas até hoje, em maior ou menor graus. Apesar desses efeitos profundos, principalmente sobre o mundo ocidental, é preciso notar que o século XXI, por suas características peculiares, parece anunciar o que já notara Francis Fukuyama, na obra “O fim da História” de 1989, ou seja, exatos duzentos anos após a revolução Francesa.

Para muitos, a história atual, e que marca de forma indelével a entrada da humanidade no século XXI, não foi nenhuma revolução no campo das ciências como alguns prediziam. Pelo contrário, o marco histórico que indicou a entrada do novo século e que mudaria, na sequência, a face do mundo que achávamos conhecer foram, de certa forma, acontecimentos grotescos, antepondo povos primitivos e subdesenvolvidos, contra a nação mais desenvolvida do planeta, simbolizada pelos atentados às Torres Gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001. Dessa data em diante, o mundo novo, descrito por George Orwell (1903-1950) em sua obra “Admirável mundo novo”, de 1932, passou a ganhar existência concreta, sob a forma de uma sociedade extremamente vigiada e controlada pelos meios eletrônicos.

Mas, como o mundo não deixa de girar, esse ainda não foi o fim da história. Muitos acontecimentos, por seu alcance sobre a sociedade, ainda possuem moto próprio e seguem mudando a direção dos ventos e os rumos da humanidade. É preciso que atentemos para uma sequência de fatos atuais que, neste século, também vem forçando uma mudança radical nos ventos da história, capaz de alterar boa parte da cultura ocidental, decretando, inclusive, seu fim.

Primeiramente, é preciso entender que a cultura ocidental, por seus aspectos formativos, possui, como bases principais, as heranças legadas pelas civilizações Helênica, Latina e Cristã. Tanto a filosofia quanto o Direito e a religião, que moldariam nossa civilização, somados ainda às contribuições Celtas e Germânicas, emprestaram a personalidade a essa imensa parte do planeta. Essa é, quer queiram ou não, a carteira de identidade que diz quem somos, de onde viemos, o que pretendemos para nós e para as próximas gerações que virão.

Trata-se aqui de uma espécie de seguro que aponta para aspectos fundamentais de nossa própria sobrevivência, como sociedade e cultura. Infelizmente, como em todo processo a indicar o “caminho entre ideias”, conforme nos ensinaram os gregos antigos, carregamos em nós o que seria a semente que irá, cedo ou tarde, provocar nossa transformação, dando origem a uma outra sociedade e, quiçá, com uma outra cultura.

É o que teóricos em filosofia chamariam de dialética e que poderia, de forma simples, ser representada pela alegoria do ovo da galinha, que possui em si elementos transformadores (gema e a clara)  que irão, por processos biológicos, dar origem a uma outra galinha. Nesse processo transformador, o ovo necessitaria, para essa mudança, destruir o ovo originário. Da mesma forma que, na Física, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar, a transformação da sociedade, por uma nova ordem de ideias, requer a destruição das antigas bases que a sustentavam.

A Revolução Francesa representou, nesse contexto, o processo dialético que eliminou todo o chamado “ancien régime”, o absolutismo e outros conceitos daquela época. É justamente esse mesmo processo que, depois das derrubadas das Torres Gêmeas, vem sendo, paulatinamente, imposto ao mundo ocidental e pode ser traduzido pelas tentativas de destruição do núcleo familiar tradicional, quer por processos que os comunistas endossam como o incesto, quer pela destruição dos valores cristãos, por meio dos recentes ataques às igrejas, fenômeno que vem acontecendo em todo o mundo e que, agora, chega ao vizinho Chile. Trata-se aqui do nascimento do ovo da serpente, prestes a ser chocado.

 

A frase que foi pronunciada:

“A religião, nascida da necessidade da terra de revelar um deus, está relacionada e extensiva não ao homem individual, mas a toda a humanidade.”

Pierre Teilhard de Chardin, padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês.

Pierre Teilhard de Chardin. Foto: wikipedia.org

 

Mistério
Reduzir impostos para importar soja, sendo que o Brasil é o maior produtor do mundo, é uma grande incógnita. Agora, isentar de impostos agrotóxicos condenados em outros países para liberar o paulatino envenenamento da população, aí não há como compreender.

Foto: Pixabay

 

Sucesso
Guinga, compositor e violinista renomado internacionalmente, sempre lembra do mestre Bohmil Med, que lhe deu as primeiras aulas de música.

Foto: correiobraziliense.com

 

Plena
Veja, no link COMO PLANEJAR, IMPLEMENTAR E AVALIAR PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PARA APOSENTADORIA, como se inscrever para o Curso Online sobre planejamento e avaliação da aposentadoria. Esse curso tem como público alvo os profissionais que oferecem a preparação para aposentadoria ou educação para uma longa atividade profissional.

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Estão abertas as inscrições do Curso Online: Como planejar, implementar e avaliar Programas de Educação para Aposentadoria
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Forte abraço, Dra. Juliana Seidl e Dra. Cristineide Leandro-França
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Nos 62 blocos habitados (dois estão interditados) há pouquíssimos telefones, e estes mesmo não constam da lista. (Publicado em 19/01/1962)

Pecados capitais ou do capitalismo pecador?

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Foto: laparola.com

 

Hoje, mais do que em qualquer outro tempo ou lugar na história da humanidade, os vícios do que o cristianismo classifica como sendo pecados capitais, tornaram-se comuns nas relações sociais, a tal ponto que passaram a compor, com naturalidade, o trato das pessoas no dia-a-dia. A presença constante desses vícios humanos faz parte integrante da paisagem da contemporaneidade e, de tão comuns, já não nos apercebemos de seus efeitos nefastos.

