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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Sejam quais forem os desdobramentos, na esfera judicial e penal, que o Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, CPI da Covid, venha a ter num futuro próximo, um fato é indiscutível: todas as acusações apontadas ali merecem desdobramento e atenção. Destarte, ficará esse documento, a despeito ou não de ter sido elaborado por políticos em desacordo com a condução do atual governo, como uma página triste de nossa história recente.
Para aqueles que possam duvidar do surrealismo dessa peça da nossa realidade, tamanhos seus relatos, ficam aí os mais variados registros de imagens e sons que comprovam um comportamento discutível diante de uma situação de calamidade que vinha num crescendo e que acabou por engolir mais de seis centenas de milhares de mortos. Em países sérios, onde a lei está acima de todos indistintamente, bastariam os depoimentos finais de familiares na CPI, para que providências institucionais fossem adotadas de imediato.
Há que ser confessado nesse episódio lamentável: falharam todos os órgãos do Estado ao permitirem que a mortandade chegasse aos níveis que agora temos e, com eles, todos os Poderes da República, ao fecharem os olhos para a ceifadeira de Caronte. Encastelada em suas fortificações no Olimpo da Praça dos Três Poderes, toda a augusta elite do Estado assistiu, de camarote, a açougagem dos sans-culottes, segundo relatórios médicos. Por certo, as mais de mil páginas reunidas no volumoso relatório final da CPI da Covid, mais do que serem jogadas na cara do futuro candidato à reeleição, serviram, interna e externamente, para reforçar negativamente o perfil do atual governo que, aceitem ou não, continua aclamado pela população.
Infelizmente, esse documento servirá também como munição para personagens como o ex-presidente e ex-presidiário Lula da Silva, na sua cruzada insana para voltar ao governo e mergulhar, de vez, todo país no inferno que vive desde a redemocratização. Nesse sentido, tem culpa também, nessa mortandade, os eleitores desses governos, ao colocarem seus interesses pessoais e inconfessáveis como argumento para o voto em candidatos que, inegavelmente, deixaram, atrás de si, a terra arrasada, famílias enlutadas, cofres vazios, empobrecimento da população e outras catástrofes e flagelos humanos.
Ao documento final dessa última CPI de 2021, vêm se juntar outros relatórios, também enciclopédicos dos crimes contra o país, como a CPI do PC de 1992; CPI dos Anões de 1993; CPI dos Bancos de 1999; CPI do Judiciário de 1999, CPI do Narcotráfico de 1999; CPI do Futebol de 2000; CPI dos Bingos de 2005; CPI dos Correios de 2005; CPI do Mensalão de 2005; CPI do Cachoeira de 2012. Páginas e páginas infelizes da nossa história.
A frase que foi pronunciada:
“Neste momento, estou comovido com a sensação de não poder fugir a uma assunção de responsabilidades para com a nação, acreditando que lhe corresponde uma assunção de responsabilidade coletiva semelhante.”
Giorgio Napolitano
Consome dor
Um reajuste de 11% nas contas de energia não corresponde com o serviço prestado. Numa das áreas de IPTU mais caro da cidade, a queda de energia é constante. Para a Associação dos Moradores do Trecho 9, os chamados só são atendidos quando todos se unem e registram um protocolo. A situação está ficando insustentável.
Esperança
Vamos ver se, com a recente inauguração do novo Centro de Operações Integradas, a Neoenergia melhora o atendimento. Agora, há equipamentos de primeira linha para auxiliar, numa central, o monitoramento, para antecipar o serviço em caso de interrupção de energia.
Mão na massa
Não são os mendigos que incomodam. São os impostos que pagamos e não vemos aplicados em serviços como contrapartida. A falta de política pública para quem tem saúde para trabalhar, para os deficientes sem amparo, para as crianças em situação de vulnerabilidade é o que faz com que pessoas com potencial precisem implorar por comida. Não nos acomodaremos vendo essa situação voltar à capital.
Para pensar
Recebido um protesto pelo WhatsApp. Quem grava se diz neto de um circense. Muito contrariado com o uso da palavra palhaço e circo, tanto pelos políticos quanto por nós, jornalistas na CPI do Covid. Vale ver. Assista o vídeo a seguir.
