Brinde à Carta Magna

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Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Dum

Com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, na qual 50 milhões vivem na linha de pobreza, ou um quarto da população, cuja renda mensal familiar não ultrapassa os R$ 380,00 mensais, o Brasil tornou-se um caso exótico de Estado onde o governo e a elite dirigente é rica, mas a nação vive, em boa parte, na miséria e, por isso mesmo, dependente dos ineficientes serviços públicos oferecidos.

Não é por outra razão que a elite dirigente do país se confunde com a própria elite econômica, trocando favores de toda a espécie, inclusive as facilidades geradas pelo próprio Estado. O que se tem aqui é apenas parte de uma realidade que não choca só o povo brasileiro, mas boa parte do mundo civilizado. Para manter esse status quo inalterado, desde que o Brasil foi “inventado” pelos navegantes portugueses, todos os poderes do Estado foram chamados para justificar e dar fé à essa estrutura perversa.

Todos, sem exceção, inclusive aqueles que se acreditavam defender os interesses da população, como sindicatos e federações. Mesmo durante a triste experiência, com as forças de esquerda no comando do país, o esquema da aliança entre dirigentes políticos e elite econômica se repetiu à exaustão. Interessante notar que foi justamente nesse período, em que a união entre os que comandavam o Estado e aqueles que sempre gravitaram ao seu redor, que foi produzida uma sequência de escândalos jamais vistos.

Foi em decorrência desses escândalos, que vieram a público no ano de 2005 e que, por suas dimensões avassaladoras, eram impossíveis de serem contidos entre as quatro paredes do governo, que a população começou a perceber que a República, conforme idealizada pela Carta de 88, já havia se transformado num cadáver em avançado estado de putrefação.

 

A frase que foi pronunciada:

“Alguma punição parece se preparar para um povo que está abusando ingrato da melhor constituição e do melhor rei que alguma nação jamais foi abençoada, concentrada em nada além de luxúria, licenciosidade, poder, lugares, pensões e saques; enquanto o ministério, dividido em sua conselhos, com pouca consideração um pelo outro, preocupados por oposições perpétuas, em constante apreensão de mudanças, com a intenção de assegurar popularidade no caso de perderem o favor, por algum tempo passado tiveram pouco tempo ou inclinação para atender nossos pequenos negócios, cujo afastamento faz com que pareçam ainda menores.”

Benjamin Franklin

 

Passeio

Faltava o busto de Juscelino Kubistchek no Túnel do Tempo do Senado. Logo a resposta chegou. Estava sendo usado em uma memorável apresentação teatral para os visitantes do Congresso em uma parceria harmoniosa entre Câmara e Senado.

Ideia

De autoria da estudante Isabela de Oliveira Nunes, o trabalho de conclusão do curso de Artes Cênicas, habilitação em Interpretação Teatral, do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Universidade de Brasília, foi o roteiro utilizado na visita.

Na prática

Sob orientação dos professores Rafael Augusto e Tursi Matsutacke, Isabela defendeu o potencial da relação entre teatro e museu no escopo da cultura e cidadania. Foram duas apresentações teatrais promovidas por iniciativa do Museu do Senado ligado ao SGIDOC, comandado por Dinamar Cristina Pereira Rocha. Os espetáculos bem-humorados foram interativos, educativos e informativos, arrancando elogios do público sobre a qualidade.

 

É brincadeira

Uma placa avisava aos concurseiros que a prova não seria realizada no certame da Novacap. Dessa vez, a banca Inaz do Pará.

Sangue novo

Quando estava na Câmara Legislativa, o atual senador Reguffe não recebia apoio da administração. Era considerado invisível. Lutou contra as mordomias nos discursos e na prática, a partir de seu gabinete. Leandro Grass, eleito distrital, chega traduzindo o sentimento popular. Ele quer dar mais transparência ao legislativo local e cortar gastos. Vamos acompanhar se o discurso está alinhado com a prática e se a casa o apoiará, em nome da população da capital.

Foto: Reprodução/TV Brasília

Simples

Nenhum transtorno causaria às obras do Trevo de Triagem Norte se o Eixão ficasse acessível aos motoristas a partir da quadra 16. A reclamação geral é que todo final de semana um trânsito infernal seria perfeitamente evitável se usassem o bom senso.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Hospital Distrital, funcionando com um terço da sua capacidade, está atendendo a um número de pessoas quatro vezes superior à sua capacidade total.

Gostemos ou não, esses são os novos tempos

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ARI CUNHA – In memoriam

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Comunicólogos e outros estudiosos dos fenômenos das interlocuções humanas no Brasil foram todos, sem exceção, apanhados de surpresa com a eleição agora de um presidente da República, consagrado pelas urnas graças ao poder de penetração e de irradiação instantânea das mídias sociais.

