Tag: #CriseEconômica
VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Que consequências acarretam para o desenvolvimento do Brasil o fato de estarmos entre os países com os maiores índices de desigualdade do planeta? Questões como essa há muito vêm intrigando os economistas e cientistas sociais. Mesmo alguns políticos, ao longo das últimas décadas, têm apresentado propostas para contornar esse que é um problema secular de nosso país. Sabe-se, à primeira vista, que enquanto não forem resolvidas as questões que influenciam diretamente os fatores da desigualdade social e econômica, o Brasil não conseguirá sair do ciclo fechado do subdesenvolvimento.
A recente depressão econômica experimentada pelo Brasil, a partir de 2014, serviu para intensificar esse problema. Segundo estudos da Organização não governamental Oxfam Brasil, elaborados ainda no ano passado, nosso país vem recuando no quesito desigualdade. Caímos da 10ª para a 9ª posição como o país mais desigual do planeta. A onda de desemprego fez aumentar ainda mais esse problema. O Relatório de Desenvolvimento Humano, que será apresentado ainda esse ano pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), irá focar justamente nessa questão, de forma que se possa compreender, mais profundamente, as dimensões das desigualdades e os fatores que a influenciam.
É preciso entender que a desigualdade social é, antes de tudo, um processo que diz respeito as relações dentro da sociedade e que, de certa forma, limita o status de um determinado grupo, restringindo seus direitos à saúde, educação, segurança, casa própria e outros direitos. Isso sem falar no acesso a serviços, outros de infraestrutura como água encanada e esgoto. Com isso, todo o processo de crescimento econômico fica seriamente comprometido.
Na desigualdade está ainda a concentração de renda nas mãos de menos de 10% da população, que seguidamente assistem a uma elevação em seus rendimentos e, ao contrário, uma retração sistemática nos ganhos das classes mais pobres. Com isso, a renda média da população com maiores ganhos chega a ser quase 10 vezes mais que a percebida pelas classes na base da pirâmide.
Há ainda fatores que têm contribuído de modo negativo para a solução desse problema tamanho família. Esse é o caso da retração de nossa economia. Passamos da 7ª para a 8ª posição no Ranking das economias mundiais, com sérios problemas de crescimento econômico. Os economistas mais modernos têm insistido no que chamam de crescimento econômico sustentável e inclusivo, ou seja, num modelo que englobe toda a população de forma horizontal e por um longo período
A desigualdade torna a sociedade mais vulnerável aos problemas de oscilação dos ciclos econômicos. Em entrevista concedida à revista Economist, Cristine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, revelou a preocupação e a responsabilidade desse órgão num crescimento inclusivo: “A desigualdade enfraquece a ideia de uma sociedade meritocrata, em que uma pequena minoria ganha acesso aos muitos benefícios tangíveis e intangíveis, necessários para estar à frente, seja na educação, no enriquecimento cultural ou em boas conexões”.
Essa exclusão, pela qual a desigualdade de resultados se alimenta da desigualdade de oportunidades, fere a produtividade, porque priva a economia das habilidades e dos talentos daqueles que são excluídos”. O fato é que é preciso fazer com que todos no governo, nesse e nos que se sucederão, entendam que a ideia de que a desigualdade é o principal fator que nos mantém no patamar de país subdesenvolvido e está na raiz das principais mazelas sociais que flagelam o Brasil desde sempre.
A frase que foi pronunciada:
“A Grécia tinha sete sábios; mas no Brasil, só sete é que não o são.”
Marquês De Maricá, formado em Filosofia e Matemática pela Universidade de Coimbra.
Desrespeito
São muitas as reclamações de quem precisa se afastar do trabalho recebendo pelo INSS. A demora do pagamento é tanta que há casos de gestantes em que a criança nasce e a mãe ainda tem dinheiro para receber.

Despedida
Cearense, Andrade Júnior, foi uma figura marcante em Brasília. Deixou muito de si na memória da cidade. Deixamos nosso abraço na família nesse momento de dor.

Celebração
Luiz Amorim e apreciadores da cultura comemoram a conquista. Inaugurado o espaço cultural T-Bone, que voltou com toda força a mostrar nossos talentos em música, teatro e poesia.

Curiosidade
Até o dia 26 de maio, o Sesc do Gama apresenta a exposição com trabalhos de arqueólogos na Serra da Capivara. Serra da Capivara – Os mais antigos vestígios da povoação na América? O Sesc de Taguatinga e Ceilândia também receberão a mostra. A entrada é gratuita.