História de Brasília
Já chegou a Taguatinga a patrulha de pavimentação, para concluir a ligação daquela cidade satélite com a estrada Anápolis – Brasília. (Publicada em 10/02/1962)
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Nos capítulos finais da CPI do Covid, o relator, senador Renan Calheiros, está prometendo, ao público que vem acompanhando os trabalhos da comissão desde o primeiro dia, o indiciamento de mais de meia centena de indivíduos, pelos mais variados tipos de crime. Para tanto, afirma que enviará cópias do volumoso relatório final a diversas cortes e instâncias da justiça, dentro e fora do país. Se uma não der andamento, outra poderá dar. Não há grandes expectativas de que a Procuradoria Geral da República, na figura do Augusto Aras, dará muita atenção ao calhamaço de denúncias. No máximo irá ensaiar alguns movimentos, processando, quem sabe, os peixinhos miúdos, deixando os tubarões de lado. Passados os primeiros dias, a repercussão definhará, como tudo neste país. Se nem mesmo os escândalos do mensalão e do petrolão, que o seguiu, tiveram o condão de levar, até as últimas consequências, as denúncias contra o magote de réus, sendo que a maioria hoje goza da mais ampla liberdade, deixando o dito por não dito.
Por isso mesmo, a população, já escaldada com as consequências pífias dessas investigações, pouco ou quase nada, espera de concreto com relação às condenações tanto daqueles que vendiam vacinas que não possuíam, como contra aqueles que por dever do ofício tinham obrigação de comandar o combate à virose mortal. Os seiscentos mil mortos entram nesse relatório como detalhe estatístico, uma vez que ninguém responderá por esse morticínio ao não ser o próprio vírus.
Passadas as eleições, tudo voltará ser como antes e a história toda cairá no mais nebuloso esquecimento. Nem mesmo restará aos falecidos o estabelecimento de uma data nacional a lembrar o trágico acontecimento. A apuração das eleições de 2022 lançará uma pá de cal sobre o assunto e cuidará apenas de encaminhar os vencidos a seus devidos postos. Alguns poucos políticos auferirão ganhos graças aos holofotes da CPI. Outros irão cuidar da vida. A própria população, a quem caberia cuidar para que personagens nefastos de nossa história política recente tivessem a merecida condenação da justiça, não irá se manifestar, porque, talvez, já nem se lembre do ocorrido.
Para o povo em geral, ficará apenas o vazio aberto com o fim dos capítulos da CPI e o enceramento de mais esse folhetim das nossas mazelas reais. Como ocorre a cada ano legislativo, é preciso providenciar, o mais ligeiro possível, uma outra CPI para agitar as massas, exibindo o mal cheiroso bastidor de nossa vida política. Caso aconteça mesmo do país ter que assistir, assombrado, a volta do lulopetismo ao poder, numa espécie de Vale a Pena Ver de Novo, vai aqui uma sugestão aos nossos digníssimos parlamentares: cuidem de instalar, no próximo ano legislativo, a CPI da Lava Jato e do Petrolão, para investigar a razão de a mais exitosa operação de toda a nossa história, capaz de reerguer o país ao primeiro mundo da ética, ter sido levada às cordas. É preciso que se investigue absolutamente todos aqueles que contribuíram para dar um fim a Lava Jato. Do mordomo ao dono do palácio. O país necessita dessa investigação para continuar existindo.
A frase que foi pronunciada:
“A política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu.”
Winston Churchill
Fé e esperança
Esse é o pior serviço que já existiu na capital federal. Um completo desrespeito ao cliente. São horas aguardando atendimento enquanto se ouve um barulho insuportável que talvez chamem de música. O presidente Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa precisa reservar um tempo de seu dia para ligar no número do BRB Card, para o 08008804001 ou 40034004. Se isso acontecer, esse serviço vai melhorar, com certeza.
É notícia
Gustavo Dourado, escritor e poeta cordelista, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), no Rio de Janeiro, cadeira 35, patrono Expedito Sebastião da Silva, antes ocupada pelo poeta Pedro Bandeira. Ele é o primeiro escritor do Centro-Oeste e do Distrito Federal a se tornar acadêmico titular da entidade, festejada e reconhecida no Brasil e no exterior. A solenidade foi conduzida pela presidente da entidade, escritora Paola Tôrres, e pelo presidente emérito, poeta Gonçalo Ferreira da Silva, fundador da instituição. Sua obra literária foi recomendada pelo World Poetry Day e World Portal Libraries, ambos da Unesco.