Curiosamente, a lista desses vícios apareceria justamente com o desenvolvimento da fase pré-capitalista, configurado no chamado capitalismo comercial. Por essa e por uma série de outras razões, é comum confundir e mesmo associar os pecados capitais com o capitalismo propriamente dito.

Para alguns autores da história econômica, os pecados capitais se inscrevem no próprio mecanismo desenvolvido pelo capitalismo, como uma espécie de subproduto desse sistema. Se formos analisar hoje quais seriam os efeitos colaterais da instalação, sem regras rígidas, do capitalismo do tipo predador, veríamos que, nesse caso, o surgimento dos pecados capitais viria como uma condição sine qua non desse sistema.

De uma maneira até sintomática, não se verifica em escola alguma, seja pública ou não, a educação de jovens alertando-os para os danos causados por esses vícios para a sociedade e a vida em comum. Não se trata aqui de destacar o combate a esses vícios como uma espécie de moral cristã rasa e sem sentido. O que importa nesse caso é a formação de jovens dentro dos princípios cristãos de sociabilidade, condição que se alcança, sobretudo, por meio da solidariedade e do respeito à dignidade das pessoas.

É importante para os jovens alertá-los para os efeitos da gula, que se relaciona diretamente com a falta de amor próprio. A cobiça com o egoísmo humano. Esse é um dos traços mais visíveis hoje na sociedade de consumo, com as pessoas desejando cada vez mais, comendo e consumindo além da conta e da temperança. Os shoppings hoje representam uma espécie de catedral dedicada exclusivamente ao culto da gula e do consumo.

Obviamente que aquelas legiões de jovens que passam parte da semana dentro desses shoppings, na impossibilidade de consumir tudo o que ali se apresenta, acabam, na sequência, desenvolvendo um tipo de comportamento ligado ao segundo vício humano que é a avareza, ou seja, o apego descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro. Nesse ponto, passa a desenvolver uma relação de idolatria pelo poder das posses materiais e pela capacidade que esses bens têm para adquirir tudo nesse mundo, inclusive, aqueles que normalmente não se comprariam com moedas, como é o caso da amizade, solidariedade e do amor.

Nesse mundo, sem freios morais de toda a espécie e sem decepções naturais à vista, essas gerações, independentes da classe social que pertençam, passam a recorrer a um terceiro vício ou pecado capital representando pela luxúria ou a busca pelo prazer sensual e material, deixando-se levar pelas paixões e pelos desregramentos carnais, experimentando de tudo em matéria da busca pelo prazer sexual.

Daí decorrem os abusos com sexos grupais, como em bailes funks, homossexuais, com animais, ou mesmo a abstinência total de sexo, motivado por padrões anormais e opostos a esse tipo de comportamento.

Na impossibilidade de conquistar todo o mundo de uma braçada só, esses seres humanos da modernidade desenvolvem ainda o que seria um quarto vício ou comportamento negativo representado pela Ira, ou o sentimento de ódio a tudo e a todos, resultando em brigas de gangues, espancamentos de pessoas diferentes, mortes por motivos torpes, feminicídios, ligação a grupos extremistas e outros comportamentos destrutivos.

Com esse desejo exacerbado por tudo conquistar, dentro do que ensina e induz o capitalismo inumano, muitos jovens e até mesmo adultos passam a desenvolver também o sentimento de um quinto vício, caracterizado pela Inveja. Nesse ponto a pessoa despreza suas próprias conquistas, passando a compará-las com outras mais exitosas, mesmo que isso não reflita a realidade.

A preguiça, como quinto pecado ou vício capital, vem na sequência do que chamamos vida moderna e pode ser vista na inaptidão dos jovens para enfrentar as tarefas da vida diária. São aqueles indivíduos que não trabalham, nem estudam, conhecidos popularmente hoje como “ nem, nem”.

Por fim, dentro desse novo modo de encarar um mundo onde tudo parece possuir um valor quantitativo, as novas gerações passam a desenvolver o que seria o sétimo pecado capital, representado pela Soberba ou Vaidade, que faz com que esses novos cidadãos adquiram um sentimento de falsa superioridade em relação aos demais, quer sejam de outras classes sociais, de outra cor, de outra origem, ou mesmo de outras idades. De posse desse vício, as novas gerações passam a não respeitar nas leis vigentes as experiências de pessoas mais velhas, os professores, família e todos aqueles que se interponham em seu caminho.

De uma forma até cruel, é possível verificar que esses sete vícios capitais atingem não só os jovens atuais, mais a população em geral e decorrem basicamente das relações desequilibradas e desiguais existentes entre os cidadãos e o Estado ou entre consumidores e fornecedores, numa economia de mercado sem leis e com poucas proteções.

Exemplos abundantes ao longo da história da humanidade mostram, de forma clara, que nenhuma sociedade minimamente civilizada logrou se desenvolver de modo satisfatório e longevo, apresentando conjuntamente esses vícios ou pecados capitais e por uma razão simples: toda e qualquer sociedade é baseada, desde sempre, nas relações humanas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Você não conseguirá pensar decentemente se não quiser ferir-se a si próprio.”

Wittgenstein, filósofo austríaco, naturalizado britânico.

Foto: oexplorador.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E completam a acusação, com a denúncia de que o contrato exige 70 mudas por metro quadrado, e a média de plantio está sendo de 25. (Publicado em 15/12/1961)