Evento
Dr. William Buchta, presidente do American College of Occupational and Environmental Medicine (ACOEM); Dra. Lucia Rotenberg, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro; Dr. Casey Chosewood, pesquisador do National Institute for Occupational Safety and Health (Niosh-USA); Laís Abramo, diretora de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU); e o geneticista Dr. Sergio Danilo Pena pesquisador do Projeto Genoma se reúnem para debater mudanças trazidas pelo e-Social e a Reforma Trabalhista. Será entre os dias 15 e 18 de maio, o maior evento de saúde e segurança do trabalho (SST) de todo o continente americano. Mais informações a seguir.
Faça sua inscrição em: 17º Congresso ANAMT
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A mais nova modalidade de contrabando foi descoberta em Santos. Havia, no porto, nove caixões com a inscrição de “objeto de uso pessoal” que foram abertos pela Alfândega. Dentro, estavam nove lindos automóveis, que irão, agora, a leilão. Os donos da proeza são Valter Vicente Sanavia, e Louis David. (Publicado em 19.11.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
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com Circe Cunha e Mamfil
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Soubessem os candidatos à presidência da República o tamanho das adversidades que terão pela frente ao herdar um país, literalmente falido, talvez pensariam duas vezes antes de se lançar em campanha. 2019 será, na previsão de todos os economistas, um ano ainda mais complicado para as finanças públicas. Mesmo a tradicional boa vontade com que a população, normalmente, recebe os recém-chegados ao poder, poderá sofrer um revés. Problemas represados, e que tomaram volume surpreendente no governo anterior de Dilma/Temer, ameaçam romper em avalanche, tornando nebulosas todas e quaisquer previsões para a economia do país, não apenas no próximo ano, mas ao longo de todo o mandato do próximo chefe do Executivo, seja ele quem for.
Para piorar uma situação que em si já será ruim, os impactos profundos deixados pela greve dos caminhoneiros não estão, nem de longe, amainadas, quer pelas concessões feitas pelo governo para a categoria, que muitos consideram absurdas, quer pelos prejuízos imensos que essa paralisação causou para a economia do país e que ainda não foram devidamente contabilizadas. Surpreende que, diante de um cenário de crise dessa magnitude, os parlamentares, de olho apenas no horizonte das próximas eleições, tenham ainda aprovado, em toque de caixa, uma série de projetos (pauta bomba) que aumentarão significativamente as despesas do Tesouro em 2019.
Estão formadas, portanto, todas as condições necessárias para o desabamento da tempestade perfeita no próximo ano, isso, apenas com relação ao cenário econômico. Pela projeção do próprio Tesouro, o buraco estimado para o próximo ano será de R$ 260 bilhões. O problema com números e porcentuais é que eles, quando verbalizados pela boca dos políticos, adquirem uma roupagem que conseguem esconder a realidade dos fatos e passam a ser apresentados como heranças do passado que serão, milagrosamente, resolvidas no porvir, quer pelo voluntarismo, quer por medidas irrealistas que acabarão resultando em novos e incontornáveis problemas.
Ajudaria muito se o Congresso, mesmo mantendo sua autonomia, atuasse em fina sintonia com o Executivo, principalmente com relação à severidade e a contenção de despesas. Mas no imenso balcão de negócios em que se transformou o Legislativo, desde a retomada da democracia, esperar por medidas desse tipo é uma aposta vã.
A questão se torna ainda mais preocupante quando se observa que, de todos os candidatos que estão aí em disputa, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, parece ser o único que conhece a fundo a realidade dos números e, portanto, possui posição consciente sobre a situação do país, e talvez por isso mesmo continue patinando nas pesquisas de intenção de voto.
É como se o eleitor evitasse o choque de realidade que terá que acontecer, depois de tantos anos saboreando ilusões. Mas aí é outra história. De toda a forma caberá aos eleitores decidir que futuro querem para o país.
A frase que foi pronunciada:
“É disso que os chilenos são feitos: força, amor, solidariedade; e haverá alguns casos que não são assim, mas estou convencida e tenho visto isso todos esses dias e, durante toda a minha vida, sei do que os chilenos são feitos.”
Michelle Bachelet
Granja do Torto
Começa na próxima semana a 15ª edição do Brasília Capital Moto Week. Do dia 19 ao dia 28, a cidade visitará a Granja do Torto para saborear comidas típicas e diversas atrações musicais. Dessa vez, ações de sustentabilidade e a presença feminina serão destaque. Nesta edição são esperadas 680 mil pessoas, 300 mil motos e 1.704 moto clubes do Brasil e de países como Estados Unidos, Canadá, México, Espanha e Irlanda.
Droga
Um consumidor desconfiado ligou para a polícia civil sobre a venda de remédios para emagrecimento. A droga era acrescida de substância psicotrópica, causando dependência e depressão. A Operação Termogênico apreendeu 210 frascos de clobenzorex e 106 de anabolizantes. O valor vendido por cada produto é equivalente à R$ 180.
Atendimento
Tem muita gente satisfeita com o Programa Saúde da Família. O secretário-adjunto de Assistência à Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Daniel Seabra, diz que o programa não está restrito às áreas rurais. Qualquer pessoa pode ter acesso ao serviço que está disponível em hospitais públicos e postos de saúde em todo Brasil.

Festival de Música
Um grande concurso, com pouca publicidade, traz novas canções para o gosto popular. Festival de Música Rádio MEC tem investido na proposta que já tem ganhadores aguardando a votação, por um mês, pela Internet, a partir de 24 de agosto. Os três primeiros lugares: Amor sem fim, de Rodrigo Moreno / Douglas Malharo canta Disseram/ e Deborah Levy, Sacha Leite e Vidal Assis cantam Lua e Sol.
Absurdo
Depois de receber a orientação da ouvidoria do DFTrans (30420419), a passageira foi até a Rodoviária, entrou na longa fila para fazer o Bilhete Único para a mãe. As informações dadas conferem com o que diz o portal. Como não há identificação alguma no cartão, bastava levar a identidade, CPF e R$10 para colocar o primeiro valor. Ao chegar no guichê 3, a informação dada pela Loyane foi diferente. Não era possível fazer o cartão do Bilhete Único para terceiros. Nenhum supervisor para esclarecer o desencontro de informações. Falta de respeito total ao cidadão.


Sem sentido
Na Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto é uma verdadeira aventura pegar ônibus. A total falta de informações deixa os passageiros correndo de uma parada para outra. Não há lógica! Ônibus de diferentes destinos param em pontos distintos mesmo passando por todas as paradas.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Está havendo moralização, mesmo, na questão do uso de apartamentos. As autoridades estão encontrando irregularidades tremendas, inclusive de funcionários vivendo à custa de aluguéis altíssimos. (Publicado em 25.10.1961)