Preto no branco
Quando a população se propõe a pensar, a solução sai a seu favor. Veja, no Blog do Ari Cunha, o quadro comprobatório desenhado por Marco Guskuma sobre a vantagem de contratar um caminhão pipa, dependendo do consumo. Ele relaciona o consumo, a cobrança oficial da água e esgoto e a alternativa de preço mais baixo com a contratação de um caminhão pipa legalizado.
–> Estava me questionando se vale a pena chamar um caminhão pipa ou colocar água da CAESB.
Cheguei a seguinte conclusão:
Depende do consumo de água da sua casa e do % de incidência do esgoto.
De 36 m3 para mais de consumo mensal da residência compensa chamar um caminhão pipa, considerando taxa de esgoto de 60%.
Vejam a tabela abaixo:
Acho que não entendeu a planilha…
Vamos supor que o consumo da sua casa seja de 25 m3 e taxa de esgoto 60%.
A pergunta é:
Fica mais barato aumentar o consumo para 35 m3 do que chamar um caminhão pipa de 10 m3?
A resposta é sim porque esses 10 m3 vão lhe custar a mais 204,96 e um caminhão pipa custa 250,00
Entendeu?
História de Brasília
IAPM e IAPFESP reiniciaram as obras, e dizem que o IAPM fichou quinhentos candangos. Ninguém viu, até agora, nada a não ser limpeza do canteiro. (Publicada em 10/02/1962)
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Definitivamente, a era dos marqueteiros e daqueles que transformavam pedra em pão vai ficando para trás, com a disseminação, cada vez maior, das mídias sociais. Aliada a esse meio de difusão tecnológica, imediata e ampla dos acontecimentos, ocupam o lugar agora, dos antigos gurus da propaganda, os chamados gabinetes do ódio e outras redes de propagação em massa de notícias sem lastro com a verdade, operadas por robôs ou fantoches eletrônicos e, portanto, sem coração e sem sentimentos calcados na ética humana.
Vivemos o que se pode denominar de autêntico período da história em que os homens de carne, coração e espírito vão sendo substituídos por mecanismos programados para espalhar calúnias e difamações aos quatro ventos, sem que isso cause dano algum aos seus manipuladores e financiadores.
Obviamente que, por detrás dessas engenhocas, estão pessoas que, mesmo conscientes do mal que estão fazendo, continuam em seus intentos criminosos no aguardo de que isso venha acarretar a supremacia da mentira como método político. Muito mais do que método político, a divulgação de mentiras, uma tática muito utilizada pelo nazismo e pelo fascismo para angariar apoio popular e apontar falsos inimigos, trata-se aqui de um ato de terrorismo digital, e, como tal, deveria ser tratado.
Não se tem aqui qualquer novidade de métodos. Também, nos governos petistas, a utilização de estratégias semelhantes, com o intuito de manchar reputações e criar o divisionismo e os antagonistas fantasmas, era prática corriqueira.
Dos males que a atual Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 do Senado tem levantado até aqui e que atentam contra a República, nenhum outro parece ter tanto poder de fazer estragos à democracia e ao país do que os chamados gabinetes do ódio e congêneres, formados por indivíduos que articulam, por meio da falsificação dos fatos, a promoção das inverdades e a inoculação do vírus da ira e da cólera.
Não se tem mais oponentes políticos, mas inimigos, a quem é preciso mais do que derrotar nas urnas, ou seja, destruir enquanto pessoa. Esse comportamento, muito antes de revelar a pouquíssima formação intelectual e espiritual de nossos homens públicos, mostra o quanto temos ainda que aperfeiçoar nossos mecanismos eleitorais, de modo a impedir que, num futuro não muito distante, verdadeiras bestas-feras continuem sendo alçadas a condição de mandatários e, com eles, seus sequazes, todos dispostos a usar o poder como arma e força de destruição, e não como meio de construir consensos e união.
A substituição dos antigos magos da propaganda, todos eles também distantes das boas práticas em unir ética e marketing, por robôs operados por gente sem escrúpulos mostra que, durante todos esses anos, desde a redemocratização, não aprendemos nada e tampouco esquecemos nossos vícios passados, os mesmos que nos conduziram a duas décadas de ditadura.
A corroborar o fato de recuarmos no tempo, as recentes pesquisas de opinião pública apontam como possíveis candidatos na reta final das próximas eleições os dois principais protagonistas e mentores desse mundo de faz de conta, os mesmos que induziram parte da população a varrer a verdade do horizonte. Estamos num processo perverso de involução política, andando com os pés virados para trás.