Com isso, jornais, revistas, televisão, e mesmo as rádios, ficaram em segundo plano, perdendo o antigo poder de construir e destruir reputações. Balançada também ficou boa parte da imprensa, outrora considerada um 4º poder do Estado. Com isso, fica na poeira da estrada e do tempo os cidadãos Kane daqui e doutras bandas do mundo. Isso é bom? É ruim? Só o tempo dirá. Colocada, desde sempre, como porta-voz da sociedade, os novos tempos muito devem ao papel da imprensa. Principalmente numa América Latina, acostumada a viver longos períodos com baixos índices de liberdade e de democracia. De fato, o que assusta os entendidos dos fenômenos da comunicação é a chegada, repentina, de um novo player no jogo de convencimento da população.

Claro que a eleição do candidato do PSL contou, também, com a enorme rejeição de seu concorrente e principalmente de seu partido, transformado, nas mídias sociais, numa espécie de quadrilha criminosa. Mesmo o poderio fatal das fake news, que transitam no mesmo espaço das novas mídias, foi incapaz de suplantar a vontade popular, dando vitória à um candidato que é o antípoda da turma de esquerda.

Esse mesmo fenômeno havia acontecido durante a campanha de Barack Obama nos Estados Unidos. Naquela ocasião, as mídias tradicionais também foram surpreendidas com esse novo poder que se anuncia. De fato, ao disponibilizar a posse de um celular na mão de cada brasileiro, uma revolução silenciosa foi operada, inaugurando uma nova categoria de cidadão onipresente e de uma democracia direta e instantânea. Isso é bom? É ruim? Nem mesmo os maiores especialistas no assunto sabem ao certo.

O fato é que essas novas tecnologias vieram para ficar e acabaram ocupando um espaço que muitos nem sabiam que existia. À semelhança de seu colega americano, o presidente, agora eleito, comunica-se diretamente com a sociedade e com seus apoiadores, através das redes sociais em tempo real, em vídeo, imagens ou textos, quebrando qualquer protocolo da liturgia do cargo.

Utiliza esse recurso sempre que acha necessário ou quando um assunto passa a ocupar a preocupação dos cidadãos. Obviamente que um fenômeno dessa magnitude, em muitas partes do planeta, tem sido estudado e esmiuçado de perto.

Em coletiva recente, o presidente eleito, convencido da independência conquistada com as redes sociais, impediu, pela primeira vez na nossa história, que importantes redes de jornalismo tivessem acesso à sua entrevista. Isso é bom? Certamente que não, mas esses são os novos tempos, gostemos ou não.

 

A frase que foi pronunciada:

“Antes de 2018 os poderes eram Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa. Atualmente os poderes são: Internautas, Executivo, Legislativo e Judiciário.”

Parte do texto Cai na Real, ainda não escrito, mas vivido.

 

Leitura

André Lima, ex-secretário do meio ambiente do GDF é um “Empreendedor Socioambiental”. Veja a capa do livro de sua autoria, 30 anos da Constituição Federal e os Direitos Socioambientais no blog do Ari Cunha.

Acidentes

Infelizmente, além da violência social, Fortaleza lidera o ranking, com São Paulo, de violência no trânsito.  Em 2017 foram mais de 245 mil acidentes de trânsito registrados. Só nas capitais, o total de ocorrências soma 43.803.

 

Consequências

Resultado de investigações prendeu muita gente envolvida com grilagem no DF. Os que estão soltos precisam pagar o que devem.

 

Viva

Fernando Cesar Mesquita é o único fundador e ex-presidente vivo da Casa do Ceará em Brasília. A festa dos 55 anos foi grande para inaugurar o novo prédio principal da entidade. Vale lembrar que a instituição é uma referência em assistência social, com vários cursos profissionalizantes, médicos de diversas especialidades para atendimento à comunidade, além de um lar de idoso.

Foto: casadoceara.org.br

Release

Na imprensa internacional, recebem destaque a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, assim como a proposta do general da reserva, Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, sobre o uso de atiradores de elite contra criminosos. Em entrevista para o DW, o diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Jan Woischnik, avalia que o governo Bolsonaro era uma incógnita e que o respeito à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de Direito facilitará a manutenção de uma cooperação de alto nível entre a Alemanha e o Brasil.

Foto: pragmatismopolitico.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como poder arrecadador, o governo precisa dar mais atenção aos seus funcionários e aos contribuintes. Queremos nos referir ao Departamento de Trânsito. (Publicado em 04.11.1961)