A frase que foi pronunciada:
“A única diferença entre ser desinformado e mal informado é que um é sua escolha e o outro é deles.”
Frank Sonnenberg, em Ouça a sua consciência: é por isso que você tem uma.
Bom senso
Seria uma experiência interessante os chefões do GDF se passarem por pessoas comuns em busca de atendimento. Muitos são os funcionários dedicados, mas os criadores de problemas são maioria e talvez hajam assim por completa falta de despreparo ou orientação. Se o atendimento é agendado e não há mais ninguém para ser atendido, qual a razão de não prestar serviço para quem compareceu presencialmente? Os impostos são pagos para isso também.
Registro
Se você é pioneira, chegou a Brasília na época da construção, entre em contato com Tânia Fontenele. Ela quer fazer uma exposição de fotos e objetos da época e gostaria de conversar com as pioneiras. É só procurar no Facebook.
Acolhimento
Portas abertas aos venezuelanos, sírios e haitianos. Agora, o Itamaraty analisa mais de 400 pedidos de asilo de afegãos. O Brasil tem todos os rostos e deve ter sua cultura abraçada pelos acolhidos.
História de Brasília
No almoço oferecido a Adjubei e sua espôsa, filha de Kruchev, a decoração da mesa ficou a cargo de Zanini. Muitas flôres vermelhas, e, entre elas, cravos brancos com traços vermelhos, significando uma mensagem de paz para os visitantes. (Publicada em 10/02/1962)
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Enquanto a população brasileira permanece distraída com as revelações que vão sendo levantadas pela CPI da Covid e que indicam, até aqui, o cometimento de uma série contínua dos mais variados e graves crimes, tanto por empresários como por políticos e pelo próprio governo durante a pandemia, o país vai sendo virado ao avesso pelo Legislativo, na sua tentativa de desfigurar a Lei de Improbidade Administrativa (LIA), um dos maiores avanços já conquistados pelos cidadãos no controle dos gastos públicos.
Caso vingue a proposta defendida pela maioria da classe política das duas Casas do Congresso, e que conta com o apoio também da maioria dos prefeitos e governadores, a Lei de Improbidade Administrativa sofrerá um processo de abrandamento chamado ardilosamente de “flexibilização”.
Com isso, um dos mais modernos mecanismos para coibir que maus gestores permaneçam cometendo barbaridades e crimes com o orçamento público, e que foi um dos marcos da cidadania contidos na própria Constituição, perderá sua eficácia, em nome de uma vaga segurança jurídica reclamada pelos políticos. Sem as penalidades e sem os limites impostos pela Lei de Improbidade, voltamos ao tempo dos gastos públicos sem controle e, portanto, um dos facilitares da corrupção.
A supressão da modalidade culposa de improbidade administrativa permitirá o retorno e a atuação desastrosa dos maus gestores ao período pré-constitucional, quando a farra com o dinheiro público era a regra e a punição aos corruptos, pelos desvios e o mau emprego desses recursos, era uma raríssima exceção. Cada cochilo da população ou sua alienação, devido a assuntos paralelos, corresponde a uma armação dos políticos para aliviar suas responsabilidades e arrefecer quaisquer possibilidades de futuras penalidades.
O Ministério Público, que também anda cochilando nos momentos em que a população mais precisa, acordou com essa manobra e já mandou avisar que irá acompanhar de perto a desfiguração dessa importante Lei. Políticos com cargos de prefeito e governadores vinham, há tempos, insistindo na modificação dessa Lei, de forma a torná-la inócua ou ao menos inofensiva para os maus gestores.
Pelo texto modificado agora, as ações negligentes, imperitas ou imprudentes, mesmo que causem danos ao erário do estado, não poderão mais ser enquadradas como improbidade e crime, devendo no futuro serem classificadas como modalidade culposa ou sem intenção de cometimento de crime.
É o caso aqui daquele político peralta arguir que cometeu o desvio ou a má aplicação dos recursos dos contribuintes por mero descuido ou desatenção, sendo perdoado por esse ato de mal pensado. Até mesmo o prazo estabelecido pela Lei foi modificado, dando menos tempo ao Ministério Público para instaurar, apurar e concluir as investigações dos possíveis delitos; caso contrário, o crime restará prescrito.
Como se não bastassem tantos benefícios àqueles que, por antecipação, já preveem uma grande quantidade de gestões ruinosas em estados e municípios, existem aqueles políticos que advogam até que a Lei possa conter dispositivos que garantam sua imediata aplicação em favor dos réus do presente e do futuro, num movimento de retroação marota e que é a cara e o caráter dos nossos representantes, feitos a nossa imagem, segundo nosso desejo diante das urnas.
A frase que foi pronunciada:
“Nenhuma administração pública será aceitável a menos que os funcionários públicos sejam educados e agradáveis com o povo.”
Amit Kalantri, Riqueza das Palavras
Vivo
Estranho que, em um calor desses, os ovos vendidos em mercados não estejam recebendo refrigeração.
Lei humanizada
É preciso urgentemente que algum parlamentar se sensibilize com a situação de estudantes gestantes e puérperas. A lei garante a prova domiciliar. Mas agora, com a pandemia, nota-se que a vantagem não é tão grande assim. Uma aluna de medicina nos escreve contando que teve um bebê e não consegue fazer uma prova online no mesmo tempo em que os outros alunos. Precisa parar para dar atenção à criança, trocá-la, amamentá-la. Precisa de mais tempo, sem prejuízo. Há professores que não são flexíveis e apontam o “sistema de provas” como vilão.
História de Brasília
A Agência Nacional é uma repartição deficiente desde a sua fundação, ao tempo da ditadura. Ao invés de informar os atos do govêrno, fica, em geral, endeusando as pessoas, e é por isto que cada govêrno muda logo de diretor. Vem daí a política, o amigo, o compadre, o conterrâneo, e tudo mais que possa prejudicar. – AC. (Publicada em 07/02/1962)
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Com relação às CPIs, há muito já se sabia: quanto mais ela cava, mais encontra vestígios enterrados de falcatruas de todo o tipo, cometidas em todo tempo e lugar. Fosse prorrogada ad infinitum, ainda assim seriam descobertos crimes diversos. Por isso mesmo o prazo estabelecido para o encerramento dos trabalhos, com a apresentação do relatório final. Por isso também, a definição do escopo e dos limites impostos às investigações. É como dizer: essa CPI só pode cavar aqui nessa área cercada. Doutro modo, veríamos o país se transformar numa gigantesca Serra Pelada.
Acontece que, quando se está no escuro do subsolo, a desorientação faz com que os investigadores avancem além das direções delimitadas e acabem encontrando novos e reveladores crimes conexos. Para a sorte de uns e não tanto de outros, a atual Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, denominada CPI da Pandemia, foi obrigada a prorrogar os trabalhos e a entrega do relatório final, que muitos acreditavam já estar pronto, por conta de novas informações que vão chegando diretamente dos buracos recém-escavados.
Num dos últimos depoimentos colhidos pela CPI, o diretor-geral da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, empresa que teve seus bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, por conta das negociações nebulosas na compra da vacina indiana Covaxin, o ao ser inquirido sobre sua viagem a Las Vegas, nos Estados Unidos, juntamente com uma comitiva de parlamentares, o empresário desconversou, afirmando não saber. Mesmo diante dessa evasiva, os senadores que compõem a Comissão fizeram lembrar, ao desmemoriado depoente, que ele e a tal comitiva, paga com o dinheiro do contribuinte, estiveram na chamada “cidade do pecado” para verificar, in loco, a possibilidade de trazer os cassinos de volta para o Brasil, com a liberação total dos negócios relativos à jogatina.
Trata-se, segundo alguns senadores, da possibilidade da concretização de um desejo da base do próprio governo de ver a volta dos cassinos ao nosso país. Para alguns senadores mais exaltados, a viagem tratou da possibilidade de organizar meios para que a lavagem de dinheiro, a sonegação de impostos e o fomento ao crime organizado entrem no país sem chamar a atenção. “A máfia americana de Las Vegas tomaria conta desse negócio grande e as milícias que existem hoje continuariam a tomar conta dos negócios pequenos”, disparou outro senador.
Ora, ora, ora, quem diria que a CPI, ao mirar nos descaminhos da Covid-19 e na omissão do Governo Federal com a vacinação, acabaria adentrando na seara da jogatina e da máfia que, há décadas, comanda esse tipo de negócio nos EUA e em outras partes do mundo. Vira e mexe e a questão da volta dos cassinos entra na pauta do Congresso. Os presidentes das duas Casas do Congresso já deram a entender que, caso haja o aval de líderes partidários, o Legislativo irá tratar, mais uma vez, da questão da liberação dos jogos de azar. Inclusive, já há, na Câmara dos Deputados, um grupo de trabalho destinado a promover a legalização dos jogos de azar, com previsão para concluir seus trabalhos ainda esse ano.
Mesmo o atual governo vê com bons olhos essa possibilidade para incrementar a arrecadação de impostos. O mais impressionante é que são justamente aqueles que se dizem conservadores os mais empenhados na volta dos cassinos. Não tenham dúvidas, uma vez instalados no país, em pouco tempo haverá a necessidade da instalação de uma CPI para investigar os Cassinos. Cassinos representam, na avaliação do cidadão de bem, a possibilidade de dar recursos infinitos para as organizações criminosas. A questão é que esse é um projeto já rechaçado pela população que conhece bem a índole de nossos políticos e sua dissintonia com as necessidades reais dos brasileiros, mas que ainda insistem no tema, por enxergar nesse retorno dos cassinos, uma ou muitas possibilidades de ganhos e vantagens para eles e seus partidos.
“Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.”
Leon Tolstói
Comunidade unida
Já foi dado o pontapé inicial para as obras do Santuário São Francisco, na Asa Norte. No Blog do Ari Cunha, a foto de José Ivan de Maruim, artista que está fazendo um painel com material reciclado, seguindo a linha franciscana.
Livro
Por falar em São Francisco de Assis, Tania Fontenelli nos informa que foi publicado um e-book sobre “Verde Urbano”. Trata-se de um primeiro livro da Série “Eu, o meio ambiente e você”, que traz temas científicos para serem popularizados. A UNASPRESS fez o projeto gráfico e a capa é de Sebastião Salgado. Acesse o livro no link: Verde Urbano.
–> Hoje foi publicado um e-book sobre “Verde Urbano”. Trata-se de um primeiro livro da Série “Eu, o meio ambiente e você” que traz temas científicos para serem popularizados. A UNASPRESS fez um projeto gráfico e edição de tirar o chapéu!
Este e-book tem capa de Sebastião Salgado, laureado antes de ontem com o prêmio Imperial do Japão, considerado o “Nobel das Artes”, e colaboradores incríveis que escreveram textos simples, de fácil compreensão, de forma que este material possa alcançar facilmente o “grande público”, popularizando a ciência, levando conhecimento para os que não tem pouco acesso e difundindo a construção de um mundo melhor, um mundo mais verde e azul!
Cabe um imenso agradecimento aos autores que contribuíram para esta obra, em especial à Natalia e Bete que escreveram textos brilhantes sobre o verde urbano e saúde física e mental.
Aproveito para dizer que amanhã, este material estará disponível para todas as secretarias de meio ambiente do país, nos sites das agências da ONU (FAO e PNUMA), além de ser também divulgado por organizações internacionais como ICLEI.
Peço que compartilhem este .pdf para o maior número de pessoas que puderem e presenteiem pessoas queridas com este livro! O livro é gratuito, mas o significado do presente pode ser imenso…
Sem quê
Lembram da árvore da Valentina, na entrada do Lago Norte? Não podaram. O pessoal da manutenção dos jardins eliminou-a.
De olho
Maria Lúcia Fattorelli sublinha o Art. 37-A da PEC 32, onde permite que negócios privados usem estabelecimentos públicos para prestar seus serviços.
Resumo
Veja, a seguir, um resumo do destino das verbas públicas, em tempos de pandemia, esmiuçadas pelo Brasil Paralelo.
História de Brasília
Falando de tilápias, que modestia à parte é nossa especialidade domingueira, disse que o gôverno gastou milhões importando êsses peixes do Japão. Não custou isto, nem vieram do Japão. Embora originárias da África (África, seu moço), vieram para São Paulo, onde reproduziram, e foram colocadas na granja do Ipê. (Publicada em 09/02/1962).
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Não se engane: qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que venha a ser instalada no Legislativo, e que tenha como objetivo investigar, com seriedade, qualquer questão relativa ao governo, à política, às finanças, ou o que quer que seja que diga respeito ao Brasil, tanto no presente como no passado, tem potencial imenso para desvendar novas e engenhosas ilicitudes.
Onde quer que se cave nesse país, haverá de ser encontrado vestígios e cadáveres a revelar um gigantesco submundo que parece se estender pelos subterrâneos do Estado. Basta escolher o tema ou o assunto, que as revelações hão de vir à luz. No momento, a Comissão em andamento no Legislativo, denominada CPI da Pandemia, e que visa revelar os desvãos por onde bilhões de reais do dinheiro público se esvaíram com a compra superfaturada de vacinas ou apenas com a promessa de aquisição desses medicamentos, vai produzindo seus resultados ao revelar um esquema poderoso envolvendo empresas de fachada, inclusive bancos, todas elas de olho no mercado farto da compra emergencial e tardia de vacina em plena pandemia.
É o poder do dinheiro e da esperteza no mercado da vida e da morte. Entra nesse comércio sem lastro ético, apenas como número e estatística, a quantia de 600 mil mortes, a grande maioria, vítima de um sistema que envolve figuras do governo e empresários gananciosos e desumanos.
No final dos trabalhos dessa CPI, que já foi prorrogada uma vez e que poderia, por seu potencial revelador, ser mais uma vez esticada para o infinito, é esperada a elaboração de um calhamaço em forma de relatório, que contará mais uma pequena porção dessa nossa história feita de infâmias e onde a população é sempre a vítima. Há, nesse terreno fértil, formando por 8,5 milhões de quilômetros quadrados, espaço suficiente para ser escavado, donde se pode encontrar veios a desvendar nossos descaminhos históricos. E não é só no âmbito do governo e do Estado que qualquer investigação séria pode nos levar a revelações do cometimento de crimes diversos.
Veja o caso do nosso empresariado, principalmente os de maiores portes, que no governo petista se juntaram para saquear as estatais, sob orientação do próprio governo, que escancarou as portas de empresas como a Petrobras para que fosse completamente depauperada.
Para onde quer que se volte o olhar, há chances reais de vermos como continuamos, depois de cinco séculos, sendo constantemente pilhados. Invente-se um tema, por exemplo, o índio ou a grilhagem de terras e teremos outro calhamaço de denúncias a serem apuradas. Relativamente ao meio ambiente e aos crimes que acontecem num ritmo acelerado, as denúncias renderiam CPIs diversas e prolongadas.
O mesmo com relação à saúde. Com relação ao desvio de recursos pelos governadores durante a pandemia e que a atual CPI do Senado resolveu não apurar. Outro exemplo de assunto que renderia uma boa Comissão Parlamentar de Inquérito é com relação ao pagamento de precatórios, que são recursos que o Estado deve a parcelas de sua população e simplesmente deixa de pagar e fica por isso mesmo. Todo e qualquer tema poderia render uma CPI.
O problema é que, depois de encerrados os trabalhos dessas Comissões e elaborado o relatório final, que é enviado à Procuradoria Geral da República e ao Ministério Público para que adotem as devidas providências, o caso passa a ser submetido a uma espécie de peneira, onde os figurões da República, dotados ou não de foro de prerrogativa, são deixados de fora dos inquéritos, restando o indiciamento dos peixes pequenos. Para aqueles integrantes da elite do Estado ou do empresariado que não conseguiram escapar de um primeiro cerco da justiça, resta a opção de recorrer ao Supremo, onde a prescrição ou a absolvição é o final mais comumente ajeitado.
A frase que foi pronunciada:
“A sopa é para a infância assim como o comunismo é para a democracia.”
Mafalada
Mobilidade
Alguns prédios residenciais das 400 e as construções das entrequadras, onde salas comerciais funcionam como moradia, precisam de elevador. O direito dos idosos de ir e vir, subindo lances de escada, é proibitivo.
Escuro
BR 080, na altura da divisa com Padre Bernardo, está sem iluminação. Há um intenso trânsito de caminhões à noite, um perigo para os motoristas.
Perigo
Falta de manutenção no metrô deixa passageiros a pé. Nessa segunda-feira, o Metrô do DF deixou seus passageiros à deriva. O veículo descarrilou e os passageiros tiveram que andar pelas beiradas até a próxima estação.
História de Brasília
Estes episódios tiveram como cenário o Rio de Janeiro, o governador é o sr. Carlos Lacerda, o Ministro é o sr. Alfredo Nasser. E os nomes dos terroristas leia, por favor, na seção de polícia. (Publicada em 08/02/1962)
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